segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Centenário da UL: 100 Lições

Sala de conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa
18h – 20h
Programação 100 Lições: 28 Fevereiro a 4 Março

Seg. 28 Fevereiro

Lição 38 - João Pinharanda

Tema: Arte depois da Revolução: “Os Anos 80”Historiador e crítico de arte. N. Moçambique, 1957. Antigo aluno de História na Faculdade de Letras da UL. Professor (UAL), consultor (F. EDP) e director (Museu de Arte Contemporânea de Elvas) artístico. Organizador de numerosas exposições.

Lição 39 - Fernando Catarino

Tema: 100 Flores para o Centenário. Biólogo. N. Vila Nova de Ourém, 1932. Antigo aluno da Faculdade de Ciências da UL, onde chegou a professor catedrático. Foi director do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa durante duas décadas.

Ter. 1 Março

Lição 40 - Isabel Alçada. Tema: Leitura e EducaçãoProfessora e autora. N. Lisboa, 1950. Antiga aluna de Filosofia na F. Letras da UL. Autora, com Ana Maria Magalhães, da série de livros juvenis “Uma aventura”. Professora da Escola Sup. Educação do IPL. Actual Ministra da Educação.

Lição 41 - João Barroso Soares. Tema: A memória pessoal que guardo dos meus anos de UniversidadeAdvogado e político. N. 1949, Lisboa. Antigo aluno da F. Direito da UL. Deputado (AR e PE). Foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1995-2002).

Qua. 2 Março

Lição 42 - Francisco Pinto Balsemão. Tema: Segurança e Liberdade. Empresário. N. 1937. Antigo aluno da F. Direito da UL. Como político, pertenceu à Ala Liberal na Assembleia Nacional nos finais do Estado Novo, foi fundador do actual PSD, deputado e primeiro-ministro. Presidente da Impresa, grupo que detém, entre outros, a SIC, o Expresso e a Visão.

Lição 43 - Miguel Real. Tema: O Romance Português no Século XXI. Pseudónimo literário de Luís Martins. Escritor, ensaísta e professor de filosofia.. N. 1953. Antigo aluno de Filosofia pela Faculdade de Letras da UL. É, actualmente, colaborador do Jornal de Letras, Artes e Ideias onde faz crítica literária.

Qui. 3 Março

Lição 44 - Vasco Vieira de Almeida. Tema: Cidadania e AdvocaciaAdvogado. N. Lisboa, 1932. Antigo aluno da F. Direito da UL. Iniciou a actividade na banca. Foi Ministro da Coordenação Económica no I Governo Provisório (1974) e exerceu funções como representante do Governo (1975-76). Fundou a Vieira de Almeida & Assoc.

Lição 45 - Maria Filomena Mónica. Tema: Segurança e Liberdade. Socióloga. N. Lisboa, 1943. Antiga aluna de Filosofia da F. Letras da UL, doutorada em Sociologia pela Universidade de Oxford. Investigadora-coordenadora emerita do Instituto de Ciências Sociais da UL. Autora de vasta obra sobre temas oitocentistas.

Sex. 4 Março

Ciclo de Palestras “Ciência em Português”- Susana Serrazina. Investigadora do Centro de Biodiversidade, Genómica Integrativa e Funcional, FCUL: “Como respondem as plantas ao stress?” com a presença de Maria Salomé Pais Telles Antunes, do Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências da UL

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

As Árvores e os Livros: Andrew Marvell

I have a garden of my own,
but so with roses overgrown,
and lilies, that you would it guess
to be a little wilderness.

Andrew Marvell

Andrew Marvell (1621–1678) foi um poeta inglês autor de vários livros de poesia donde se destacam To His Coy Mistress, The Garden, An Horatian Ode e Upon Appleton House. Foi colega e amigo de John Milton.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Centenário da UL: 100 Lições

Programação 100 Lições 21 a 25 de Fevereiro

Lição 33 – Seg. 21 Fevereiro
Alberto Costa. Tema: Momentos decisivos – da Cidade Universitária ao Terreiro do Paço Advogado e político. N. Évora de Alcobaça, 1947. Antigo aluno de Direito na UL. Foi dirigente estudantil. Leccionou em várias universidades. Foi deputado, Ministro da Administração Interna e da Justiça.

