Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

Diretoria 2022/2025

Presidente: Vitor Pires Vencovsky Vice-presidente: Carmen Maria da Silva Fernandes Pilotto Diretora de Acervo: Raquel Delvaje 1a secretária: Ivana Maria França de Negri 2a secretária: Valdiza Maria Capranico 1o tesoureiro: Edson Rontani Júnior 2o tesoureiro: Alexandre Sarkis Neder Conselho fiscal: Waldemar Romano Cássio Camilo Almeida de Negri Aracy Duarte Ferrari Responsável pela edição da Revista:Ivana Maria França de Negri

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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Versos Dispersos

 



Lídia Sendin

 

Neste verso de papel,

Atirado pelo vento,

Pinto versos sem pincel,

Minhas letras eu invento.

 

Não importa se é pedaço,

Grande folha ou só tirinhas,

É ali mesmo que eu faço

Só um verso ou muitas linhas.

 

Posso usar papel de tudo,

Basta ter lugar vazio,

Se é pouco o conteúdo

Vou tecendo fio a fio.

 

Estes mesmos que ora escrevo,

São versos num papelão,

E a dizer eu me atrevo

Que foi boa a intenção.

 

O vazio do branco anima

A dragar o coração,

Versos livres ou com rima,

O que vale é a inspiração.

RESGATE “ DA ALMA ADORMECIDA”!



Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins

Batizei  por “Oração”,  minha primeira arte/estampa!  Consegui, a partir de uma gravura, criar uma imagem, compor uma “carta”, ou seja, um cartão da espessura de um papelão, de vinte por treze centímetros, tamanho pré-estabelecido  para o qual transpus  o que meu coração “ditava”   naquele momento...    
 Trata-se de um curso de autoconhecimento, mais precisamente, “SOULCOLLAGE”, idealizado e proposto por uma Educadora americana, pesquisadora, mestra e terapeuta,  dra. SEENA FROST, cuja aplicação  de teor convincente e  aceitação imediata, pelo nível do conteúdo preciso e objetivo claro,  obteve valoroso retorno nos Estados Unidos e em  outros países.   ( SOUL= alma   COLLAGE= colagem)
 É  um processo  criativo  que acontece de forma intuitiva e provoca uma experiência única a partir da colagem, aparentemente uma simples “brincadeira artesanal”...    Sob a orientação de especialistas,  denominadas “Facilitadoras”, o referido curso oferecido agora, aqui no Brasil, tem  como objetivo acessar o inconsciente, isto é, a sabedoria interior, muitas vezes  guardadas a “sete chaves”!      O resultado é  fantástico!   Posso afirmá-lo por experiência própria  e descrevê-lo sem dúvida ou constrangimento.
Tive a oportunidade e grande satisfação de me inscrever para um curso de SoulCollage aqui em Piracicaba com a especialista  Professora Maria Estela Monteiro, Pedagoga, Psicóloga, mestra em Filosofia, Analista Junguiana,  Facilitadora qualificada para ministrar e orientar os participantes. O ambiente sonoro, preparado com esmero e criatividade, a arte da imaginação solta e feliz,   presente na decoração de cada recanto do harmonioso e cativante espaço  da aconchegante sala,   permitiram aos presentes uma sensação plena de  paz e bem estar, levando a todos ao relaxamento natural, espontâneo e propiciando  indescritível encantamento.  Pura sensação de transcendência, decorrente da entrega consciente e desejada para a   meditação sedutora e prazerosa, sob a orientação da referida mestra
Todos prontos e ...enlevados após o ritual  meditativo que nos preparou para a absorção do rico conteúdo a ser estudado, compreendido e interiorizado.  Após a explanação introdutória, o estudo e a discussão dos temas propostos através de leituras programadas de  textos ilustrados e   alusivos ao  curso  em questão, fomos preparados para a parte prática e a feitura das Cartas do “Baralho da Alma”.                                        
 Por sorteio,  entrega aleatória, o tal envelope grande e vermelho oferecido entre tantos outros (num enorme e belo tacho de cobre!), foi escolhido por mim,  ao acaso... Ao abrir o envelope deparei com “um pé “!                    Explico: a gravura de um pé, o esquerdo, sendo massageado por sedosas e bem torneadas mãos.     Surpreendi-me! Entre tantos envelopes, porque justamente aquele   veio ao meu encontro?
Indaguei-me pensativa e curiosa...Que relação aquela  gravura teria comigo naquele momento?
Lembrei-me, emocionada!  Na noite anterior, ao orar com meus netos recostados ao meu lado, enquanto meditávamos, segurei o pé esquerdo do Gabriel.  Comecei  a acariciá-lo pensando: ( o que repeti para ele, em seguida)
----Como seus pés se parecem com os do seu avô Paulinho!  Que semelhança incrível! Parece-me que ainda estou a  acarinhá-los!...
Senti doída saudade de tantos momentos!... Dos Pés?!    Sim!  Daqueles pés que sabiam dar afetuosos e inesperados beliscões.  Dedos mágicos, atrevidos e silenciosos que seduziam deliciosa e suavemente!   Herança materna! ( sua mãe conseguia surpreender aos filhos dando-lhes afetuosos/severos beliscões!)
Ah, os genes que trazemos e não sabemos de quem...  Ou sabemos?!  Não importa!  Alguns são dominantes,  persistentes!
Voltando aos pés... do meu neto e ...do meu amado...  Pés bonitos, bem torneados, ágeis, de bela postura!  Ah, as tocantes  reminiscências!
 Bem, terminadas as orações e os beijos de  boa noite, carreguei noite adentro, aquela imagem auspiciosa;   outrora, bem vivida, dessa vez , afetuosamente revivida  na figura de um descendente...
Como poderia imaginar que, após aquela lembrança  noturna receberia exatamente, no dia seguinte,  ao primeiro encontro do curso em questão, ou seja, SOULCOLLAGE, a gravura de um pé para ser “estudado” e recortado para compor a primeira carta do meu “ Baralho da Alma”?
Heranças genéticas, afetos e amores vividos, fatos inesperados a nos envolver no cotidiano,  certos possíveis “distúrbios” a driblarem nossa emoção, por outro lado, felizes conquistas sonhadas, inesperadas a propiciar o sabor  da vitória;  tudo isso nos leva a um enigmático pensar:  a complexidade da vida e a inigualável beleza da sua existência indefinida, seu estágio terrestre e o deslumbrar contagiante dos efeitos espirituais em cada criatura!
Enfim, nosso Ego a exercitar cada instante vivido a cada pulsar do nosso corpo transitório desejoso de resultados satisfatórios, “premiados” e benéficos.  Felizes os providos de fé, encorajados pela confiança em uma  força maior, gratos  pelas heranças afetivas e genéticas.
Assim caminha a Humanidade!

