sábado, fevereiro 28, 2009

Pum!

Estava a "zappingar" à procura de um canal que me desse o Porto-Sporting e apanho com a "grande notícia" do "grande Congresso" do "grande PS": o "grande leader" escolhera o "grande cabeça de lista" às eleições europeias: Vital Moreira!
Pim-pam... pum!

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

É duro!

Franqueza, franquezinha, estou a ficar cada vez mais alérgico à ignorância atrevida, a quem fala tonitruantemente do que não sabe, a quem esvazia as palavras de sentido e fala como se estivesse a dizer coisas aos outros, aos outros que os ouvem e aplaudem como se tivessem sido ditas coisas, nem digo coisas certas ou discutíveis… mas coisas.
Deve ser da idade, que nos vai tornando menos tolerantes…
De qualquer modo, e qualquer a idade, ter de ouvir, do alto de um mandato que nem de eleito é, que esta é a “primeira crise da globalização” é obra!, não sei o dia ao certo em que terá começado a tal da globalização mas desconhecer ou ter esquecido, entre outras, a “crise asiática” que explodiu nos últimos anos da década de 90 (em que, aliás, ainda parece estar afundado o Japão) é desplante; querer rasgar compêndios quando o que mais preciso é não esquecer manifestos, lembra fahrenheit quatrocentos e cinquenta e um, ou então é vingança de quem pouco leu na vida; avançar, pomposo, com a grandiloquente afirmação da “crise civilizacional” é permitir-se muito; repetir n vezes que estamos em “aldeia global” como se fosse uma descoberta recente e sua, incomoda-me, pronto[1]; e, ainda por cima, terminar com palavras de carinho e de estímulo que também me são endereçadas, faz-me cócegas, que é que querem?!

E, depois, ainda mal refeito, apanhar com o “orador principal”, pela ponte dos paradigmas paradigmáticos que os unem, que veio, ao que me pareceu, de “um outro mundo”, do mundo “deles”, do mundo dos banqueiros que serão o sustentáculo da economia (“deles”); que sublinhou a convergência de todas as cores políticas, esquecendo-se, claro, da vermelha, de que foge como o diabo da cruz (salvo seja); juntar aos vários nomes da crise a da ética; desprezar, como alternativa, a economia solidária (a que se atreveu a chamar economia da compaixão!); misturar a crise da procura com a queda da poupança, a manutenção do investimento, a praga do que se paga em salários e a produtividade estagnada, tudo numa salada indigerível; confessar – porque pode dizer tudo o que lhe apetecer pois não está na política activa (o que é isso?)! – que a grande preocupação dos bancos é a da liquidez – com a autoridade de banqueiro dixit –, e isto para micro, pequenos e médios empresários ouvirem, com o conselho conselheiral de mudarem de hábitos de vida, é mesmo mesmo de(s)masiado.
Estou “de ressaca”! Logo passa.
_________________________________
[1] - se calhar é só a mim que li, entre outras coisas, Le "village-monde" et son château, de Philippe Paraire, de 1995, e que traduzi e prefaciei.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Guantánamo

O nome de Guantánamo faz-nos corar. De vergonha. Como "ocidentais" e, agora, particularmente como portugueses. Por termos um ministro dos negócios estrangeiros que diz o que diz depois de ter dito o que disse e não disse, um governo que disse o que disse depois de ter não-dito o que desdiz, por sermos de um Estado aparentemente soberano que fez o que fez e cujos eleitos afirmaram (juraram a pés juntos...) não ter feito. Uma vergonha!

