São Paulo. 16/09/06 - Visita a Catedral
Basílica Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Fica no município
paulista de Aparecida. Diz um folding
que é maior templo católico do Brasil e o segundo do mundo. Ocupa mais de 143m² de área construída. É a
terceira igreja a abrigar a santa desde a sua aparição. O Santuário é
administrado pelos Missionários Redentoristas da Congregação do Santíssimo
Redentor. É visitado por mais de 12 milhões de romeiros, por ano, de todas as
partes do mundo.
O projeto é do arquiteto Benedito Calixto.
Tem a forma de cruz grega. Estilo: neoromânico.
Tem uma passarela chamado de "Passarela da Fé", que a liga a antiga
basílica, também a visitação de turistas e crentes. Extensão: 395m que alguns fieis atravessam de
joelhos. Ato de consagração: 4 de julho de 1980, pelo papa João Paulo II. Já
foi visitada por três papas: João Paulo II, Bento XVI e o
atual, Francisco. Já recebeu a Rosa de Ouro três vezes. A última foi
pelas mãos de Francisco, comemorando os 300 anos do aparecimento da Santa. A
rosa de Ouro é a mais antiga condecoração papal.
Saindo, agora, das informações turísticas
vem a emoção de um quase descrente diante de tanta grandeza, mas também de
tanta fé. O que é isso? Toda essa grandeza para abrigar uma santinha de poucos
centímetros de altura, pousada num nicho inatingível. Negra. (Ela era realmente
negra? Senão porque representá-la, assim?)
Havia muita gente. E nem era um dia
especial. Quando chegamos, estava sendo rezada uma missa. O som desses cantos
católicos vibrando dentro das naves dessas igrejas, também vibram dentro de
mim. As vezes me dá até vontade de chorar. Catarse? A cara das pessoas que
religiosamente crêem também mexe comigo. O que representa aquela pequenina
imagem para essas pessoas? Muitas daquelas caras são brancas e talvez até
preconceituosas. Mas, ali, só existe fervor. As vezes, nem conhecem a sua
história apenas seguem a multidão se ajoelhando, suplicando, implorando uma
graça qualquer. Eu? Permaneci em silêncio porque não sei nem rezar e sendo só -
não pergunto, como Donne, "por quem os sinos dobram", mas quem rezará
por mim, se isso for, realmente, necessário?