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Simbiose



Ivana Maria França de Negri

Era ela e o gato. Ninguém mais. Os dois se entendiam numa simbiose perfeita.
Pela manhã, enquanto fervia a água para o café, a moça colocava o leite no pires do gato. E ambos sorviam com gosto suas bebidas prediletas. Ela, o café fumegante e amargo, e ele, o leite morno e adocicado.
A mulher era escritora. Nos dias em que vinha alguma inspiração, não parava de digitar e seus dedos dedilhavam freneticamente as teclas do computador. Ficava por horas, às vezes dias, ali, como que hipnotizada, presa ao texto, entranhada nele. E o gato sabia, por pura intuição, que nesses momentos era melhor silenciar. Ficava num estado de semi-dormência na almofada da poltrona azul, ao lado da sua dona. Nada de pedir que ela suprisse suas carências e dengos.
 A sintonia entre os dois seres diferentes era tanta que um sabia o que o outro necessitava, se silêncio e sossego, ou algazarra e explosão de alegrias.
Ao longo de vários anos de convivência, ele aprendeu a compreendê-la e respeitava seus surtos de inspiração. Nesses momentos nem solicitava sua atenção. Sabia que quando a obra estivesse terminada, ela voltaria à normalidade, brincaria, faria afagos em sua barriga e conversariam como sempre faziam. Falaria palavras carinhosas e ele responderia com miados breves ou longos, conforme pedisse a situação.
Naquele relacionamento único, não cabiam mais pessoas ou bichos. Os dois se bastavam.
Bicho/gente, gente/bicho, em sintonia perfeita, dois seres diferentes, mas de um mesmo Criador.


quarta-feira, 8 de setembro de 2021

SONHO





  CarmeLina de Toledo Piza

 

Busco o eu e sinto o renascer

Do velho álamo em mim.

