O jogo virou! Lucas di Grassi cravou a pole position e venceu de ponta a ponta a primeira corrida da rodada dupla do ePrix de Montreal, assumindo a liderança do campeonato e, ainda por cima, vendo seu rival na luta pelo título, Sébastien Buemi, ser desclassificado de seu 4º lugar.
Ocorre que o piloto da Renault e.Dams destruiu um de seus carros num treino, e este teve que ser reconstruído. Aliás, foi uma grande dúvida se este andaria bem, pois tudo foi feito muito às pressas, inclusive com partes da carenagem sem serem pintadas. Ao final da prova, com a inspeção, verificaram que o bólido estava abaixo do peso, eliminando o suíço.
Irregularidades à parte, Buemi fez uma tremenda prova de recuperação, após largar de 12º, tendo perdido 10 posições por uma punição, devido a necessidade de trocar a bateria de seu carro destruído. Ao final da prova, ele pressionava Stéphane Sarrazin, com quem travou um duelo espetacular nos últimos quilômetros. Enquanto Jean-Éric Vergne pressionava di Grassi. Assim, os pilotos da Techeetah completaram mais um pódio.
Companheiro do agora líder na ABT Schaeffler Audi Sport, Daniel Abt terminou em 4º, graças a desclassificação de Buemi. E ele teve desentendimentos com o suíço, durante e após a corrida. Os dois largaram próximos, com o alemão à frente, e vieram escalando o grid, com Abt controlando a situação durante a maior parte do tempo. Quando foram fazer suas trocas de carro, o alemão entrou nos boxes na frente e, aparentemente mais lento, para ajudar di Grassi (não sabemos se ele estava mesmo mais abaixo do limite ou se era só paranoia do Buemi), segurou o suíço, que gesticulava para o outro andar mais rápido. Trocas feitas, Buemi saiu na frente e, também aparentemente, fez um leve brake-test com Abt, que deu em sua traseira. Após a bandeira quadriculada, o suíço foi tirar satisfações. Aliás, Buemi saiu mandando uma galera pra puta que pariu tretando com muita gente.
Essas trocas foram feitas durante um full yellow course (o safety car vitual da Formula E, por assim dizer), depois de uma pancada de Nick Heidfeld, da Mhindra. Mais tarde, tivemos um safety car mesmo, por causa de um acidente mais forte de José María López, da DS Virgin, enquanto seu companheiro Sam Bird fechou o top 5. E por falar em Mahindra, também mais para o final, Felix Rosenqvist, que até então ainda possuía chances matemáticas de título e brigava pelo pódio, deu aquele beijinho no soft wall, o que foi suficiente para avariar o seu carro, desalinhando-o e caindo para 9º.
Um abraço!