Mais um episódio desta alegre telenovela. De mansinho, pé ante pé, eles lá se vão safando todos.
Não sabemos bem porquê, mas esta pouca vergonha não mereceria uma campanha bloguista?
Supremo arquiva caso de juiz da Liga de futebol.
30 junho 2006
Ai hoje é dia de anedotas aqui no estaminé?
Uma tia de Cascais, daquelas cheias de guito, comprou o último grito da Mercedes.
Dois dias depois regressou ao concessionário reclamando que o rádio não funcionava. O vendedor explicou-lhe que não existia qualquer avaria:
- Saiba V. Exa. que o sistema de áudio do seu novo Mercedes é totalmente electrónico. Tudo o que tem a fazer é dizer-lhe o que quer ouvir. De imediato, o equipamento efectuará um reconhecimento digital do seu espectro vocal e, automaticamente, activará o rádio, seleccionando o cantor que V. Exa. Solicitar.
A tia, muito satisfeita com a explicação, abandonou o stand. Ligou o carro e, dirigindo-se ao rádio, pediu:
- Música portuguesa!
De imediato o aparelho respondeu:
- Emanuel ou Quim Barreiros?
- Marco Paulo - solicitou a tia.
E logo se ouviu a voz do consagrado cantor, entoando a sua 25ª versão do clássico Eu tenho dois amores.
A tia, entusiasmadíssima, pediu outra:
- Ágata.
E logo o aparelho começou a debitar o último êxito da formidável cantora.
Nesse mesmo instante, um veículo que havia passado um sinal vermelho, atravessa-se à frente do Mercedes, quase provocando uma colisão. A tia, a quem no processo havia estalado todo o verniz, gritou estridentemente:
- Corno, filho da puta, paneleiro de merda!!!
E o auto-rádio de imediato anuncia:
- E agora, estimados ouvintes, vai dirigir-se ao país S. Exa. o Sr. 1º Ministro, Engº José Sócrates!
Dois dias depois regressou ao concessionário reclamando que o rádio não funcionava. O vendedor explicou-lhe que não existia qualquer avaria:
- Saiba V. Exa. que o sistema de áudio do seu novo Mercedes é totalmente electrónico. Tudo o que tem a fazer é dizer-lhe o que quer ouvir. De imediato, o equipamento efectuará um reconhecimento digital do seu espectro vocal e, automaticamente, activará o rádio, seleccionando o cantor que V. Exa. Solicitar.
A tia, muito satisfeita com a explicação, abandonou o stand. Ligou o carro e, dirigindo-se ao rádio, pediu:
- Música portuguesa!
De imediato o aparelho respondeu:
- Emanuel ou Quim Barreiros?
- Marco Paulo - solicitou a tia.
E logo se ouviu a voz do consagrado cantor, entoando a sua 25ª versão do clássico Eu tenho dois amores.
A tia, entusiasmadíssima, pediu outra:
- Ágata.
E logo o aparelho começou a debitar o último êxito da formidável cantora.
Nesse mesmo instante, um veículo que havia passado um sinal vermelho, atravessa-se à frente do Mercedes, quase provocando uma colisão. A tia, a quem no processo havia estalado todo o verniz, gritou estridentemente:
- Corno, filho da puta, paneleiro de merda!!!
E o auto-rádio de imediato anuncia:
- E agora, estimados ouvintes, vai dirigir-se ao país S. Exa. o Sr. 1º Ministro, Engº José Sócrates!
Viu ou não viu?
Um bêbado passava junto à margem de um rio, quando viu um grupo de evangélicos a rezar e a cantar.
Aproximou-se e resolveu perguntar:
- O que se está a passar... hic... aqui?
- Estamos a fazer um baptismo nas águas. Você também deseja encontrar o Senhor?
- Hic... Eu quero, sim...
Os evangélicos vestiram o bêbado com uma roupa branca e levaram-no para a fila.
Numa margem do rio estava um pastor que pegava nos fiéis, mergulhava-lhes a cabeça na água, depois tirava e perguntava:
- Irmão... viste Jesus?
- Ohhhh…, eu vi, sim...
E todos os evangélicos aclamavam dizendo:
- Aleluia! Aleluia!
Quando chegou a vez do bêbado, o pastor meteu-lhe a cabeça na água, depois tirou e perguntou-lhe:
- Irmão... viste Jesus?
- Não! - respondeu o bêbado.
O pastor colocou novamente a cabeça do bêbado na água e deixou-a lá um certo tempo. Depois tirou-a e perguntou:
- E agora, irmão... viste Jesus?
O bêbado, bastante ofegante, respondeu:
- Não!
O pastor, já nervoso, colocou de novo a cabeça do bêbado debaixo de água e deixou-a lá uns bons cinco minutos. Depois puxou o bêbado e perguntou-lhe:
- E agora, irmão... já conseguiste ver Jesus?
O bêbado, já semi-asfixiado e trôpego de tanta água engolir, respondeu:
- Porra! Já disse que não! Vocês têm mesmo a certeza de que Ele caiu aqui????
Aproximou-se e resolveu perguntar:
- O que se está a passar... hic... aqui?
- Estamos a fazer um baptismo nas águas. Você também deseja encontrar o Senhor?
- Hic... Eu quero, sim...
Os evangélicos vestiram o bêbado com uma roupa branca e levaram-no para a fila.
Numa margem do rio estava um pastor que pegava nos fiéis, mergulhava-lhes a cabeça na água, depois tirava e perguntava:
- Irmão... viste Jesus?
- Ohhhh…, eu vi, sim...
E todos os evangélicos aclamavam dizendo:
- Aleluia! Aleluia!
Quando chegou a vez do bêbado, o pastor meteu-lhe a cabeça na água, depois tirou e perguntou-lhe:
- Irmão... viste Jesus?
- Não! - respondeu o bêbado.
O pastor colocou novamente a cabeça do bêbado na água e deixou-a lá um certo tempo. Depois tirou-a e perguntou:
- E agora, irmão... viste Jesus?
O bêbado, bastante ofegante, respondeu:
- Não!