Nasce o broto para satisfazer a alegria

De acontecimentos mágicos.

 

Colher com esperança o cuidar,

E o doar de cada broto que nasce

Na ânsia de esperar

Cada dia e cada noite adentro.

 

Sonho e uivo com lobos

Sou eu a loba a uivar

Nas imagens que desenho

De cada mulher a uivar.

 

Na suavidade da vida de cada ser

Quero externar a minha sabedoria

Nos símbolos e mitos do meu aprender

E nas viagens de regresso aos lugares que um dia passei.

 

Quero encontrar as velhas mulheres

Que um dia uivaram com as próprias histórias a contar

E correram com lobos no deserto da vida,

Mas aprenderam o que é amar.

domingo, 22 de agosto de 2021

Caminhos Literários - Evento

 O evento Caminhos Literários foi realizado nas dependências do Armazém 14 do Engenho Central

Primeiro evento literário presencial pós pandemia, realizou-se dentro dos protocolos.

 Roda de conversas com escritores, sorteio de kits, varais de textos, lançamentos e distribuição de livros, contadoras de histórias, música e muito mais!






































Medalha Prudente de Moraes


O presidente da Academia Piracicabana de Letras, Vitor Pires Vencovsky, recebeu a Medalha Prudente de Moraes. A indicação foi por sua dedicação à história, cultura e pesquisa. A entrega aconteceu pelo Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba (IHGP) entidade que presidiu,  através de live da página da Academia Piracicabana de Letras pelo Facebook.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Parabéns Piracicaba, pelos 254 anos!

 


O RIO

Ludovico da Silva

 

Absorto e parecendo sonhar, me chamou a atenção uma voz macia e doce que me despertou para a realidade à minha volta.

Estava sozinho naquele abandonado espaço vazio e onde meus olhos alcançassem nada me detinha, como na alegre paisagem que ficou, mas vislumbrava uma profunda e infinita tristeza.

Seria um fantasma a provocar um sentimento no fundo de minha alma?

Vi fios grossos e escuros escorrendo pelos vãos das pedras, exalando odor que manchava os ares. Observei as margens e o leito mutilados.

Custou-me acreditar. Mas esse não é o rio do meu passado.


Instituto de Educação Sud Mennucci

Cássio Camilo Almeida de Negri


Houve um tempo em que a escola Sud Mennucci era a melhor de Piracicaba.

Para cursá-la, havia até uma prova chamada de exame de admissão, uma espécie de vestibular para entrar no ginásio após o quarto ano de estudos primários. O curso do ginásio ia até o científico, clássico ou normal. Durariam sete anos se o
aluno não fosse reprovado. O estudo era rigoroso e disciplinado.

Os professores eram bem formados, exigentes, e não titubeavam em dar nota baixa ou reprovar quem não soubesse a matéria.

Professores como Arquimedes Dutra, Benedito de Andrade, Salles, Evaristo, Mellita Brasil, Rossini Dutra, Zelinda, Costinha, Argino, Demosthenes, Godoy e tantos outros, aos quais devo muito e agradeço.

As chamadas orais nos faziam ficar ansiosos e torcendo para que nosso número não fosse sorteado.

Deixaram saudades as feiras científicas do professor Demosthenes. Tempo em que tínhamos mais deveres e menos direitos, e hoje agradeço por ter tido tantos deveres.

Quantas saudades! Não sei se do Sud Mennucci ou de minha juventude...

O Rio onde o peixe para...



Lídia Sendin

Se o peixe para é porque quer ver a beleza do rio, eternamente renovada pelas borbulhas deslizando para o mar. O rio entorta no caminho do sol. Parece ser o seu fim, mas antes de sumir deixa ver suas beiras sinuosas e árvores encarapitadas, arredondadas, volumosas. Tudo fica laranja no fim da tarde.

O por do sol emoldura o concreto pintando de ouro o céu de anil, em suas margens as árvores despejam suas flores tecendo tapetes de vários tons, mostrando que o equilíbrio ainda é possível.

