30/04/2007

Teatro da Comuna 35 anos


Há 35 anos nasceu a "Comuna - Teatro de Pesquisa", como uma transformação do "Teatro Laboratório de Lisboa - Os Bonecreiros", como podemos ler num manifesto do dia 1 de Maio 1972: "Que nos perdoem os que preferem fantasmas bem educados para adormecerem no seu ombro. Que nos perdoem os que nos queriam assustados e envelhecidos, arrastando o cadáver dos nossos sonhos por haver - garantia absoluta que nunca os realizaríamos." http://www.comunateatropesquisa.pt/
Parabéns!
Hoje à noite há festa no teatro com música da Kumpania Algazarra.
(Foto: Maria do Céu Guerra na peça "Todos os que caem" de Samuel Beckett, em cena na Teatro da Comuna em 2006)

27/04/2007

El Gran Creador

Vamos fazer "O Grande Criador" no Corral de La Comédia de Alcalá de Henares. Construído em 1601 é um dos teatros públicos mais antigos da Europa. Ainda tem máquinas de trovoada e de vento antigas que vamos utilizar nos espectáculos.
Que vida dura: 3 espectáculos num teatro lindo, hotel com sauna, piscina e SPA e uma cidade maravilhosa, património da humanidade.


Obrigado a todos os que comentaram o post do 25 de Abril. É demonstrativo que a memória de Abril continua viva.


26/04/2007

Longas Férias com Oliveira Salazar

Longas férias com Oliveira Salazar
Teatro da Politécnica
24 de Abr a 13 de Mai 2007

3ª a SÁB. 21H30 SÁB. e DOM. 16H00
Para reservar bilhete - 21 395 52 09 (Teatro da Politécnica) a partir das 20h30

encenação cenografia JOSÉ CARRETAS música original FERNANDO MOTA figurinos MAITE ÁLVAREZ desenho de luz FERNANDO SENA assistente de encenação VERA MIRANDA desenho técnico maquete de cenografia RUI PINTO EVELINA MARQUES

COM
FRANCISCO BRÁS ANA MARGARIDA CARVALHO ELISA NEVES FERREIRA EVA FERNANDES CÂNDIDO FERREIRA PEDRO FIUZA CÁNDIDO GÓMEZ FILOMENA GIGANTE CARLOS MARQUES JOÃO MIGUEL MELO MIGUEL TELMO RINI LUYKS (MÚSICO)

Nos últimos dias da vida de António de Oliveira Salazar, vamos encontrar o velho ditador a lutar furiosamente contra a decadência física e intelectual, obrigado a confrontar-se com os fantasmas do passado. Maria, a governanta que dele cuidou a vida inteira, exige-lhe agora aquilo a que se sente com direito: o casamento. Nesse pedido é fortemente apoiada pelo próprio cardeal Cerejeira, que quer que o Presidente do Conselho – e seu amigo de longa data – morra em paz com Deus…Entretanto, outras duas visitas se insinuam: o primeiro amor de Salazar, a professora Felismina, que lhe aparece nua em sonhos, e o fantasma de Humberto Delgado, que lhe anunciará que o seu fim está próximo.Temendo conspirações de bastidores, Salazar desconfia que muitos, nomeadamente Marcello Caetano, esperam a sua morte para poderem, finalmente, chegar ao poder. No entanto, mantém, até ao fim, a doce ilusão de que ainda governa o país.

25/04/2007

25 de Abril Sempre


Tive este poster no meu quarto durante anos e esta criança tinha mais ou menos a minha idade em 74.
Cresci na crença profunda pelos ideais da liberdade e pude vivenciá-los no ambiente que se vivia lá em casa, no teatro, na rua... Anos apertados na carteira da minha mãe mas repletos de calor humano e fraternidade. Foram sem dúvida os anos em que sedimentei os alicerces dos meus valores.

Passados 33 anos será que vivemos em liberdade?

24/04/2007

Do be do be do

Esta contou-me o meu amigo José Carretas. Espero conseguir reproduzi-la com precisão.
Numa escola de artes alguém grafitou na parede da casa-de-banho a seguinte frase: "To be or not to be - William Shakespeare". No dia seguinte alguém acrescentou por baixo: "To be is to do - Sócrates". Logo a seguir alguém escreveu: "To do is to be - Jean-Paul Sartre". Por cima de todas estas citações houve alguém que retorquiu: "Do be do be do - Frank Sinatra".