O pastor, já nervoso, colocou de novo a cabeça do bêbado debaixo de água e deixou-a lá uns bons cinco minutos. Depois puxou o bêbado e perguntou-lhe:
- E agora, irmão... já conseguiste ver Jesus?
O bêbado, já semi-asfixiado e trôpego de tanta água engolir, respondeu:
- Porra! Já disse que não! Vocês têm mesmo a certeza de que Ele caiu aqui????
29 junho 2006
Aldrabolândia
São 26.047 computadores portáteis que chegarão às escolas públicas do continente - dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário - no início do próximo ano lectivo.
26.047! Repito: 26.047, nem mais um, nem menos um.
Estes gajos são ridículos! E a coisa torna-se lamentável quando se vem acenar com todas estas contribuições que, supostamente, visam o tal "Choque tecnológico".
Quando chega a hora da verdade e se vai ver como é, a montanha pariu o eterno rato!
Tanta conversa com o Portal do Emprego, grandes parangonas sobre os milhares de inscrições recebidas no primeiro dia por candidatos à procura de emprego (só faltando dizer que é tudo gente a querer mudar de emprego e não desempregada...). Pois deixem-me que vos diga que, desde ontem, a única coisa que consegui foi registar-me como utilizador. Deve ser para engrossar os tais números do Governo. Preencher dados curriculares para que alguém me possa recrutar... nada!
Já lhes mandei um mail explicando o problema. Resposta? Nada!
Revejam lá o número de portáteis para o Básico e o Secundário. Ofereçam só 26.046 e desviem o outro para alguém que perceba de informática, contratem-no a recibos verdes e ponham-no a resolver os bugs do Portal do Emprego.
Simplex... o tanas!
26.047! Repito: 26.047, nem mais um, nem menos um.
Estes gajos são ridículos! E a coisa torna-se lamentável quando se vem acenar com todas estas contribuições que, supostamente, visam o tal "Choque tecnológico".
Quando chega a hora da verdade e se vai ver como é, a montanha pariu o eterno rato!
Tanta conversa com o Portal do Emprego, grandes parangonas sobre os milhares de inscrições recebidas no primeiro dia por candidatos à procura de emprego (só faltando dizer que é tudo gente a querer mudar de emprego e não desempregada...). Pois deixem-me que vos diga que, desde ontem, a única coisa que consegui foi registar-me como utilizador. Deve ser para engrossar os tais números do Governo. Preencher dados curriculares para que alguém me possa recrutar... nada!
Já lhes mandei um mail explicando o problema. Resposta? Nada!
Revejam lá o número de portáteis para o Básico e o Secundário. Ofereçam só 26.046 e desviem o outro para alguém que perceba de informática, contratem-no a recibos verdes e ponham-no a resolver os bugs do Portal do Emprego.
Simplex... o tanas!
Apresentação
Convidaram-me para dar uma modesta contribuição a este portento da arte de bem cavalgar toda a brejeirice.
Tentarei!
(Este final fez-me lembrar aquela canção dos Anjos: Tentarei... mais perto do céu; tentarei... mais perto do mar... Ou será que era ficarei? - Isto está a começar bem!...)
Tentarei!
(Este final fez-me lembrar aquela canção dos Anjos: Tentarei... mais perto do céu; tentarei... mais perto do mar... Ou será que era ficarei? - Isto está a começar bem!...)
Lufada de ar fresco
As mães também erram.
Circula por aí...
8 MOTIVOS PARA NÃO SE CONFIAR SEMPRE NOS CONSELHOS DAS MÃES:
1º- Deixa de jogar bola e vai estudar para poderes ter um futuro. (Mãe do Ronaldinho)
2º- Pára de gritar! (Mãe de Luciano Pavarotti)
3º- Deixa de brincar com essas máquinas ou nunca terás nada na vida. (Mãe de Bill Gates)
4º- É a última vez que rabiscas as paredes da casa de banho. (Mãe de Michelangelo)
5º- Pára de tamborilar com os dedos na mesa! (Mãe de Samuel Morse)
6º- Fica quieto de uma vez! Daqui a nada vais querer dançar pelas paredes. (Mãe de Fred Astaire)
7º- Nada de igualdades, eu sou a tua mãe e tu és o meu filho. (Mãe de Karl Marx)
8º- Pára de mentir! Tu pensas que o estares sempre a mentir te vai ajudar ser alguém na vida!? (Mãe de José Sócrates)
8 MOTIVOS PARA NÃO SE CONFIAR SEMPRE NOS CONSELHOS DAS MÃES:
1º- Deixa de jogar bola e vai estudar para poderes ter um futuro. (Mãe do Ronaldinho)
2º- Pára de gritar! (Mãe de Luciano Pavarotti)
3º- Deixa de brincar com essas máquinas ou nunca terás nada na vida. (Mãe de Bill Gates)
4º- É a última vez que rabiscas as paredes da casa de banho. (Mãe de Michelangelo)
5º- Pára de tamborilar com os dedos na mesa! (Mãe de Samuel Morse)
6º- Fica quieto de uma vez! Daqui a nada vais querer dançar pelas paredes. (Mãe de Fred Astaire)
7º- Nada de igualdades, eu sou a tua mãe e tu és o meu filho. (Mãe de Karl Marx)
8º- Pára de mentir! Tu pensas que o estares sempre a mentir te vai ajudar ser alguém na vida!? (Mãe de José Sócrates)
Já disponível em Portugal
Se pretende começar bem o seu dia, com uma refeição rica em bífidos inactivos e em ómega 33, tem agora ao seu dispôr os novos cereais integrais vindos directamente do Brasil.
A inércia digestiva provocada por este novo produto obtido através de uma rigorosa selecção de cereais transgénicos, garante a morte de toda a flora intestinal no espaço de três dias, assegurando um refluxo constante de gases e outras substâncias de consistência mais sólida.
Esse refluxo assegura-lhe, sr. consumidor, que possa dizer bostada atrás de bostada, num discurso fluente e sem necessidade de recurso ao estafado golinho de água.