De uma visita a Cuba trouxe um livro, muito bem documentado, de que traduzo os parágrafos finais antes dos anexos (ver ficha em som da tinta):

«A história demonstrou que os Estados Unidos não têm nenhum argumento válido, que não seja a partir da prepotência imperialista e da violação da soberania de Cuba, para manter-se na zona ocupada de Guantánamo. A verdade é que os EUA não têm nem jurídica nem histórica nem moralmente direito a este pedaço do território cubano, cuja ocupação ilegal e pela força fere a soberania e a sensibilidade nacionais.
A vida internacional actual corre com uma celeridade que impossibilita a um livro vinculado a esta abarcar, ou apenas mencionar, os fenómenos que se verificam no contexto mundial. Como são os casos, no que a esta presente obra se refere, da invasão estado-unidense do Panamá em Dezembro de 1989, o triunfo da direita nas eleições que se verificaram na Nicarágua em Fevereiro de 1990 e os acontecimentos que desmoronaram o socialismo na Europa de Leste.
Ainda assim, a hostilidade militar norte-americana à volta de Cuba recrudesceu. Três grandes manobras militares de mar, ar e terra, inabitualmente simultâneas, realizaram-se desde o começo de 1990. Estas incluiram o mais perigoso golpe aéreo maciço realizado contra as províncias ocidentais pela Força Aérea dos Estados Unidos, junto a manobras na Base Naval de Guantánamo, que provocaram a realização, pelas nossas Forças Armadas Revolucionárias, do exercício nacional Escudo Cubano, o qual manifestou amplamente o poderio defensivo e o espírito inquebrantavelmente patriótico do nosso povo.»

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Violência nas escolas

Ontem, foi notícia a violência escolar. Em todos os meios de comunicação social e por todos os meios. Até a sra. ministra veio deitar achas na fogueira, falando de canivetes, de armas a fingir e de espingardas de pais levadas para a escola.
.
Estou a ler, com grande empatia, um livro - Chagrin d'école - e estava ontem, precisamente, a ler uns trechos sobre a violência nas escolas. De um livro (quase) intraduzível, transcrevo dois pequeníssimos trechos (o fim do texto 9 e o início do texto 10 do capítulo V., Maximilien ou le coupable idéal):




«(...) 80% environ des crimes de sang ont pour cadre le milieu familial. C'est avant tout chez eux que les hommes s'entretuent, sous leur toit, dans la fermentation secrète de leur foyer, au coeur de leur propre misère.
Faire passer l'école pour un lieu criminogène est, en soi, un crime insensé contre l'école.
(...)
«À en croire l'air du temps, la violence ne serait entrée qu'hier à l'école, par les seules portes de la banlieu et par les seules voies de l'immigration.»


segunda-feira, fevereiro 23, 2009

A Venezuela... e os outros

Sobre a Venezuela, onde, sem reservas dos "observadores", alguns deles incapazes de observar o que se passa nos próprios países, o presidente eleito já ganhou 14 das 15 eleições a que se propôs e que promoveu, ver este comentário que considero muito oportuno e pertinente.

Sobretudo para quem possa estar tão distraído das coisas importantes da vida - para além das suas vidinhas - que esteja permeável à ignóbil campanha que confunde a faculdade de poder ser candidato em futuras eleições com a ditatorial tomada do poder ad eternum.
E quando é que alguns, tão cegos pelo aparente poder que julgam ter, e suas mordomias, são obrigados a deixar de avaliar os outros por si próprios, e pelas suas motivações e artes-e-manhas, e a fazer dessa auto-avaliação a informação dominante?!

domingo, fevereiro 22, 2009

Depois da viagem ao Vietname, sempre o Vietname

Já depois de encerradas as crónicas e reportagens sobre o Vietname, no acaso de um carro eléctrico, espreitei, por cima do ombro de um companheiro de viagem, uma página do Récord com uma entrevista com Henrique Calisto, em férias em Portugal. Logo comprei o jornal, li a entrevista, e trago uns apontamentos:



  • «O treinador que se embrulhou na bandeira que lhe foi dada por um dos onze portugueses (Afonso) que residem no Vietname...» - Nesse momento, estavam mais 4 portugueses a "residir" no Vietname, bem mais ao Sul, em Ho Chi Minh ville ou city (Saigão) que viveram o acontecimento da vitória sobre a Tailândia e festejaram o facto com o povo que, alegre e calmamente, saíu às ruas da cidade.

  • «... em Hanói, Calisto nunca conduziu. " O trânsito é caótico, são milhões de motos por todo o lado...». - Ah! pois é. E não só em Hanói. Como nunca viramos nada tão caótico e tão tranquilo e tão... organizado.

