quarta-feira, 31 de março de 2010

Planta,...desplanta.

Local de onde foram 'desplantados' dois lódãos recém plantados

Poucos dias após o abate dos 4 Populus x canadensis, as árvores designadas por P1, P2, P3 e P4 na informação do LPVVA, foram plantados os novos lódãos nesses exactos locais. Ora a razão apontada pela AFN para o abate da P2 e P3 era a de estarem em 'competição' com uma das 3 figueiras classificadas.
A esse propósito, a nota colocada pelos 'Amigos' no dia 26 de Março terminava assim: 'Será que os lódãos não vão crescer e entrar eles também em concorrência com a figueira? Ou será que daqui a 15/20 anos serão também abatidos?'
Terá sido por causa desta nota que os lódãos plantados no lugar da P2 e da P3 foram retirados, desplantados, no dia 29 de Março? Ou é só mais uma prova do desnorte com que esta desastrosa intervenção tem vindo a ser conduzida?

segunda-feira, 29 de março de 2010

Pequenas podas?




Como se pode ler no Fax enviado pela AFN à CML, a AFN autoriza o empreiteiro, entre outras acções, a efectuar 'pequena cirurgia de ramos secos e de alguns ramos delgados, mal orientados em todo o arvoredo do jardim'.

Na realidade a autorizada 'pequena cirurgia de ramos secos e de alguns ramos delgados' concretizou-se num enorme desbaste em praticamente todas as árvores e arbustos do jardim, ficando o jardim ainda mais transparente e menos sombrio.

As fotos acima ilustram essa 'pequena cirurgia' de ramos secos e delgados 'mal orientados' na única Taxus baccata existente no jardim.


sexta-feira, 26 de março de 2010

A AFN, a CML e o abate de árvores.




Segundo se depreende do texto do Fax enviado pela Autoridade Florestal Nacional (AFN) em 8 de Fev. de 2010 à CML, ver imagem anexa ou reprodução em formato pdf aqui, a AFN aprova o abate dos dois choupos designados por P2 e P3 na 2ª informação nº 441 do Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida (LPVVA) de 5 de Janeiro, por concorrerem com uma das Ficus macrophylla. Ora a CML abateu não só esses dois choupos como também o P1 e o P4, não tendo sido esse abate expressamente autorizado pela AFN como manda a lei, visto essas árvores se encontrarem dentro do raio de respeito das árvores classificadas. O facto do LPVVA ter aconselhado o abate dos Populus x canadensis P1, P2 e P4 não dispensava a CML de requerer autorização à AFN para o abate da P1 e da P4. Esta omissão está na origem da informação à população, emitida pela Junta da Freguesia das Mercês, na qual só se referem as três árvores referenciadas como de 'perigosidade alta' pelo LPVVA.
Mais uma vez se verifica a falta de cuidado dos serviços responsáveis da CML por esta intervenção em todo este processo.
Mas a própria AFN merece ser criticada na medida em que, sabendo nós que ela só tem acompanhado as intervenções no coberto vegetal do Jardim a partir 2 de Dezembro de 2009, após o abate das 40 árvores de alinhamento e das 9 no interior do Jardim, dá a entender no primeiro parágrafo 'No seguimento das obras de reabilitação do Jardim do Príncipe Real a decorrer, as quais tem tido por parte da Autoridade Florestal Nacional devido acompanhamento técnico, informo ...' que terão acompanhado a intervenção desde o início, o que não se verificou, como é notório e sabido.
Ainda mais se estranha que a AFN se desobrigue de acompanhar a par e passo os trabalhos de poda que recomenda - a propósito, abater árvores também se inclui nestes trabalhos de poda? - porque a empresa que vai realizar esses trabalhos lhe merece confiança, se estranha também que a AFN mande abater essas duas árvores por concorrerem com a figueira classificada, mas permita a plantação de dois lódãos no exacto local dessas duas abatidas. Será que os lódãos não vão crescer e entrar eles também em concorrência com a figueira? Ou será que daqui a 15/20 anos serão também abatidos?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Rua da Mãe de Água


Em Novembro de 2008 foram abatidas as três árvores monumentais que encimavam o primeiro lance de escadas da rua da Mãe de Água:


Foto de Ernst Schade de Novembro 2008


Foto de Ernst Schade de Novembro 2008

agora estacionam lá carros:

Foto de Março 2010

e temos a vista para o vale da Av. da Liberdade desimpedida:

Foto de Março de 2010

Afinal o prof. Catarino tem razão: do Príncipe Real tem-se vistas fabulosas, assim se cortem as árvores todas.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Que lódãos estão a ser plantados?