23/04/2007

William Shakespeare nasceu há 443 anos


William Shakespeare nasceu supostamente a 23 de Abril de 1564 e faleceu, no mesmo dia, 52 anos depois.
Personalidade que dispensa apresentações é o clássico dos clássicos da dramaturgia universal.
É importante salientar que o dramaturgo escrevia com base em lendas universais e na improvisação dos actores mas que, no entanto, ao longo dos anos fizeram da sua obra algo sagrado e intocável, que é exactamente o contrário daquilo que o autor acreditava.

20/04/2007

Ocaso Épico

Milagre! Apareceu um site de homenagem aos Ocaso Épico (a minha primeira banda em Portugal) e mais especificamente ao líder da banda Farinha Master (ver o meu post neste blogue do dia 24 de Fevereiro) com gravações e até um video de um programa RTP "Tempos Modernos" do ano 1988. A segunda música deste vídeo "Da Beira Baixa à Extrema-Dura" foi uma das nossas melhores. Reencontro emocionante... (como podem ver eu tinha na altura um boné vermelho e estava bastante mais magrinho...)
http://www.myspace.com/ocasoepico
http://videos.sapo.pt/2T3IKeZtIJqpEyfCzG4r

19/04/2007

O meio não é a mensagem


E pumba! Lá vamos nós outra vez…

Lembro-me de um passeio à beira do rio (lago?) Elba em Hamburgo à muitos anos. Estava com o meu amigo Rui Rebelo e quando nos apercebemos do som que as plataformas metálicas sobre as quais caminhávamos faziam ao serem empurradas umas contra as outras pelo ondular da água, mandámo-nos calar um ao outro e ficámos longos minutos a ouvir.

Era como que um concerto de uma gigantesca secção de cordas, atonal na sua riqueza de frequências e de timbres, de uma complexidade rítmica vertiginosa e de uma dinâmica cósmica. Amaldiçoámo-nos por não termos um Mini-Disc naquele momento mas nunca mais esquecemos essa experiência auditiva.

Desde então tenho feito música com qualquer coisa que me provoque um impulso criativo. Tubos de PVC, mangueiras, vassouras, tábuas de engomar, molas, garfos e parafusos. E também com instrumentos musicais e computadores. E até com CD’s com música de outros.

E tenho ouvido música de outros que a fazem com vegetais, moinhos de maré, células fotoeléctricas e lança-chamas. E também com instrumentos musicais e computadores. E até com CD’s com música de outros.

Até já (ou)vi pessoas a fazerem música apenas com dois pratos de gira-discos e um punhado de vinis. Mas esses eram artistas…

17/04/2007

Descobri que sou Pintor

Há uns dias um jovem rapaz disse-me que era músico e que naquela noite ia tocar. Eu perguntei-lhe que instrumento tocava e ele respondeu que era D.J.

Não quero ser preconceituoso mas será que a manipular música feita por outros é fazer música?

Então, eu pego em imagens de quadros do Van Gogh e do Malangatana (postadas recentemente), manipulo-as no photoshop e digo que sou pintor...



A Arrogância do Homem




Na Holanda e Bélgica o domingo passado foi o dia de Abril mais quente alguma vez registado desde o início das medições em 1833: 28,9 graus Celsius na Holanda e até acima dos 30 na Bélgica. Ou seja o dobro do habitual nesta época do ano (falando em graus Celsius acima de zero, claro).
Lembro-me de paisagens de neve lá na Páscoa, foi só há umas décadas atrás....
Registamos também a dificuldade de implementar um tratado como o Protocolo de Kyoto (que seria só um primeiro passo para salvar o planeta) e ficamos tristes.
Registamos os desastres naturais que vão ocorrendo com frequência cada vez maior.
Acho que já é tarde, muito tarde....

16/04/2007

Charlie Chaplin

Nasceu a 16 de Abril de 1889 e morreu no dia de Natal de 1977.
Mais uma figura que dispensa apresentações.
A sua poesia e humor são universais e intemporais.

Hoje comemora-se também o Dia Mundial da Voz

Semelhança imodesta!?



O desenho à direita foi feito por uma amiga durante uma actuação nocturna minha com acordeão na Rua do Carmo, em pleno fulgor de tentativa de ganhar o pão do dia (início anos '90). Eu disse logo: "Não sou eu, é o Leonardo da Vinci!" Mas ela viu-me assim...
Curioso, não!?

