Ju Rigoni
Lara Amaral
Carmem Presotto
Lígia Saavedra.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
HOMENAGEM
Quero deste canto parabenizar o poeta Benny Franklin pelo prêmio de poesia recebido da Assembléia Paraense. Benny é um poeta ubertoso e que tem honrado, com seu brilho intelectual, ás letras Amazônicas. Alem de poeta da melhor cêpa, Benny é um homem integrado a defesa da integridade da selva amazônica. Amazônida como ele, quero deixar plasmado neste espaço o orgulho que tenho de tê-lo como irmão glebário. A Amazônia toda está festejando o prêmio merecidamente dado a este grande poeta. Que os deuses da floresta entoem suas inúbias em louvação a este grande irmão.
Fortaleza, Ce.
ÉROTICA
quarta-feira, 28 de abril de 2010
POESIA MARGINAL (para poeta/cantante Ligía Saavedra)
FIM DE NOITE
meia-noite
a lua foi dormir
acesas ainda as ruas
cortejam desastres.
ao longe na rua dos inocentes
um bar encardido pelo tempo
( cheios de homens vazios)
( cheios de homens vazios)
um sax desafinado
tenta em vão solfejar
as notas de um canção popular.
o ar esfumaçado pelas brasas
dos cigarros
(paranifos de lentos suicídios)
e o cheiro de cerveja
e de bebidas baratas
saturam o ar do ambiente,
impassivel a noite
persegue a madrugada.
sábado, 24 de abril de 2010
POESIA MARGINAL
pássaro/eu
o vôo aerodinâmico sobre a copa das árvores reunidas
é necessário e belo de se ver
(mas a ansiedade do meu coração não é percebida)
apenas me atenho a amarrar meus sentimentos
na morna e bonançosa enseada do teu ventre
e esqueço minhas palpitações e lamentos
na mansidão dos teus seios após o banho.
é necessário e belo de se ver
(mas a ansiedade do meu coração não é percebida)
apenas me atenho a amarrar meus sentimentos
na morna e bonançosa enseada do teu ventre
e esqueço minhas palpitações e lamentos
na mansidão dos teus seios após o banho.
terça-feira, 20 de abril de 2010
JERICOACOARA BLUES
A pedra furada furou o acetinado
da paisagem marinha onde o mar
na sua constante exasperação
conduz ( rebelde) milhares de conchas
sacudidas de espumas e sal
para plenamente ataviar a praia,
e um vento arisco atiça solene
as cabeleiras arenosas
de dunas e falésias enquanto o sol
da tarde de Jericoacoara desmaia.
(Jericoacoara-Ce,abril/2010)
sábado, 17 de abril de 2010
POESIA MARGINAL (para o poeta Ivan Bueno )
SINOPSE DE MIM
Meu corpo é minha casa
conduzo essa forma vertical
pelos labirintos da vida
( tolhida e agredida)
em busca dos minotauros
da inconsciência coletiva
que espicaçam o mundo
(mas nunca trocarei Cristo por Barrabas).
Minha casa é meu corpo
é preciso aduzí-lo
e apaziguá-lo
com as verdades divinas
para suportar as procelas
deste mar de sargaços humanos
( traições,vilanezas e decepções)
e poder assim evitar as náuseas
da caótica liturgia do cotidiano
perverso e amargo.
( mas nunca trocarei o amor pelo ódio).
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
POESIA MARGINAL( para Aldisio Filgueiras)
sábado, 10 de abril de 2010
CINCO TERCETOS PARA A POETA CARMEM PRESOTTO
I
Flores novas em sépalas
guardam o perfume da manhã
inebriante hálito de jardim.
II
Raios fugidios de sol
rompem o ar da tarde
e atiçam o anoitecer.
III
Uma procelária em garras
bica a superficie marinha
e prenuncia tempestade.
IV
A noite prescreve mistérios
ao desamparo das horas,
súbita a chuva onera o tempo.
V
A manhã outonal conduz o sol
em seu dorso virgem,
pássaros em canto saudam o dia.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
SAUDADES DE BARCELONA
Os olhos cobiçam o Mediterrâneo
o ar sereno da manhã da Catalunha
espalha-se por ruas e grandes vias
onde os olhos verdes e azuis
das imigrantes do leste europeu
catalisam ternamente os cintílos
de sol nas franjas das ramplas
da cidade enquanto a primavera
catalã continua a fabricar flores
ataviando de cor e aroma os jardins.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
CANTIGA PARA O POETA ADROALDO BAUER
A tarde envolve Porto Alegre
os raios lânguidos do sol
jorram fiapos de ouro nas cabeleiras
das árvores da Praça de Oswaldo Cruz,
lá para os lados da Rua da Praia
um vento frio vindo dos Andes
enrijece os ossos e transforma
a cidade poeticamente cinza
(Porto Alegre extasia no inverno).
O fim de tarde cobre os tecidos da cidade
(ruas, becos, praças e avenidas),
e eu caminho na Praça dos Açorianos
por entre os cílios de um chuvísco
que tenta molhar a aspereza das calçadas,
e neste instante a imaginação voeja
nas asas imortais do tempo
e os meus olhos parecem rever
o poeta Mario Quintana sentado
em uma poltrona do Hotel Majestic
tragando seu indefectivel cigarro
a lobrigar os estertores da tarde.
Por fim o sol de vez esmorece
e Porto Alegre calma e bela, anoitece.
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