segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Muito interesse na visita ao Museu do Dinheiro


 Dia 29 de janeiro de 2023, numa manhã fria e luminosa, um grupo de associados e amigos da associação ALDRABA participou na visita ao Museu do Dinheiro que tínhamos organizado.

Um grupo reduzido (14 pessoas), mas muito interessado, disfrutou da magnífica apresentação que nos foi proporcionado pela nossa guia Margarida Barros, de quem nos tornámos amigos, e que esperamos venha a colaborar futuramente na nossa revista.

A interpretação da Muralha de D. Dinis, e o Museu do Dinheiro propriamente dito, justificam o nosso forte aplauso, e o incentivo a todos os nossos amigos a que lá voltem individualmente, ou a que ali realizemos novas visitas de grupo.

As nossas saudações à organização do Banco de Portugal e aos excelentes profissionais que ali trabalham.

JAF

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Início das comemorações do centenário da Casa do Alentejo


A Casa do Alentejo em Lisboa deu início no passado dia 26 de janeiro de 2023 às comemorações do seu centésimo aniversário.

Será um ano inteiro de atividades, com atividades culturais, grupos corais, gastronomia, exposições e uma sessão solene para o dia oficial da fundação, a 10 de junho.

As iniciativas têm o alto patrocínio da Presidência da República e da Comissão de Honra, de que fazem parte mais de 100 personalidades, como historiadores, músicos, escritores e empresários, autarquias alentejanas e da cidade de Lisboa, bem como a Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura Recreio e Desporto, e quatro coletividades convidadas para o efeito pela Casa do Alentejo (Lincemoz, G.A.Olivença, N.A.Barrancos e Associação Aldraba).

A nossa Associação ALDRABA considera uma grande distinção ter sido apontada para a Comissão de Honra do Centenário da Casa do Alentejo, e vai dispor-se a toda a colaboração que seja considerada útil.

A Casa do Alentejo foi planeada por comerciantes, farmacêuticos e homens dos ofícios, que tinham vindo do Alentejo para Lisboa, tendo sido formalizada como associação em 10 de junho de 1923. Funcionou primeiro em Alcântara, depois no Bairro Alto e ocupou em 1932 o edifício que ainda é a sua sede de hoje, na Baixa de Lisboa.

Ao longo dos 100 anos, a Casa do Alentejo teve escola, posto médico, sapataria, barbearia, foi onde muitos se conheceram e casaram, já que as casas regionais serviam mesmo para isso: dar apoio a quem chegava de Évora, Beja ou Elvas, e a quem já estava instalado em Lisboa iam encontrando soluções, nomeadamente de emprego.

A associação comprou o edifício em 1982, iniciando um longo e oneroso processo de recuperação do palacete, que pertenceu aos condes de Alverca e foi o primeiro casino de Lisboa, antes de os jogos de fortuna e de azar terem sido proibidos por Salazar, em 1928.

Com o 25 de abril de 1974, a instituição abriu-se e teve "uma explosão", chegando a ter mais de 3.000 sócios. Os jogos foram então proibidos, passando a existir mais atividade cultural, mas, tal como então, continua a ser preciso ser alentejano para se ser sócio-dirigente, com o objetivo de "manter a ligação à região".

"Desenvolveram-se os grupos corais aqui, os bailes também nunca deixaram de existir, mas tiveram outro significado e passaram a ser todas as semanas ao domingo, [destacaram-se] a apresentação de livros e de mostras de artesanato e as autarquias do Alentejo passaram a vir muito mais à Casa do Alentejo. Neste ano em que estamos, nós prevemos que mais de metade dos municípios vão estar aqui na Casa do Alentejo", disse o presidente da Casa do Alentejo João Proença, destacando que para fevereiro está prevista a feira do Queijo de Serpa e uma iniciativa da Câmara de Montemor-o-Novo.

Depois de dificuldades sentidas durante a pandemia, em que esteve fechada por dois períodos e teve de recorrer a ajuda da banca e aos apoios do Governo, a instituição está ainda a pagar dívidas, mas "a funcionar normalmente", assegura o presidente, tendo em permanência uma venda de artesanato, um restaurante e uma taberna, com gastronomia regional.

JAF


domingo, 22 de janeiro de 2023

13ª visita a espaços de interesse para o património - Museu do Dinheiro (Lisboa), domingo, 29.1.2023, 10h30


 








Nesta nova atividade que a Associação ALDRABA pretende proporcionar aos seus associados e amigos, agendámos para o domingo, dia 29 de janeiro de 2023, a partir das 10h30, uma visita ao Museu do Dinheiro (incluindo o espaço das ruínas da Muralha de D. Dinis), que está situado no Largo de São Julião, mesmo ao lado da Praça do Município em Lisboa.

O Museu apresenta o tema do dinheiro, a sua história e evolução, em Portugal e no mundo. 

Tendo sido fundado e mantido pelo Banco de Portugal, o Museu abriu as portas ao público em 19 de abril de 2016. 