Foto nº 1. Serão estas duas jovens árvores da mesma remessa?


No passado dia 15 do corrente chegaram novos lódãos para substituir os recebidos dia 1 de Março. Estes, ao que julgamos saber, estariam mal formados, e terão sido rejeitados. Todos?
Quarta-feira dia 17 os lódãos começaram a ser plantados na orla Sul e Nascente. Acontece que nem todos os lódãos da primeira remessa terão sido rejeitados. Como se pode observar na foto nº 1, há uma notória diferença na 'cor' do torrão entre o lódão da direita, que se apresenta seco, e o da esquerda, que se apresenta húmido. O lódão com o torrão seco será da 1ª remessa.   Ora os lódãos da 1ª remessa ficaram 18 dias deitados à espera de serem transplantados. As boas práticas mandam que uma planta deva ser replantada em menos de 48 horas. E se até dia 8 o tempo esteve chuvoso e húmido do dia 9 em diante esteve seco, o que não ajudou em nada ao bom estado dessas jovens árvores.
Assim cabe perguntar: quantos dos lódãos da 1ª remessa foram plantados? E porquê sabendo que o estado dessas árvores já não aconselha o seu aproveitamento?



Foto nº2. Quantos destes lódãos são da 1ª remessa?


Foto nº 3. lódão plantado na orla Sul. Quantos destes lódãos vingarão?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Que árvores para o interior do Jardim?


A CML tem feito saber, desde o início do abate das árvores que as árvores de alinhamento seriam substituídas por lódãos (Celtis australis) e as robínias (Robinia pseudoacacia) abatidas no interior do jardim por outras da mesma espécie.
Acontece que perante a proibição legal, em vigor desde 1999, da plantação de novas robínias, por ser uma espécie infestante, a CML ficou sem saber o que plantar no interior do Jardim.
Consta no entanto que se inclina para plantar também lódãos no interior do Jardim. A ser verdade, essa opção, merece a nossa total rejeição. Se não colocamos reparos de maior à escolha dos lódãos para o alinhamento - embora mesmo aqui fosse desejável um maior esforço de imaginação, a cidade está já cheia de lódãos e um local como o Príncipe Real merecia outro cuidado, até para se distinguir um jardim Romântico do terreiro de S. Pedro de Alcântara, Neo-Clássico e repleto de lódãos - já a sua escolha para substituir as abatidas robínias no interior do jardim nos merece as maiores reservas.
O lódão é uma árvore resistente e adequada ao meio urbano mas não tem qualquer dignidade e beleza para figurar - ainda por cima em número e posição priveligiada - no interior de um jardim romântico como o Príncipe Real.
Se a CML está num impasse, se está curta de ideias, lance rapidamente um concurso de ideias sobre qual as árvores a plantar no interior do Jardim. Vai ver que não faltarão sugestões viáveis para essa opção.

E deixamos já a pergunta e apelo: Amantes de árvores e do Jardim do Príncipe Real, Jardineiros e Historiadores, que árvores sugerem para o interior do jardim, em redor do lago?'

quarta-feira, 17 de março de 2010

Requalificação ou Empobrecimento?

Antes
Depois

Quantos anos teremos de esperar para poder voltar a fruir de uma imagem semelhante à ilustrada em 'Antes', mesmo que de menor beleza?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Crónica de um abate anunciado.

O Populus x Canadensis designado por P1 na informação nº 441 do LPVVA de 5 de Janeiro e considerado, através de uma mera inspecção visual, de 'Perigosidade Alta' - quando será que os nossos médicos passarão a usar tão económicos meios de diagnóstico para aliviar a pesada factura do SNS? - foi hoje dia 12 de Março estupidamente abatido. Aqui deixo testemunho desse infame acto.


Reparem no jovem acrobata com talvez uns 60 kg de peso e um braço da sua força peso até à zona de codominância de uns 10 m o que equivale a uma força de ruptura de uns 6000 N. A coitada da Populus x canadensis, de alta perigosidade de ruptura, nem se mexe.

e lá vai uma pernada

e outra

e mais outra

e pronto já só falta o tronco

e agora o tronco

e pronto já está tudo limpo

só mais a assinatura na obra de arte
(foto de Leonor Areal)

Eutanásia das árvores

Fortes, pujantes, belas. As 4 árvores que foram cortadas hoje. Estavam doentes? As autoridades dizem que sim. Mas podiam durar ainda muito. (A quarta nem consegui localizá-la entre os escombros do estaleiro.)












P.S. E a assinatura "R" é de quem?

quinta-feira, 11 de março de 2010

As Três Mártires são afinal Quatro.