  • «"O jogo é ilegal no Vietname mas eles apostam em tudo e sobretudo no resultado certo dos jogos" (o que) já foi responsável pela prisão de cinco jogadores e de um árbitro por corrupção. Um dos jogadores apanhados foi Van Kuin, o melhor ponta de lança do país, que acaba de cumprir 5 anos de prisão...». - Só para registo...

  • Por cá, «Henrique Calisto não entende, isso sim, os salários em atraso. "É algo impensável na Ásia, pois aí quem não tem dinheiro não contrata"». - Que atrasados estão!

Dúvidas

Depois de ler Caetano, a transição falhada, (este sábado andei mais de 10 horas de "expresso" a ler o Expresso, entre outras coisas...), perguntei-me no canhenho que me acompanha nas viagens:
Será que o PCP existiu?
Será que a luta clandestina se resumiu a uma intervençãoZITA e o resto, que teria sido tudo, foram críticos, oposições e dissidências (para que se esperariam os protagonismos de "Mário Soares, Adriano Moreira, Freitas do Amaral ou até Jaime Nogueira Pinto"!)?
Será que o PCP existe?
OU
Será que "não existe" precisamente por existir como Partido Comunista (e) Português?
e ainda anotei, afirmativamente:
Como se falsifica a História!

É a economia "deles", estúpido!

A expressão "it’s the economy, stupid!" teria sido usada, politicamente, pela primeira vez (pelo menos, pelo impacto que viria a ter), em 1992, na campanha Bush (pai)- Clinton.
Desde então, é muito glosada, com variadas adaptações.
Hoje, neste tempos que correm, nesta crise, neste crescer negativo, neste subir para baixo, neste correr em marcha atrás, nesta procura de causas e de “saídas”, há que acrescentar algo: "é a economia capitalista, estúpidos!" Embora “eles” não sejam nada "estúpidos"...
Aqui, com o inefável ministro da economia que nos calhou em rifa,

as suas mais recentes “perfomances” e declarações sobre a Qimonda, nas suas relações com o confrade alemão e a (des)propósito dos últimos números do desemprego (cujos aproveitou para dizer que eram sinais de esperança...), levam a, cá por casa, traduzir a frase: "é a economia capitalista, estúPINHO!"

sábado, fevereiro 21, 2009

O anti-comunismo troglodita

Começa assim a página de Miguel Sousa Tavares no Expresso de hoje:
.
O comunismo (também eufemisticamente conhecido por socialismo) está morto: oaz à sua alma. «E a sua morte, por implosão, foi de tal forma redentora, que nem o nosso Partido Comunista ousa sugeri-lo como alternativa, quando o capitalismo, entregue a si próprio e cumprindo a profecia de Marx, tudo fez para se auto-destruir.»
.
Isto escrito dois meses meses e meio depois do congresso do "nosso Partido Comunista" ter escolhido como sigla "Por Abril, Pelo Socialismo, Um Partido mais forte", e de ter aprovado a resolução política que aprovou. Que MST desconhece? Não!, MST escreve fingindo ser ignorante, por não querer que outros saibam, ou por querer que esqueçam, o que ele sabe. Que o comunismo não é um "modelo" de importação que terá implodido, e que há um Partido Comunista Português que luta pelo socialismo, agora e aqui, como a alternativa ao capitalismo
Aliás, o seu artigo, com o título Enfim, um empresário! é útil para se poder ver como, malabristicamente, pretende transformar um empresário atípico no empresário desejável para que o capitalismo não fosse o que é, e que Marx denunciou (e outros, a começar por Engels), não como profecia mas por estudo e divulgação dos mecanismos intrínsecos ao sistema.
.
E, já agora, pode ver-se também algo sobre o anti-marxismo militante.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Sobre o bicentenário de Darwin e Álvaro Cunhal

Dos cinco "posts" sobre este tema, editados em som da tinta, acabo de publicar o último, o quinto. Custa não poder continuar a ler (e a aprender com) Álvaro Cunhal. E a confrontar (e a aprender com) a sua postura na cadeia. Verdadeiras lições a que, decerto, voltarei. E que não pretendem ser lições, mas que o são. Diria que ler (e estudar, e aprender com) as Obras Escolhidas é, mais que recomendável, uma necessidade, uma urgência.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Darwin em carta de Álvaro Cunhal na Penitenciária

O quarto episódio desta série está publicado no som da tinta. E vale a pena ler o pequeno extracto desse documento. A que se seguirá o quinto e último...