As ralas e transparentes nuvens do poente deslizam no horizonte. É o lugar onde o rio de ouro do céu encontra as águas amarelas do rio dourado.

 O sol não arde mais, suas réstias de luz que aqueceram a tarde mergulharam na Curva do Rio e suas águas guardarão esse tesouro.

 

UM MOMENTO HISTÓRICO

Lino Vitti - Príncipe dos Poetas de Piracicaba

 


Pára. Contempla o salto. Oh! Que deslumbramento!

Final feliz de um sonho, aliado a uma esperança.

Findava a viagem, sim. Que histórico momento!

Capitão Povoador! Piracicaba, criança!

 

Seu olhar percorreu as colinas. O vento

Sussurrou-lhe : “é aqui, Sem mais tardança,

Funda  nova cidade;  olha o céu que portento!

Olha o salto, olha tudo, que abastança!...”

 

Histórico momento. A Noiva da Colina,

Foi ao salto buscar seu véu tão lindo,

Beijou o Capitão como feliz menina.

 

Cresceu... Meus parabéns. Teu povo vai seguindo

Tudo quanto de bom Deus lhe destina...

Ela faz anos hoje,  e , certo, está sorrindo...

     1º DE AGOSTO

Andre Bueno Oliveira

 


Noiva: neste teu aniversário,

O teu “Salto” me lembra o Calvário

Irrigado por uma ribeira...

Venho hoje em teu dia de festa,

Acalmar meu rancor que protesta,

Dar-te um beijo na face e na testa,

Agradar-te da melhor maneira!

Com todo meu carinho, te abraço,

Orgulhoso por ter um espaço

Lá no fundo do teu coração.

Isso mesmo! Apesar de nascido

Num recanto no mapa perdido,

                                     Aqui tenho meu lar, meu rincão.

LIRACICABA

Silvia de Oliveira

 

De repente

um orgulho danado

de ser de Pira

de ser caipira!

 

Em direção ao rio

todo olhar se fia-

pura mescla

de peixe-espuma

e porto-poesia

 

Quando longe

a saudade pia...

há o som da viola,

do vento na plantação...

 

Em teu peito, minha terra,

povoa dor e alegria,

avanço e retrocesso,

desde sempre és a lira.

 

Orgulho danado

de ser tua filha!

 

TIMIDA CAPELA DE MONTE ALEGRE

Marilda de Luccas Sampronha

              




                   

Tímida, tu moras bem no alto,

onde ainda não chegou o asfalto,

porta e janelas pequenas, um projeto divinal.

És tu uma capela perfeita, não conheço outra igual.

 

Cá embaixo, o jardim tristonho,

parece acordar de um sonho,

não há casais, crianças, nem velhinhos conversando...

Uns bancos descorados, um lago e flores secando!

 

Duas estátuas de bronze, simbolizavam o poder!

Para onde as levaram, não se sabe...

Restaram lugares vazios, onde só a saudade cabe,

pobre jardim sem vida, por que vieste  a morrer?

 

Sob o céu límpido e sereno,

tu, capelinha fechada, pareces estar preocupada.

O sino está esquecido, o coral emudecido, já não há ninguém a rezar,

os bancos estão vazios, nem há velas em seu altar.

 

Vem capelinha querida, desce e vem até mim!

Empresta as asas dos anjos, vem pousar no jardim.

Faremos uma caminhada, uma pequena procissão...

Atrás de nós, virá o jardim deixando marcas de saudade pelo chão....

 

1767
Esio Antonio Pezzato

O cocar na cabeça e nas mãos rija lança,
E um Paiaguá caminha esta tão fértil Terra.
O Salto regurgita em hinos de esperança,
No mato uma araponga estridulante berra.

Quebra-se a calmaria e tem final a dança.
Desconhecido olhar frente à paisagem erra.
Um destemido passo a mata adentro avança,
A tribo toda se une e arma-se para a guerra.

Sobre a calma do Rio as pirogas audazes
Chegam rapidamente à barranca portuária
Conduzindo em seu bojo homens fortes, capazes.

- "À margem, à direita!" A voz é poderosa.
E com forte comando e paixão visionária,
Neste chão planta os pés o Povoador Barbosa!

