9.4.13

Manuel Maria Barbosa du Bocage: "Incultas produções da mocidade"






Incultas produções da mocidade
Exponho a vossos olhos, ó leitores:
Vede-as com mágoa, vede-as com piedade,
Que elas buscam piedade, e não louvores.

Ponderai da Fortuna a variedade
Nos meus suspiros, lágrimas e amores;
Notai dos males seus a imensidade,
A curta duração de seus favores;

E se entre versos mil de sentimento
Encontrardes alguns cuja aparência
Indique festival contentamento,

Crede, ó mortais, que foram com violência
Escritos pela mão do Fingimento,
Cantados pela voz da Dependência.




BOCAGE, Manuel Maria Barbosa du. Sonetos de Bocage. Org. de Fernando Mendes de Almeida. São Paulo: Saraiva, 1956.



6 comentários:

Robson Ribeiro disse...

Muito bom, Cicero!

Aproveito para desejar boa sorte hoje!

Um abraço!

Antonio Cicero disse...

Obrigado, Robson!

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


toda a sorte do mundo para você! A Academia só tem a ganhar com a sua presença! Viva a sua poesia e o seu talento!


Abraço forte,
Adriano Nunes

Alcione disse...


Aqui, nesse Rio de Janeiro
Todo inteiro
nada tenho a dizer
nesse entardecer
A não ser que serenamente
Mansamente
Teus olhos táo leves
e solenes
São beijos de espumas
Espelhos sob essa bruma.

Antonio Cicero disse...

Obrigado, Adriano!

Infelizmente, ainda não foi desta vez. Daqui a um tempo, talvez eu tente de novo.

Abraço

Anônimo disse...

Olá!
Passei para conhecer seu blog ele é notº 10, muito maneiro com excelente conteúdo gostaria de lhe dar os parabéns pelo seu blog e desejar sucesso e que DEUS ilumine sua vida e de seus familiares
Um grande abraço