A Vereação do Ambiente Urbano, Espaços Verdes e Espaço Público merece ser censurada pela desastrada intervenção que levou a cabo no Jardim do Príncipe Real e pela continuada recusa em assumir e corrigir, na medida do possível, os erros cometidos. Alguns desses erros, embora à custa de grandes gastos e fortes incómodos para os utentes e habitantes da zona, são reversíveis, como é o caso do piso do Jardim.
Outros, infelizmente, não tem reparação possível. É o caso das agressões ao coberto arbóreo.
Para além do abate de árvores em bom estado de saúde, o descuidado modo como foram realizadas as obras, com o uso de maquinaria pesada, abertura de profundos roços junto às árvores, tem tido gravosas consequências na saúde de grande número de exemplares do jardim, como aqui se tem vindo a dar nota.
Infelizmente a degradação não pára. O grande lódão que se
encontra no topo Norte do Jardim, defronte ao Palacete Ribeiro da Cunha,
que tinha já sido alvo do corte de uma pernada, será agora abatido.
Este imponente lódão encontrava-se em perfeito estado de saúde antes da
intervenção, como o atesta o facto de, após inspecção pelos serviços
camarários, não ter sido incluído na lista de árvores a abater ou a
tratar. Mas pouco tempo após as obras uma das suas pernadas começou a
mostrar sinais de rotura pelo que foi cortada. Os roços, ver foto anexa, que foram
efectuados junto a essa árvore não terão sido alheios a esse facto. Mas a
árvore continuou a ressentir-se desses mau tratos, pelo que irá agora
ser abatida segundo a nota camarária que nela se encontra afixada. Irá
ser substituída, afirma a mesma nota. Seja, mas quantos anos teremos
nós, terão todos os utentes deste Jardim, de esperar para voltar a ter
preenchido de verde e de sombra todo o espaço que agora ficará vazio?
Tudo isto teria sido evitável tivesse havido da parte desta vereação mais
respeito e cuidado ao lidar com este, outrora, romântico Jardim.Para além do abate de árvores em bom estado de saúde, o descuidado modo como foram realizadas as obras, com o uso de maquinaria pesada, abertura de profundos roços junto às árvores, tem tido gravosas consequências na saúde de grande número de exemplares do jardim, como aqui se tem vindo a dar nota.
O lódão antes das obras.
O roço aberto rente ao lódão
os primeiros sinais de rotura da pernada logo após as obras.
o corte da pernada.