Quando visualizamos o aspecto de um vinho observamos limpidez, presença de gás, intensidade e tonalidade da cor. As duas primeiras variáveis podem indicar algum tipo de "doença" ou alteração do vinho.
Limpidez: os vinhos devem apresentar-se perfeitamente límpidos, sem resíduos, salvo os vinhos muito velhos que podem ter depósito de matéria corante. Falta de limpidez geralmente é sintoma de algum tipo de alteração já que as contaminações pela presença de bactérias ou leveduras resultam na perda de limpidez. Ao se deparar com um vinho turvo, se for num restaurante peça a troca por outra garrafa igual, se for um vinho adquirido em loja ou supermercado solicite também a troca. Se não for possível não tudo está perdido: abra e experimente. Se não tiver alterações no aroma e sabor, foi falsa alarme.
Gás: algumas cantinas acrescentam no momento do engarrafamento, pequenas quantidades de gás carbónico nos vinhos brancos para ressaltar os aromas e dar vivacidade. Este gás não pode ser perceptível a olho nu. Se o vinho apresentar gás na forma de pequenas bolhas na borda do copo, agite-lo para eliminar las. Podem ser ocasionadas por resíduos de detergente, muito frequente em copos mal enxaguados. Se não desaparecem e vem acompanhadas de falta de limpidez, proceda como indicamos acima.
Cor: as duas variáveis principais são intensidade e tonalidade.
Nos vinhos brancos: Como mostram as figuras, a gama de cores do vinho branco vai de branco dourado pálido ao amarelo intenso. Quanto mais pálido e branco, mais jovem e proveniente de regiões com menos maturação. Quanto mais amarelo, mais velho ou mal conservado. A cor, com a ação da luz e da temperatura, "enferruja". Os vinhos maduros apresentam cor dourada com reflexos ténues amarelos.
A conservação do vinho, seja branco como tinto, é fundamental para manter sua integridade.
Os brancos e espumantes são os mais sensíveis à ação da luz e da temperatura. Eles devem ser guardados em local totalmente abrigado da luz e a temperaturas inferiores a 15ºC.