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A mostrar mensagens de outubro, 2009

A minha é mais bonita que a tua

Acho ridículo as pessoas que vão enfeitar os cemitérios só porque amanhã é Dia dos Finados. É de uma hipocrisia tremenda. Parece que competem para ver quem tem a campa mais bonita e os ramos maiores. Sorte a das floristas. Mais hipócrita ainda é só ir à missa nesse dia, porque fica bem. Ir à igreja fazer sabe-se lá o quê. Acho que algumas pessoas vão simplesmente ver e ser vistas. É um dia que passo com a família. Vamos à igreja, visitamos a campa do meu avô, e voltamos a casa para comer castanhas e passar tempo juntos. Agora fazer do cemitério uma feira de vaidades? Poupem-me. Sem ofensa.

Girls will always be girls

As mulheres gostam de malas, de sapatos, de brincos e colares. As mulheres compram um relógio porque é bonito e condiz com a sua mala, e não porque é bom. Ser bom e prático é secundário, o que interessa mesmo é ser giro. Tenho três relógios sem pilha mas ando com eles na mesma. As mulheres adoram fazer compras e, mesmo que não comprem nada, gostam de se passear pelas lojas. Fazem-no, de preferência, na companhia de outras raparigas. A maioria dos homens são uns chatos que não percebem este nosso fascínio pelas lojas. Ao fim de cinco minutos já estão a bufar, encostados aos corredores do shopping. Nós aguentamos uma tarde inteira e só nos queixamos quando os sapatos novos nos começam a torturar os pés. As mulheres não apreciam tecnologia. Não querem saber se o telemóvel novo tem câmara de 5 megapixels ou GPS. O que importa é que seja giro, feminino e - já agora - pequeno. Compram aquelas bolsas onde se guarda o telemóvel, para o proteger do inferno que é viver na mala de uma mulher.

Sabem o que é bom...?

É já não sentir rancor. É perceber que, no fundo, até podemos ser uma-espécie-de-amigos. Mesmo que a nossa versão romântica não tenha resultado, podemos falar e dar-nos bem. Isso deixa-me feliz.

Menina boa VS Menina Má

Quando menos esperamos, ouvimos coisas interessantes na sala de aula. A professora esteve a dar-nos alguns conselhos e aproveitou para falar da mentalidade retrógada de muita gente. Devemos andar sempre com um - pelo menos um - preservativo na carteira. Esteve a explicar-nos que, muitas vezes, a sociedade distingue homens de mulheres no que diz respeito aos métodos contraceptivos. Para os rapazes isso é normal, totalmente aceitável que andem com um (ou cem) preservativos na carteira. Já com as meninas é diferente... As meninas boas não andam com preservativos. As meninas boas têm de se entregar só depois das rosas e das velas perfumadas no quarto. As meninas boas não fazem só porque querem, é pecado. As meninas boas não têm vontades, não fazem só por fazer. As meninas que andam com preservativos na carteira colocam a possibilidade de o fazer... logo, são más meninas. Estúpida mentalidade.
Ando a perder a vontade de escrever no blogue... Não queria que acontecesse, mas dez meses depois sinto-me sem inspiração. Não é só no blogue, é mesmo na vida. Tenho um trabalho final para entregar quinta, e mal o comecei. Sabem aquela coisa dos românticos verem coisas onde elas não existem? Pois. Eu vi, vi muito. Mas fui só mesmo eu que vi. Vá, vamos lá esclarecer uma coisa: eu não vou fechar o blogue. Já cancelei um, já me chegou. Só ando sem motivação. Pode ser que daqui a pouco venha assim uma brisa suave que me traga inspiração. ;)

The first cut is the deepest

Diz a sabedoria popular - que é tão falível como as outras - que o que não nos mata torna-nos mais fortes. De uma maneira ou de outra, acabo por ligar esta frase aos sentimentos. A verdade é que, ao longo da vida, vamos sofrendo desilusões. O primeiro beijo, a primeira noite, primeiro desgosto de amor, a primeira traição... A primeira vez custa mais. Ainda não temos aquela força para combater as desilusões, ainda não temos "calo". Algumas pessoas tornam-se mais frias com o passar dos anos, numa tentativa de esconder fragilidades emocionais. Outros conseguem separar na perfeição o corpo da emoção. Estão com alguém e, quando não lhes apetece mais, partem para outra. Assim, simples, como quem muda de camisa. Sim, o primeiro corte é o mais profundo. É aquele que custa mais a sarar, porque ainda somos inocentes e não sabemos bem como lhe fazer o curativo. Apesar disso, já sofri bem mais do que na primeira relação. Com o passar dos anos podemos ganhar prática na arte de curar as fe