Lição 34 – Seg. 21 Fevereiro
Júlio de Castro Caldas. Tema: Crise e Estado de Excepção Advogado. N. Lisboa, 1943. Antigo aluno da Faculdade de Direito da UL. Foi Bastonário da Ordem dos Advogados (1993-1999) e Ministro da Defesa (1999-2001). Actualmente é sócio da firma CSA & Associados.

Lição 35 – Ter. 22 Fevereiro
Raúl Rosado Fernandes. Tema: Dos cânticos Homéricos, aos Servo-Croatas, aos Albaneses a Ismail Kadaret.Professor universitário. N. Lisboa, 1934. Antigo aluno de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da UL, onde chegou a Catedrático de Língua e Literatura Gregas. Foi Reitor da UL (1979-1982), universidade da qual é actualmente Professor Jubilado.

Lição 36 – Ter. 22 Fevereiro
António Galopim de Carvalho. Tema: O Quartzo na Ciência, na Tecnologia e na Arte. N. em Évora, em 1931. É doutorado em Geologia e professor catedrático jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. É autor de vasta bibliografia científica, de divulgação e de ficção. Foi director do Museu Nacional de História Natural, a partir do qual continua a desenvolver acções de divulgação, salvaguarda e valorização do património geológico nacional.

Lição 37 – Qua. 23 Fevereiro
Diogo Freitas do Amaral. Tema: Como e para quê reformar a Administração Pública? Professor de Direito Administrativo. N. Póvoa de Varzim, 1941. Antigo aluno da F. Direito da UL, onde chegou a professor catedrático. Actualmente na U. Nova de Lisboa. Fundador do CDS, foi deputado e várias vezes membro do governo. Presidiu à Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Lição 38 – Qui. 24 Fevereiro
Fernando Ribeiro. Tema: Filosofia e Rock - como viver no mundo da poesia eléctrica. Músico, vocalista e letrista da banda portuguesa de heavy metal Moonspell. N. Lisboa, 1974. Antigo aluno de Filosofia na Faculdade de Letras da UL.

Ciclo Palestras “ Ciência em Português” - 25 Fevereiro – Sexta

José Camões. Investigador do Centro de Estudos de Teatro, FLUL: “ Investigação em Humanidades e novas tecnologias.”, com a presença de Rui Vieira Nery, da Fundação Calouste Gulbenkian e Instituto de Etnomusicologia da UNL.

«O desejo chamado eléctrico 24»

Foi em Novembro de 2007 que, por proposta de Os Verdes, a Assembleia Municipal de Lisboa votou favoralmente, e por unanimidade, uma recomendação para reposição de carreiras de eléctrico operadas pela Carris, em Lisboa, e particularmente uma das centenárias, a do 24, inaugurada em 1907. Suprimida provisoriamente em 1996, o provisório tornou-se definitivo.

Um movimento cívico que engrossou com apoio dos mais variados sectores, de anónimos lisboetas, comerciantes do Bairro Alto, amigos disto e daquilo, do Jardim Botânico, das associações de turismo, lavrou o seu protesto em forma de petição. Já antes a câmara elaborara um protocolo com a transportadora, dez anos depois da interrupção da carreira para a reactivação de algumas linhas. De então para cá, nenhuma das várias versões da carreira voltou aos carris - do Largo do Carmo a Campolide, ao Alto de S. João à Rua da Alfândega, ao Cais do Sodré.

A Assembleia Municipal enumerou algumas vantagens decorrentes do aumento de linhas, referindo o interesse turístico, ambiental e dos próprios munícipes.

O Fórum CidadaniaLx protestou e organizou uma petição, em 2008: "A sua importância para a melhoria da mobilidade da cidade, assim como o seu grande potencial para o desenvolvimento do turismo de qualidade na capital são evidentes, devendo merecer por isso a maior atenção por parte da CML e da Carris.