 





RIO DE PIRACICABA

Esther Vacchi Passos

 

Eu quero

Nosso rio mais limpo

Sem cheiro de poluição

Aves em pedras sem limbo

Chegando a ser atração

 

Eu quero

Na piracema ver os peixes

Saltar em água límpida

E as borboletas multicores

Em volta de flores lindas

 

Eu quero

Carícias de sua brisa

Envolvendo-me em frescor

O véu branco da noiva deslizando

Unindo-se nas águas sem odor

 

Eu quero

Junto ao rio céu azulado

Sem poluição de queimada

Deixando o poeta inspirado

Fazendo versos para a sua amada.

 


PIRADO POR PIRA

Julio César S. Rosa

 

Sempre pirado por Piracicaba

Aqui moro, aqui sempre vivi

Sou muito apaixonado por ti

Enamoro porque te adoro

Só aqui me acabo

                       

 

RUA DO PORTO

Sonia Amaral

 

Com suas antigas moradias

A Rua do Porto

Vem mostrar o encanto

Que a todos irradia.

 

A bela chaminé

Da saudosa olaria

Traz muita lembrança

E também muita alegria.

 

Os modestos restaurantes

Fazem seus pratos com capricho

Acolhem o povo com amor

Demonstrando simpatia.

 

SEU NOME: RUA BOA MORTE

Leda Coletti

 


Como é bonita esta rua!

Já teve bonde ziguezagueando nos paralelepípedos,

que chegavam até à estação do trem, lá na Paulista,

cenário de partida dos soldados

da Revolução Constitucionalista.

Rua que acolhe e educa estudantes

nos Colégios Piracicabano e Assunção,

que tem na área central

Santo Antonio na Catedral,

protetor dos namorados,

em 13 de junho comemorado.

Do alto dos seus prédios, vê-se à tardinha

reflexos dourados do sol no rio Piracicaba,

se despedindo atrás das colinas.

À noite, a lua cheia esplendorosa,

rodeada de estrelas meninas,

com seu brilho, a faz mais formosa.

E, Nossa Senhora da Boa Morte

com seu manto azul celeste

abençoa a cidade e lhe dá muita sorte!

 

DESABAFO DE UMA CAIPIRA

Daniela Daragoni Alves

 




Carrego comigo o sotaque

Do lugar que nasci e me viu crescer

O mesmo sotaque das pessoas que mais admiro

Pessoas que me deram a vida e lições que jamais vou esquecer

 

Carrego comigo esse sotaque caipira

Marca de um povo simples e batalhador

Sotaque de um lugar que leva o mesmo nome de um rio

Que tem à sua margem a casa do povoador

 

Cidade  de gente humilde e feliz

de lugares inesquecíveis, como a Rua do Porto, o Engenho Central

Terra de uma tranquilidade ímpar

Que nunca vi igual

 

Carrego comigo esse sotaque que muitas vezes é confundido

Com falta de instrução e até de inteligência

Um caipira muitas vezes é julgado injustamente

Por pessoas que o consideram uma pessoa boba, fácil de enganar e cheia de inocência.

 

Carrego comigo esse sotaque simples

Fui muitas vezes motivo de piada

Por pessoas que se acham “inteligentes” o bastante para rir do meu povo

Mas que escolheram a minha linda cidade para construir suas casas

 

E se para ser respeitada por essas pessoas

Eu tiver que negar as minhas raízes e o lugar que me viu nascer,

Continuarei sendo o que sou, caipira de Piracicaba

Por toda a vida...até morrer!

 

ORAÇÃO A PIRACICABA

Hugo Pedro Carradore

 




Bendita, oh! Terra Minha, de filhos ilustres e tradições gloriosas,

Piracicaba, hino de amor, emoção e promessas ditosas...

Amo-te pelo esplendor de tua beleza,

pelo teu rio que serpenteia e cai em cachoeira de espuma branca,

onde o arco-íris nasce num véu de tanta pureza.

Amo-te pelo riso de tuas crianças, pelo encanto de tuas avenidas,

Pelas tuas paisagens e pelos teus amores.

Amo-te, pelas gotas de orvalho, lágrimas das noites piracicabanas,

Caídas nas pétalas das tuas flores.

