Vela
Do timão tomou a frente, singrou mares inclementes, bordejou, arribou e, ao final, aportou. Exatamente de onde saíra.
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Hoje, uma caralhada de blogs publica sua postagem para a convocação da Lunna Guedes, o "Abre Aspas". Trata-se de uma homenagem aos poetas que conhecemos, famosos ou anônimos, e aos textos maravilhosos que produzem. Eu não poderia ficar de fora. Tinha que escolher um, ou uma, poeta. Não quis escrever sobre Cecília Meireles, Fernando Pessoa, Mário Quintana ou Pablo Neruda. Resolvi escolher uma pessoa de quem gosto muito e, que juntamente com a Rose Hauenstein, foi uma das pessoas que me estimulou a escrever e a criar esse espaço aqui.
Trata-se de minha amiga e gurua Saramar.
Biografia
Saramar Mendes nasceu analfabeta, no ano da graça do senhor de 1918. 13ª filha, entre 14, de um casal de pobres agricultores no interior de Goiás, sempre foi perseguida pelo estigma sinistro desse número. Mas, a despeito desta sina, desde pequena mostrou-se prendada nas artes. Aos 3 anos escreveu seu primeiro verso na parede de seu quarto, que rendeu um tremendo castigo que durou uma semana. Sem desanimar, continuou sua labuta diária em busca de seu objetivo. Cursou a Escola Normal das Carmelitas Descalças de Aloândia formando-se com honras como professora. Mas ela queria mais. Com a cara e a coragem mudou-se, aos 18 anos, para a cidade grande. Lá, trabalhava durante todo o dia, ensinando aos pequenos, enquanto à noite estudava Letras com ênfase em Literatura Brasileira. Aos 21 anos a sorte bafejou-a. Concorrendo com mais de 5.635 candidatos, conseguiu uma vaga no setor público, onde pode, com calma, se dedicar a sua missão, escrever poesias magistrais e levar suas letras a todos os povos da humanidade. Casou-se em seguida com um rico empresário da região. Seguindo a tradição familiar teve 14 filhos. Em seu último parto, normal, teve gêmeos que nasceram ao mesmo tempo, graças a um esforço hérculeo, portanto não teve um 13º filho, livrando-se então da suposta maldição que a acompanhava.
Entre o serviço público, as tarefas domésticas, a criação da prole e a atenção ao marido pouco tempo restava para se dedicar ao seu projeto de vida. Parecia que o mundo perderia uma poeta. Quando estava quase tudo perdido, Saramar teve uma excelente notícia. Em 2003 ganhou na mega-sena acumulada e assim pode contratar assistentes para ajudá-la com a casa, os filhos e o marido. Investiu também no mundo intrigante da internet. Abriu um blog onde começou a publicar seus textos. Instantaneamente tornou-se um sucesso de público e de crítica.
Hoje escreve em vários blogs e sites. Publicou vários livros e é referência mundial em poesia.
Concluindo. Eu seria injusto em indicar um único poema dela, já que gosto de tantos. Convido a todos que não a conhecem a visitar o seu blog principal, o Falares. Entrem AQUI.
Contavam, num passado D'ali há não muito tempo, que um bigodudo louco pinta relógios como terapia presente. Colocava-os para secar e, num futuro póstumo, derreteriam-se.
(li AQUI e não resisti a tentação)
Não sou de ver vídeos em blogs, mas visitando meu amigo Osc@r Luiz, deparei-me com esse post AQUI. Ri para caralho. Recomendo.
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Hoje, uma caralhada de blogs irão opinar sobre o analfabetismo, uma convocação da Georgia do blog Saia Justa.
O que dizer sobre a luta contra o analfabetismo? Temos um presidente semi-analfabeto que se orgulha disso. Aí é foda esperar algo que preste do poder público. Temos escolas públicas preocupadas com índices de aprovação do que realmente formar cidadãos. Sobre a educação pública recomendo a leitura do excelente EducaFórum. Sobre a importância de saber ler leiam esse post AQUI.
É muito fácil abusar da falácia de indicadores quando formamos apenas (an)alfabetizados funcionais, aqueles que lêm mas não interpretam.
O que fazer? Exigir uma política que torne o ensino público em algo de qualidade é contar que nossos políticos, venais, fisiológicos e acostumados com o coronelismo dos currais eleitoreiros, tenham consciência. Impossível.
A única saída que vejo é a participação nos conselhos de educação locais. Mas é exigir muito do cidadão que, ao pagar impostos, acha que isso basta. As pessoas que podem fazer a diferença estão mais interessadas em protestar contra a guerra do Iraque ou contra o Bush. Protestos risíveis e inócuos.
Sugiro que no dia 8 de setembro, dia da Alfabetização, nos reunamos e façamos uma avaliação do que essa blogagem resultou.
Aproveito para divulgar uma iniciativa virtual. O Movimento Blog Voluntário, contra o analfabetismo virtual. Maiores informações AQUI.
Andava cabisbaixo na praia. Pensava em um sentido para sua inútil vida. Tropeçou numa garrafa. "Procuro um amor". A intensidade da mensagem o assombrou. Era tudo o que mais desejava. Haviam ouvido seus apelos, finalmente. Saiu em disparada, sem ao menos se despedir. Vadeou rios. Escalou montanhas. Atravessou mares tempestuosos. Comeu as sobras dos ricos. Na pequena cidade encontrou a missivista, uma simpática velhinha cega e surda.
Read more...Tropeço em letras, raízes expostas,
Onomatopéias febris, anacrônicas,
Surtos sedutores de dor e angústia,
Caminhos imorais, desencontrados
Outrora de retilínea santidade.
Pária, pairo no beiral,
Amparado em muletas,
Rústica salvação,
Amargo entardecer.
Conto passos, malgrado o passeio logrado
Avisto pássaros, os corvos, malditos,
Riem-se à espera do banquete,
Atraso o fim, um minuto, dúvidas,
Leio-me, afinal, no reflexo de minha sombra,
Homem-terminal,
Ocaso enfim.
Tinha um problema no qual pensava sem parar. Angustiado, deitou-se na banheira. Ao ver a água transbordar bradou: “Eureca”.
Sua mulher, esbaforida, vendo a bagunça grita: “Archimedes seu imprestável, vai pegar o pano!”.
E assim nasceu mais uma teoria.
Respondi esse meme lá no Memórias Póstumas de um Puto Prestimoso. Divirtam-se.
Read more...Divulgando duas blogagens que irão rolar este mês:
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