sábado, fevereiro 28, 2009
Pum!
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
É duro!
E, depois, ainda mal refeito, apanhar com o “orador principal”, pela ponte dos paradigmas paradigmáticos que os unem, que veio, ao que me pareceu, de “um outro mundo”, do mundo “deles”, do mundo dos banqueiros que serão o sustentáculo da economia (“deles”); que sublinhou a convergência de todas as cores políticas, esquecendo-se, claro, da vermelha, de que foge como o diabo da cruz (salvo seja); juntar aos vários nomes da crise a da ética; desprezar, como alternativa, a economia solidária (a que se atreveu a chamar economia da compaixão!); misturar a crise da procura com a queda da poupança, a manutenção do investimento, a praga do que se paga em salários e a produtividade estagnada, tudo numa salada indigerível; confessar – porque pode dizer tudo o que lhe apetecer pois não está na política activa (o que é isso?)! – que a grande preocupação dos bancos é a da liquidez – com a autoridade de banqueiro dixit –, e isto para micro, pequenos e médios empresários ouvirem, com o conselho conselheiral de mudarem de hábitos de vida, é mesmo mesmo de(s)masiado.
Estou “de ressaca”! Logo passa.
[1] - se calhar é só a mim que li, entre outras coisas, Le "village-monde" et son château, de Philippe Paraire, de 1995, e que traduzi e prefaciei.
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Guantánamo
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Violência nas escolas
(...)
«À en croire l'air du temps, la violence ne serait entrée qu'hier à l'école, par les seules portes de la banlieu et par les seules voies de l'immigration.»
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
A Venezuela... e os outros
Sobretudo para quem possa estar tão distraído das coisas importantes da vida - para além das suas vidinhas - que esteja permeável à ignóbil campanha que confunde a faculdade de poder ser candidato em futuras eleições com a ditatorial tomada do poder ad eternum.
E quando é que alguns, tão cegos pelo aparente poder que julgam ter, e suas mordomias, são obrigados a deixar de avaliar os outros por si próprios, e pelas suas motivações e artes-e-manhas, e a fazer dessa auto-avaliação a informação dominante?!
domingo, fevereiro 22, 2009
Depois da viagem ao Vietname, sempre o Vietname
Já depois de encerradas as crónicas e reportagens sobre o Vietname, no acaso de um carro eléctrico, espreitei, por cima do ombro de um companheiro de viagem, uma página do Récord com uma entrevista com Henrique Calisto, em férias em Portugal. Logo comprei o jornal, li a entrevista, e trago uns apontamentos:
- «O treinador que se embrulhou na bandeira que lhe foi dada por um dos onze portugueses (Afonso) que residem no Vietname...» - Nesse momento, estavam mais 4 portugueses a "residir" no Vietname, bem mais ao Sul, em Ho Chi Minh ville ou city (Saigão) que viveram o acontecimento da vitória sobre a Tailândia e festejaram o facto com o povo que, alegre e calmamente, saíu às ruas da cidade.
- «... em Hanói, Calisto nunca conduziu. " O trânsito é caótico, são milhões de motos por todo o lado...». - Ah! pois é. E não só em Hanói. Como nunca viramos nada tão caótico e tão tranquilo e tão... organizado.
- «"O jogo é ilegal no Vietname mas eles apostam em tudo e sobretudo no resultado certo dos jogos" (o que) já foi responsável pela prisão de cinco jogadores e de um árbitro por corrupção. Um dos jogadores apanhados foi Van Kuin, o melhor ponta de lança do país, que acaba de cumprir 5 anos de prisão...». - Só para registo...
- Por cá, «Henrique Calisto não entende, isso sim, os salários em atraso. "É algo impensável na Ásia, pois aí quem não tem dinheiro não contrata"». - Que atrasados estão!
Dúvidas
É a economia "deles", estúpido!
Desde então, é muito glosada, com variadas adaptações.
