AS PONTES DE NOVA IORQUE
(Berenice Abbott. Pike and Henry Streets, Lower East Side. 1936)
O olhar encontra de uma vez só
uma porção ínfima da cidade que se escolheu
o rosto rígido dos edifícios sobre a rua
na continuidade da vista e da rua
uma ponte surge envolta na neblina do dia
em que se chegou
e como uma sombra branca
lembra a ideia vaga de uma partida
é um cavalo sem dono a partida
não se morre duas vezes na mesma cidade.
Por António Amaral Tavares
(Ler mais poemas desta série em http://vidraguas.com.br/wordpress/ )
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