2005/12/31
UM BOM ANO PARA TODOS!
Um ano de paz, saúde, trabalho, dinheiro, alegria e amor.
Um ano de paz, saúde, trabalho, dinheiro, alegria e amor.
2005/12/30
PROMISCUIDADE TOTAL...
O director-adjunto do Público, Manuel Carvalho, assina o editorial de hoje. Para
mostrar até onde chegou, neste país, a promiscuidade entre políticos que, sendo
membros dos orgãos directivos do PS, são tambem deputados da Nação e gestores
da Iberdrola -- segunda maior eléctrica de Espanha -- e, por via disso, ainda fazem
"espionagem" na EDP, graças ao inerente assento que têm no "conselho consultivo"
da Energias de Portugal, criado especialmente para Joaquim Pina de Moura...
Haverá mais casos como este, mas tendo em atenção o futuro Mibel e a entrada da
Iberdrola no negócio das energias renováveis em associação com outros parceiros,
compreende-se a falta de transparência futura em todo este processo. Aliás, ainda
há poucos dias, o consórcio a que pertence a Iberdrola, veio dizer que se o Governo
não "ceder" em determinadas exigências do caderno de encargos, abandonaria o
concurso para as renováveis... Quanto a J. Pina de Moura, estamos conversados:
mais parece um mercenário de cargos públicos e privados... O homem quer ficar
com o bolo todo... E diz-se "socialista", depois de ser "comunista", anti-capitalista
e o "último moicano"... O partido de São Jerónimo estava minado por oportunistas.
O professor António Paim escreve sobre os fundos de pensões, para demonstrar
a importância que têm na economia de hoje, e cita a Suiça, onde os FP ascendem
a 125 por cento do PIB; na Holanda a 90 por cento; nos EUA,Inglaterra e Chile
atingem os 60 por cento... Não vou pronunciar-me sobre as opiniões defendidas
por alguns economistas, que vêm nos "fundos privados de pensões" uma panaceia
para resolver os défices crescentes da segurança social. O problema é complexo,
mas alguma mudança deve ser feita, devido à escassez das contribuições motivada
pelo desemprego, pela crise económica e pela longevidade dos beneficiários... Sem
crescimento económico não haverá melhoria quer da parte das contribuições
individuais e patronais, quer da rendibilidade dos fundos... Não crescem as mais-
valias, se não houver investimentos... Só resta a expeculação, seja em acções de
alto risco, valores imobiliários (em desacelaração de crescimento), em matérias
primas como o cobre, o petróleo e o ouro. O petróleo é o que se sabe e o ouro já
atingiu os 400 dolares a onça!... Se esticarem mais, pode rebentar a "corda", e
levar a uma queda abrupta no sistema financeiro mundial.
Quem investe na Bolsa deve ter cautela, apesar da melhoria nos indíces bolsistas.
Este ano, os ganhos do Dax alemão aproximaram-se dos 30 por cento, o CAC 40
de França atingiu os 25 por cento, mas o MIB30 de Itália ficou-se pelos 14 por
cento, devido ao fraco desempenho da economia transalpina. O PSI20 havia
subido no primeiro trimestre, depois desceu e chegou a estar negativo, mas nos
últimos dois meses o índice lisboeta atingiu os 13 por cento. O principal índice
americano, o Dow Jones, fez swing todo o ano e deve fechar hoje sem ter ganhos
anuais; a economia americana cresce, mas baseada no consumo interno e no
boom imobiliário, e padece de dois males: o colossal défice comercial, e o défice
orçamental que espelha o esforço de guerra no Iraque e Afeganistão.
O melhor conselho a dar aos pequenos investidores é optarem pela Bolsa de
Lisboa, o PSI20, pois as bolsas internacionais requerem meios e saber de que só
os profissionais dispõem... A Bolsa nacional deve evoluir positivamente em 2006.
Alem das blue-chips, (BCP, Brisa, PT, Sonae, EDP e BPI) existem acções de
grande potencial de crescimento (as small caps), mas atenção: certifique-se da
liquidez dos títulos, consulte os balancetes trimestrais, anote os targets (preço-
alvo) indicados pelas correctoras, esteja atento à áreas de negócio da SGPS em
que pensa investir, consulte os regulamentos da CMVM, compre e venda através
da Internet que é mais rápido e barato. Boa sorte e bons investimentos em 2006.
Em quatro letras se define o comportamento do "mercado" americano:
bull (touro), quando está forte, dinâmico, sobe e há optimismo; bear (urso),
quando está fraco, sonolento, gelado, sem calor e há péssimismo.
O director-adjunto do Público, Manuel Carvalho, assina o editorial de hoje. Para
mostrar até onde chegou, neste país, a promiscuidade entre políticos que, sendo
membros dos orgãos directivos do PS, são tambem deputados da Nação e gestores
da Iberdrola -- segunda maior eléctrica de Espanha -- e, por via disso, ainda fazem
"espionagem" na EDP, graças ao inerente assento que têm no "conselho consultivo"
da Energias de Portugal, criado especialmente para Joaquim Pina de Moura...