Hoje, neste tempos que correm, nesta crise, neste crescer negativo, neste subir para baixo, neste correr em marcha atrás, nesta procura de causas e de “saídas”, há que acrescentar algo: "é a economia capitalista, estúpidos!" Embora “eles” não sejam nada "estúpidos"...
Aqui, com o inefável ministro da economia que nos calhou em rifa,
as suas mais recentes “perfomances” e declarações sobre a Qimonda, nas suas relações com o confrade alemão e a (des)propósito dos últimos números do desemprego (cujos aproveitou para dizer que eram sinais de esperança...), levam a, cá por casa, traduzir a frase: "é a economia capitalista, estúPINHO!"
sábado, fevereiro 21, 2009
O anti-comunismo troglodita
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Sobre o bicentenário de Darwin e Álvaro Cunhal
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Darwin em carta de Álvaro Cunhal na Penitenciária
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Da "outra economia" e da política por cá e por lá
As "efemérides" dos séculos
terça-feira, fevereiro 17, 2009
À atenção dos "navegantes"
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Solidariedade entre quem?, pobreza de quem e porquê?
- Há quanto tempo não é este país um local pouco interessante para viver e trabalhar?
- Quando o era, era para todos-todos?
- Era-o para os trabalhadores assalariados enquanto muito o era para todos-os-outros, que muitos menos são que os trabalhadores assalariados?
E, já agora, uma quarta perguntinha:
- Solidariedade dos pobres com quem os fez pobres enquanto enriqueciam, alguns desmesuradamente?
domingo, fevereiro 15, 2009
do arquivo recente
Parabéns!
«(...) Neste tempo, também, em que os comunistas, o seu Partido e o seu jornal assumem as suas responsabilidades históricas e ocupam a primeira fila da luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do País, conscientes de que a luta de massas, pelo seu papel crucial - porque determinante e decisivo - se apresenta como caminho certo e indispensável para pôr termo à política de direita e para impor a necessária ruptura de esquerda. (...)»
"Isto" está bonito, está!
Fomos ali e já voltámos. Foi coisa de ir na sexta, a seguir ao almoço, e regressar para dormir logo no sábado, mas foi tão intenso, tanta coisa, que parece que passou uma semana, um mês. E não se perderam noticiários na rádio, não se deixou de espreitar os cabeçalhos dos jornais nos escaparates, de comprar o Expresso (que disparate…) para ler daqui a bocado. Quer dizer, realmente não houve nenhum corte. Mas parece que sim. E, agora, que me sentei à secretária, que abri a net e fiz o circuito dos blogs e dos mails, parece que me estou a actualizar depois de uma longa ausência.
E é verdade! Tanta informação! Tanto comentário por fazer! Tanto post que “tem de” ser feito!
Este sentimento dá bem a ideia da velocidade a que anda o mundo e, também, da intensidade do que foi esta “corrida” ao distrito da Guarda com dormida em casa amiga, fraterna, na Covilhã.
Retenho duas notas, de toda a informação que escapa entre os dedos e as teclas:
- no 4º trimestre de 2008, o PIB português terá descido 2,1%, ou seja (de)cresceu metade do crescimento económico “europeu”, o que tem o enorme significado do País continuar e agravar a sua desconvergência real depois de toda a convergência nominal e obediente aos critérios “europeus”, a maior queda depois da da Alemanha e o pior resultado depois de 1992, altura em que governo resultava de uma maioria absoluta PSD com Cavaco Silva primeiro ministro;
- a invasão e agressão a dois camaradas dentro de um centro de trabalho do PCP, a encenação violenta, ameaçadora, quando, em resposta, se fez uma manifestação pacífica e de protesto, com a presença de um deputado do PCP (viram, sobre estes acontecimentos, alguma coisa na comunicação social, já não digo com o mais que justificado relevo?).
Isto está bonito, está.
