segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Sobre Brumadinho


A barragem da Vale na cidade de Brumadinho rompeu e milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro invadiram as ruas e casas próximas, arrastando e destruindo tudo em seu caminho.
Muita gente morreu em meio a esse mar de lama.
Junto com esse mar de lama, a gente viu um mar de hipócritas aparecendo aqui e ali. Gente entendida de cálculo estrutural de barragem de rejeito, entendida de meio ambiente, de segurança no trabalho, de resgate em situações críticas, de laudos técnicos, de projetos urbanos, de justiça do trabalho, justiça empresarial, justiça governamental e principalmente gente especializada em julgamentos.
A Vale tem sua culpa?
Lógico que tem.
O governo anterior do Estado de Minas Gerais tem sua culpa?
Lógico que tem.
O Governo federal que acabou de terminar tem sua culpa?
Lógico que tem.
Mas gente, a hora agora é de socorrer pessoas, apoiar famílias, reestruturar o indivíduo, lançar amor e solidariedade.
Depois que todos os esforços para solucionar os problemas pessoais de cada envolvido, direta ou indiretamente for solucionado, ai sim, a justiça, tem que ser acionada, fiscalizada e executada.
Por enquanto não gente! Vamos deixar nossas julgamentos e justiças umbilicais para depois.





quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Doidos, mas gênios!







Ontem eu fiquei sabendo de uma coisa muito interessante!
Vocês sabiam que se a sua cidade estiver por exemplo, a 700 metros do nível do mar, e se você for tirar agua de um poço, com uma bomba que funciona criando vácuo dentro do encanamento, essa bomba pode ser a melhor do mundo, feita pela Nasa, ou pelo xinguilingui, que o máximo que ela consegue mandar a agua é a sete metros de altura?
Se você estiver a 500 metros de altitude, a bomba manda no máximo a 5 metros, se estiver a 1000 metros a bomba manda a 10 metros. Pode usar a mesma bomba que o resultado é sempre esse: um metro para cada 100 metros de altitude.
Para retirar a agua de poços profundos, temos que utilizar bombas submersas, ou que tenham agua no encanamento, não pode ser por vácuo!
Rapaz, que maluquice!
Agora se segurem ai: O cidadão que fez os cálculos de tudo isso, é um tal de Arquimedes, que viveu numa época que nem tinha eletricidade, nem bomba, nem poço profundo e muito menos artesiano. Ele descobriu esse esquema em um dia em que foi tomar banho em uma tina com agua, e ai observando o que aconteceu com o nível da agua, formulou sua teoria, também chamada de lei do empuxo.
O Arquimedes fez cálculos observando a gravidade, peso do ar, peso do corpo submerso, altitude e outras coisas que via na natureza.
Não é doido isso? Parece que tem uns caras malucos, que vieram no nosso mundo com a missão de ajudar a humanidade a evoluir. Essa teoria de Arquimedes até hoje é usada para cálculos de engenharia, de física, de projetos complicadíssimos, e é base para um monte de explicações que usam essa teoria como ponto de partida.
Eu juro pra vocês, que quando estou dentro d’agua, tipo em uma piscina, eu não penso em nada que não seja um churrasquinho ou uma cervejinha bem gelada. Será que é por isso que eu não inventei teoria nenhuma?
Acho que minha missão aqui é escrever crônicas e inventar histórias... Puxa!




segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Deskarmificar!







Eu estava pesquisando sobre karma, e descobri, que ele é como se fosse uma dívida que você tem com alguém desde uma hipotética outra encarnação.
Tipo assim: Você saiu com a mulher do cara lá na Idade Média, o cara passou a vida tentando te matar e não conseguiu, aí, ele vai te perseguir até os confins das vidas querendo te pegar.
Acontece que você nasce depois de 300 em outra hipotética reencarnação. O cara vai dar um jeito de nascer seu irmão, ou seu filho, ou um parente próximo, e se não conseguir essa parentela, ele pode ser até a sua mulher!
Ai meu chapa, pode esperar vários chifres na cabeça! Porque ela vai te trair com o padeiro, com o ferreiro, com o padre, com o seu irmão, seu primo, seu pai... Você tá ferrado!
Mas vamos supor que você se sinta traído, com uma raiva monstra dessa sua esposa malandra, aí você mate ela e depois se mate com um tiro na cabeça.
Ixi... Aí a coisa vai piorar muito! Sabe o que pode acontecer? Pode acontecer que você nasça com problemas mentais, porque se deu um tiro na cabeça, e que você ainda seja filho da mulher que você matou 300 anos atrás! Ela vai te amar porque é sua mãe e também vai te odiar porque você é o mesmo filha da puta que vem brigando com ela a 600 anos!
Rapaz, a treta é feia e só vai aumentando, aumentando, aumentando, até que você e esse seu inimigo íntimo consigam verdadeiramente se perdoar.
Bom... Eu como sou cristão, não posso acreditar em reencarnação, apesar de estudar essas teorias e possibilidades. Por isso, eu procuro deskarmificar minha vida, e resolver meus problemas aqui mesmo, sem levar mágoas e nem desavenças para o futuro. Eu não queria morrer cheio de inimigos querendo furar meus “zóios.”
Acho que tentar viver leve ajuda, nessa encarnação, que pra mim é a única, e nas encarnações futuras, de outras pessoas que acreditam.
Seja você cristão, budista, espírita ou seja lá o que for, acho que o certo é: Deskarmificar? Ou seja; não levar inimigos para o túmulo! Viver bem e feliz, é a solução! Pra toda(s) vida(s).