Haven't met you yet

And I know that we can be so amazing, And baby your love is gonna change me, And now I can see every possibility.... Somehow I know that it’ll all turn out, You'll make me work so we can work to work it out, And promise you kid, I'll give so much more than I get.... I just haven't met you yet. Ai... Não posso ver estas coisas num Domingo chuvoso. Fico depré. Michael, o senhor está cada vez melhor. Em todos os sentidos.
Pode-se dizer que tenho dois amores. Pareço a música do Marco Paulo, mas é a realidade. São totalmente diferentes. Não têm nada em comum e até eu me surpreendo por ter sido capaz de gostar de duas pessoas tão diferentes. Não estou com nenhum. De um, já nem vale a pena falar. Desiludiu-me demasiado. Não, não estou ressabiada. Pensei que seria mais, imaginei-o mais. Se calhar fui eu que sonhei de mais... Mas a verdade é que não correspondeu às minhas expectativas. Sim, ainda gosto nele. Ainda penso no que vivemos. Ainda me lembro. Mas recordo-me ainda mais da indiferença que mostra para comigo. Assim, de um dia para o outro. Doeu imenso, não pensava que iria magoar-me tanto em tão pouco tempo. Apesar disso, falo dele sempre com muito carinho. De vez em quando irrito-me, mas continuo a sentir carinho. No fundo - e se o meu sexto sentido não me engana - é uma boa pessoa. Somente não soube tratar-me bem. A outra pessoa é uma paixão "antiga". Foi bom vê-lo, após tantos anos. Foi bo

Come e cala-te.

Acho feio ver aqueles casais que estão juntos mas não abrem a boca para conversar. Estão no restaurante, a almoçar, sem proferir uma única palavra. Cada um está concentrado no seu prato, a pensar sabe-se lá em quê. Fico com o coração pequenino ao ver situações destas. Quando as pessoas não têm mais sobre o que falar, é porque a intimidade desapareceu. Se calhar nunca existiu... Passam a refeição a olhar para a massa à bolonhesa, a dar voltas no esparguete, sem olhar para o parceiro. O silêncio pode ser bom, mas só é bonito quando o sabemos apreciar. É bom ficar na calado, dedos entrelaçados, olhares fixos um no outro. Mas este tipo de silêncio é diferente, é forçado, é típico de quem não se quer partilhar. Reajam raios! Queixem-se. Gritem. Discutam. Digam o que vos incomoda. Dêem a conhecer aquilo de que não gostam. Mostrem ao vosso parceiro o que vos faz falta... Carinho. Amizade. Atenção. Conversas. Sexo. Tudo isto e mais alguma coisa? Digam-no. Tentem ser felizes.

Cesta rota

Geralmente sou uma pessoa tranquila, na boa, fico no meu canto. Não chateio, não incomodo, nem gosto de ser incomodada. Fico a observar, a ver as coisas a uma certa distância. Se aquela situação ou aquela pessoa pouco me diz, não me meto. Não falo do que não sei. Não falo com quem não conheço. Mas ultimamente ando muito mais faladora... sinto necessidade de falar das minhas pequenas coisas , daquilo que me rouba um sorriso e daquilo que me faz chorar. Tenho tido a sorte de conhecer pessoas que me fazem sentir à vontade. Pessoas que conheço há pouco tempo, mas de quem já gosto bastante. Vai daí, dou por mim a falar horas com a mesma pessoa, sem me cansar. Por vezes falo demasiado, é certo. Deve ser aborrecido ouvir-me queixar mil e uma vezes dos meus males de amor. Deve ser meio chato ouvir-me a contar a mesma história quinhentas vezes, na ânsia de que a pessoa me perceba. Dêem-me um desconto. Senti falta disso, de conversar.
Hoje fui à biblioteca. Gosto de bibliotecas, gosto de passear por lá, ver os livros, tocar-lhes. Gosto de folhear aqueles calhamaços antigos... Gosto de ler um bocadinho de todos, tentar absorver o seu conteúdo. Os jardins do Palácio de Cristal são lindos. Nem a chuva consegue diminuir o seu encanto. Fiquei ali longos minutos, a olhar para a rua. Chovia muito, muito mesmo. As folhas das árvores caíam, o vento soprava forte... Uma paisagem que misturava beleza com alguma escuridão. Uma beleza diferente. Não sentia frio mas apertei o casaco junto ao corpo. De vez em quando ainda tenho frio, de vez em quando ainda sinto arrepios... mas há-de passar.