Volto já…
com "o Narciso" no meio dos narcisos
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
A propósito de Jesualdo Ferreira
domingo, fevereiro 08, 2009
Significativo!
sábado, fevereiro 07, 2009
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
De espanto e indignação
ao querer ensinar(-nos?) como aproveitar ter perdido dinheiro na bolsa para pagar menos IRS é de espantar. E de indignar!
Porque não um guia "saiba como conseguir deduções fiscais por vigésimos de lotaria não premiados?, ou euromilhões sem prémio? ou perdido outras apostas?"
Mas o espanto e a indignação passam depressa... é o capitalismo, estúpido!, não é verdade?
O PCP e a "crise"
A revista Seara Nova, nº 1706, edição de Inverno acabada de distribuir, publica um “dossier” Crise económica e financeira que reputo da maior importância pela diversidade e qualidade de textos, e em que me sinto muito honrado por incluído. Permito-me referir, apenas como exemplo, os textos de Manuela Silva, Desigualdades crescentes em tempo de crise financeira – um desafio para a ciência económica, e de António Simões Lopes, Crise: moral e ética – Irresponsabilidade.
Sendo três desses contributos de membros do PCP – Octávio Teixeira, Manuel Carvalho da Silva e eu próprio –, também me permito servir-me do meu para, sem me arrogar qualquer representatividade (apesar da responsabilidade de pertencer ao Comité Central), sublinhar que «talvez haja quem surpreso se afirme – em parelha com declarações inacreditáveis de inocência e de ignorância que não faltam -, mas só pode ser na dimensão e gravidade destas “tempestades” que não são em copos de água. Porque, quem tenha a informação mínima obrigatória para poder falar “destas coisas”, não pode de modo nenhum desconhecer textos em que se previa e prevenia o que vinha aí. Não com o anúncio de dia e hora, não com a dimensão da tormenta, não onde e como, mas como inevitabilidade da dinâmica do sistema de que havia e há fautores».
Por outro lado, os comunistas não têm, na sua “farmácia” privada, as “mezinhas” para as “saídas" da crise que assim interpretam e, malevolamente, as escondam procurando o “pior melhor”. Atacam o sistema, por fazer de todas as situações as vítimas dos costume e os beneficiados do costume, com concentração e centralização do capital, defendem o que sempre defenderam, o trabalho e os trabalhadores, a produção e a melhoria de vida das populações (que sim, é possível!).
Mas não deixam de, persistentemente, propor medidas urgentes de combate à crise, como na reunião do CC de 31.1/1.2, que são públicas… embora pouco publicadas! E que, evidentemente, os agentes e fautores da crise desconhecem, desvalorizam ou só aplicam tarde e a péssimas horas (veja-se, por exemplo, a questão do "défice orçamental"!, e do que foi a sua obsessão).
Nas áreas de
Valeria a pena ler (isto digo eu...).
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
Comentário
Não me parece muito sério discutir a actual situação do País a pensar nas eleições.
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Hoje, na Assembleia da República
terça-feira, fevereiro 03, 2009
La quête - Brel (lutar pelo impossível!)
Rêver un impossible rêve
Porter le chagrin des départs
Brûler d'une possible fièvre
Partir où personne ne part
Aimer jusqu'à la déchirure
Aimer, même trop, même mal,
Tenter, sans force et sans armure,
D'atteindre l'inaccessible étoile
Telle est ma quête,
Suivre l'étoile
Peu m'importent mes chances
Peu m'importe le temps
Ou ma désespérance
Et puis lutter toujours
Sans questions ni repos
Se damner
Pour l'or d'un mot d'amour
Je ne sais si je serai ce héros
Mais mon coeur serait tranquille
Et les villes s'éclabousseraient de bleu
Parce qu'un malheureux
Brûle encore, bien qu'ayant tout brûlé
Brûle encore, même trop, même mal
Pour atteindre à s'en écarteler
Pour atteindre l'inaccessible étoile.
E por aqui me fico... que a tradução vai para as ficções (aí sou ainda mais livre que por estas paragens!)