Vou usar e abusar do chavão:
Fazer todo um poema de rimas
Desgastadas, cansadas, cretinas.
Vou rimar “coração” e “paixão”.
Vou usar só palavras banais,
Desfiar rimas burras e pobres
Até que nenhuma mais sobre
No meu velho e surrado Houaiss.
Vou fazer construções qualquer-nota,
E usar, sem ter medo nenhum,
Um milhão de lugares comuns
E as hipérboles mais idiotas.
Não faz mal se for tudo clichê,
Pois no fim resta salvo o poema
Se tiver algo raro por tema
E esse algo, meu bem, for você.
19 de jan. de 2010
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7 comentários:
muito bom !
Allan, já sou tua fã de "carteirinha", mas com esse poema, tu arrasaste. Vixe, que coisa linda! Eu amei. Quanta sensibilidade, quanta criatividade... Talento ímpar!
uuuuuuuuuuuuui!
uma lembrança esquecida sobre o que pode ser bem o endereço dum abençoado 'lugar comum': aquela porção de tempo e espaço que é bem compartilhado, feito a chave desse teu textin aqui! bela, sir vidiga!
p.s. é o bendito "comum-de-dois", ou 'conjugadin' rs
Já comentei em outro blog ! Interessante , agradável , sensual ! E bem humorado ...
O que, carinha. Nesse você matou a pau. Parabéns.
Gostaria eu de tê-lo escrito.
Sem pedir permissão postei essa poesia no blog do:
grupo experimental da academia araçatubense de letras, do qual a sua tia é uma das orientadoras.Evidentemente que o seu crédito está la.
Fi-lo não pq qui-lo mas imposto pelo fato de que achei bonita a poesia. Merece se divulgada...dai, porque fi-lo (cacete).
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