"Três anos depois, Paulo Ferrero, membro daquela associação cívica, questionou: "Como é possível que uma câmara municipal, um pelouro dito de mobilidade, nada faça de concreto para que a reabertura do E-24 seja possível a curto-médio prazo? Como é possível que a Carris diga que as carreiras de autocarro são suficientes no troço do E-24? Aquele troço (Cais do Sodré-Campolide, com extensão ao Carmo) é um pesadelo de poluição do ar, engarrafamentos, peões em perigo iminente (sobretudo no troço da Misericórdia-Jardim S. Pedro de Alcântara), um atentado urbanístico, enfim, um desastre."

In Público, 18 Fevereiro 2011

Foto: Eléctrico 24 na Rua D. Pedro V em 1983, pelo fotógrafo Bernd Kitendorf

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Centenário da UL: 100 Lições

Lição 29 – Qua. 16 Fevereiro
Miguel Galvão Teles

Tema: O caso de Timor Leste (Portugal c. Austrália) no Tribunal Internacional de Justiça. Advogado. N. Porto, 1939. Antigo aluno da F. Direito da UL, onde também foi docente e regeu Direito Constitucional. Foi membro do Conselho de Estado (1982 a 1986). Pertence à sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados.


Lição 30 – Qua. 16 Fevereiro
Martim de Albuquerque

Tema: Considerações à volta da Soberania. Professor universitário e advogado. N. S. Domingos de Rana, 1936. Antigo aluno da F. Direito da UL, donde é Professor Jubilado. Autor de vasta obra nas áreas da História do Direito e do Pensamento Jurídico. Fundador da Albuquerque & Associados, Sociedade de Advogados.

Lição 31 – Qui. 17 Fevereiro
António Marques

Tema: A Reflexão Filosófica: Limites e Dinâmica. Professor universitário e historiador. N. São Pedro do Estoril, 1933. Antigo aluno da F. Letras da UL. Foi professor nesta Faculdade e na de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Lição 32 – Qui. 17 Fevereiro
Luciano Pinto Ravara

Tema: O Valor do Conhecimento. Médico e professor universitário. N. Lisboa, 1939. Antigo aluno da Faculdade de Medicina da UL, onde se doutorou e chegou a Professor Catedrático, jubilando-se em 2009. Dirigiu o Serviço de Medicina I do HSM. Foi um dos fundadores da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social).

domingo, 13 de fevereiro de 2011

«LIVE AND LET LIVE»

For those who live in homes where mice nibble through wires, where pigeons make a mess of eaves, where insects reduce woodwork to dust or, at the most extreme, where foxes enter bedrooms and maul babies or drunken baboons ransack the kitchen (instances reported this year in London and Cape Town), the idea of encouraging wildlife to share our living space seems, well, harebrained.

But the idea is being championed by conservationists, who warn that biological diversity is in peril. The United Nations has launched its decade of biodiversity and, in March, the second Integrated Habitats Design Competition will be launched at the Ecobuild exhibition in London.

In Britain, some bat species have declined by 95 per cent and birds such as swifts have fared similarly. The biggest threat to biodiversity worldwide is habitat loss, often as a result of building development. When, for instance, a tumbledown barn is converted into a home it could mean that bats, barn owls, swallows and swifts all lose theirs. Edward Mayer of Swift Conservation says that recent “progress” in Europe has harmed the birds. “Grants for the renovation of the EU countries’ historic towns have led to wholesale removal of swift (and bat) breeding sites as an unforeseen consequence,” he says.

Old buildings can provide homes for all sorts of wildlife, which could be your worst nightmare or an added bonus. In his book Wildwood, the late writer and environmentalist Roger Deakin described how he “welcomed the sparrows and starlings fidgeting in the thatch” of his “ruin” of a home, and how he was torn between wanting to repair the walls and “foster the passepartout menagerie” with which he lived.

However, it is today’s new buildings that offer the latest challenge. In temperate climates, houses are being built to be airtight to prevent heat loss (good for the environment) but this means they lack the nooks and crannies of older buildings, so there are fewer habitats for wildlife (bad for the environment).

That architects are designing houses where birds, bats and insects are made to feel at home with Homo sapiens may give some the shivers. However, instead of throwing brickbats, we should welcome this new thinking and install bat bricks, enthusiasts say.