Em suma, tem agora ao seu dispôr um verdadeiro pequeno-almoço de Primeiro-Ministro!
28 junho 2006
Precisa-se: Quem nunca tenha pecado.
O presidente da Câmara de Viseu e da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Fernando Ruas, desafiou a população do Concelho a "correr à pedrada" os funcionários do Ministério do Ambiente que fiscalizam e multam obras feitas pelas Juntas de Freguesia.
A Ala quer colaborar nesta verdadeira intifada e resolveu criar uma oferta de emprego: Precisa-se de alguém que nunca tenha pecado.
Para quê?... Para lançar a primeira pedra!
Eheheh! G'anda maluco!
A Ala quer colaborar nesta verdadeira intifada e resolveu criar uma oferta de emprego: Precisa-se de alguém que nunca tenha pecado.
Para quê?... Para lançar a primeira pedra!
Eheheh! G'anda maluco!
27 junho 2006
Francis Obikwelu ganha medalha de ouro do Euro 2002
Esta é a prova provada de que mais vale uma tachada de papas de sarrabulho do que uma dúzia de chutos com o esteróide tetrahidrogestriona.
Banca larga
Eis o pensamento de três compadres que se encontravam presentes no anúncio da cobertura total de banda larga, feito ontem pelo 1º Ministro Sócrates na localidade de Canhestros, Concelho de Ferreira do Alentejo:
O da esquerda: Mas que porra será esta da banca larga? Um banco de cozinha com mais uma tábua?
O do meio: O que é que vem cobrir quem? Queres ver que tenho que dar uma cachaporrada neste paneleiro?
O da direita: Só cá faltava esta porra! Mulheres velhas já há por aí com fartura. A gente precisava mesmo era de bandas estreitas!
O da esquerda: Mas que porra será esta da banca larga? Um banco de cozinha com mais uma tábua?
O do meio: O que é que vem cobrir quem? Queres ver que tenho que dar uma cachaporrada neste paneleiro?
O da direita: Só cá faltava esta porra! Mulheres velhas já há por aí com fartura. A gente precisava mesmo era de bandas estreitas!
26 junho 2006
Sejamos honestos
Agora que a tormenta passou, apetece-nos dizer que o Sr. Joseph Blatter prestou um mau serviço ao futebol quando, após o final do jogo Portugal-Holanda, veio, ele próprio, mostrar um cartão vermelho ao árbitro do encontro. Qual o motivo? O árbitro tinha demonstrado falta de sensibilidade relativamente ao que são os condimentos indispensáveis a um bom jogo de futebol; porque tinha limitado irremediavelmente as duas equipas ao exibir tantos cartões; bla, bla, bla.
Então afinal como é?
Primeiro criticam os árbitros porque são permissivos, porque são moles no aspecto disciplinar, porque deixam passar em claro o excesso de virilidade das entradas de defesas e médios sobre os avançados, pactuando assim com a impossibilidade de algumas equipas poderem praticar um futebol mais ofensivo.
Quando os árbitros interpretam à letra as leis do jogo, tendo sido, aliás, para isso pressionados com a devida antecedência pela própria FIFA, vem depois o presidente deste organismo pendurar na cruz o primeiro árbitro que teve as bolas no sítio (já que de futebol se fala) para o fazer.
Para nós, exceptuando alguns - curtos - períodos do jogo em que a nossa selecção foi ligeiramente prejudicada e aquela entrada inicial sobre o Cristiano Ronaldo que merecia cartão vermelho directo, ao invés do mero amarelo, o Sr. Ivanov fez uma excelente exibição.
Se queremos futebol de ataque, os jogadores, sejam eles artistas de fina estirpe ou não, têm que começar a aprender. Nem que seja à força!
Então afinal como é?
Primeiro criticam os árbitros porque são permissivos, porque são moles no aspecto disciplinar, porque deixam passar em claro o excesso de virilidade das entradas de defesas e médios sobre os avançados, pactuando assim com a impossibilidade de algumas equipas poderem praticar um futebol mais ofensivo.
Quando os árbitros interpretam à letra as leis do jogo, tendo sido, aliás, para isso pressionados com a devida antecedência pela própria FIFA, vem depois o presidente deste organismo pendurar na cruz o primeiro árbitro que teve as bolas no sítio (já que de futebol se fala) para o fazer.
Para nós, exceptuando alguns - curtos - períodos do jogo em que a nossa selecção foi ligeiramente prejudicada e aquela entrada inicial sobre o Cristiano Ronaldo que merecia cartão vermelho directo, ao invés do mero amarelo, o Sr. Ivanov fez uma excelente exibição.
Se queremos futebol de ataque, os jogadores, sejam eles artistas de fina estirpe ou não, têm que começar a aprender. Nem que seja à força!
25 junho 2006
23 junho 2006
Peditório
Bem... 'bora lá dar para este peditório também:
A Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas é dirigida por uma comissão administrativa cuja presidente é a mãe do ministro António Costa e do Director-Adjunto da Informação da SIC, Ricardo Costa (Maria Antónia Palla Assis Santos - como não tem o "Costa", passa despercebida...).
O Ministro José António Vieira da Silva declarou, em Maio último, que esta Caixa manteria o mesmo estatuto! Isso inclui regalias e compensações muito superiores às vigentes na função pública (ADSE), SNS e os outros subsistemas de saúde. É só consultar a tabela de reembolsos anexa.... Mas este escândalo não será divulgado pela comunicação social porque é parte interessada (interessadíssima!!!) pelo que há que o divulgar ao máximo por esta via!!!
Divulguem!!!
Como é óbvio, deixámos de fora a "tabela anexa". Mas fiquem a saber que é um escândalo!
A Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas é dirigida por uma comissão administrativa cuja presidente é a mãe do ministro António Costa e do Director-Adjunto da Informação da SIC, Ricardo Costa (Maria Antónia Palla Assis Santos - como não tem o "Costa", passa despercebida...).
