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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Vistas abertas.


Com mais este abate o jardim está a ficar cada vez mais próximo de se transformar num descampado árido, como bem o caracteriza Inês no seu comentário ao 'post'   'É o que sabemos fazer melhor'.
Num descampado árido e de vistas abertas, bem ao gosto do jubilado prof. Fernando Catarino que tão prestimosamente se prestou a defender o indefensável no programa "Portugal em Directo"que a RTP, em Fevereiro de 2010, fez sobre a viva polémica que a 'requalificação' do jardim provocou.
Vistas abertas:
e os restos mortais da tília prateada:



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

É o que sabemos fazer melhor.

Ao mínimo sinal que uma árvore possa ter perdido alguma estabilidade os responsáveis pelos espaços verdes só conhecem uma solução: cortar.
As raízes mais superficiais desta Tília prateada, por acção dos últimos vendais, cederam um pouco, mas, aparentemente, a Tília continuava na sua postura normal:
Claro que, como se esperava a solução encontrada pela CML só podia ser esta:
Foi chamado algum perito independente para verificar a estabilidade da árvore? Foi colocado o necessário aviso do abate? Não.
O jardim fica mais despido, ainda mais despido?  Fica, mas isso pouco importa.
 A Tília ao lado sofreu estragos?
Sofreu, mas isso também não tem importância. Se calhar será a próxima a ser abatida.
A Tília que agora foi cortada estava a poucos metros do Plátano classificado. O ICNF foi chamado para dar a sua opinião e vigiar o abate? Não vi ninguém do ICNF no local.

Parabéns à vereação dos espaços verdes. Em menos de 4 anos conseguiu descaracterizar completamente este pobre jardim.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mais uma vítima.


Esta tília prateada abanou durante o vendaval da passada Segunda-feira ficando o solo à sua volta sobreelevado, sinal de que a sua estabilidade merece cuidado:
O seu destino não é difícil de adivinhar: abate. Não haverá outras soluções, mesmo que mais custosas, que garantam a estabilidade desta preciosa árvore?
Aos poucos e poucos o Jardim vai ficando cada vez mais despido. E as novas árvores plantadas no interior do jardim continuam frágeis, muito frágeis, passados que são já 4 anos.


sábado, 19 de março de 2011

A Primavera está a chegar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Deficit.

O nosso jardim, para não destoar do que se passa com o nosso pobre país, também tem vários deficits. O que hoje vamos aqui retratar é o deficit do arvoredo do interior do jardim:


(Clicar na imagem para aumentar)

Além das 6 robínias, à volta do lago, foram abatidas mais 4 árvores - a última das quais, a figueira do canto NE, não estava sequer marcada para abate no plano aprovado - totalizando 10 árvores.


Figueira abatida poucos dias antes da inauguração. Esta árvore não estava no plano de abates.

Contrariamente ao propalado pelo responsável pelos espaços verdes da cidade, que todas as árvores abatidas no interior do jardim seriam substítuidas por outras da mesma espécie*, foram plantados 4 liquidambares à volta do lago, sendo que dois deles estão mortos e bem mortos e um luta desesperadamente pela vida, e replantada um tília que entretanto morreu e viu o seu cadáver já retirado do jardim.

Aqui estava a tília nado-morta.

Um dos liquidambares mortos.

O outro ...

...e o que tenta sobreviver.

Temos assim um deficit de 8,5 árvores no interior do jardim.

A somar a estas falhas há ainda que considerar a morte do ulmeiro na orla Norte e, na ex-zona verde a poente do jardim, a morte e retirada da pequena palmeira.

Seria bom que os responsáveis do Jardim, inspirando-se no objectivo do governo, reduzissem este deficit vegetal do jardim o mais depressa possível.

* Lembram-se? As robínias iam ser substituídas por outras robínias, ao arrepio da lei.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A tília já lá não está.



Caldeira onde se encontrava a tília.

A tília sobre cujo estado e tentativa de derrube demos aqui notícia foi já retirada do local. Por quem? Pela empresa que está a fazer a manutenção do jardim? Pela CML? Por quem a quis derrubar?
Esperemos que a caldeira, agora vazia, seja rapidamente preenchida com uma nova tília e que esta nova tília esteja em condições fitossanitárias saudáveis e seja plantada de acordo com as boas regras.

