terça-feira, 25 de outubro de 2016

Os ovos misteriosos

Eu sei que não devia, mas não resisti.
Acabo de encomendar o livro «Os ovos misteriosos»

É um livro infantil que conta a história de uma galinha que choca um conjunto de ovos misteriosos. Apesar de cada um, depois de chocar, dar origem a um animal diferente, ela ama e cuida de cada um deles.
Claro está, é um pretexto para falar sobre adoção.

Não devia, porque ainda nem sei se vamos ser aprovados.
Mas comprei, porque não resisti à campanha de 40% da wook. Shame on me.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A caminhada e os outros



Esta caminhada da adoção é, em grande medida, um processo solitário, vivido muito cá dentro - dentro de cada um de nós e sobretudo dentro do casal.
Não quer dizer que não se comunique: com amigos, e até aqui, através deste blogue. Mas, tal como acontecia com a infertilidade, as pessoas realmente não fazem ideia do que isto é, a menos que tenham passado por lá. É um «mundo» e uma experiência difícil de partilhar, que estica as capacidades de empatia dos nossos amigos, colegas e conhecidos porque por mais que eles se importem connosco, não fazem realmente ideia do que estamos a passar. As pessoas com quem se consegue falar mais profundamente sobre a adoção são poucas e, no meu caso, acabam por ter alguma relação, mais direta ou mais indireta, com esse «mundo».

Resumindo: a comunicação sobre a adoção dentro do casal é muito intensa - fora do casal... depende.

E nesse contexto, os fóruns, blogues, sites e afins sobre adoção têm sido muito importantes para mim: dão uma noção mais concreta e real do que é adotar, na primeira pessoa, com todas as especificidades que um caso real tem. Dão cor e sentimento concreto e específico ao mundo mais genérico dos artigos e pesquisas científicas sobre o tema. Fazem sentido e falta.

No meu caso, tenho a sorte de conhecer outro casal que está a passar pelo mesmo. Um destes dias, fui ao aniversário dessa minha amiga, que me apresentou outro casal que também estava em processo de adoção. Uns e outros, já habilitados e com a formação terminada - ou seja, mais à frente do que nós nesta viagem. E é realmente diferente «ventilar» com quem sabe por dentro o que isto é. Cada processo é um processo, claro. Cada decisão é diferente, os contextos são diferentes, como tudo na vida. Mas há um denominador comum que ajuda a sentirmos que mais alguém «percebe», sem sentimentalismos, nem simplificações, o que isto é. E é útil partilhar experiências e ir percebendo o que nos espera no passo a seguir.

Boa caminhada a todos os que por aqui andam!

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Avaliação psicológica concluída

Então, lá tivemos a segunda e última sessão de avaliação psicológica. Nesta sessão, eu e o marido estivemos separados.
Enquanto um de nós preenchia uns questionários, o outro conversava com a psicóloga, e depois trocámos.
E então, do que se tratou, desta vez?
Os questionários eram de resposta aberta. Um deles apresentava 3 situações hipotéticas, com crianças de diferentes idades, que nos colocavam, enquanto pais, na necessidade de responder a desafios. Tínhamos que explicar como reagiríamos.
O outro era sobre a infertilidade e a forma como a tínhamos encarado no passado e como a encarávamos atualmente, a adoção, os desafios que ela traria em termos familiares e sociais.

A parte de conversa individual teve a ver com o casamento, a relação, como nos conhecemos, como resolvemos os problemas, etc. Por outro lado, com o que esperamos da parentalidade, como pensamos lidar com a revelação da adoção e com a eventual busca das origens.

E pronto - mais uma manhã passada. Resultados, ainda não conheço, mas acho que não correu mal.

Agora, não ficou nada marcado - ficamos à espera da cartinha que nos há de convocar para a sessão de formação B, que é em grupo, com outros casais, em princípio em Novembro.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Entrevista psicológica, parte I

E pronto, mas um passinho dado.
Fomos à primeira entrevista psicológica - falou-se essencialmente das nossas famílias, e alguma coisa sobre nós. É difícil ser juiz em causa própria, mas acho que não correu mal.
Daqui a 15 dias teremos a segunda parte desta entrevista, que vai ser individual (não em casal) - enquanto um fala com a psicóloga, o outro preenche uns questionários, e depois trocamos.

Depois disso, fica a faltar a sessão B de formação, e a visita a nossa casa.

Enfim, passo a passo, vamos andando.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

2.ª entrevista, a caminho

Pois é, o processo continua a avançar dentro dos prazos previstos. Antes do fim do mês, teremos a segunda consulta - a primeira entrevista psicológica, com o casal. Depois dou notícias!