Deixo-me vaguear
pelas ruas caiadas
Com Esse amor submisso
que envergo nas roupas rasgadas
Com que visto o meu
corpo.
Esse amor tão ardente
Que me faz sentir
diferente
A cada passo que dou.
Olho para lá no
horizonte e não sei quem sou
Mas sei que existo e
nesse exato momento me dou.
Esse amor tão singelo
Que me faz medo
perdê-lo a cada esquina que dobro
Esse amor submisso
que guardo como se fosse preciso
Escondê-lo de quem não
o vê.
Esse amor submisso
que na simplicidade da sala
Deixou a cadeira a baloiçar
Num simples repousar
de corpos adormecidos.
Esse amor submisso
Que deixa entrar pela
janela
O raio de sol que nos
paralisa, aquece e imobiliza
Com a sua enorme beleza.
Esse amor submisso
Que nos faz sentir
com o coração
Que nunca nos faz
dizer não.
Esse amor submisso
que nos faz querer estar presos
Ao incerto desejando
ter por certo
O amor que não conhecemos.