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

No bicentenário de Darwin

O que diz (Mário Soares em) o pivô? Isto.

Da "outra economia" e da política por cá e por lá

Ouvi, como se ouvê a televisão num restaurante e enquanto se almoça, que se está a realizar um forum sobre economia, ou económico, em que Belmiro de Azevedo disse mais isto e aquilo e em que outros disseram isto e mais aquilo.
Quando é que a outra economia tem direito de antena sem ser nos tempos de anteno de um partido que eu cá sei?
E já que comecei a fazer deste anónimo do século xxi uma espécie de plataforma giratória, encaminho quem por aqui passe e queira conhecer algo do que vai por aqui, por Ourém para um post lá colocado e que é mais um desabafo que outra coisa. Se tiver tempo e paciência passe por lá.

As "efemérides" dos séculos

Ontem, ao regressar a casa, "apanhei" com aquela conversa de fim de dia entre os Carlinhos - o Magno e o Amaral Dias -, na RTP1. O que é magno, de forma atabalhoada, o que não é costume dele, e baralhando-se cronologicamente, o que o psicanalista amaral corrigiu, começou por avançar com a tese (?) de que Darwin era o homem do século xix, e Freud o homem do século xx. Estes é que!
E então sobre a importância do Darwin, o "homem do século xix", na questão social, das sociedades, o magno não teve palavras a medir... Deu-me para rir.

Desliguei o carro e o rádio quando estavam os dois embrulhados com o Freud e o Júlio Verne e qual é que teria sido conveniente que tivesse nascido antes. Senti-me aliviado e voltei aqui a este cantinho e à série relativa à "efeméride do dia". Publiquei, no som da tinta, o terceiro episódio, com o começo de uma carta de Álvaro Cunhal ao director da Penitenciária, de que recomendo vivamente a leitura.


terça-feira, fevereiro 17, 2009

À atenção dos "navegantes"

Numa tentativa de melhor organizar esta minha intervenção blogueira, resolvi dar um novo papel ao blog som-da-tinta.blogspot.com (som da tinta). Este blog, que nasceu a partir de uma livraria que existiu - e durante sete anos viveu e fez viver - em Ourém, passará a ser aquele em que colocarei o que tenha a ver com livros e leituras.Manterei este, o anónimo, com um carácter mais atento e interventivo sobre a realidade social, económica e política que vivemos; o ficções do cordel continuará a ser o blog onde editarei o que me vier (ou veio) à cabeça...; o por ourém acolherá o que quiser (e vá podendo) dizer e comentar sobre o que se passa por aqui, por Ourém; e não esqueço o foto & legenda, à espera de melhores dias (da minha parte, porque há quem o mantenha vivo e muito interessante, embora irregular).
Neste novo arranjo, farei ligações, como por exemplo - e para começar - a de, aqui, chamar a atenção para o que estou a publicar, sobre a "efeméride do dia" - o bicentenário de Darwin -, no som-da-tinta, numa pequena série de que já editei dois episódios, o primeiro e o segundo. Espero - tempo do verbo esperança - que uma visita valha a pena.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Solidariedade entre quem?, pobreza de quem e porquê?