Ser romântico (Aviso: texto lamechas)

Ser romântico dói. Magoa o coração, desgasta a alma. Ser romântico implica que vejamos a outra pessoa como alguém que pode vir a fazer parte do nosso futuro. Um romântico não pensa apenas no presente, projecta o futuro. Um romântico assumido magoa-se muitas vezes. Magoa-se porque não sabe ser de outro jeito. Um romântico não sabe ficar indiferente. Para um romântico, um beijo não é apenas um beijo. Um toque não é apenas um toque. Sexo não é - nem deve ser - apenas sexo. Queremos sempre algo mais. Queremos o romance, a sedução, o flirt. Queremos a conquista, os sorrisos, a cumplicidade. O prazer momentâneo não nos satisfaz. Nós, românticos, não queremos saciar o corpo - queremos preencher aquele vazio da alma. Para nós é inconcebível a ideia de prolongar um relacionamento que nunca vai dar em nada. Se sabemos que não vai dar em nada, não o queremos. Nós românticos, queremos tudo. Tudo. Todos aqueles sentimentos o nosso coração pode abrigar.

Mudanças

Ando numa fase de mudança... Quero ver se me torno mais sociável, se faço amizades e coisa e tal. Posso até ser extrovertida, mas tenho uma certa dificuldade em ligar-me às pessoas, pelo que não tenho grandes amigos. Está na altura de mudar isso. Também está na altura de seguir em frente e esquecer assuntos do passado. Já chega de choramingar pelos cantos e de esperar o melhor que já não vem. Como diria a melhor mãe do mundo - a minha: Keep the best, ignore the rest.

Vamos lá esclarecer uma coisa....

Quem é que manda aqui caraças? Como se costuma dizer, em casa quem manda é o homem... e quem manda no homem é a mulher. Taditxos, nem se apercebem de que são "manipulados". Roubada descaradamente da Confraria da Gataria (com um nome destes, só podia ser um bom blogue).

Mulheres espancadas na alta sociedade

É este o tema da capa da revista "Sábado" desta semana (que por acaso sai às quintas). O tema captou logo a minha atenção, até porque sou bastante sensível no que diz respeito à violência - seja ela física ou psicológica. Casamentos por conveniência, homens de sucesso que espancam as esposas, juízas e médicas que levam porrada diariamente. "Em plena lua-de-mel, passada a percorrer alguns dos melhores hotéis do país, ele quis parar para almoçar. Ela disse que não tinha fome, mas ofereceu-se para lhe fazer companhia. Enfurecido, o empresário, bem relacionado na banca e no sector judicial, encostou o carro de forma brusca. Saiu, abriu a porta, arrancou Antónia do carro e disse-lhe: 'Agora vou-te ensinar quem é o homem da casa'. Deu-lhe uma sova ali mesmo, em plena via pública, numa zona próxima de Lisboa. Os murros, bofetadas, e pontapés deixaram-lhe o corpo magro cheio de nódoas negras. Mas o pior foi o choque. Esteve três dias sem falar. Limitava-se a obedecer-lh

Dilemas morais

Dilemas morais são situações nas quais nenhuma solução é satisfatória. Não percebemos bem o que é certo ou errado, é difícil decidir. Um comboio vai atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas sobre a linha. Tens a oportunidade de evitar a tragédia accionando uma alavanca que leva o comboio para outra linha. Nessa outra linha, o comboio atingirá apenas uma pessoa. Mudarias o trajecto, salvando as cinco e matando um? Este dilema moral foi apresentado a voluntários por Joshua Greene, da Universidade Harvard. Segundo as investigações de Greene, a maioria das pessoas diz que é aceitável mudar o trajecto do comboio. Esta opinião baseia-se na doutrina criada pelo filósofo inglês John Stuart Mill, no século XIX. Para ele, a moral está na consequência: a atitude mais correcta é a que resulta na maior felicidade para o máximo de pessoas. Segundo Freud, as nossas respostas a estes dilemas morais indicam diferentes níveis de desenvolvimentos moral. Outro dilema... um homem é casado há muitos