Haverá mais casos como este, mas tendo em atenção o futuro Mibel e a entrada da
Iberdrola no negócio das energias renováveis em associação com outros parceiros,
compreende-se a falta de transparência futura em todo este processo. Aliás, ainda
há poucos dias, o consórcio a que pertence a Iberdrola, veio dizer que se o Governo
não "ceder" em determinadas exigências do caderno de encargos, abandonaria o
concurso para as renováveis... Quanto a J. Pina de Moura, estamos conversados:
mais parece um mercenário de cargos públicos e privados... O homem quer ficar
com o bolo todo... E diz-se "socialista", depois de ser "comunista", anti-capitalista
e o "último moicano"... O partido de São Jerónimo estava minado por oportunistas.
O professor António Paim escreve sobre os fundos de pensões, para demonstrar
a importância que têm na economia de hoje, e cita a Suiça, onde os FP ascendem
a 125 por cento do PIB; na Holanda a 90 por cento; nos EUA,Inglaterra e Chile
atingem os 60 por cento... Não vou pronunciar-me sobre as opiniões defendidas
por alguns economistas, que vêm nos "fundos privados de pensões" uma panaceia
para resolver os défices crescentes da segurança social. O problema é complexo,
mas alguma mudança deve ser feita, devido à escassez das contribuições motivada
pelo desemprego, pela crise económica e pela longevidade dos beneficiários... Sem
crescimento económico não haverá melhoria quer da parte das contribuições
individuais e patronais, quer da rendibilidade dos fundos... Não crescem as mais-
valias, se não houver investimentos... Só resta a expeculação, seja em acções de
alto risco, valores imobiliários (em desacelaração de crescimento), em matérias
primas como o cobre, o petróleo e o ouro. O petróleo é o que se sabe e o ouro já
atingiu os 400 dolares a onça!... Se esticarem mais, pode rebentar a "corda", e
levar a uma queda abrupta no sistema financeiro mundial.
Quem investe na Bolsa deve ter cautela, apesar da melhoria nos indíces bolsistas.
Este ano, os ganhos do Dax alemão aproximaram-se dos 30 por cento, o CAC 40
de França atingiu os 25 por cento, mas o MIB30 de Itália ficou-se pelos 14 por
cento, devido ao fraco desempenho da economia transalpina. O PSI20 havia
subido no primeiro trimestre, depois desceu e chegou a estar negativo, mas nos
últimos dois meses o índice lisboeta atingiu os 13 por cento. O principal índice
americano, o Dow Jones, fez swing todo o ano e deve fechar hoje sem ter ganhos
anuais; a economia americana cresce, mas baseada no consumo interno e no
boom imobiliário, e padece de dois males: o colossal défice comercial, e o défice
orçamental que espelha o esforço de guerra no Iraque e Afeganistão.
O melhor conselho a dar aos pequenos investidores é optarem pela Bolsa de
Lisboa, o PSI20, pois as bolsas internacionais requerem meios e saber de que só
os profissionais dispõem... A Bolsa nacional deve evoluir positivamente em 2006.
Alem das blue-chips, (BCP, Brisa, PT, Sonae, EDP e BPI) existem acções de
grande potencial de crescimento (as small caps), mas atenção: certifique-se da
liquidez dos títulos, consulte os balancetes trimestrais, anote os targets (preço-
alvo) indicados pelas correctoras, esteja atento à áreas de negócio da SGPS em
que pensa investir, consulte os regulamentos da CMVM, compre e venda através
da Internet que é mais rápido e barato. Boa sorte e bons investimentos em 2006.
Em quatro letras se define o comportamento do "mercado" americano:
bull (touro), quando está forte, dinâmico, sobe e há optimismo; bear (urso),
quando está fraco, sonolento, gelado, sem calor e há péssimismo.
2005/12/29
HÁ VIDA PARA ALEM DA CAMPANHA...
O abrupto "historiador" José Pacheco Pereira escreve hoje no Público sobre
o camauro usado por Beneditus XVI neste Natal, e que levou aos comentários mais
diversos na blogosfera. JPP aviva a nossa memória ao remeter-nos para a pintura
renascentista onde aparece "o veludo e o arminho que nenhum Papa usava desde
os anos sessenta". O "historiador JPP, nesta quadra festiva, abstem-se de comentar
os episódios políticos azedos e fastidiosos. Haja alguem para dar o bom exemplo dos
dos costumes portugueses, que nesta quadra festiva cantam a paz e a concórdia...