Uma daas leituras semanais é a do Expresso e a de Nicolau Santos. Não porque se deva ler tudo, ou até porque alguma coisa se deve ler, e o que, pelo menos aqui e ali, é legível. por maiores que sejam os desacordos de fundo.
Ora, na leitura (atrasada) de Cem por Cento de 14 de Fevereiro, a leitura é interessante, a começar pelo título - Solidariedade ou pobreza - e a terminar no fecho e destaque:
«Ou nos salvamos todos ou o país resvalará para o empobrecimento, até se transformar num local pouco interessante para viver e trabalhar»
É curioso com tanto se fala de... todos.
E há que pôr três pouco inocentes perguntas:
  • Há quanto tempo não é este país um local pouco interessante para viver e trabalhar?
  • Quando o era, era para todos-todos?
  • Era-o para os trabalhadores assalariados enquanto muito o era para todos-os-outros, que muitos menos são que os trabalhadores assalariados?

E, já agora, uma quarta perguntinha:

  • Solidariedade dos pobres com quem os fez pobres enquanto enriqueciam, alguns desmesuradamente?

domingo, fevereiro 15, 2009

do arquivo recente

E hoje, no dia de hoje, a que decidi chamar o "dia avante!", deu-me para ir dar uma volta ao arquivo recente, de há 7/8 meses, quando a tal da "crise" ainda não tinha cá chegado... como nos asseguravam os nossos (des)governantes, e saltou-me este "post", que achei curioso recordar, por vários motivos ligados à informação e ao papel do avante! na nossa informação.

Parabéns!

E cá estamos, hoje, neste tempo....

«(...) Neste tempo, também, em que os comunistas, o seu Partido e o seu jornal assumem as suas responsabilidades históricas e ocupam a primeira fila da luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do País, conscientes de que a luta de massas, pelo seu papel crucial - porque determinante e decisivo - se apresenta como caminho certo e indispensável para pôr termo à política de direita e para impor a necessária ruptura de esquerda. (...)»

"Isto" está bonito, está!

a caminho da Serra da Estrela

Fomos ali e já voltámos. Foi coisa de ir na sexta, a seguir ao almoço, e regressar para dormir logo no sábado, mas foi tão intenso, tanta coisa, que parece que passou uma semana, um mês. E não se perderam noticiários na rádio, não se deixou de espreitar os cabeçalhos dos jornais nos escaparates, de comprar o Expresso (que disparate…) para ler daqui a bocado. Quer dizer, realmente não houve nenhum corte. Mas parece que sim. E, agora, que me sentei à secretária, que abri a net e fiz o circuito dos blogs e dos mails, parece que me estou a actualizar depois de uma longa ausência.
E é verdade! Tanta informação! Tanto comentário por fazer! Tanto post que “tem de” ser feito!
Este sentimento dá bem a ideia da velocidade a que anda o mundo e, também, da intensidade do que foi esta “corrida” ao distrito da Guarda com dormida em casa amiga, fraterna, na Covilhã.
Retenho duas notas, de toda a informação que escapa entre os dedos e as teclas:

  • no 4º trimestre de 2008, o PIB português terá descido 2,1%, ou seja (de)cresceu metade do crescimento económico “europeu”, o que tem o enorme significado do País continuar e agravar a sua desconvergência real depois de toda a convergência nominal e obediente aos critérios “europeus”, a maior queda depois da da Alemanha e o pior resultado depois de 1992, altura em que governo resultava de uma maioria absoluta PSD com Cavaco Silva primeiro ministro;

  • a invasão e agressão a dois camaradas dentro de um centro de trabalho do PCP, a encenação violenta, ameaçadora, quando, em resposta, se fez uma manifestação pacífica e de protesto, com a presença de um deputado do PCP (viram, sobre estes acontecimentos, alguma coisa na comunicação social, já não digo com o mais que justificado relevo?).

Isto está bonito, está.
Volto já…

com "o Narciso" no meio dos narcisos

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

A propósito de Jesualdo Ferreira

Se "simpatiza" com este "professor" (e outros parecidos) leia, em cravodeabril, que vale a pena!

domingo, fevereiro 08, 2009

Significativo!

