Cercada de questões mudas e olhares críticos, que me cega e me faz pensar que devo respostas aos meus ex-heróis, que tentam me salvar, sem se perguntar o que eu quero, o que realmente eu preciso. Eu não quero ganhar o mundo, eu só quero brincar em paz. No espelho eu procuro aquela criança, que tinha respostas felizes e inocentes, para todas aquelas amáveis faces maquiadas, mas agora eu posso ver os olhos desiludidos com sorrisos falsos e amargos, debaixo de toda aquela tinta. Essa criança ainda respira, sua inocência esta morta, o mundo a enterrou, no momento em que a chuva acabou com o teatro. Não há mais heróis nem mocinha. Eu me tornei um “anjo cético", só acredito no conhecido, a vezes que duvido, mas ainda sinto o desconhecido. Eu escrevo a minha história agora, e nela eu sou o herói, a mocinha, o vilão e o coadjuvante. Não luto para ser amável, mas não me tornarei desprezível. E não são os figurantes que decidem o fim da minha história.