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sábado, 21 de maio de 2016

Os Dons do Espirito Santo -Parte 7



 

DOM DO CONSELHO

O Dom do Conselho corresponde à Virtude da Prudência e ao pecado mortal (para a alma) da Avareza.

O Dom de Conselho aperfeiçoa a Virtude da Prudência, fazendo-nos julgar prontamente e com segurança, por uma espécie de intuição sobrenatural, sobre o que convém fazermos, especialmente nos casos difíceis. 

O objeto próprio do Dom de Conselho é a boa direção das ações particulares, pois é um Dom de Governo, de Orientaçao das almas pelo Espirito Santo, conduz as almas por inspirações pesssoais e secretas mas também as leva a deixarem-se dirigir, a confiarem-se às Luzes de quem tem a Graça para decidir e ordenar. 


O livro da Sabedoria diz que “Deus tudo faz com número, peso e medida”, Deus é providente, Ele providencia os meios para que cada criatura chegue rectamente ao seu fim devido.

Quando estamos diante de uma tarefa difícil ou mais exigente o processo de decisão é mais difícil e mais consciente; a mente se esforça mais para buscar a solução mais adequada. Então é necessário recorrer ao conselho de outra pessoa mais experimentada.

O Dom do Conselho permite tomar as decisões oportunas sem o cansaço e a insegurança que muitas vezes experimenta nas horas difíceis da vida, especialmente para que se comporte à altura da sua vocação de filho de Deus. 
Isso às vezes exige audácia ou coragem.

A criatura, limitada como é, nem sempre sabe o que decidir diante do presente e do futuro. 
Então, pelo Dom do Conselho o Espírito Santo inspira a reta maneira de agir no momento oportuno. 

A Escritura diz que “Todas as coisas têm o seu tempo, e tudo o que existe debaixo dos céus tem a sua hora…” ; fora desse momento preciso, o que é oportuno pode tornar-se inoportuno; nem sempre é fácil discernir se é oportuno falar ou calar, ficar ou partir, dizem sim ou dizer não. 
É precisamente para superar estas dificuldades que o Espírito nos move pelo dom do conselho.

O Dom do conselho nos orienta instantaneamente de forma perfeita. 
Por ele, o Espírito Santo nos fala ao coração e nos faz compreender o que devemos fazer. 
Agimos sem timidez ou incerteza. 
Pelo Dom do conselho, falamos ou agimos com toda confiança, com a audácia dos santos.

O Dom do Conselho está relacionado com o 'caminho certo'
É uma espécie de 'voz' que nos encaminha (aconselha) pelo caminho certo.

Tal como os outros Dons do Espírito Santo, atua na sequência da Virtude correspondente, neste caso a Virtude da Prudência.

Da seguinte forma: quando somos prudentes e observamos Bem uma situação, quase automaticamente surge-nos a resposta para qual é o caminho certo a seguir.

Se observamos Bem uma situação, a resposta surge quase por si própria, sem termos necessidade de estarmos a 'inventar' ou 'descobrir' uma solução.


Há diversos graus de abertura ao dom do conselho:

No primeiro grau, consegue-se fazer com rapidez e segurança tudo o que é da vontade de Deus nas coisas necessárias para a vida espiritual.

No segundo grau, o dom do conselho nos conduz também nas coisas que não são obrigatórias, mas que são convenientes e úteis para nos levarem a Deus.

No terceiro grau, o dom do conselho nos faz caminhar com segurança, sem tropeços ou timidez, pelos caminhos do Senhor.


Meios de o cultivar

Ter sempre um sentimento profundo da nossa impotência e pedir continuamente ao Espirito Santo que nos indique os melhores caminhos.

Invoquemos o Espirito Santo de manhã para todo o dia, no começo das nossas principais acções e em especial nos casos mais dificeis.

Habituemo-nos a prestar atenção à voz do Espirito Santo e a seguir suas orientações sem nos deixarmos influenciar pelas considerações humanas, com desapego da nossa maneira pessoal de ver e dos caprichos da nossa vontade, dispostos a alterar os nossos projectos e a renunciar às nossas próprias inclinações sempre que a inspiração interior o exigir.

“Nega os teus desejos e encontrarás o que deseja o teu coração”.  São João da Cruz

Assim encontrando nossa alma aberta e maleável, Ele falar-nos-à mais frequentemente.



Ó Divino Espirito, eu invoco-te para me guiares, descobre-me as grandezas divinas e os seus mistérios para eu os adorar e reconhecer, descobre-me as ameaças do demónio e do mundo para eu as evitar, descobre-me as minhas misérias e fraquezas, erros, obstinações e artificios do amor próprio para que eu os deteste e corrija. 
Sobretudo, ilumina a minha alma para que conheça o que queres de mim, o que devo fazer para merecer os efeitos benéficos da Tua bondade e ampara-me para a eles corresponder fielmente até à morte”. 
Novena de Pentecostes


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