De queixo caído

Foi assim que fiquei ao ver este vídeo. Eu tinha para mim que a Maitê Proença - aquela actriz brasileira - era uma senhora de classe. Tinha para mim que era uma mulher educada. Mas não, não é. Numa visitinha ao nosso Portugalinho (tudo muito "inho", como ela fez questão de mostrar) a senhora divertiu-se a gozar com tudo o que é português. Pôs-se a gozar com as tradições portuguesas, a insinuar que os portugueses são burros e a desdenhar de tudo e mais alguma coisa. Teve a lata descomunal de ir cuspir numa taça do Mosteiro dos Jerónimos - mais parecia um pirralho de 5 anos. Desconhecia o que era o rio Tejo, para ela aquilo era mar. Também não deve muito à inteligência, pelos vistos. Nem se dedicou a ler uma horita sobre Sintra, para deixar de fazer figuras tristes. O melhor dos melhores: dentro do Mosteiro dos Jerónimos achou por bem dizer "onde temos Vasco da Gama mortinho, e temos também o Camões, olha lá como ele fica bem morto. Foi enterrado oficialmente mas ele não g
Há dias em que me apetece escrever-te uma carta. Daquelas de papel, que escondemos dentro de um envelope perfumado. Uma carta escrita com a minha mão, que espelhase a convicção das minhas palavras. Uma carta cheia de rabiscos, porque nem eu sei muito bem o que sinto. Uma carta que levasse até ti aquilo que (julgo eu) ainda não sabes. Ou sabes, mas finges que não sabes, porque não te interessa saber. Gostava de escrevê-la e guardá-la na minha mesa de cabeceira. Não a iria enviar, não valeria a pena... Mas gostaria de a ler todas as noites, antes de dormir. Era bom para poder perceber o que sinto. Ainda melhor era poder esquecer o que sinto... porque também não vale a pena.

Das autárquicas

A Fátima Felgueiras perdeu a câmara de Felgueiras. O Avelino Ferreira Torres perdeu Marco de Canaveses. Os gondomarenses gostam mesmo do Valentim Loureiro. A táctica de dar electrodomésticos é óptima. Também lhe acho graça, vá. Isaltino Morais continua à frente de Oeiras. Se o nomearam, que o aguentem. O Rui Rio continua na Câmara do Porto. Não gosto nem desgosto do homem, mas ao menos não lutou por dois tachos ao mesmo tempo. O António Costa continua na liderança de Lisboa e eu fico feliz por ele. Na minha santa terrinha ganhou o partido no qual votei. Foi um bom Domingo. Poderia ser melhor... mas foi um bom Domingo.

Saudade

Segundo o Priberam ... saudade (a-u) s. f. 1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que nos vemos privados. 2. Pesar, mágoa que essa privação nos causa. s. f. pl. 5. Lembranças; recordações; cumprimentos. Lembrança grata dos risos. Recordação dos momentos. Pesar por não sentir o toque. Mágoa por não ver o rosto. Recordar a voz. Relembrar o sorriso. Hum... é capaz de ser isso.

Quantos...?

Os homens são bastante preconceituosos no que diz respeito ao passado amoroso (=passado sexual) das suas parceiras. É um facto. Eles podem ser mais rodados que a bicicleta da aldeia, que não vêem qualquer mal nisso... No entanto, se conhecem uma mulher com uma passado amoroso preenchido, toca a colocar-lhe um rótulo de badalhoca/oferecida/coisa do género. Se uma mulher conhece um homem com fama de playboy , ela não fica muito afectada. "É normal, é natural, se teve várias mulheres é porque tem qualidades". Por seu lado, uma mulher que já tenha tido bastantes casos, é uma grande porca. Já alguns homens me disseram que não querem uma namorada que tenha tido vários parceiros sexuais. O mais estranho é que as pessoas que me disseram tal parvoíce não eram santas. Pergunto eu: é suposto nós ficarmos agradadas por vocês terem dormido com várias mulheres? Para diversão, escolhem uma qualquer. Mas para uma relação, tem de ser uma rapariga relativamente recatada. É suposto uma mulher s
Quando estou lúcida - isto é, quando não estou apaixonada - há coisas que os homens fazem que me enervam um bocado. - Alcunhas. É rara a alcunha com piada. Chamar Ursinho ao nosso namorado não é coisa bonita. - Diminutivos e palavras cutchi-cuchi. Fofinha, amorzinho... Não, não e não. S* está perfeito. Não me chamem princesa. Chamem-me Rainha. Se tem de ser, que seja em grande! - Mel a mais. Eu sou meiga, bastante meiga. Logo, se acho que o macho é demasiado meloso, é porque provavelmente é um chato do caraças. - Frases do género "és o sol que aquece o meu coração" são do mais piroso que há. Poupem-me. - Gente bronca, que não se sabe comportar. - Palavrões. Também os digo, tenho perfeita noção de que é muito feio para quem ouve. - Gente incapaz de fazer um elogio. "Já sabes como eu sou, não tenho jeito para essas coisas". Não tens? Aprendes. - Deitarem uma pessoa abaixo, mesmo que seja na brincadeira. Há coisas com as quais não se brinca, meus caros. - Comerem de b