A propósito da iniciativa do PCP para o dia 13, no Hotel Plaza – Poder económico, direitos dos trabalhadores, desigualdades sociais e liberdades democráticas –, no quadro da campanha Sim, é possível uma vida melhor, em que participarão Pedro Carvalho, Odete Santos, Jorge Leite e Manuela Silva, parece-me oportuno relevar as recentes posições desta última. Até 2008 Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, organismo laico da Igreja Católica, com um recheado currículo de intervenção política e cívica, em que se pode destacar o lugar de Secretária de Estado do Planeamento do 1º Governo Constitucional, acaba de dar uma interessante entrevista ao jornal da Voz do Operário – e de participar numa série de artigos na Seara Nova sobre a crise, a que já neste “blog” se fez referência salientando o verdadeiro debate que representa a exposição dessas posições sobre o tema. A propósito de Manuela Silva, sublinhando o outro caminho que poderia ter seguido a economia (e a sociedade) portuguesa a partir de 1976, leia-se em som-da-tinta.blogspot.com um extracto de “50 anos…”.

sábado, fevereiro 07, 2009

Mudanças...

Para quê enviar para algures o que se pode fazer "em casa"?

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Sim, é possível!

... e já agora
... e também vou estar, no dia 12, num jantar no Barreiro, no dia 13 numa sessão na Guarda e no dia 14 em Gouveia e em Seia. E podem multiplicar por x iniciativas em y lugares deste País. Vêm no avante! (nem todas... ou até muito poucas das que se vão fazendo).

De espanto e indignação

Em o tempo das cerejas há um "sinceramente..." que é merece todo o eco. Na verdade, a primeira página do Diário Económico

ao querer ensinar(-nos?) como aproveitar ter perdido dinheiro na bolsa para pagar menos IRS é de espantar. E de indignar!

Porque não um guia "saiba como conseguir deduções fiscais por vigésimos de lotaria não premiados?, ou euromilhões sem prémio? ou perdido outras apostas?"

Mas o espanto e a indignação passam depressa... é o capitalismo, estúpido!, não é verdade?

O PCP e a "crise"

A “crise” está aí.
Como situação nova? Sim, na perspectiva de que todas as situações são novas.
Como situação grave? Sim, porque a dimensão dos problemas ultrapassa a “normalidade” da evolução do sistema económico e social que vive em crise, e só assim pode viver. Isto na “leitura” dos comunistas, que têm como base teórica o marxismo-leninismo.
A revista Seara Nova, nº 1706, edição de Inverno acabada de distribuir, publica um “dossier” Crise económica e financeira que reputo da maior importância pela diversidade e qualidade de textos, e em que me sinto muito honrado por incluído. Permito-me referir, apenas como exemplo, os textos de Manuela Silva, Desigualdades crescentes em tempo de crise financeira – um desafio para a ciência económica, e de António Simões Lopes, Crise: moral e ética – Irresponsabilidade.
Sendo três desses contributos de membros do PCP – Octávio Teixeira, Manuel Carvalho da Silva e eu próprio –, também me permito servir-me do meu para, sem me arrogar qualquer representatividade (apesar da responsabilidade de pertencer ao Comité Central), sublinhar que «talvez haja quem surpreso se afirme – em parelha com declarações inacreditáveis de inocência e de ignorância que não faltam -, mas só pode ser na dimensão e gravidade destas “tempestades” que não são em copos de água. Porque, quem tenha a informação mínima obrigatória para poder falar “destas coisas”, não pode de modo nenhum desconhecer textos em que se previa e prevenia o que vinha aí. Não com o anúncio de dia e hora, não com a dimensão da tormenta, não onde e como, mas como inevitabilidade da dinâmica do sistema de que havia e há fautores».
Por outro lado, os comunistas não têm, na sua “farmácia” privada, as “mezinhas” para as “saídas" da crise que assim interpretam e, malevolamente, as escondam procurando o “pior melhor”. Atacam o sistema, por fazer de todas as situações as vítimas dos costume e os beneficiados do costume, com concentração e centralização do capital, defendem o que sempre defenderam, o trabalho e os trabalhadores, a produção e a melhoria de vida das populações (que sim, é possível!).
Mas não deixam de, persistentemente, propor medidas urgentes de combate à crise, como na reunião do CC de 31.1/1.2, que são públicas… embora pouco publicadas! E que, evidentemente, os agentes e fautores da crise desconhecem, desvalorizam ou só aplicam tarde e a péssimas horas (veja-se, por exemplo, a questão do "défice orçamental"!, e do que foi a sua obsessão).
Nas áreas de






Valeria a pena ler (isto digo eu...).