O Ministro José António Vieira da Silva declarou, em Maio último, que esta Caixa manteria o mesmo estatuto! Isso inclui regalias e compensações muito superiores às vigentes na função pública (ADSE), SNS e os outros subsistemas de saúde. É só consultar a tabela de reembolsos anexa.... Mas este escândalo não será divulgado pela comunicação social porque é parte interessada (interessadíssima!!!) pelo que há que o divulgar ao máximo por esta via!!!
Divulguem!!!
Como é óbvio, deixámos de fora a "tabela anexa". Mas fiquem a saber que é um escândalo!
Não há direito!
A Comissão Nacional de Protecção de Dados já deu luz verde ao projecto do Governo de publicar a lista negra dos devedores ao Fisco e à Segurança Social.
Perante esta notícia, ficámos a pensar que, finalmente, iriamos ter os nossos quinze minutos de fama. Afinal, no que diz respeito ao IRS, apenas serão publicados os nomes de contribuintes com dívidas que excedam os 50 mil euros.
Vamos ter que nos esmerar um pouco mais!... Para já, permaneceremos no anonimato.
Perante esta notícia, ficámos a pensar que, finalmente, iriamos ter os nossos quinze minutos de fama. Afinal, no que diz respeito ao IRS, apenas serão publicados os nomes de contribuintes com dívidas que excedam os 50 mil euros.
Vamos ter que nos esmerar um pouco mais!... Para já, permaneceremos no anonimato.
22 junho 2006
Um blogue para bem servir
21 junho 2006
E a asneirada continua...
A pouca-vergonha continua descaradamente e o asno Alberto João lá vai, cantando e rindo, enquanto os muares do continente carregam a pesada albarda destes desvarios insulares.
E não há por cá quem, com um pouco de racionalidade oncológica, ponha na ordem este verdadeiro cancro de que enferma o arquipélago da Madeira.
A besta foi eleita com toda a legitimidade e por isso não é possível a sua destituição. Vicissitudes da vida em Democracia!
Agora aquilo para que ninguém o mandatou foi, de certeza, para fazer o que faz há anos a fio, gozando e ofendendo os otários do continente quando lhe dá na real fronha, enquanto sustenta a sua clientela a expensas nossas.
Que pena não mandarmos nada. A esta hora já o grunho ía a bordo de um Hércules C-130, a caminho do Haiti. É húmido, quente e a rapaziada indígena tem fama de gostar de comer brancos folgazões, com bastante matéria adiposa. Depois ajudávamos a debelar a intoxicação alimentar generalizada que certamente se seguiria, e assim fazíamos um brilharete junto da comunidade internacional.
E não há por cá quem, com um pouco de racionalidade oncológica, ponha na ordem este verdadeiro cancro de que enferma o arquipélago da Madeira.
A besta foi eleita com toda a legitimidade e por isso não é possível a sua destituição. Vicissitudes da vida em Democracia!
Agora aquilo para que ninguém o mandatou foi, de certeza, para fazer o que faz há anos a fio, gozando e ofendendo os otários do continente quando lhe dá na real fronha, enquanto sustenta a sua clientela a expensas nossas.
Que pena não mandarmos nada. A esta hora já o grunho ía a bordo de um Hércules C-130, a caminho do Haiti. É húmido, quente e a rapaziada indígena tem fama de gostar de comer brancos folgazões, com bastante matéria adiposa. Depois ajudávamos a debelar a intoxicação alimentar generalizada que certamente se seguiria, e assim fazíamos um brilharete junto da comunidade internacional.
Para nosso - feito vosso - deleite
Fiquem-se aqui com estas linhas da autoria de Rui Tavares, (Jornal Público, 17.06.06), sobre essa entidade metafísica percursora dos blogs em Portugal. Depois digam se gostaram...
(...) Como escreveu uma vez Ricardo Araújo Pereira, o mais estimulante em Pacheco Pereira é mesmo "aquela compulsão para dizer o contrário do que o resto do mundo estiver a dizer na altura. Se houver muita gente indignada, Pacheco Pereira apela à serenidade. Se houver serenidade, Pacheco Pereira apela à indignação." O nosso problema é que, com um mês inteiro de futebol, ninguém liga nenhuma à nossa indignação e assim é impossível a Pacheco Pereira manter a serenidade.
Às vezes uma pessoa desanima, e é aí que escreve no blogue, como escreveu Pacheco Pereira: "Saltem muito, é o que vos desejo. A sério, saltem, saltem, pode vir daí uma desorganização das ideias que seja salutar à Pátria. Duvido, mas não excluo nenhum milagre." Pior ainda: às vezes achamos que o problema é só nosso. E aí verbalizamos, como Pacheco Pereira na televisão: "Nenhum país tem a vida pública tão dominada pelo futebol como Portugal."
Bem nos poderiam dizer que na Holanda e na Itália é igual, que em Inglaterra e no Brasil é pior. Também as mães de Bragança, até terem ganho consciência de classe, achavam que só elas eram infelizes e que nenhuma tinha um marido pior. Também elas desanimaram e os incitaram a sair de casa e prometeram mudar a fechadura (e escreve-se no blogue: "Ah! minha bela Futebolândia! Segue o exemplo do Montenegro e torna-te independente. Leva a televisão, a rádio e os jornais..."). E depois lhes pediram que afinal não fossem, lembrando que eram vãos aqueles prazeres que procuravam.
(...) Também elas usaram os filhos para convencer os maridos. Como escreveu Pacheco Pereira na Sábado: "Alguém vai pagar a conta: os nossos filhos que tanto estimamos e de cujo infinito carinho por eles nunca permitiríamos que alguém duvidasse, lá estarão a pagar a prazo a festa de todas estas férias, de todos estes feriados, de todo este Algarve, de todos estes ecrãs de plasma gigantes, de todo este futebol fandango." Eis a Mãe de Bragança tentando chegar a Velho do Restelo: subitamente, o problema já não é só o futebol. É tudo. Os passeios nos feriados, as férias no Algarve, o povo que vai para a praia quando está calor.
O meu fascínio mantém-se, portanto. Apenas atenuado quando vejo Pacheco Pereira começar a duvidar de si mesmo. "Eu não tenho jeito para calvinista e admoestador dos costumes alheios", escreveu na Sábado. Não se menospreze, homem. Usando linguagem futebolística, dir-se-ía: é um calvinista e admoestador já com alguma experiência, mas que ainda tem margem de progressão.
