Tanta coisa que agora eu queria te dizer,
Mas o silêncio é mais prudente no momento.
Esquecer-te seria possível? Deus o que fazer?
Você faz parte de mim. Na paz, no tormento!
És minha vida, minha história,
A fase mais feliz da minha vida.
Só peço-te que não encare a história
Do meu silêncio como sinal de partida.
É apenas uma maneira de me defender
Dessa saudade insuportável que meu peito guarda!
Tantas vezes tenho vontade de ligar: você atender,
Ouvir tua voz, e num sussurro quase inaudível e doce
Pedir a você que entre pela porta do quarto, que guarda
E guardará sempre as nossas noites. Amo você.
Élcio
maio 28, 2010
maio 21, 2010
Mundo que passa
Quando amanhã essa memória falhar
E o vento minuano não mais soprar
Esperanças, quiçá memórias a farfalhar
Numa última poesia, eu venha assoprar
Ainda que sejam palavras ácidas
De humor duvidoso, a rima suspeita.
Flechas, minhas flechas serão lançadas
A ti cronos que há muito me espreita.
“E mereço esperar mais do que os outros, eu?”
E agora essa lamúria que nos lábios revolve a língua!
Outrora declamaram desde sob janelas ao ateneu!
“Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti".
O celeiro das poesias já se escasseia. Míngua
E breve hei de escrever o último poema (para ti)!
Aspas para: Legado - Drummond
Élcio
E o vento minuano não mais soprar
Esperanças, quiçá memórias a farfalhar
Numa última poesia, eu venha assoprar
Ainda que sejam palavras ácidas
De humor duvidoso, a rima suspeita.
Flechas, minhas flechas serão lançadas
A ti cronos que há muito me espreita.
“E mereço esperar mais do que os outros, eu?”
E agora essa lamúria que nos lábios revolve a língua!
Outrora declamaram desde sob janelas ao ateneu!
“Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti".
O celeiro das poesias já se escasseia. Míngua
E breve hei de escrever o último poema (para ti)!
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Élcio
maio 16, 2010
Porque faz frio
Lá fora um frio cortante
Foi o que me restou e que,
Da noite se fez amante.
Amante que esquadrinha,
Sórdido, todos os cantos
Corpos, corações linha a linha.
Aqui, um silêncio pesado
Agora se fez latente.
Sequer um adeus. Passado!
Ao longe toca Bastidores.
Queria bisar. Impossível,
Pois queria você: Alhures!
Porque faz frio.
Élcio
Foi o que me restou e que,
Da noite se fez amante.
Amante que esquadrinha,
Sórdido, todos os cantos
Corpos, corações linha a linha.
Aqui, um silêncio pesado
Agora se fez latente.
Sequer um adeus. Passado!
Ao longe toca Bastidores.
Queria bisar. Impossível,
Pois queria você: Alhures!
Porque faz frio.
Élcio
maio 07, 2010
Um pé de formosura
Junto à minha rua tem um pé de formosura
Que foi gerado e fecundou a terra no dia
Em que ela ali deixou uma lágrima cair.
A menina que passava confidenciou-lhe
Um sonho de menina-moça e um botão
Ali se fez flor, abriu e perfumou.
Assim, o pé de formosura cresceu, cresceu,
Alguns dizem que jamais parou e
Que há muito oscula as estrelas.
Ósculo que faz de cada estrela
(Mesmo a mais silente) uma confidente
E que a cada confidencia é gerado uma flor.
Flor, flores tantas há que o céu virou jardim
E só em uma ocasião a flor se solta.
É quando o pedido (confidente) é atendido.
Apenas e tão somente nessa condição
A flor se solta e a plainar, desce, desce,
Indo beijar suas raízes para ali jazer.
Junto à minha rua tem um pé de formosura.
Élcio
Que foi gerado e fecundou a terra no dia
Em que ela ali deixou uma lágrima cair.
A menina que passava confidenciou-lhe
Um sonho de menina-moça e um botão
Ali se fez flor, abriu e perfumou.
Assim, o pé de formosura cresceu, cresceu,
Alguns dizem que jamais parou e
Que há muito oscula as estrelas.
Ósculo que faz de cada estrela
(Mesmo a mais silente) uma confidente
E que a cada confidencia é gerado uma flor.
Flor, flores tantas há que o céu virou jardim
E só em uma ocasião a flor se solta.
É quando o pedido (confidente) é atendido.
Apenas e tão somente nessa condição
A flor se solta e a plainar, desce, desce,
Indo beijar suas raízes para ali jazer.
Junto à minha rua tem um pé de formosura.
Élcio
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