O Museu do Dinheiro considera imperdíveis algumas das suas peças e instalações, em que destaca: 

Uma barra de ouro (12,6 kg de ouro refinado, que é possível tocar pelos visitantes), o Hermes solar (deus grego do comércio e das trocas, num robô que apresenta de forma interativa a troca direta de bens que são outras formas de dinheiro), um mapa mundi interativo (permite navegar no tempo e no espaço e conhecer factos importantes sobre a história do dinheiro no mundo), o terço de estáter (primeira moeda no ocidente, surgida no século VII a.C.), a nota chinesa que foi a primeira nota do oriente (surgida no século IX d.C.), o “português” de D. Manuel I (moeda de ouro cunhada entre 1499 e 1521, representativa da importância política e económica do estado português na época dos descobrimentos), a “realidade aumentada” (ecrã interativo que permite ao utilizador manipular, rodar e ampliar as moedas expostas), o morabitino de D. Sancho II (único exemplar conhecido no mundo), a nota de 500 escudos de Alves dos Reis (que lhe deu o reconhecimento como um dos maiores burlões da história de Portugal), a dobra de 24 escudos (a maior e mais pesada moeda de ouro da história portuguesa), uma nota e uma moeda personalizadas (experiência interativa que permite "cunhar" uma moeda e "emitir" uma nota com o rosto de cada visitante), uma nota de 1000 escudos D. Maria II (que engloba vários elementos alusivos à história do Banco de Portugal). 

São também considerados imperdíveis: a exposição “Compreender o Banco de Portugal”, que permite conhecer a missão de um banco central, as suas principais responsabilidades, e o impacto da sua atividade na vida dos cidadãos; o filme multimédia “A memória do sítio”, que ilustra a evolução histórica da área onde se encontra a sede do Banco de Portugal e o Museu do Dinheiro desde a época medieval, passando pela reconstrução pombalina até à cidade atual; e o Núcleo de Interpretação da Muralha de D. Dinis, classificada como Monumento Nacional.

Todo este riquíssimo espólio, apresentado de forma muito atrativa com recurso às ferramentas expositivas mais modernas, está pois à disposição da ALDRABA, com um guia profissional dedicado, durante a manhã do próximo domingo 29 de janeiro, sendo as entradas gratuitas.

Divulguem aos vossos familiares e amigos, e compareçam na entrada do Museu uns 10 minutos antes da hora da visita!

JAF

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

"Árvore portuguesa de 2023" é um eucalipto do distrito de Viseu


 












O património popular de que a Aldraba se reivindica inclui o nosso património natural, seja ele animal, vegetal ou mineral.

Neste contexto, e com o propósito de contribuir para a divulgação e valorização do acervo arbóreo português, aqui se reproduz a informação difundida na imprensa de hoje, segundo a qual árvore portuguesa de 2023 é o eucalipto de Contige, situado na freguesia e concelho de Sátão, no distrito de Viseu. Com um perímetro de tronco de 11 metros, este eucalipto foi o escolhido na sexta edição do Concurso Nacional Árvore do Ano.

O eucalipto da aldeia de Contige conquistou o primeiro lugar do concurso nacional com 3046 votos. Logo a seguir, no segundo lugar, com 2879 votos, ficou uma azinheira de São Brás de Alportel, com 250 anos e 17 metros. Com 2863 votos, o terceiro classificado foi um castanheiro gigante de 500 anos, de Guilhafonso, em Pêra do Moço, na Guarda. Nos restantes lugares (ordem decrescente),  ficaram a oliveira de Pedras d'el Rei, Tavira, o plátano do Palácio da Anadia, Mangualde, a oliveira de Mouriscas, Abrantes, um metrosídero de Mafra, uma oliveira milenar de Lagoa, uma oliveira de Casais de São Brás, Santarém, e um carvalho de Calvos, Póvoa de Lanhoso. Ao todo, as dez árvores reuniram 20.073 votos online, de acordo com o comunicado da União da Floresta Mediterrânica – UNAC, que organiza o concurso em Portugal. 

O "Eucalipto de Contige” tem a altura de 43 metros e um largo tronco de 11 metros de perímetro. É considerada ‘a maior árvore classificada de Portugal’ pela Universidade de Aveiro. Fica localizada à beira da antiga EN 229, e a sua plantação remontará a 1878, quando se abriu a Estrada das Donárias”. O percurso da EN 229 foi desenhado de forma a manter-se esta árvore.

A monumentalidade deste eucalipto fez com que uma estrada se partisse em duas. É isso que é salientado por António José Carvalho, presidente da Junta de Freguesia de Sátão: “O perfil da estrada faz a devida vénia a esta árvore monumental, desenhando uma estrada com um perfil quase semicircular à volta deste espécime”.

António José Carvalho conta ainda que a ligação entre este eucalipto e a população de Contige é “muito estreita”. “É um espécime que cimenta uma relação quase histórica de Contige com o eucalipto”. Também é esta árvore que tem tornado a aldeia conhecida nas redondezas. “É algo que torna Contige bastante conhecido nesta freguesia e nas freguesias limítrofes, engrandecendo as relações entre as pessoas, porque identifica a aldeia no concelho e fora do concelho”.

JAF