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Comentário

Ao ler um comentário no "post" abaixo, respondi acrescentando algo ao que outro visitante já dissera (e, a meu ver, muito bem!). Mas, porque me parece que a questão é mesmo muito séria, reproduzo o comentário e o meu acrescento, assim "promovidos":
Ana Pereira disse...
Não me parece muito sério discutir a actual situação do País a pensar nas eleições.
Nem sequer compreendo que a culpa da nossa crise doméstica seja só deste governo,muito menos que este governo seja o principal culpado pelas situações que a crise internacional está a provocar no nosso País,e no resto do Mundo.
Já deixei de ver os debates porque me faz confusão o tempo que se perde a discutir as culpas e os erros em vez de discutir as soluções possíveis e realistas.
Nunca votei no PS e não absolvo os erros que cometeu, mas a situação piora todos os dias e custa-me que os deputados do partido em que votei, que até é o seu, nada mais tenham para dar do que fazer oposição a tudo,ou apresentar propostas não quantificadas para avaliar da sua possibilidade de as levar á prática.
Estou realmente muito desiludida que o partido em que votei escolha a posição mais comoda de ser oposição,como quem diz a culpa é vossa resolvam os problemas sózinhos.
A minha resposta:
Ao ler, agorinha, o comentário da Ana Pereira, logo me deu vontade de responder. Houve quem já o tivesse feito, e muito bem, na minha opinião. Acrescentaria, apenas, uma referência que tem de ser lembrada que é a da Conferência Nacional do PCP sobre questões económicas e sociais, de que há uma publicação de 377 páginas - Outro Rumo, Nova Política - em que estão as maleitas do sistema e das opçoes políticas "domésticas", de acordo com a nossa discussão e trabalho de meses com centenas de camaradas e amigos, publicação que traz o que foi considerado, em Novembro de 2007!, como urgentes rupturas, entre elas, por exemplo, a da "obsessão" do défice orçamental.
Podem estar em desacordo connosco, podem acusar-nos de muita coisa... agora de não fazermos propostas, de não apresentarmos alternativas... de fazermos oposição cómoda (nós? que optámos pela oposição mais incómoda que é a de classe, a que tem um fundamento ideológico?!)...
E quem é que está a pensar em eleições porque não pensa noutra coisa? Somos nós?
Nós, os do PCP, pensamos em eleições, inevitavelmente, mas pensamos também que a política se faz todos os dias, todos os anos, em todas as circunstâncias (até as mais... incómodas), e a frente eleitoral é só, e apenas, uma frente de luta.
Saudações, e vote informada e onde, evidentemente, a sua consciência (informada!) lhe indicar.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Hoje, na Assembleia da República

Notícia de 1ª página que as 1ªs. páginas de hoje não trazem. E que as de amanhã não trarão.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

La quête - Brel (lutar pelo impossível!)


Rêver un impossible rêve
Porter le chagrin des départs
Brûler d'une possible fièvre
Partir où personne ne part
Aimer jusqu'à la déchirure
Aimer, même trop, même mal,
Tenter, sans force et sans armure,
D'atteindre l'inaccessible étoile
Telle est ma quête,
Suivre l'étoile
Peu m'importent mes chances
Peu m'importe le temps
Ou ma désespérance
Et puis lutter toujours
Sans questions ni repos
Se damner
Pour l'or d'un mot d'amour
Je ne sais si je serai ce héros
Mais mon coeur serait tranquille
Et les villes s'éclabousseraient de bleu
Parce qu'un malheureux
Brûle encore, bien qu'ayant tout brûlé
Brûle encore, même trop, même mal
Pour atteindre à s'en écarteler
Pour atteindre l'inaccessible étoile.

E por aqui me fico... que a tradução vai para as ficções (aí sou ainda mais livre que por estas paragens!)