(...) Como escreveu uma vez Ricardo Araújo Pereira, o mais estimulante em Pacheco Pereira é mesmo "aquela compulsão para dizer o contrário do que o resto do mundo estiver a dizer na altura. Se houver muita gente indignada, Pacheco Pereira apela à serenidade. Se houver serenidade, Pacheco Pereira apela à indignação." O nosso problema é que, com um mês inteiro de futebol, ninguém liga nenhuma à nossa indignação e assim é impossível a Pacheco Pereira manter a serenidade.
Às vezes uma pessoa desanima, e é aí que escreve no blogue, como escreveu Pacheco Pereira: "Saltem muito, é o que vos desejo. A sério, saltem, saltem, pode vir daí uma desorganização das ideias que seja salutar à Pátria. Duvido, mas não excluo nenhum milagre." Pior ainda: às vezes achamos que o problema é só nosso. E aí verbalizamos, como Pacheco Pereira na televisão: "Nenhum país tem a vida pública tão dominada pelo futebol como Portugal."
Bem nos poderiam dizer que na Holanda e na Itália é igual, que em Inglaterra e no Brasil é pior. Também as mães de Bragança, até terem ganho consciência de classe, achavam que só elas eram infelizes e que nenhuma tinha um marido pior. Também elas desanimaram e os incitaram a sair de casa e prometeram mudar a fechadura (e escreve-se no blogue: "Ah! minha bela Futebolândia! Segue o exemplo do Montenegro e torna-te independente. Leva a televisão, a rádio e os jornais..."). E depois lhes pediram que afinal não fossem, lembrando que eram vãos aqueles prazeres que procuravam.
(...) Também elas usaram os filhos para convencer os maridos. Como escreveu Pacheco Pereira na Sábado: "Alguém vai pagar a conta: os nossos filhos que tanto estimamos e de cujo infinito carinho por eles nunca permitiríamos que alguém duvidasse, lá estarão a pagar a prazo a festa de todas estas férias, de todos estes feriados, de todo este Algarve, de todos estes ecrãs de plasma gigantes, de todo este futebol fandango." Eis a Mãe de Bragança tentando chegar a Velho do Restelo: subitamente, o problema já não é só o futebol. É tudo. Os passeios nos feriados, as férias no Algarve, o povo que vai para a praia quando está calor.
O meu fascínio mantém-se, portanto. Apenas atenuado quando vejo Pacheco Pereira começar a duvidar de si mesmo. "Eu não tenho jeito para calvinista e admoestador dos costumes alheios", escreveu na Sábado. Não se menospreze, homem. Usando linguagem futebolística, dir-se-ía: é um calvinista e admoestador já com alguma experiência, mas que ainda tem margem de progressão.
19 junho 2006
Atchim! Cuidado com os esbirros.
(...) Problemas e crises? Em Setembro se verá... Fizemos tudo, e bem, para chegar a este Mundial, e não seria agora, nesta fase, que os portugueses se lembrariam da crise e da falta de juízo colectivo. Era o que faltava...
Luís Delgado - Jornalista
In "Opinião", DN, 19.06.06
Quatro pequenos registos a respeito deste cromo:
1 - Apreciámos a ironia;
2 - Tens toda a razão;
2 - Durante anteriores campeonatos de futebol realizados em período de governo PSD andaste tão caladinho. Porquê? Não havia crise nem falta de juízo colectivo?
4 - És um esbirro!
Luís Delgado - Jornalista
In "Opinião", DN, 19.06.06
Quatro pequenos registos a respeito deste cromo:
1 - Apreciámos a ironia;
2 - Tens toda a razão;
2 - Durante anteriores campeonatos de futebol realizados em período de governo PSD andaste tão caladinho. Porquê? Não havia crise nem falta de juízo colectivo?
4 - És um esbirro!
18 junho 2006
15 junho 2006
14 junho 2006
Tá bem abelha!...
E tu, também acreditas no Pai Natal?
É triste mas é bonito. Ora leiam lá mais umas boas verdades tristemente apregoadas ao vento.
É triste mas é bonito. Ora leiam lá mais umas boas verdades tristemente apregoadas ao vento.
Liiiiiiiinnnnnnnnddddddoooooo!
PSD de Lisboa reduziu-se a uma agência de empregos!
Com o desemprego que por aí grassa, não acham que esta iniciativa devia ser auxiliada financeiramente pelo Estado?
Com o desemprego que por aí grassa, não acham que esta iniciativa devia ser auxiliada financeiramente pelo Estado?
13 junho 2006
Porque até simpatizamos com este caramelo...
Santo de Lisboa
Para falar verdade, o santo padroeiro de Lisboa é São Vicente. Mas, no coração dos lisboetas, é Santo António quem mais ordena. Ele é o santo casamenteiro, sempre associado à cidade que o viu nascer. Que importa, afinal, se passou os últimos anos da sua vida em Pádua. Para nós, Santo António... é o Santo de Lisboa.
Fernando Bulhão nasceu em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195. Quem? Fernando Bulhão, de seu nome, ou Santo António como ficou imortalizado para sempre na história da capital portuguesa.
Apesar de S. Vicente ser o santo padroeiro de Lisboa, foi Santo António que conquistou o coração dos lisboetas, que lhe dedicam todos os anos o dia 13 de Junho, feriado municipal.
Voltemos então ao início da história. Francisco Bulhão nasceu em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195, numa casa onde mais tarde se ergueu a igreja em sua honra.
Os primeiros estudos foram feitos na Sé de Lisboa, ingressando na vida religiosa em S. Vicente de Fora, deslocando-se posteriormente para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde foi ordenado sacerdote.
Diz a tradição que Fernando tinha uma memória fora do comum, sabendo de cor não só as Escrituras Sagradas como também a vida dos Santos Padres.
Tornando-se frade franciscano e recolhendo-se como Eremita nos Olivais, troca o nome para António em 1220.
