quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

VIVO ASSIM


VIVO ASSIM
Vivo assim,
Deslizando em versos
a procura de mim.
Desejos guardados,
sentimentos sondados,
e se fazendo enfim.Menina mulher,
tecendo a alma em sonhos,
sendo em linhas o contorno,
que te desenha em mim.
Delicadamente sou em voce,
como flor,em colcha de cetim.
(Patty Vicensotti)

CREIO EM TI


CREIO EM TI
Não me perguntes
se compreendo a tua apreensão,
se aceito esta nossa situação
de te mostrar como amigo,
de me beijar como irmão.

Não me perguntes
quanto tempo ainda resistirei
a loucura da tentação
de gritar este amor tão alto
para que a paz reine em meu coração
hoje em sobressalto.

Não me perguntes
por que minhas mãos
se afagam mutuamente,
trêmulas, perdidas
quando estás presente,
nem por que desvio de ti o olhar
assim que começas falar.

Não me perguntes
de onde vem a força que me sustenta,
a brisa que me acalenta,
a constância, a dedicação,
a garra nesta minha missão
de contentar-me
com as migalhas do tempo
que não me podes dar por inteiro.

Eternamente enamorada,
crente, liberada,
orgulho-me do amor que sinto,
da espera do encanto
de tão poucas horas
em que beijas meu pranto.

São todos teus
os momentos que vivi.
Creio em ti!
(Cleide Canton)

NAS ASAS DOS MEUS SONHOS


Nas asas do meus sonhos
pretendo encontrar-me contigo
e no dorso do meu cavalo alado
pretendo levá-lo comigo!
Deixemos de lado, por momentos,
segurança do chão,
os segundos do relógio,
as nossas pretensas obrigações...
Coloquemos em repousoos nossos pensamentos...
Deixa aberto o teu coração
como estou te abrindo o meu...
Talvez, então, nos encontremos
nos espaços dos meus versos...
Entre sem pedir licença
e faça das minhas fantasias os teus sonhos...
Cleide Canton





quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

MINHAS MÃOS


MINHAS MÃOS
Minhas mãos,
pousam na sinergia
do teu corpo,
quais serenas naves espaciais
a desafiar a gravidade
a flutuar,
com a sensibilidade,
de um vôo rasante,
intocado, exploratório
desenhando com cuidado
a geografia de montes,
montanhas, e colinas,
planícies, desfiladeiros,
grutas, cavernas,
matas e florestas,
vales e depressões...
A cada movimento,
a cada suave impulso,
minhas mãos
entrevêem o arrepio
que percorre
a superfície do teu corpo,
por conta
da magnética
e imperceptível distância
que impede o atrito
e, por enquanto,
o aconchego...
Minhas Mãos
querem apenas
passear de leve,
e com suavidade,
explorar, seduzir,
acarinhar, aconchegar,
conquistar, vibrar...
Querem prolongar
a insanidade
do derradeiro contato,
até o instante maior,
quando, exaustos,
formos afinal abduzidos
pela força
intergaláctica e inexorável
chamada Amor.
Quando
nada mais nos restar,
senão apenas
a irremediável fusão
de nossos corpos
num só corpo,
numa só avalanche
de emoções,
desencadeada toda vez que,
na sinergia
do teu corpo celestial,
quais serenas naves espaciais,
pousar em
minhas mãos...
(Ariovaldo Cavarzan)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SUSPIROS


Suspiros
Há uma ânsia
a agitar corações,
em descompassos de angústias
e na calma de cada emoção.

Relembranças acodem
feito afiados cinzéis,
demarcando cenários
de torvelinhos cruéis.


Pobres corações,
que ainda não sabem
de quantos soluços
é feita a saudade,
de quantos suspiros
é feito o amor...
(Ariovaldo Cavarzan)