segunda-feira, 18 de dezembro de 2006


desconheça-me, amor imenso
pois meu céu esqueceu o azul
nas primeiras rachaduras do pôr-do-sol
e eu tenho a alma
DESESPERADAMENTE
carcomida por cores mortas.

sábado, 9 de dezembro de 2006


escapa-me!
o que sinto destrói
e minha língua é feita de paisagens
áridas, limpas e infecciosas:
meus sonhos rumam para nunca serem.

esqueça-me!
por não ter descoberto
a ternura do teu silêncio
meu legado é pesaroso:
pertenço ao que fica pra trás.