Como já suspeitava onde o LPVVA diz mata a CML diz esfola. O LPVVA marcou 3 choupos x canadensis como de perigosidade alta. A Junta de Freguesia das Mercês colocou um aviso, ver foto, em que segundo ordens do vereador José Sá Fernandes essas três árvores seriam imediatamente abatidas. Mas afinal estão a ser abatidas quatro.

Aviso da Junta de Freguesia das Mercês

As Três Mártires

Apesar de terem resistido sem o menor tremor aos vendavais do fim de Fevereiro que assolaram o País e Lisboa, não vão resistir às motos serras a mando da CML. É hoje, afinal, que vão ser condenadas.
Um pequeno pormenor anedótico: restam-lhes algumas horas de vida porque os responsáveis pelo abate não mandaram retirar com a devida antecedência os carros estacionados perto delas.
Quando se realizam filmagens, dias antes do seu início tomam-se as devidas medidas para desimpedir os locais. Aqui trazem-se as equipas para o abate esperando que os carros aí estacionados desapareçam por artes mágicas.

PS Esperemos que sejam só as três julgadas e condenadas pelo LPVVA

quarta-feira, 10 de março de 2010

É preciso fazer regressar o E-24!


Agradecem: Mobilidade, Turismo, Estética, Príncipe Real e Lisboa.

Asneira atrás de asneira



Foto nº 1



Foto nº 2



Foto nº 3 de Ernst Schade


No Jardim do Príncipe Real as asneiras sucedem-se umas às outras sem parar. Assistimos no passado dia 1 de Março à descarga dos lódãos-bastardos (Celtis australis) que irão ser plantados no lugar das abatidas árvores de alinhamento. Estes, como se pode observar nas fotos nº 1 e 2, foram transportados uns em cima dos outros e retirados para o chão com a ajuda de uma máquina. Aí estão, no chão, tombados e empilhados, há nove dias, ver foto nº3.

Destas árvores quantas irão vingar? Cremos que muitas delas não resistirão a este transplante. O torrão, i.e. a massa e volume de terra que trazem envolvendo as raízes, é muito pequeno, o que indica um sistema radicular muito diminuído. Se o transporte e manuseamento na descarga não foi o mais indicado, estarem há já nove dias deitadas umas sobre as outras também não as ajuda em nada, antes pelo contrário. A árvore jovem, como ser vivo que é, está já a tentar adaptar-se o melhor possível a essa estranha, para a sua natureza, posição, gastando preciosas energias em vão. E as raízes, em contacto próximo com o ar, estão expostas há tempo excessivo a variações rápidas de temperatura e humidade.

Os responsáveis pela intervenção no jardim querem atenuar a enorme asneira que fizeram ao abater todas as árvores de alinhamento, colocando agora estes lódãos-bastardos já crescidinhos, com uns três metros de altura. Mas estão a esquecer-se de um facto muito importante. É que estas árvores, as que vingarem, vão gastar meia dúzia de anos a tentarem adaptar-se ao novo ambiente, e durante esse período não vão crescer em altura, visto terem um sistema de raízes excessivamente pequeno para o seu tamanho. Este atraso será ainda mais agravado pelo abandono que aqui relatamos.

Desta forma, pouco adianta plantar árvores com já alguns anos de desenvolvimento em vez de acabadas de despontar, visto o resultado final ser o mesmo: só daqui a uns 15 a 20 anos é que elas atingirão um porte comparável às que foram abatidas. As que sobreviverem.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A morte das robínias




quinta-feira, 4 de março de 2010

A propósito das robínias:




O original deste importante, interessante e brilhante artigo pode ser consultado na edição de Março da revista 'Tempo Livre' do INATEL, ou descarregado aqui.

quarta-feira, 3 de março de 2010

LPVVA: dois documentos distintos mas o mesmo nº e a mesma data

O Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida produziu, a propósito das 10 árvores de alinhamento que ainda se mantém de pé na orla Poente do Jardim do Príncipe Real, duas informações com o mesmo número, nº 441, datadas ambas de 5 de Janeiro de 2010, mas com conteúdos diferentes. Na 1ª versão apontam-se duas das 10 árvores como representando perigosidade alta, na 2ª versão essas duas árvores passam a 3.
Não pomos em causa que tenha havido um engano na primeira versão da informação nº 441 de 5 de Janeiro. O que pomos em causa é que se produza um novo documento com o mesmo nº e a mesma data - o que infringe todas as regras da produção de documentação técnica - não se assumindo o erro cometido. Bastava fazer uma adenda ou rectificação da informação já publicada ou então produzia-se uma nova informação com novo número e nova data.
Consultar aqui a primeira versão da informação nº 441 e aqui a 2ª versão dessa mesma informação nº 441.