Entretanto dois dos quatro liquidambares continuam - apesar de não lhes faltar a abundante rega diária - no triste estado que as fotos documentam:


Dois dos liquidambares continuam a não dar sinais de vida.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pobre tília.

A tília que foi plantada no dia 8 de Abril no lugar da outra tília já desde há muito tempo que não dá sinais de vida, mas isso não justifica o que lhe aconteceu do passado Sábado para Domingo:

Alguém tentou derrubar a tília .


Entretanto outro alguém a endireitou mas novamente a tentaram derrubar:

A tília como estava esta Segunda-feira de manhã.

Não tardará muito que alguém a arranque mesmo. Não será já altura de os nossos queridos 'espaços verdes' da CML certificarem o óbito desta tília - e de dois liquidambares - e a substituirem, como o vereador JSF prometeu?

Entretanto no decurso das obras que se tem desenrolado no Jardim e Praça, não sei se por causa da instalação do novo contador da EPAL se por causa da repavimentação, um dos novos e caros candeeiros do alinhamento foi decepado:


Candeeiro decepado.


Tudo isto torna a praça e o jardim ainda mais atraentes.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Liquidambares e outras espécies.


A única liquidambar que está a vingar.

Das quatro, 4, liquidambares plantadas em torno do lago dias antes da inauguração, só uma está de boa saúde. As restantes três estão como as fotos seguintes documentam:


E a tília, essa também não se encontra em melhor estado:


Conclusão: das 4 liquidambares plantadas em lugar das 6 robínias abatidas, 3 estão mortas ou para lá caminham, e a tília plantada em lugar da outra tília, está igualmente moribunda.

E a propósito das robínias. Já aqui foi referido que estão a despontar, como cogumelos em floresta húmida, rebentos de robínias por todo o lado.
Já depois de terem sido arrancados os anteriores rebentos eis agora um novo e autêntico berçário de robínias bébés que despontam ao lado da entrada para a patriacal, onde antes viveu uma das robínias abatidas.

sábado, 22 de maio de 2010

Notícia no 'Público'






No jornal 0 'Público' de hoje foi publicado na secção Local um artigo da autoria da jornalista Inês Boaventura, ver reprodução acima ou aqui, que relata a visita que o vereador José Sá Fernandes promoveu para a comunicação social no dia anterior à reabertura do Jardim.
A notícia, que tenta ser o mais objectiva possível na mediatização da mensagem que o vereador pretende passar, enferma contudo de imprecisões que importa corrigir.
Começa a jornalista por referir 'Depois de mais de cinco meses de obra ...' na realidade mesmo que consideremos que a obra terminou hoje, coisa que está longe de se verificar, passaram-se exactamente não 5 mas sim 6 meses e 13 dias desde o início da obra. Ou seja, uma obra que foi adjudicada com base no critério preço, 80%, e prazo de execução, 20%, à empresa que menor custo, cerca de 380 mil euros, e menor tempo, 4 meses, apresentou, acabou por ser executada com um deslize temporal superior a 60%. Será aplicada à empresa alguma penalização por este tão significativo deslize?
Refere a jornalista, em seguida, reportando com certeza fielmente a mensagem dos responsáveis, que 'aqui não houve lugar à "recriação" mas tão-somente à "recuperação"...'. Ora qualquer observador mais atento verificará que recuperação, se a houve, ficou muito aquém do desejável. Um dos elementos mais emblemáticos da traça original do jardim, do séc. XIX, é a casa do jardineiro que está agora completamente abafada pela esplanada que aí foi edificada nos anos 80 do século passado. Ora esse elemento fundamental para a recuperação do traçado original do jardim não foi sequer tido em conta nesta intervenção.

Casa do Jardineiro/guarda do jardim.

Um outro equipamento que deveria ter sido recuperado, já que afinal se diz que de uma recuperação se trata, era o antigo banco de tabuinhas que tinha armação em ferro forjado com motivos fitomórficos. Ora os actuais bancos, ver foto, são os mesmos que existiam antes desta intervenção e que foram colocados no final do século passado, em lugar dos originais cujo paradeiro actual se desconhece.

Banco existente antes da intervenção; os actuais são os mesmos. O banco original tinha armação em ferro forjado.