É então por essa altura que viaja para Marrocos, onde foi atacado por pestilência aquando da sua chegada. Passado um ano, quando regressava de barco a Portugal, uma forte tempestade arrastou-o para Itália, onde o destino haveria de o prender.
São Francisco convoca-o em 1221 para o Capítulo Geral da ordem, ali revela os seus talentos de orador a pregar perante os seus confrades.
Foi convidado a ensinar teologia nas escolas franciscanas de Bolonha, Montpellier e Toulouse, e é nomeado ministro provincial no Norte da Itália, em 1227.
Prossegue a sua carreira académica em Pádua, cidade onde viria a morrer em 1231.
É proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII, em 1946, que o considera "exímio teólogo e insigne mestre e matérias de ascética e mística".
O culto a Santo António
A identificação de Santo António com Portugal sempre foi intensa. No século XIII, por exemplo, Santo António já era patrono de cerca de quarenta igrejas do nosso País.
Não se sabe quando começou o culto alfacinha por Santo António, mas diz a lenda que no exacto momento em que Gregório IX procedia em Espoleto à canonização do Santo, os sinos tocavam a rebate em Lisboa. Estávamos a 30 de Maio de 1232 e esse episódio é apontado como algo de sobrenatural, tendo o povo português tomado Santo António para si como o Santo Nacional. O curioso é que ao longo dos anos, Santo António aparece moldado aos diferentes interesses dos portugueses. Ou seja, o santo é só um, as atribuições é que mudam. Por isso, por todo o País, é usual encontrar Santo António como protector da cidade, das casas e das famílias, advogado das almas do purgatório, advogado dos bons casamentos, protector dos animais, ou dos náufragos, etc.
Lisboa é, de longe, a cidade que recorre mais ao "seu" Santo António. São várias as leitarias, farmácias, drogarias e outros estabelecimentos comerciais que evocam a entidade divina como forma de apadrinhar o negócio.
A devoção é tanta que o Museu Antoniano de Lisboa foi construído ao lado da igreja de Santo António, a convidar a uma visita prolongada pela arte popular.
O mês de Junho é, em Portugal, o mês dos Santos Populares. S. João, S. Pedro e, claro, S. António, em Lisboa. A 13 de Junho, a cidade pára. Na véspera, a cidade dançou, divertiu-se, leu pregões, cheirou mangericos, comeu sardinha assada.
Lisboa orgulha-se do seu santo e da tradição. São os bairros mais populares os que mais importância dão ao seu santo. É aí que a velha Olissipo se afirma, que a tradição enobrece.
O castelo e Alfama vestem-se para receber o Santo, entre marchas e fitas coloridas.
Nos largos onde desembocam as pequenas vielas e as íngremes escadarias, nascem esplanadas com sardinha assada, fitas coloridas e música de arraial. É um dos lados mais pitorescos de Lisboa, à noite, onde velhos e novos se juntam em alegre paródia. Os primeiros brindando à tradição; os segundos, porque qualquer razão é boa para brindar e dançar.
Associado ao Santo António está a sua característica casamenteira. "Santo António, Santo Antoninho: Arranja-me lá um maridinho..." é um dos mais antigos pregões populares, consubstanciado numa longa tradição casamenteira.
As décadas de 50 e 60, aliás, marcaram definitivamente uma tradição que teve grande acolhimento popular na cidade de Lisboa, As Noivas de Santo António. A iniciativa era patrocinado pelo extinto jornal Diário Popular e por alguns comerciantes que ofereciam a indumentária para a boda.
Trinta anos depois da última edição, a Câmara de Lisboa retomou esta velha tradição, que confere o cariz especial a um momento único na vida dos noivos e que perpetua de forma indelével a marca casamenteira de Santo António.
Sacado do tugas2, inop desde 2004, com licença do Santo Ofício ;))
Bom dia!
Aquilo que de verdadeiramente significativo podemos dar a alguém é o que nunca demos a outra pessoa, porque nasceu e se inventou por obra do afecto. O gesto mais amoroso deixa de o ser se, mesmo bem sentido, representa a repetição de incontáveis gestos anteriores numa situação semelhante. O amor é a invenção de tudo, uma originalidade inesgotável. Fundamentalmente, uma inocência.
Fernando Namora, in "Jornal sem Data"
Fernando Namora, in "Jornal sem Data"
12 junho 2006
11 junho 2006
Ocorrências
Miséria franciscana
A tão esperada estreia da turma do Felipão revelou-se uma belíssima limonada.
A turma da Mónica conseguiria melhor!
Já se sabe: o que interessa é o resultado final. Treta!...
Uma constelação de brilhantes estrelas a jogar tão pauperrimamente é o mesmo que apanhar a Zeta Jones na cama e ela não se mexer.
Durante a primeira parte do jogo, um plano curioso caçado pelo realizador, dava conta de uma faixa pendurada nas bancadas, na qual alguns tugas, à laia de gozo, tinham escrito: Onde está a Grécia? Abaixo o futebol defensivo!
Ora essa faixa nunva mais apareceu durante o resto da transmissão. Desconfiamos que terá sido sorrateiramente devolvida ao interior da mochila durante o intervalo.
Por Viriato... tenham vergonha na cara e joguem à bola!
A turma da Mónica conseguiria melhor!
Já se sabe: o que interessa é o resultado final. Treta!...
Uma constelação de brilhantes estrelas a jogar tão pauperrimamente é o mesmo que apanhar a Zeta Jones na cama e ela não se mexer.
Durante a primeira parte do jogo, um plano curioso caçado pelo realizador, dava conta de uma faixa pendurada nas bancadas, na qual alguns tugas, à laia de gozo, tinham escrito: Onde está a Grécia? Abaixo o futebol defensivo!
Ora essa faixa nunva mais apareceu durante o resto da transmissão. Desconfiamos que terá sido sorrateiramente devolvida ao interior da mochila durante o intervalo.
Por Viriato... tenham vergonha na cara e joguem à bola!