15/04/2007

Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci faria hoje, se fosse vivo, 555 anos.
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Não sei que aspecto teria mas, se ainda conseguisse mexer as mãos, pintaria com certeza mais um auto-retrato.
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A figura dispensa apresentações, elogios ou comentários.
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Relembro o espectáculo “Leonardo” que reunia momentos antológicos como o nascimento, a Mona Lisa, o tecto da Capela Sistina ou a última ceia.
Encenado pelo John Mowat, comigo, o Fernando Mota, o Ricardo Peres e o Zé Garcia, este espectáculo foi um marco na carreira internacional da Companhia do Chapitô.

Ficam para a história episódios singulares como o da censura em Teerão e os episódios caricatos de um festival algo “mafioso” em Bari.

11/04/2007

Tropeça mas não cai

Na sequência de "Total Avacalho Caseiro - TAC" e "Curta Viagem Assobiada Entre Apeadeiros", deixo mais um youtubinho em véspera de mais uma curta itinerância por terras de Espanha.

É uma flauta de PVC, sem buracos para os dedos, que se toca apenas tapando e destapando o tubo, tocando apenas a sequência de harmónicos da nota fundamental.



A que segundo é que tropeço?

Noite Malangataniana


Com um Moçambicano bloguista tinha que ser um Holandês a postar uma imagem de Malangatana!? (veja comentário post Madrugada VanGoghniana...)

Confissão


Acordei esta manhã com a necessidade de me confessar:


- Eu também não sou Engenheiro.

Madrugada VanGoghniana


porque la noche es tan larga
guitarra dimelo tú.

09/04/2007

Calendário Maia


Estudos recentes sobre a radiação solar, fizeram com que a comunidade científica se voltasse novamente a interessar pela forma como os Mais dividiam o seu calendário.

08/04/2007

Boa tarde, gente do teatro...

Espero que me perdoem a pretensão, mas gostava de partilhar com vocês o texto que escrevi para ser lido na cerimónia dos prémios da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, que me distinguiram este ano com uma Menção Honrosa pelo meu trabalho musical no espectáculo Por Detrás dos Montes do Teatro Meridional.
Infelizmente não pude comparecer na cerimónia mas a actriz Carla Maciel fez a gentileza de ler este curto agradecimento.
Deixá-lo aqui é mais uma forma de voltar a agradecer a todos quantos colaboraram nesta produção, que ainda continua em digressão até à primeira semana de Maio onde terminará a sua carreira no T.N. S. João, no Porto.
Aqui fica...
(Lisboa, 26 de Março de 2007)
Boa tarde, gente do teatro.

Na altura em que este texto estiver a ser lido, eu devo estar de cócoras num palco em Loulé, a enrolar cabos por baixo dos meus bombos ou a afinar as cordas da tábua de engomar de madeira a que chamo de Tabula Rasa. Lamento pois a minha ausência aí no Jardim de Inverno.

Tem sido uma viagem muito feliz, o percurso deste Por Detrás dos Montes, desde a sua concepção até à presente digressão, passando pela estreia em Bragança e pela temporada em Lisboa.

Quero agradecer antes de mais à Associação Portuguesa de Críticos de Teatro por esta distinção que muito me honra. Fazer música para teatro tem sido a minha principal actividade nos últimos doze anos e é aqui que tenho encontrado os espaços criativos mais estimulantes.

Tenho tido a sorte de trabalhar com criadores cuja concepção de teatro passa por muito mais do que levar a cena textos ditos por pessoas. Artistas que consideram todas as áreas criativas passíveis de gerar discursos cénicos intervenientes e interpenetráveis. Quero acreditar, portanto, que esta menção honrosa é também sintomática da noção de que o teatro é, ou pode ser, muito mais que literatura encenada. De que o teatro não existe. De que o teatro é tudo e todas as formas de arte unidas numa só. Uma arte global feita de encontros e partilhas.

Agradeço por isso ao Miguel Seabra. Por fazer o teatro que faz e por me deixar fazer parte dele.