Free fallin', John Mayer

Shes a good girl, loves her mama Loves Jesus and America too Shes a good girl, crazy bout Elvis Loves horses and her boyfriend too Its a long day living in reseda Theres a freeway runnin through the yard And Im a bad boy cause I dont even miss her Im a bad boy for breakin her heart And Im free, free fallin Yeah Im free, free fallin All the vampires walkin through the valley Move west down ventura boulevard And all the bad boys are standing in the shadows All the good girls are home with broken hearts And Im free, free fallin Yeah Im free, free fallin Free fallin, now Im free fallin, now Im Free fallin, now Im free fallin, now Im

"É assim que as coisas começam..."

Hora do almoço. Cenário: padaria no centro do Porto. Sento-me para almoçar com a minha mãe. Na mesa ao lado encontram-se duas pessoas: um homem e uma mulher. Na casa dos vinte e muitos, talvez trinta. Ele não é bonito, mas tem um ar interessante. Ela é gira, jovial, risonha. Estão a almoçar. A conversa parece um monólogo... Ela fala, fala, fala. Está evidentemente feliz. Sorri imenso. Não demoro muito a perceber que ela está interessada nele. Os sorrisos são um pouco falsos, as gargalhadas estridentes exageradas. Tem demasiados tiques, atira o cabelo para trás imensas vezes. Toca-lhe. Toca-lhe imensas vezes no braço, com a ponta dos dedos, num gesto que finge ser despropositado. Está muito corada, sempre que fala inclina-se na direcção dele. Ele esboça uns sorrisos de vez em quando, nota-se que está um pouco incomodado. Olha diversas vezes para o lado, talvez na procura de alguém conhecido. Ela conta-lhe a história das suas relações. Tenta passar a imagem de boa rapariga. Ele limita-se

High Maintenance

Harry: There are two kinds of women: high maintenance and low maintenance. Sally: Which one am I? Harry: You're the worst kind; you're high maintenance but you think you're low maintenance. Sally: I don't see that. Harry: You don't see that? Waiter, I'll begin with a house salad, but I don't want the regular dressing. I'll have the balsamic vinegar and oil, but on the side. And then the salmon with the mustard sauce, but I want the mustard sauce on the side. "On the side" is a very big thing for you. Sally: Well, I just want it the way I want it. Harry: I know; high maintenance. --> When Harry met Sally, 1989. Não sou esquisitinha. Não sou mandona. Nem faço birras. Tudo infâmias. Apenas quero as coisas da forma que eu quero as coisas. High maintenance.

Édipo e Electra

Segundo o psicanalista Sigmund Freud, o complexo de Édipo acontece quando a criança se dá conta da diferença de sexos, e tende a centrar a sua atenção "libidinosa" nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar. O complexo de Electra é uma atitude emocional que, segundo algumas doutrinas psicanalíticas, todas as meninas têm em relação à mãe. É uma atitude que implica uma identificação tão completa com a mãe que a filha deseja, inconscientemente, eliminá-la e ficar com o pai só para si. Daí a frase "menina do papá", geralmente as raparigas têm maior ligação com o pai... enquanto que os rapazes se ligam mais à mãe. A menina torna-se hostil em relação à mãe porque ela possui o pai e ao mesmo tempo quer ser parecida com ela, numa espécie de competição. Daí que as meninas gostem de se vestir de senhoras, usar saltos altos e brincar com maquilhagem. Alegadamente, para captar a atenção do pai. Segundo a psicologia, acabamos por ter como homem/mulher ideal uma figura marca