10 junho 2006
10 de Junho
Depois do 25 de Abril, Portugal continuou a comemorar o 10 de Junho e a prestar tributo ao poeta d’«Os Lusíadas». Com uma diferença: a Revolução dos Cravos foi pretexto para rebaptizar o 10 de Junho como Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Mas as alterações vão mais além, e tocam no significado daquilo que é comemorado.
Homenagear as comunidades portuguesas, ou seja, os cidadãos portugueses a residir fora do país, foi a “forma encontrada para continuar a sublinhar a importância do povo português”. Conceição Meireles, especialista e professora de História Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, refere que as comemorações do 10 de Junho no pós-25 de Abril já não abrangem “ unicamente o povo português no seu território nacional”, mas sim “o povo que, por necessidades várias, desde sobrevivência económica, a questões de perseguição política, teve que se espalhar por diferentes partes do mundo”.
O 25 de Abril trouxe mudanças no ”sentido e significado do dia” .
O regime do pós-25 de Abril procurou prestar homenagem aos portugueses que se encontravam a trabalhar “pelo mundo fora para sobreviver”, porque “tão português era aquele que se mantinha em Portugal, como o português que foi obrigado, por várias razões, a deixar Portugal. Daí continuar-se a celebrar o povo português”, explica Conceição Meireles.
Depois da Revolução, “o conceito de raça cai imediatamente”, e comemora-se antes “o Portugal espalhado um pouco pelo mundo das comunidades portuguesas”. Além desta mudança de significado, com a nova expressão criada para designar o 10 de Junho, que passa a ser Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, “consegue-se retirar toda a carga colonial ou neo-colonialista que o dia da raça tinha anteriormente”, sustenta a especialista.
“A questão da emigração era abafada pelo Estado Novo” .
“A forte emigração que se fez sentir durante as décadas de 60 e 70 para os países industrializados da Europa, como a França e Alemanha, foi uma questão que o Estado Novo nunca gostou de mediatizar e de desenvolver”, sobretudo porque muitos portugueses “saíram do país por questões de sobrevivência económica”, lembra Conceição Meireles. Durante o Estado Novo, esses emigrantes eram referidos como sendo “portugueses espalhados pelo mundo e por todas as comunidades portuguesas. Desta forma mais inócua retirava-se-lhe qualquer carga política e ideológica, e ficava apenas o povo português espalhado nas inúmeras comunidades que existiam pelo mundo fora”. Por isso, explica Conceição Meireles, “a questão dos portugueses emigrados foi uma questão que o Estado Novo nunca quis tocar e que nunca desenvolveu”, principalmente “para o exterior”.
“Se os portugueses emigravam é porque não havia ‘pão’ em Portugal”, e por isso, “o Estado Novo nunca quis reconhecer a emigração que, nos anos 60 e 70, estava a ser fortíssima por razões de sobrevivência, por questões de exílio político e de fuga à guerra colonial”.
“Agora, quando se fala no Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas está-se a englobar toda a diáspora portuguesa, todas as comunidades portuguesas no estrangeiro, sejam elas de formação antiga, sejam elas de formação recente, como essas levas de emigração das décadas de 60 e 70”.
Como refere Conceição Meireles, o Dia de Portugal que surge depois do 25 de Abril “não é exactamente a mesma coisa que se comemorava no Estado Novo, nem se está propriamente a apontar o povo português como um povo superior, pequeno mas realizador de grandes feitos”. O que passa a ser comemorado depois da Revolução “é o Portugal no mundo”.
Uma “reflexão da portugalidade”.
O 10 de Junho pretende comemorar “o Portugal cá dentro”, mas também o Portugal “lá fora”. Esse “lá fora”, de que fala Conceição Meireles, inclui “as inúmeras comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo inteiro”.
O Dia de Portugal é ainda motivo para “tentar dignificar, através da atribuição de determinados títulos e medalhas, portugueses que se tenham distinguido em determinadas áreas”, “sem distinção da opção ideológica ou da opção religiosa”, refere Conceição Meireles.
Texto de Ana Correia Costa in Jornalismo Porto Net, Junho de 2004.
Hoje seria uma boa data para todos meditarmos sobre o que é Portugal, quem são e para onde vão os Portugueses.
Seria igualmente uma boa oportunidade para pesarmos fundo na nossa consciência as questões relacionadas com a emigração e a imigração. Não há como pensar no que desejamos aos nossos para melhor compreender as injustiças que, tantas vezes, fazemos aos outros!
Hoje é dia de pensar que somos capazes. E de que somos capazes muito para além daquilo a que as circunstâncias da vida nos obriga.
Nós sabemos que não fazemos. Mas também sabemos que não fazemos... porque não queremos.
Haverá coisa de que menos nos possamos orgulhar?
Homenagear as comunidades portuguesas, ou seja, os cidadãos portugueses a residir fora do país, foi a “forma encontrada para continuar a sublinhar a importância do povo português”. Conceição Meireles, especialista e professora de História Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, refere que as comemorações do 10 de Junho no pós-25 de Abril já não abrangem “ unicamente o povo português no seu território nacional”, mas sim “o povo que, por necessidades várias, desde sobrevivência económica, a questões de perseguição política, teve que se espalhar por diferentes partes do mundo”.
O 25 de Abril trouxe mudanças no ”sentido e significado do dia” .
O regime do pós-25 de Abril procurou prestar homenagem aos portugueses que se encontravam a trabalhar “pelo mundo fora para sobreviver”, porque “tão português era aquele que se mantinha em Portugal, como o português que foi obrigado, por várias razões, a deixar Portugal. Daí continuar-se a celebrar o povo português”, explica Conceição Meireles.
Depois da Revolução, “o conceito de raça cai imediatamente”, e comemora-se antes “o Portugal espalhado um pouco pelo mundo das comunidades portuguesas”. Além desta mudança de significado, com a nova expressão criada para designar o 10 de Junho, que passa a ser Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, “consegue-se retirar toda a carga colonial ou neo-colonialista que o dia da raça tinha anteriormente”, sustenta a especialista.
“A questão da emigração era abafada pelo Estado Novo” .