Quero deixar um agradecimento especial aos seis actores que partilham comigo o palco. Um dos melhores elencos com que tenho trabalhado, técnica, criativa e humanamente. A quase totalidade da música deste espectáculo foi criada em cena, com eles, ao longo de várias semanas de improvisações nas quais gerámos o material que deu forma a Por Detrás dos Montes. E só no ambiente de generosidade, humildade e entrega que proporcionaram se pode alcançar a segurança para correr riscos, a noção de que podemos falhar e a certeza de que se não fosse assim, não valeria a pena. É esse espaço de fragilidade partilhada que me interessa nas artes cénicas. É nessa fina linha entre o falhanço e o sucesso que crescemos enquanto criadores e seres pensantes e sensíveis.

Quero também agradecer a toda a equipa criativa, técnica e de produção do Teatro Meridional, gente solar e implicada, e em especial a Marta Carreiras, cenógrafa e figurinista, que vê a minha música tanto quanto eu ouço as suas imagens.

Para todos eles vai também esta Menção Honrosa.

Muito obrigado e até sempre,
Fernando Mota

07/04/2007

Atahualpa Yupanqui cantado por Mercedes Sosa


"Guitarra Dimelo Tú"
de Atahualpa Yupanqui

Si yo le pregunto al mundo
el mundo me ha de engañar (bis)
Cada cual cree que no cambia
y que cambian los demas

Estribillo:
Y paso las madrugadas
buscando un rayo de luz
porque la noche es tan larga
guitarra dimelo tú.

Se vuelve cruda mentira
lo que fue tierna verdad (bis)
y hasta la tierra fecunda
se convierte en arenal.

estribillo

Los hombres son dioses muertos
de un templo ya derrumbado (bis)
ni sus sueños se salvaron
sólo una sombra que va.

estribillo

Visitante nº 10.000


Na última meia hora de ontem, Sexta Feira Santa 2007, este blogue recebeu o visitante nº 10.000 e tudo indica que foi o próprio "blog administrator" Rui que ligou às 23.32 ou 23.33 horas (TV-Cabo-Lisboa)!? Isto não seria uma grande surpresa, pois até agora é ele que tem fornecido mais conteúdos ao blogue.
Dos "verdadeiros" visitantes houve uma ligação de Arruda dos Vinhos às 23.38 h, de Évora às 23.46 h e de Leiria às 1.12 h, já de hoje. Este último merece destaque, pois deixou um comentário (com perfil) ao post sobre o cartaz do Gato Fedorento. Digamos então que o "grande vencedor do concurso nº 10.000" foi o Zé Lérias de Marinha Grande, guarda-nocturno, idade 79 anos. Ele escolheu como lema "About me": "Não sou tão bom como me dizem, nem tão mau como me pensam". Certíssimo!
Até já tive o prazer de disputar um (início de) jogo de xadrez com ele, aqui no blogue. Seja sempre bem-vindo, caro Zé!

05/04/2007

Mais Imigração!


Passei hoje no Marquês e deparei-me com este cartaz em resposta ao do PNR. Ainda não tinha lido o "Público", pois é notícia de primeira página.
É dar demasiada importância a um partido que não tem nenhuma e ainda oferecer-lhe mais publicidade.

Uma Páscoa diferente!?


Métodos de Composição Wagnerianos


03/04/2007

02/04/2007

Shiiiu


Era Mentira

O Post anterior não era o nº 100 mas sim o 98.
Desculpa Rini, não foi de propósito...

01/04/2007

Nº 100


O colega Rui convidou-me para escrever o Post nº 100 deste blogue e tal como no Post nº 50 (do dia 7 de Fevereiro) não consigo evitar um assunto escatológico.
É que na minha terra, a Holanda, a frase "Ik moet naar nummer 100" ("Tenho que ir ao nº 100") quer dizer: "Tenho que ir à casa de banho". Generalizou-se a utilização da abreviatura inglesa "W.C." (water closet), mas cada língua tem vários nomes em calão para este espaço na nossa casa. Na "Wikipédia", versão em holandês, contei uns 25, como por exemplo: "plee", "gemak", "privaat", "kakdoos", "schijthuis" (na minha província esta última palavra também é usada para caracterizar uma pessoa medricas ou piegas), na versão em português o assunto não é abordado, não sei porquê.
Parece que a ideia para a casa de banho moderna nasceu em Inglaterra. Em 1596, depois de uma mal sucedida carreira como poeta, John Harington, um cortesão da Rainha Isabel I da Inglaterra, fez os primeiros esboços para uma sanita, no século 18 o canalizador George Jennings aperfeiçoou os mecanismos e em 1775 um certo Alexander Cumming pediu patente para um tipo de autoclismo.