Super Mario

O Super Mario Forever solta o pior que há em mim. Ele é ordinarices e palavrões a torto e a direito... ele é murros na secretária. Se alguém ousa perturbar o meu jogo, ouve o que não gosta. Fico possessa! Irrita-me ainda mais ter de repetir tudo desde o início sempre que é Game Over... o que acontece com bastante frequência. Não gosto de perder. Em nada. Muito menos contra cogumelos e tartarugas.
As pessoas parecem esquecer-se do que viveram. Parecem esquecer-se dos sentimentos que (supostamente) existiram, das histórias que partilharam. De um momento para o outro deixam simplesmente de se importar. Nem a formalidade do "Estás bem...?" existe mais. É mais fácil ignorar, não é? Fingir que não existiu. Agir como se tivesse sido um acidente de percurso. Esquecer. Isso dói. Sem comentários... até porque é assim que eu fico... sem saber o que dizer.
Ódio por Ele? Não... Se o amei tanto, Se tanto bem lhe quis no meu passado, Se o encontrei depois de o ter sonhado, Se à vida assim roubei todo o encanto, Que importa se mentiu? E se hoje o pranto Turva o meu triste olhar, marmorizado, Olhar de monja, trágico, gelado Com um soturno e enorme Campo Santo! Nunca mais o amar já é bastante! Quero senti-lo doutra, bem distante, Como se fora meu, calma e serena! Ódio seria em mim saudade infinda, Mágoa de o ter perdido, amor ainda! Ódio por Ele? Não... não vale a pena... Florbela Espanca
Chego à brilhante conclusão que os homens não gostam de mulheres com iniciativa. É melhor sermos mansinhas e queridinhas... porque se formos ousadas, podemos ganhar outros rótulos. For Gods' sake , que é como quem diz, pelo amor de Deus!
When I met you, I didn't know what to do. I was tired, I was hungry, I fight. Now I'm away, I write home everyday and I see you on the TV at night. You can see that life's for us to talk about. You can leave whenever you want out. Whoa. You don't relate to me, no girl, you don't respect me, no girl, no girl. When I met you, I didn't know what to do, but I noticed that I didn't really feel. Now you're away, you write home everyday. I don't beg, I don't borrow, I steal.

Chuva

Chegou a chuva. O céu pincelado de cinzento já deixava adivinhar que seria hoje. Começou há pouco. O chão já está molhado. As folhas das árvores caem mais do que é normal. Chove muito. Chove por todos aqueles dias em que não choveu, mas devia ter chovido. Chove para celebrar o Outono que começou há poucos dias. Chove para dar continuidade a um ciclo. Mas não chove só lá fora, na rua... chove também dentro de mim. Cai aquela chuva que molha parvos... e molhou-me. Às vezes até ouço a trovoada lá ao longe. No entanto, não deixo de acreditar que em breve o sol voltará a brilhar.

Frivolidades

"Habituamo-nos a tratar os amores como electrodomésticos: quando se escangalham, vamos ao supermercado comprar um novo, igualzinho ao que o outro era. Consertar? Não compensa: o arranjo sai caro, além de que nunca se sabe muito bem onde procurar a peça que falta. Substituímos a eternidade pela repetição, e o mundo começou a tornar-se monótono como uma lição de solfejo. Tememos a maior das vertigens, que é a da duração. Mas no fim de cada sucesso há um cemitério como de Julieta e Romeu, apenas com a diferença da aura, que é afinal tudo." Inês Pedrosa, "Nas tuas mãos".
Se queres a bolota, tens de trepar. Ela não cai sozinha.

An Angel

She walks within the humble dust, yet she was born amid the clouds. And while life has shattered all her trust, she still brings smiles upon the crowds. She takes our old and makes it new, for all of those who have no name. And since angels such as her are few, we must thank God that this one came. She opens up and shares her heart, with all of those who need a hand. And while most people pass and part, she stops to help the nameless stand. Poema escrito pelo Alessandro, do blogue Seeking' the Cause. Segundo o próprio, é um poema "dedicado a uma amiga minha que tem uma Associação sem fins lucrativos, que tem por objectivo apoiar quem precisa e direccionar quem quer ajudar, no sentido de promover acções de solidarieadade". Quem quiser visitar o site da Associação, é aqui . A Ajude-me a Ajudar aceita ajuda de voluntários e donativos em "roupa; comida; mobília; brinquedos; livros; remédios; fraldas etc.".