It’s now cheap and easy to provide homes for bats, birds and more without impairing the longevity or beauty of the house. The German company Schwegler Natur manufactures hollow bricks designed as bat roosts and bird-nesting sites. They also make homes for solitary-nesting bees to be built into walls. Interiors are designed for the animals’ comfort – think textured walls and open-plan living areas with hanging space to suit all sizes. The prefab roosts can be built into walls or roofs to encourage bats (there are approximately 1,000 species worldwide of which 17 are in the UK). There is also a range of bird nesting boxes. The company has sold over 5m units in Europe.

“The idea is that from inside your house, you wouldn’t know that you share your home with other animals,” says Dr Carol Williams, author of Biodiversity for Low and Zero Carbon Buildings (Riba Publishing). The book contains detailed architectural plans showing how birds and bats of many species can be accommodated in our homes without impinging on human residents. “These species have evolved to live with humans,” says Williams. “Now, because of the real need to lower the carbon footprint of buildings, we risk endangering biodiversity by concentrating on reducing emissions,” she says. “If we do everything for nature except make a home for wildlife, we’re not helping.”

Encouraging biodiversity in your home can also aid mental health, says Williams. “It’s very enjoyable to sit outside with a glass of wine and watch bats flying out at night or hear swifts screaming in summer,” she says. “And being in the middle of a healthy ecosystem increases a property’s value.” Others may worry about droppings, tales of vampires or the possibility of a bat getting caught in the curtains but such concerns are “folklore”, she says. Well, she would. Her passion for wildlife may seem, ahem, batty. She even asked her builders to make holes in the new fascia and soffits she had fitted to her Cornwall home, in the hope that bats would roost there. They did.

Britain’s most common bat, the pipistrelle, only requires a 15mm by 20mm space through which to enter and roost in a cavity. Once roosting, they, like all British bat species, are protected legally. Professor Brian Edwards, of the Royal Institute of British Architects’ Sustainable Futures Group, says that in Britain the legislation has “considerable teeth”. “The regulations introduce new offences which could inadvertently be committed by architects engaged in restoration projects,” he says. Edwards advises anyone thinking of restoring to seek advice from groups such as the Bat Conservation Trust (http://www.bats.org.uk/).

Protecting our wildlife by maintaining or building structures that encourage animals to live with us is something we have done for centuries. In 15th-century Italy, many households built towers for swifts to nest in. Admittedly, the reason was to provide a harvest of young birds for the dining table. In the UK, many homes had dovecotes that provided the larder with meat and eggs, and “bee boles” in the walls – recesses where woven beehives were protected from the elements. The early 20th-century architect Edwin Lutyens built homes with owl boxes in them and wrote whimsically of “the dear big white fluffy thing” he’d seen nesting.

Owls control rodents while peregrine falcons feed on feral pigeons. Bats, house martins and swifts, meanwhile, all eat thousands of insects a day, many of them pests such as aphids and midges.

Few can deny that “nature” enhances urban spaces. In the 1970s, Malaysian architect Ken Yeang was one of the first to involve greenery in urban building designs, with his “bioclimatic skyscrapers”. Today, walls and roofs composed of living plants that provide habitats for insects – the base of the ecological pyramid – are increasingly popular. The living walls of the Musée du Quai Branly in Paris, designed by Patrick Blanc, and the living roof of native plants on the California Academy of Sciences, by Renzo Piano, are two recent examples.

Blanc’s lush living walls – which adorn buildings worldwide, including London’s Athenaeum Hotel – “bring a smile” to all who see them, says landscape gardener Daniel Bell, responsible for maintaining them. It’s not just our species they please. “The walls are absolutely alive with animals,” he says. “There are countless spiders and insects – stink bugs, flies and bees, snails. Birds feed on them; there are even blackbirds nesting in the walls.”

Living roofs and walls can also insulate buildings and reduce noise. In an era of climate change and fast urban lifestyles, we need more of them, says horticulturalist and broadcaster Professor Chris Baines. “Every extra living green surface will help to moderate the urban heat island effect, slow down the rate of rainwater runoff and help to lift the spirits,” he says.