“A forte emigração que se fez sentir durante as décadas de 60 e 70 para os países industrializados da Europa, como a França e Alemanha, foi uma questão que o Estado Novo nunca gostou de mediatizar e de desenvolver”, sobretudo porque muitos portugueses “saíram do país por questões de sobrevivência económica”, lembra Conceição Meireles. Durante o Estado Novo, esses emigrantes eram referidos como sendo “portugueses espalhados pelo mundo e por todas as comunidades portuguesas. Desta forma mais inócua retirava-se-lhe qualquer carga política e ideológica, e ficava apenas o povo português espalhado nas inúmeras comunidades que existiam pelo mundo fora”. Por isso, explica Conceição Meireles, “a questão dos portugueses emigrados foi uma questão que o Estado Novo nunca quis tocar e que nunca desenvolveu”, principalmente “para o exterior”.
“Se os portugueses emigravam é porque não havia ‘pão’ em Portugal”, e por isso, “o Estado Novo nunca quis reconhecer a emigração que, nos anos 60 e 70, estava a ser fortíssima por razões de sobrevivência, por questões de exílio político e de fuga à guerra colonial”.
“Agora, quando se fala no Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas está-se a englobar toda a diáspora portuguesa, todas as comunidades portuguesas no estrangeiro, sejam elas de formação antiga, sejam elas de formação recente, como essas levas de emigração das décadas de 60 e 70”.
Como refere Conceição Meireles, o Dia de Portugal que surge depois do 25 de Abril “não é exactamente a mesma coisa que se comemorava no Estado Novo, nem se está propriamente a apontar o povo português como um povo superior, pequeno mas realizador de grandes feitos”. O que passa a ser comemorado depois da Revolução “é o Portugal no mundo”.
Uma “reflexão da portugalidade”.
O 10 de Junho pretende comemorar “o Portugal cá dentro”, mas também o Portugal “lá fora”. Esse “lá fora”, de que fala Conceição Meireles, inclui “as inúmeras comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo inteiro”.
O Dia de Portugal é ainda motivo para “tentar dignificar, através da atribuição de determinados títulos e medalhas, portugueses que se tenham distinguido em determinadas áreas”, “sem distinção da opção ideológica ou da opção religiosa”, refere Conceição Meireles.
Texto de Ana Correia Costa in Jornalismo Porto Net, Junho de 2004.
Hoje seria uma boa data para todos meditarmos sobre o que é Portugal, quem são e para onde vão os Portugueses.
Seria igualmente uma boa oportunidade para pesarmos fundo na nossa consciência as questões relacionadas com a emigração e a imigração. Não há como pensar no que desejamos aos nossos para melhor compreender as injustiças que, tantas vezes, fazemos aos outros!
Hoje é dia de pensar que somos capazes. E de que somos capazes muito para além daquilo a que as circunstâncias da vida nos obriga.
Nós sabemos que não fazemos. Mas também sabemos que não fazemos... porque não queremos.
Haverá coisa de que menos nos possamos orgulhar?
04 junho 2006
03 junho 2006
02 junho 2006
Porque música também é cultura V
Não há dúvida de que Portugal é mesmo muito, muito grande.
Ora tomem lá um faduncho arrancado por uma Húngara, no programa Ídolos lá do sítio.
01 junho 2006
Uma questão de exemplos
"Hoje é o dia da Criança. Faço votos para que o vosso brio, a vossa luta para vencer, o vosso desportivismo, seja um exemplo para as nossas crianças. Estou perfeitamente seguro de que vão fazer tudo o que estiver ao vosso alcance para prestigiar o nome de Portugal", referiu hoje o Presidente da República na recepção à selecção portuguesa de futebol.
Ficámos a matutar: estaria o mais alto magistrado da nação a pensar em que exemplos? O do João Pinto a socar o árbitro no estômago? Ou, mais recentemente, o pontapé/agressão de Cristiano Ronaldo a um jogador da selecção de Cabo Verde?
Não sabemos se a ideia será muito bem aceite ali para os lados de Chelas ou da Cova da Moura...
Foto Lusa
Ficámos a matutar: estaria o mais alto magistrado da nação a pensar em que exemplos? O do João Pinto a socar o árbitro no estômago? Ou, mais recentemente, o pontapé/agressão de Cristiano Ronaldo a um jogador da selecção de Cabo Verde?
Não sabemos se a ideia será muito bem aceite ali para os lados de Chelas ou da Cova da Moura...
Foto Lusa
Gostei de ler
Como esta semana só nos é possivel aceder às últimas notícias da ocidental praia lusitana via online, acedemos, entre outros, ao site do jornal A BOLA.
É curioso como, quer na versão hard copy, quer na versão internet, as notícias desportivas se descascam em menos de um traque.
Mas adiante que isso agora não vem ao caso.
No meio de tanto lixo (referimo-nos ao conteúdo e não à forma), demos com a coluna do Miguel Sousa Tavares.
Relembro, à laia de passagem, como há uns anos atrás detestava visceralmente este cavalheiro. Era um tipo arrogante e presunçoso que de vez em quando aparecia na televisão debitando os maiores disparates. Pior... fazia-o como se fosse detentor do monopólio da verdade e todos os outros não passassem de umas monumentais bestas.
Hoje, não sei bem porquê, já tem dias em que o aprecio.
Amadureceu o senhor? Amadureci eu?
Amadurecemos os dois!
É curioso como, quer na versão hard copy, quer na versão internet, as notícias desportivas se descascam em menos de um traque.
Mas adiante que isso agora não vem ao caso.
No meio de tanto lixo (referimo-nos ao conteúdo e não à forma), demos com a coluna do Miguel Sousa Tavares.
Relembro, à laia de passagem, como há uns anos atrás detestava visceralmente este cavalheiro. Era um tipo arrogante e presunçoso que de vez em quando aparecia na televisão debitando os maiores disparates. Pior... fazia-o como se fosse detentor do monopólio da verdade e todos os outros não passassem de umas monumentais bestas.
Hoje, não sei bem porquê, já tem dias em que o aprecio.
Amadureceu o senhor? Amadureci eu?
Amadurecemos os dois!
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