sexta-feira, 30 de abril de 2010
A Autoridade Florestal Nacional afirma que era necessário um parecer prévio.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
As robínias que por lá havia...
domingo, 25 de abril de 2010
Tempos houve.
Vista do Lago com candeeiro a gás. Foto de Nunes Garcia, início do Séc. XX, retirada do Arquivo da CML,
E hoje? Hoje é - vai ser - rarefeita:
quarta-feira, 21 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Reservatório da Patriarcal
Historial
Também conhecido por Jardim da Patriarcal e Jardim França Borges, o Jardim do Príncipe Real está situado na Praça do Príncipe Real. Esta Praça / Jardim tem no subsolo um reservatório de água, o Reservatório da Patriarcal, construído para o abastecimento à chamada 7ª colina de Lisboa e envolvendo também a parte da baixa, o sítio do Loreto, a Praça Luís de Camões e a zona do Chiado. Uma das suas três galerias vai dar ao conhecido “Chafariz do Vinho”. A obra foi projectada pelo Engenheiro-Inspector francês conhecido pelo nome de Mary. Com o sistema de abastecimento de água do Alviela, esta importante estrutura foi desactivada, mudando da função original para outras: assim esta surpreendente unidade do Museu da Água passou a dar apoio a eventos sócio-culturais, depois de ter sido reaberta como estrutura patrimonial. Nesse contexto, o espaço livre, à volta do tanque (reservatório propriamente dito), tem servido para diversas funções sociais e culturais, levadas a efeito sob o chão de quem se passeia no exterior a fruir uma sombra, a ler o jornal, ou simplesmente a deixar fluir o tempo, observando as aves que por ali brincam e procuram abrigo na copa das árvores ou algum alimento deixado por quem frui deste belo espaço lisboeta.
domingo, 18 de abril de 2010
Ouvi dizer.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Uma pergunta.
Na sessão pública do passado dia 16 de Dezembro de 2009 realizada na Junta da Freguesia das Mercês sobre a intervenção no jardim do Príncipe Real alguém questionou o sr. Vereador José Sá Fernandes sobre o valor e destino da madeira das árvores abatidas, sem que, da parte deste, tivesse sido obtida uma resposta satisfatória e convincente.
Que o valor dessa madeira era desprezável, nem para queima serviria, mas que com certeza essa matéria estaria contemplada no Caderno de Encargos da obra, foi, em termos gerais a resposta dada pelo sr. Verador.
Ora no jardim não foram só abatidos 44 choupos e ulmeiros cuja madeira terá algum valor como lenha para queima. Foram também abatidas no interior do jardim 10 outras árvores entre as quais 6 robínias.
O artigo de Susana Neves, ver aqui, mostra bem quão apreciada e valorizada a madeira das robínias é. Pelas suas características esta é uma madeira de grande valor para a carpintaria, marcenaria e até mesmo para a construção naval.
Resolvemos então fazer um cálculo estimativo do valor destas madeiras.
Considerando que a madeira dos 44 choupos e ulmeiros e das outras 4 árvores do interior do jardim, que não as robínias, poderia ter sido vendida como lenha para queima a 20 cêntimos o quilograma, teremos - considerando uma densidade média de 0,4 para a madeira dessas espécies, uma coluna aproveitável de 9 m de altura e raio médio de 20 cm – uma massa total de mais de 21 toneladas de lenha com um valor superior a 4 300 euros.
Para as robínias – considerando uma densidade da ordem dos 0,6, igual altura da coluna aproveitável, raio médio de 30 cm e um valor de 50 cêntimos o kg – teremos uma massa superior a 9 toneladas e um valor de perto de 4 600 euros.
Ou seja: uma estimativa por baixo indica que o valor da madeira das árvores abatidas no jardim rondará os 9 000 euros.
Se a este montante adicionarmos as mais de 4 toneladas de ferros retirados dos gradeamentos e candeeiros, cujo valor rondará os 500 euros a tonelada, teremos um valor em materiais retirados do jardim superior a 11 000 euros.
Terá sido o valor destes materiais devidamente contemplado e acautelado no Caderno de Encargos? Esta é a pergunta que gostaríamos de ver cabalmente respondida.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Uma tília no lugar da tília.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Avenida das tristes.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Um óasis verde?
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Uma triste farsa primaveril ...
domingo, 4 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Sem pré-aviso.
Planta,...desplanta II
quinta-feira, 1 de abril de 2010
'Não serão plantados lódãos no interior do jardim.'
Como os Amigos do Príncipe Real temiam, e para tal alertaram, levando a jornalista da Agência Lusa a questionar o Vereador sobre o assunto, as robínias que o projecto da CML previa plantar ilegalmente e que se viu forçada a substituir - não sem antes criticar a lei em vez de pedir desculpa pela sua incompetência - foram substituídas por mais lódãos Celtis australis, ver fotos anexas. É mais uma pedra neste projecto de des(re)qualificação do Jardim França Borges.
Se os lódãos usados no alinhamento já não são as árvores que melhor podiam contribuir para a identidade romântica deste jardim, o seu uso no coração do mesmo, em redor do lago, é a afirmação do facilitismo, o assumir frontalmente a vontade de o descaracterizar e banalizar.
Note-se que a alteração ao projecto não foi submetida à aprovação de nenhuma das entidades responsáveis pelo o que ali se passa: AFN e Igespar. E terá sido esta alteração ao projecto sequer adicionada pela CML ao seu projecto ou entrámos em gestão directa, sabe-se lá por quem, re-afirmando o completo desprezo pelas formalidades legais evidenciado nesta obra?
Mas seja quem for o responsável pelo que ali se passa, o Vereador Sá Fernandes é que parece não ser porque ou não sabe o que são lódãos ou não tem qualquer controlo sobre os acontecimento, denotando ter sido, há muito, ultrapassado pelos serviços da CML e pelo empreiteiro da obra. Um Rei Consorte a quem todos acenam mas a quem ninguém presta qualquer atenção.
É fácil querer deixar marca nos jardins de Lisboa. Não há dúvidas que, como elefante numa loja de cristal, a marca do Vereador Sá Fernandes é bem visível por muitos dos jardins da Capital. À boleia de combater o desmazelo de anos, estas intervenções nos jardins gozaram, inicialmente, da boa vontade de muitos. Mas conforme Lisboa se vai tornando uma capital mais careca, os seus jardins miradouros e pontos de vista, sem recantos nem privacidade, apercebemo-nos que a tentação da obra 'feita' superou a humildade necessária para respeitar a natureza dos espaços, sem imposições de modas de arquitectura paisagista minimalistas que escondem um desconhecimento vasto das plantas e denotam uma incapacidade de trabalhar o material vegetal com mestria. Os jardins transformam-se em terreiros, os canteiros em calçadas.
Um verdadeiro restaurador sai meritoriamente invisível do seu restauro. E, infelizmente, no caso do Jardim França Borges, a única coisa que parece estar a tornar-se invisível é o próprio jardim.