“It’s unusual for architects, ecologists and engineers to work together to create a built environment that takes biodiversity and ecosystem services into account,” says Blanche Cameron, joint organiser of a new annual competition for such projects. The first Integrated Habitats Design Competition, supported by the government body Natural England, attracted 40 entries from architectural practices, ecologists and engineers in six countries. The winner, with a plan for converting a disused railway depot into student accommodation, including bat roosts, bird nesting, living roofs, solar panels and more, was a first-year architecture student from Liverpool University.

One architect who is building green properties with greater ecological benefits is Justin Bere. His London home has roofs of hawthorn and hazel and a wildflower meadow. There is a beehive and bat roosting and bird nesting built into walls as well as all the low-carbon features that owners of a green home would expect, such as solar panels for hot water and electricity.

“If we put a building over nature we have an obligation to put nature back on top,” says Bere. “It doesn’t cost a lot but we can’t live without nature and we don’t have any right to try and do so.” He has created a space where house sparrows flock to eat aphids on the flowers of common vetch in his rooftop meadow. “I love watching everything – the change of seasons and the wildlife.” It must all be a welcome sensory feast for his human neighbours too. Previously the site, encircled by tall terraced houses, was home to a sausage factory. London’s (unwelcome) feral foxes probably miss that. in Financial Times, 21 de janeiro de 2011


Foto: pata residente no Jardim Botânico

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Corujas-do-Mato no Jardim Botânico

Rara imagem de uma cria de Coruja-do-Mato ( Strix aluco ) que habita o nosso Jardim Botânico! Fotografia de José Cardoso.

Lisboa e Vale do Tejo – ocorre no estuário do Tejo, nomeadamente na zona de Pancas, podendo também ser escutada na cidade de Lisboa, onde há registos da presença no Jardim Botânico, no Tapada da Ajuda e no Parque de Monsanto. A serra de Sintra é outro dos locais onde a coruja-do-mato pode ser detectada com frequência, bem como a serra da Arrábida e os montados de Coruche, onde ocorre em boas densidades. in Aves de Portugal

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Arte Integrada nos Edifícios da Universidade de Lisboa

Em 2011 alguns dos Seminários de Cultura Material serão dedicados a estudos associados à Universidade de Lisboa, particularmente ao seu património. É uma forma do Museu de Ciência se associar às Comemorações do Centenário da Universidade e de divulgar o seu vasto património artístico, científico e arquitectónico.

No próximo dia 10 de Fevereiro Ana Mehnert Pascoal falará sobre o programa decorativo associado ao projecto do Arquitecto Porfírio Pardal Monteiro para o conjunto da Reitoria, Faculdade de Letras e Faculdadede Direito. A Ana Menhert, bolseira associada ao programa do Centenário, defendeu recentemente uma tese de mestrado sobre este assunto, com a máxima classificação.

"A Cidade do Saber: Património Artístico Integrado nos Edifícios projectados por Porfírio Pardal Monteiro para a Universidade de Lisboa (1934-1961)"

Ana Mehnert Pascoal
10 Fevereiro, 17 h

Seminários de Cultura Material
Museu de Ciência da Universidade de Lisboa

Foto: detalhe de um dos painéis de Almada Negreiros na UL. Imagem de Nuno Barros Roque da Silveira, 1971, Arquivo Fotográfico Municipal

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Morango, maracujá e groselha nas hortas do Museu do Traje

Espaço de hortas aberto à comunidade conquista cada vez mais adeptos

Isabel Santos há muito que tinha o "bichinho da terra, mas confessa que ser "agricultora" é um trabalho mais duro do que pensava A nova vaga de jovens agricultores que cultiva as hortas do Museu do Traje está a dar um novo colorido aos talhões. Há morangos, maracujás, groselhas e ervas aromáticas. E os espantalhos de trapos, para afugentar as aves, foram trocados por dezenas de CD"s.

É a irreverência de quem pouco ou nunca pegou numa enxada, mas que, pelo prazer de mexer na terra numa cidade cada vez mais betonizada , escolheu ser agricultor nos tempos livres e não tem medo de experimentar, errar e de voltar a tentar até acertar. São recém-aposentados, professores universitários, arquitectos, famílias inteiras.

