domingo, 2 de maio de 2010



AS PONTES DE NOVA IORQUE


(Berenice Abbott. Pike and Henry Streets, Lower East Side. 1936)





O olhar encontra de uma vez só

uma porção ínfima da cidade que se escolheu



o rosto rígido dos edifícios sobre a rua



na continuidade da vista e da rua

uma ponte surge envolta na neblina do dia

em que se chegou



e como uma sombra branca

lembra a ideia vaga de uma partida



é um cavalo sem dono a partida

não se morre duas vezes na mesma cidade.





Por António Amaral Tavares
(Ler mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/ )

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