Notas de um caderno de viagem III
1/6 a 5/6/1984 – Viagem
a Barbalha. Festa de Santo Antônio. Barbalha fica na região do Cariri. Parece,
nesta época, uma cidade mineira, pela topografia e pelo clima. Pela arquitetura, não. Dia 1° foi a abertura
dos festejos de Santo Antônio. Quermesses, novenas, quadrilhas, paus-de-cebo,
forró e muita comida típica.
O ponto culminante é o corte do pau da bandeira, que deve ser
mais alto do que o do ano anterior e é trazido da mata até em frente da igreja
pela população. Chega a ser emocionante. Músicas, fogos, alegria. O prefeito é
muito jovem e o pároco muito aberto. A parte cantada da missa foi feita por
cantadores da região.
O mais curioso, para mim, foi o grupo de penitentes. Ainda
existente nessa região. Banda Cabaçal: pífaros e zabumbas. Aliás, o Cariri com
suas três cidades: Juazeiro, Crato e Barbalha, quase gêmeas, mas tão distintas,
merece uma temporada bem maior, com os olhos, os ouvidos, o olfato e o paladar
bem apurados.