Onde antes só havia batatas, cenouras, couves, cebolas e alfaces, há agora uma variedade de espécies novas nas hortas do Museu. Há morangos, maracujás, groselhas, cebolinho, manjericão e muitas outras ervas aromáticas.

Mas há outras marcam que atestam a presença de sangue novo a amanhar a terra. Entre os espantalhos, os trapos pendurados em paus ou os sacos de plástico para manter os pássaros ao largo, existem também talhões com CD"s a rodopiar ao vento. E, à primeira vista, os reflexos criados pelo sol, parecem resultar mais do que o boneco de palha, estático, de braços abertos e vestido com roupas XXL.

Isabel Santos faz parte da nova vaga de agricultores inexperientes, mas com muita vontade de proporcionar a si própria alguns momentos ao ar livre, dentro da capital, mas sem sentir uma ponta sequer do bulício normal - e tantas vezes infernal - de uma cidade.

"Nasci e cresci no campo, mas nunca cheguei a colocar as mãos na terra. Mas o bichinho ficou cá", confessa Isabel Santos, natural de Penamacor, na Beira Baixa. O pequeno talhão no Museu do Traje pertence a uma amiga, mas Isabel ajuda sempre que pode.»

In Jornal de Notícias (8/2/2011)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Centenário da UL: 100 LIÇÕES

As Cem Lições, integradas na celebração do Centenário, serão dadas por cem antigos alunos da Universidade de Lisboa. O tópico da lição é de livre escolha de quem a profere. É talvez natural que a experiência universitária e o seu prolongamento, eufórico ou menos eufórico, na vida desses antigos alunos possam ser objecto das suas lições. É igualmente natural que as actividades profissionais ou áreas disciplinares a que, com reconhecido brilho, se dedicaram nas suas vidas, nelas sejam objecto de análise. A Universidade acolhe com júbilo o seu regresso.

PROGRAMAÇÃO 2 e 4 FEVEREIRO

Lição 12 - QUA. 2 Fevereiro
Rui Sanches

Pintor e escultor. N. Lisboa, 1954.
Antigo aluno da F. Medicina da UL, donde saiu para estudar sucessivamente no Ar.Co (Lisboa), no Goldsmiths' College (Londres) e na Univ. Yale. Dirige o Dep. Escultura do Ar.Co. Vive e trabalha em Lisboa.

Lição 13 - QUA. 2 Fevereiro
Lídia Jorge

Tema: Escrita como Experiência. Escritora. N. Boliqueime, 1946. Antiga aluna de Filologia Românica na F. Letras da UL. Viveu em Angola e Moçambique no final do período colonial. A Costa dos Murmúrios (1988) é um dos mais conhecidos de dezena e meia de livros, editados em várias línguas. Recebeu vários prémios em Portugal e no estrangeiro.

Lição 14 - Qui. 3 Fevereiro
Pedro Mário Soares Martinez

Tema: A Economia e o Homem. Professor universitário. N. Lisboa, 1925. Antigo aluno da Faculdade de Direito da UL, onde se doutorou e foi Professor Catedrático (1958) de C. Político-Económicas. Dirigiu a FDUL de 1971 a 1974. Foi Procurador à Câmara Corporativa e Ministro da Saúde e Assistência (1962-1963).

Lição 15 - Qui. 3 Fevereiro
João Seabra

Tema: No centenário da Lei da Separação. Igreja e Estado nos alvores do séc. XX. Padre católico. N. 1949. Antigo aluno da Faculdade de Direito da UL. Estudou Teologia na U. Católica Portuguesa e Direito Canónico na U. Pontifícia de Salamanca. Foi Capelão na UCP e Prior de Santos-o-Velho. Colabora actualmente com as paróquias do Chiado. Ciclo de Palestras “Ciência em Português”

Lição 16 - SEX. 4 Fevereiro
Tjerk Hagemeijer

Investigador do Centro de Linguística da FLUL: “Línguas, genes, e história: a crioulização no Golfo da Guiné” com a presença da Prof. Isabel Castro Henriques do Departamento de História da Faculdade de Letras da UL.