sábado, 30 de julho de 2011

Inauguração do Museu da Ruralidade - Entradas, Castro Verde














Instalado no espaço que foi a habitação do caseiro da Leda – propriedade onde se cultivava o trigo, a cevada e as pastagens para o gado que também aí se criava, o Museu da Ruralidade inaugurado ontem, dia 29 de Julho, pretende preservar, promover e dar a conhecer o mundo rural e incentivando a procura da memória, dos objectos e dos fazeres da ruralidade com especial enfoque nas terras campaniças da região de Castro Verde.


Ao assistir à inauguração do Museu, tivemos o privilégio de apreciar a exposição “Máquinas, objectos e memórias da ruralidade”, conhecer e conviver com alguns dos artesãos cujos trabalhos lá se encontram expostos, saborear os petiscos servidos no pátio e na Taberna, e, lá para o fim da tarde, ouvir histórias passadas e as cantigas como sempre acontece quando estamos juntos…


Ao assentar a sua filosofia no binómio “património material/património imaterial”, o Museu irá continuar a enriquecer o seu espólio com documentos áudio e vídeo de narrativas de vida e dos saberes, histórias, contos e lendas, e registos do cante e do toque da viola campaniça.

Os nossos parabéns às gentes de Entradas pelo novo equipamento cultural de que dispõem a partir de agora, ao Presidente do Município Francisco Duarte, e à equipa que deu forma a este projecto - em especial aos amigos Paulo Nascimento, Miguel Rego e Manuel Passinhas.


MEG, com fotografias de JAF

sexta-feira, 22 de julho de 2011

MUSEU DA REPÚBLICA E DA MAÇONARIA











No ano em que se comemora o 1º Centenário da implantação da República em Portugal, a Região Centro do país acaba de beneficiar da abertura de um raro Museu – o MUSEU DA REPÚBLICA E DA MAÇONARIA - debruçado sobre as temáticas da República e da Maçonaria portuguesas, com incidência nos aspectos da sua expressão política e social mais popular e genuína.
Partindo de variados objectos de uso quotidiano, mostra-se nesse novo espaço museológico como o povo assimilou as ideias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade - que remontam à Revolução Francesa - e as divulgou junto da comunidade envolvente, favorecendo a mudança de mentalidades e atitudes na senda da implantação de um novo regime mais humano e justo, que acentue a valia popular, a cidadania e o progresso.
O Museu em questão é composto por três acervos principais:
O primeiro, relativo às personalidades que estão na origem da República portuguesa, assim como por objectos de uso corrente e outros relacionados com momentos politicamente mais relevantes, cartazes, fotografias e postais ilustrados, etc..
O segundo acervo evidencia objectos de cerimonial maçónico, como escapulários e aventais dos vários graus, canhões em vidro e pratos em faiança utilizados nos ágapes de confraternização, espadas rituais, diplomas e credenciais de várias Lojas, etc..
O terceiro acervo aborda o regime do Estado Novo, sublinhando-se sobremodo a ideia de poupança, a par de um breve enfoque nos períodos da 2ª Grande Guerra e da Guerra Civil de Espanha, com uma mostra de figuras alusivas aos políticos da época (Churchill, Hitler, etc.) produzidas nas principais fábricas de cerâmica nacionais (Caldas da Rainha, Sacavém e Coimbra).
Numa região particularmente carenciada de património monumental classificado, bem como de grandes meios de animação e ocupação dos tempos livres, que atraiam e cativem os turistas por amplos períodos, o projecto museológico de Villa Isaura assume a maior importância para a Região Centro, ao dotá-la com um edifício de características neo-medievais, erguido a partir do criterioso reaproveitamento de materiais genuínos, com mais de 500 anos de existência, salvados a tempo dos desmandos que o valioso Centro Histórico de Pedrógão Grande foi alvo na última década.No ambiente natural do Vale do Zêzere, de frescura e cor, que deslumbra e maravilha quem o visita, Villa Isaura, em Troviscais Cimeiros, e o seu MUSEU DA REPÚBLICA E DA MAÇONARIA, são mais um motivo de interesse e de orgulho para o concelho de Pedrógão Grande, na área do território das Aldeias do Xisto, e uma oportunidade única para o turista pernoitar e reviver a História de Portugal nos seus últimos 100 anos.

Texto e fotografias de Aires Henriques

Villa Isaura - Troviscais Cimeiros (Pedrógão Grande)



Em Maio do ano passado, a Aldraba realizou o seu XVI Encontro – “O povo ratinho e os saberes ancestrais” em terras de Pedrógão Grande, de que demos conta em:
http://aldrabaassociacao.blogspot.com/2010/05/aldraba-por-terras-de-pedrogao-grande.html.

Pedrógão Grande, situada nas imediações do Zêzere e cujos limites se estendem até aos frondosos montes e vales que circundam a Serra da Lousã, é uma vila antiquíssima onde História e Lenda, por vezes, se confundem.

Ao longo dos tempos, soube manter as suas principais características medievais, o seu traçado urbano, a harmonia arquitectónica e o aspecto genuíno que exibe, sendo ainda hoje considerada como «uma das mais curiosas do distrito de Leiria, com as suas ruas estreitas e as suas casas com o tipo arquitectónico do Séc. XV(...)».

Pela mão do nosso associado Aires Henriques, conhecemos então a Villa Isaura/Solar do Povo Ratinho (Troviscais Cimeiros) e os interessantíssimos materiais museológicos que nela foram sendo arrecadados. Colecções sobre temas diversos, de que se destacam os que se ligam à saga dos antigos migrantes ratinhos, designadamente instrumentos pastoris e têxteis, aos primeiros tempos da República, à Maçonaria, etc..

A Villa Isaura abriu as suas portas em 1993, como um projecto de alojamento turístico e cultural, dando forma a uma ideia que, não só iria contribuir para o desenvolvimento turístico do Vale do Zêzere, mas sobretudo poderia proporcionar aos muitos emigrados da região condições de acolhimento adequadas, propícias à recordação dos bons momentos, que antecederam a partida das suas aldeias e meio familiar.

Casa de lavoura, característica da arquitectura beirã e com mais de cem anos de existência, assume-se como verdadeiro eco-museu e alberga, neste momento, o recém-criado Museu da República e da Maçonaria.


MEG, com fotografia de Aires Henriques

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nomes de localidades em azulejos (cont.5)


















Cá estamos de novo, com mais 8 placas toponímicas do ACP, que diversos blogues foram coligindo e que, com a nossa vénia aos respectivos impulsionadores, aqui se republicam.

Do “Diário de Bordo”, retomamos fotografias de quatro localidades, colhidas por Manuel Campos Vilhena, em Cadafais (distr. Lisboa), Ourique (distr. Beja), Portimão (distr. Faro) e Vila Nova da Rainha (distr. Lisboa), e de duas outras localidades, captadas pela própria Teresa Oliveira, em Ervedal e Figueira de Barros (distr. Portalegre).

A nossa amiga Susana Rodrigues chamou-nos a atenção para a placa de Valpaços (distr. Vila Real), publicada no blogue “Valpassos D’Oje”.

Por último, reproduzimos a placa do Murtal (distr. Lisboa), que saiu no blogue "Notas & Comentários", de José d'Encarnação.

Assinale-se que, com o post de hoje, ultrapassou-se já a fasquia da meia centena de placas toponímicas reproduzidas por A ALDRABA. Mais exactamente, divulgámos até ao presente 55 placas de 53 localidades diferentes, de 10 distritos.

JAF