Amo-te, pelo sangue de teus filhos derramado, mortos na luta de 32,

heróis venerados do berço pátrio.

Amo-te, quando levanto os olhos para o céu,

e vejo lá no alto do Bom Jesus, de braços abertos,

o Cristo  abençoando teus filhos que penetram o sagrado átrio.

Amo-te, pelo verde magnífico dos teus canaviais,

pela tua indústria, que é uma sinfonia de progresso.

Amo-te nos versos dos teus poetas

E na saudade de teu filho egresso.

Recebe, oh! Cidade terna, esta singela oração!

Mãe e noiva, que as palavras cheguem a ti, como a serenata de um violão,

nas madrugas brindadas pelo beijo das estrelas.

Noiva eterna namorada, pelo teu resplandecente véu,

Que eu expire em paz, sob o teu sagrado chão, tendo como mortalha o teu céu.

Amém.

 

ENCANTOS DA MINHA TERRA

Ivana Maria França de Negri

 

Piracicaba dos ipês róseos e amarelos

Da Esalq e do Engenho, tão belos

Das cascatas formosas

E das pamonhas famosas

Terra da boa gente

E da pinga ardente

Do engraçado linguajar caipira

Carinhosamente chamada de “Pira”!

 

O PIRACICABA DOS PAIAGUÁS

Francisco de Assis Ferraz de Mello

 

Quanto crime ante Deus, de pensar me comovo:

Agoniza este rio que alimentou meu povo.

Quem pode imaginá-lo, um dia, colossal,

Bufando na floresta de um sol tropical?

 

Quem pode imaginar que, um dia, em suas margens,

Dos mansos animais até as onças selvagens

Foram beber sua água, enquanto a passarada

Ensaiava uma orquestra ou partia em revoada?

No salto ele rolava altivo, encapelado, sobre o basalto negro, alteando um forte brado

Que acordava o sertão de séculos atrás.

 

Abaixo, no remanso ou, então, nas corredeiras,

Passavam as canoas em bandos, ligeiras,

Levando para a guerra os índios paiaguás.

 

PIRACICABA, O ESPÍRITO DO LUGAR
Carmen M.S.F. Pilotto

 


As águas recortam odores e paisagens

de uma cidade que incorporei em minha alma

no lusco-fusco da ponte pênsil

nas ribanceiras apinhadas de pescadores

na chaminé do Engenho que rasga a Urbanidade

 

Na pracinha os velhinhos com os carrinhos de passeio

transportam guris, empresários do futuro

e as pombas arrulham histórias das dinastias

entremeadas com o metalúrgico que ali caminha.

 

Mas é nos bares que a cidade se revela

nas caninhas sorvidas em meio às angústias

nos chopes compartilhados com amigos

nos petiscos que marcam sabores e veleidades.

 

Somos partículas do ambiente em que vivemos

força viva do planeta que coabitamos.

Nosso espírito está tatuado no espaço

virtualmente presente nos fluídos cósmicos.

 

RUA DO PORTO

 

Aracy Duarte Ferrari

 

 


 


Íntimo ardente

Noite enluarada

Avenidas luzentes

Árvores resplandecentes...

 

Os pássaros chilreando

Recompõem a melodia.

A prosa, a poesia

Atingem o seu clímax.

 

O rio circunda

A cidade e o coração.

As águas correm...

Rutilantes ao reflexo da lua.

 

Ondas abundantes

Observadores atentos

Inspirados na quietude

Reflexões distantes.

 

Uma estrela cadente

Risca, de repente

O firmamento

Para meu sobressalto.

 

 

 Cidade linda!

       Sônia Amaral

 



Como é maravilhoso falar de Piracicaba.

Cidade que acolhe a todos que aqui chegam.

Piracicaba que cresce dia a dia

Expandindo os bairros em todos os pontos:

Norte, Sul, Leste e Oeste.

Onde o rio que corta a cidade

Mesmo com pouca água

É o ponto querido por todos.

Rua do Porto continua exuberante.

Amo Piracicaba!

Parabéns ,por mais um aniversário

Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Marcelo Pereira da Silva - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Eliete de Fatima Guarnieri - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz