ASSIS VERSUS
PODER A QUALQUER PREÇO
Francisco Assis está a ser uma voz incómoda dentro do Partido Socialista e promete fazer-se à estrada para desmascarar António Costa que quer o poder a qualquer preço depois de, na noite das eleições em que foi derrotado pela coligação PSD/CDS, este ter chorado, como soi dizer-se, baba e ranho de todo o tamanho.
Assis insurge-se contra o entendimento PS/BE/PCP, e promete lutar contra essa pretensa ligação que permite, o que de outra maneira jamais seria possível, levar Costa, que rasteirou Seguro, ao poder, acompanhado de Jerónimo de Sousa e Catarima Martins que veem surgir uma oportunidade inesperada.
O governo de Passos Coelho estará por um fio, ao que parece, dada a força esquerdista, em maioria no Parlamento.
À portuguesa, ainda o novo governo não apresentou o seu programa e já foram anunciadas moções de rejeição o que, demonstra pretender-se, pura e simplesmente, derrubar os partidos da direita, olvidando-se os interesses duma considerável franja do eleitorado.
Esperar para ver parece serem as palavras de ordem. A confirmarem-se as previsões, com os resultados do campo a serem alterados na secretaria, restará aos portugueses esperar pelos próximos capítulos desta farsa do filme de ataque ao poder.
Os comunistas e os bloquistas, que veem, desta forma, como coelho saído da cartola, a possibilidade de se assentarem nas cadeiras da governação, esfregam as mãos de contentes, marimbando-se para os princípios dos seus programas eleitorais, osculando as mãos dum dos seus inimigos figadais, o Partido Socialista, que surge agora como âncora para os propósitos sedentos de protagonismo.
É o preço de apelidada democracia portuguesa.
Que lhes faça bom proveito numa fase em que Francisco Assis surge como a voz da consciência.
Nota: Este apontamento pode ser lido em