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sábado, 22 de outubro de 2011

MARIA BESUGA

 
Capa do livro da autora 
 
 
 
 
EM TUAS MÂOS
 Desencantada..
Desencontrada!...
Procuro, procuro-me!...
Encontro-me!...
Encontro-Te!...

cumprida a viagem de circum-navegação no mar dos nossos sentidos.
(...)
Assim se me morrem as defesas...
Em tuas mãos...
no preciso momento em que emprenho de certezas.

Baixo armas no tapete da entrada...
entro dentro do teu corpo.
Deixo do lado de fora em mala fechada, selada...
todo e qualquer sentido de juízo...
- Este é o momento preciso!

Passaste a ser o meu jardim de girassóis,
lírios do campo e papoilas...
Faço o meu tempo cavalgar ao ritmo contrário aos dias em que registava desesperadamente o passar do tempo sem sentido

Refreio o passo!!!...

Amo-te Sagradamente!
- Guardo religiosamente o teu sorriso.

(luz reserva, para os dias mais sombrios...)

Vivo agora o espaço intemporal em que o sol me sacia a pele e me devolve a luminosidade do coração.
Por tuas mãos...

Escrevo poemas nas linhas do teu corpo.
Declamo cada verso em cada uma das tuas veias.
São de palavras minhas as gotas de sangue de que te alimentas.

- NASCE EM MIM A LUZ DE QUE ÉS A SEMENTE!...
- E entrego-me...
EM TUAS MÃOS.




Biografia: Não encontrei nenhuma biografia da autora mas deixo aqui o endereço de um dos seus blogues. 


BOM FIM DE SEMANA

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

LAURA LIMEIRA



A PONTE


Chegamos atrasados para o espetáculo do por-do-sol.
Aquele amarelo-ouro já ía sumindo com o seu brilho
enquanto a noite descia, negra, sobre “a ponte”.
Diante daquele mar barulhento, de águas azuis,
ficamos a admirar o horizonte longínqüo…
Alí, abraçados a namorar, fomos assistidos pela natureza
e permanecemos na cumplicidade mágica daquele
tapete de madeira e ferro, por um tempo inesquecível…
A brisa fresca acariciando a nossa pele;
O vento forte soprando nos meus cabelos;
O navio ao longe, naufragado…
Gente que ía e vinha, a passeio…
Casais que ora beijavam-se, ora davam-se às mãos e
entregavam-se em abraços carinhosos;
O barulho das ondas quebrando nas pedras…
Ah, quantas saudades que sinto de tudo…
Do por-do-sol que não vimos;
De tudo o mais que poderíamos ter vivido e não vivemos;
Da quentura das tuas mãos a segurar as minhas;
Dos nossos beijos ardentes, prolongados, apaixonados;
Saudades, só saudades…
Da tua essência em mim que se impregnou;
Desse amor sem tempo nem idade;
Dessa certeza que me deste de ser tão amada;
De enxergar em nós tamanha igualdade;
Saudades do estar contigo…
Simplesmente!


Biografia  
Pernambucana do Recife, nasceu a 28 de Dezembro de 1950 .   Aqui    poderão encontrar a poetisa e alguma da sua obra.
Espero que vos agrade