'só não verá as melhorias quem tiver "memória curta".' terá dito o vereador. A memória fotográfica não é curta e é objectiva, e o que ela nos transmite é que o balanço entre as 'melhorias' e as 'piorias' é pouco abonatório para as primeiras. A não ser que se considere o calcetamento das duas áreas verdes a poente do jardim uma melhoria, ou o abate das 6 robínias que existiam em torno do lago e cuja preservação seria tão importante ter acautelado, ver aqui artigo de Susana Neves sobre essa espécie, outra melhoria, para nos ficarmos só por estes dois exemplos. A verdade é que só quem não tiver memória de todo é que considera ter sido o jardim na sua essência vegetal melhorado.

Uma das duas áreas verdes calcetada.


Abate de uma das 6 robínias que existiam à volta do lago.

"O chão estava todo esburacado" e era de um 'betuminoso preto'. Nem estava todo esburacado nem era preto. Uma ou duas fotos bastam para desmentir essa memória curta e excessiva.

O chão não era preto nem estava todo esburacado. © José Chamusco; foto tirada meses antes da intervenção.

O chão não era preto nem estava todo esburacado. © António Branco Almeida; foto tirada meses antes da intervenção.

O pavimento actual, que pretende ser um ersatz do pavimento original, tem as suas vantagens e as suas desvantagens. Entre estas últimas sobressai a tonalidade de um branco demasiado aberto, a desagregação da camada superior proporcionando a formação de poeiras em dias ventosos e a incrustação de vidros de difícil remoção. O que se passa no terreiro de S. Pedro de Alcântara, dotado de pavimento semelhante, é em relação a esta última desvantagem muito elucidativo.

Prossegue o vereador na enumeração das supostas melhorias apontando a nova iluminação como uma delas em lugar da 'horrorosa' iluminação anterior. Não pondo em causa a deficiente iluminação anterior não podemos deixar de chamar a atenção para o facto de aqui se ter perdido mais uma oportunidade para um verdadeiro restauro. Os actuais candeeiros são uma imitação grosseira dos originais, além de serem demasiado altos. Segundo julgamos saber, a CML até dispõe de candeeiros antigos e semelhantes aos originais que existiam no jardim, pelo que além de efectuar um verdadeiro restauro teria poupado muito dinheiro.
A substituição da iluminação, da maneira como foi feita, foi um dos trabalhos que mais danos provocou na vegetação arbórea ao abrirem-se roços profundos rente às árvores.

Para a instalação eléctrica abriram-se roços profundos rente às árvores.

"Não se desvirtuou nada", assegura Sá Fernandes, segundo quem esta deverá ser, aliás, considerada uma obra "exemplar" em termos de preservação patrimonial.' Gaba-te cesto. Esta não é exactamente a opinião de muitos ilustres arquitectos paisagistas e outros especialistas do património, nem será a de quem, não sendo especialista, teve o cuidado de acompanhar a obra e confrontar os processos usados com os preconizados na Carta de Florença.
O restante da notícia refere o restauro do parque infantil e a questão das árvores abatidas e das árvores repostas. Sobre o parque infantil chamamos só a atenção para o 'post' que pode ser consultado aqui.
Sobre as árvores abatidas e as que foram plantadas para as substituir. O vereador José Sá Fernandes já desistiu de defender a tese que foi avançada pelos seus serviços para justificar o abate sistemático das árvores de alinhamento e o das 9+1 árvores do interior do jardim, tese segundo a qual as árvores estavam todas doentes, podres, ou tinham crescido mal.
A absurdidade e perniciosidade de tais abates já foi por nós aqui neste blogue e em outros fora e meios de comunicação sobejamente tratada e demonstrada.
Quanto às novas árvores. De referir só duas coisas. Os lódãos estiveram meses a fio com as raízes não resguardadas, ao relento, antes de finalmente serem plantados. Em muitos deles já se verificam os efeitos desse desleixo inqualificável. A tília que foi plantada junta à estátua a Antero de Quental, está morta. As quatro liquidambares plantadas dias antes da reabertura apresentam já sinais de que dificilmente vingarão.
No interior do jardim foram abatidas 10 árvores e repostas 4, das quais nem todas vingarão. O vereador José Sá Fernandes em diversas ocasiões referiu que as árvores abatidas iriam ser todas elas repostas e seriam até plantadas mais árvores do que as existentes à data da intervenção.
Ficamos então à espera de ver quando, como e que espécies serão plantadas no interior do jardim para colmatar o actual deficit.

Tília plantada há cerca de um mês. Está morta.

Liquidambar plantado dias antes da reabertura. Está meio morto.