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segunda-feira, 5 de julho de 2010



UM POEMA REAL





Esmaguei um mosquito inchado

com o meu sangue – a sua vida jorrou

de tal forma que senti pena, porque

afinal de contas, Arjuna, nunca, nunca



nunca poderia eu criar algo

mais real do que esta

marca sangrenta, este

poema, este cadáver

sugador de sangue.





Por Aidas Marcenas
Tradução de Lp, do trapézio, sem rede