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domingo, 29 de dezembro de 2013

RECEITA DE ANO NOVO





      QUERIDOS AMIGOS
       DEDICO A TODOS VOCES ESTE POEMA DE ANO NOVO
        AGRADECENDO PELO CARINHO QUE RECEBI 
        DE TODOS DURANTE 2013 QUE O ANO QUE VEM
        CHEGANDO POSSAMOS ESTAR JUNTOS COM O MESMO
       CARINHO E RESPEITO RECEBAM MEU ABRAÇO
       QUE DEUS NOS PROPORCIONE UM 2014 
       REPLETO DE PAZ SAÚDE E MUITAS ALEGRIAS

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.
Carlos Drummond De Andrade
postado por marlene de goes




quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

TU QUE ME DESTE TEU CUIDADO

Tu que me deste o teu cuidado

Manuel Bandeira
Tu que me deste o teu carinho E que me deste o teu cuidado, Acolhe ao peito, como o ninho Acolhe ao pássaro cansado, O meu desejo incontentado. Há longos anos ele arqueja Em aflitiva escuridão. Sê compassiva e benfazeja. Dá-lhe o melhor que ele deseja: Teu grave e meigo coração. Sê compassiva. Se algum dia Te vier do pobre agravo e mágoa, Atende à sua dor sombria: Perdoa o mal que desvaria E traz os olhos rasos de água. Não te retires ofendida. Pensa que nesse grito vem O mal de toda a sua vida: Ternura inquieta e malferida Que, antes, não dei nunca a ninguém. E foi melhor nunca ter dado: Em te pungido algum espinho, Cinge-a ao teu peito angustiado. E sentirás o meu carinho. E setirás o meu cuidado.

postado por marlene de goes





sábado, 14 de dezembro de 2013

MEU AMOR DE SEMPRE

DESEJANDO AOS AMIGOS UM LINDO E FELIZ NATAL
VOLTAREI A POSTAR NA  SEMANA  APÓS O NATAL
POSTADO POR MARLENE DE GOES

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

POEMA DE NATAL

Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos…
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius De Morais 
Postado por marlene de goes


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

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