Capricórnio é uma das doze constelações do Zodíaco que, segundo a Astrologia, diz respeito aos que nasceram entre 22/12 e 20/01.
O agrupamento de estelas de que hoje falamos, foi um dos primeiros a ser integrado nessa espécie de roda que se imaginou rodear o Sol – o Zodíaco. Mas nem sempre assim foi. Terá sido figurado pelo menos há uns 5500 anos, a. C., a avaliar por gravuras deixadas em objectos de barro, datando desses tempo e, alguns estudiosos, baseando-se em desenhos e pictogramas feitos na Mesopotâmia, cerca de 4000 a. C., afirmam que Capricórnio é apenas parte duma constelação imaginada anteriormente, que incluía a de Aquário.
Capricórnio representava uma cabra, em diversas regiões do Médio-Oriente. As histórias mitológicas que se foram produzindo em seu redor, na Antiguidade, são inúmeras e de variadas configurações. Em algumas é uma caracterização de Pã, um músico! – mas também um fauno que ajudara Zeus uma feroz batalha contra Tifão. Zeus, o deus supremo da mitologia grega, transformou-o em constelação, em sua homenagem e reconhecimento pelo serviço prestado.
A constelação, em si, só com muita boa vontade poderá fazer lembrar uma cabra, sendo as suas estrelas pouco brilhantes, geralmente de magnitude 3 ou 4.
A estrela α, conhecida por Algedi é, na verdade, uma estrela dupla – ou seja: um par de estrelas que gravitam ente si, girando uma em redor da outra, e vice-versa.
Curiosamente a estrela β que era anunciadora do inverno, nesses tempos remotos, 4000 anos depois… já não o é!
A estrela δ, ao contrário do que é costume, é a mais brilhante constelação, também uma binária, mas que se eclipsa durante um período regular de 24h 32m 47.2s!
Capricórnio é uma constelação de reduzido interesse para a Astronomia. O único objecto que merece atenção é o M 30 do catálogo de Messier, ou NGC 7099 (New General Cataloge), a 40.000 anos-luz. Tem a particularidade de ter uma grande concentração de estrelas na sua parte central, como se pode ver na gravura.