segunda-feira, 14 de janeiro de 2019







Os amigos que são mais antigos aqui no blog, conhecem uma personagem de muitas crônicas, mas que na verdade era bem real: A Frida, minha cachorra.
Infelizmente para os fãs da meninona, eu tenho que informar a todos que ela morreu dia 21 do mês passado.
Ela era mestiça; o pai era Dog Alemão e a mãe era Fila, por isso ela herdou a docilidade e companheirismo do Fila, e o medo até da própria sombra do Dog Alemão.
Eu estive pensando e acho que ela era mestiça de anjo também, ou mestiça de uma pessoa tão boa e feliz com a vida, que dá até vergonha de alguns dias, em que passei por ela sem ao menos fazer um cafuné, e quando me dei conta disso, ao virar para trás e encará-la, eu era presenteado com um ser me olhando apaixonadamente, com o rabo mais balançante do mundo, que parecia me entender e me perdoar no mesmo instante em que eu não lhe dei atenção.
Foram 13 anos de muito carinho, e só agora, nós aqui em casa estamos saindo desse luto, que muitas pessoas não conseguem entender e as vezes até caçoam.
Mas isso não importa pra gente, não importa pra minha família, pra gente, o que importa são as lembranças que a Frida deixou.
Vou contar uma coisa pra vocês: Se eu for um ser humano, tão bom quanto a Frida foi um cachorro, no dia em que eu for embora, vou feliz, porque com certeza vou ter cumprido meu papel aqui na Terra.






quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Visita renovadora







Eu resolvi parar com o blog novamente, mas depois de umas férias e de ver algumas coisas interessantes eu resolvi continuar.
Eu fui visitar o museu da xilogravura em Campos do Jordão e fiquei impressionado com esse pedaço da história que eu não conhecia.
Gente que ao passar dos anos, décadas e até séculos criaram arte, apenas pela arte. Pessoas que tinham um dom, e que por isso queriam apenas se comunicar, mostrar suas criações e embelezar o dia do próximo, muitas vezes sem ganhar nada em troca.





Vou contar um segredo: Quando a gente escreve, na verdade, a gente queria mesmo que o mundo todo tivesse vontade de ler as nossas coisas. Mas não é assim. Mesmo os amigos, mesmo os parentes próximos, mesmo pessoas que admiramos... Muitas vezes, digo, na grande maioria das vezes, essas pessoas não estão nem aí para o que a gente escreve.





Uma vez eu dei um livro meu de presente para uma pessoa que tenho grande carinho, ele não leu, emprestou para um amigo avaliar e dependendo da nota que esse amigo desse, ai sim, ele iria pensar se leria o livro ou não.
Depois de um tempo ele me falou que o amigo gostou, mas disse que já tinha lido melhores, e por isso ele não leu.
Essas são as pedras que atiram na gente durante o caminho, mas sabem de uma coisa? Eu resolvi não ligar mais pra essas pedras, porque, por outro lado, algumas pessoas que a gente nem conhece, ou talvez até conheça, mas que a gente não tem tanta amizade assim, acabam lendo os nossos escritos, e gostam, e além de gostar eles incentivam e as vezes até se tornam fãs do que a gente escreve, gratuitamente e sem nenhum interesse.





Vou escrever sem esperar nada em troca. Vou escrever e se esses escritos alcançarem alguém e contribuir para um dia feliz, pra mim, mesmo que eu não receba nenhum obrigado, já vai estar valendo a pena.





Alguns artistas xilógrafos fizeram cem anos depois o meu dia muito mais feliz e reflexivo. Eles nunca vão saber disso, mas pra mim, eles valeram a pena, suas obras valeram a pena, e a visita ás suas obras no museu, valeu muito, muito, muito.