O intelectual Eduardo Prado Coelho publicou hoje o segundo folhetim das suas
"Memórias de [Hospital] Santa Maria" para, assim, continuar a responder ao "Caro
Correia de Campos (ministro da Saúde), amigo e camarada". EPC relata na primeira
pessoa a experiência do sujeito que entra de maca num grande corredor hospitalar
e ali permanece ao frio, enquanto não é chamado para ir à faca... Pedem-lhe para
despir a roupa, tirar o relógio, os óculos, "tudo o que pertencia ao mundo" -- porque
a morte pode chegar. Num hospital onde os doentes são "depositados" em grandes
corredores, à espera de vez, tudo pode acontecer: fica mais doente, apanha uma
pneumonia, morre de assombramento... e quando assim não acontece, sabe bem
recordar Nietzsche: o que não mata dá força. (Aguardemos os próximos folhetins).
A Universidade do Minho foi chamada a realizar uma auditoria às causas do
"apagão" na noite das eleições autárquicas de 9 de Outubro, e já apresentou um
relatório com as conclusões. Ao confiar no trabalho da UM, o Governo [MAI e MJ]
deu uma relevância enorme às competências da universidade minhota, que já é
reconhecida a nivel internacional pela sua actividade em investigação e inovação.
Não admira pois que o Ministério Administração Interna e o Ministério da Justiça
tenham já decidido atribuir à UM a supervisão do sistema global de dados durante
as eleições presidenciais de 22 Janeiro de 2006. A Universidade do Minho mostra,
mais uma vez, como é importante o papel activo, dinamizador e inovador que as
Universidades portuguesas podem desempenhar na resolução dos mais variados
problemas que, não raras vezes, se colocam a um país em luta pelo progresso.
PS - Embora haja, na campanha eleitoral, assuntos que merecem ser debatidos
e comentados, o Abrangente vai abster-se de o fazer, até ao início da verdadeira
"campanha eleitoral", que deve começar no início da segunda semana de Janeiro.
A chinfrineira de antena, o desespero de alguns, o oportunismo de outros e a falta
de respeito por todos nós, levam a que nada de essencial seja dito, contribuindo
apenas para criar ódios, gerar azedumes, dividir os portugueses...
O abrupto "historiador" José Pacheco Pereira escreve hoje no Público sobre
o camauro usado por Beneditus XVI neste Natal, e que levou aos comentários mais
diversos na blogosfera. JPP aviva a nossa memória ao remeter-nos para a pintura
renascentista onde aparece "o veludo e o arminho que nenhum Papa usava desde
os anos sessenta". O "historiador JPP, nesta quadra festiva, abstem-se de comentar
os episódios políticos azedos e fastidiosos. Haja alguem para dar o bom exemplo dos
dos costumes portugueses, que nesta quadra festiva cantam a paz e a concórdia...
O intelectual Eduardo Prado Coelho publicou hoje o segundo folhetim das suas
"Memórias de [Hospital] Santa Maria" para, assim, continuar a responder ao "Caro
Correia de Campos (ministro da Saúde), amigo e camarada". EPC relata na primeira
pessoa a experiência do sujeito que entra de maca num grande corredor hospitalar
e ali permanece ao frio, enquanto não é chamado para ir à faca... Pedem-lhe para
despir a roupa, tirar o relógio, os óculos, "tudo o que pertencia ao mundo" -- porque
a morte pode chegar. Num hospital onde os doentes são "depositados" em grandes
corredores, à espera de vez, tudo pode acontecer: fica mais doente, apanha uma
pneumonia, morre de assombramento... e quando assim não acontece, sabe bem
recordar Nietzsche: o que não mata dá força. (Aguardemos os próximos folhetins).
A Universidade do Minho foi chamada a realizar uma auditoria às causas do
"apagão" na noite das eleições autárquicas de 9 de Outubro, e já apresentou um
relatório com as conclusões. Ao confiar no trabalho da UM, o Governo [MAI e MJ]
deu uma relevância enorme às competências da universidade minhota, que já é
reconhecida a nivel internacional pela sua actividade em investigação e inovação.
Não admira pois que o Ministério Administração Interna e o Ministério da Justiça
tenham já decidido atribuir à UM a supervisão do sistema global de dados durante
as eleições presidenciais de 22 Janeiro de 2006. A Universidade do Minho mostra,
mais uma vez, como é importante o papel activo, dinamizador e inovador que as
Universidades portuguesas podem desempenhar na resolução dos mais variados
problemas que, não raras vezes, se colocam a um país em luta pelo progresso.
PS - Embora haja, na campanha eleitoral, assuntos que merecem ser debatidos
e comentados, o Abrangente vai abster-se de o fazer, até ao início da verdadeira
"campanha eleitoral", que deve começar no início da segunda semana de Janeiro.
A chinfrineira de antena, o desespero de alguns, o oportunismo de outros e a falta
de respeito por todos nós, levam a que nada de essencial seja dito, contribuindo
apenas para criar ódios, gerar azedumes, dividir os portugueses...
2005/12/28
DE REGRESSO...
O país está a ficar diferente, graças às alterações climáticas. Nada de anormal,
mas tão sòmente porque as estações do ano, desde o Verão, estão a decorrer com
as características próprias do clima mediterrânico. A chuva, que tem caído nestes
dois últimos meses, e em especial no Alentejo, veio transformar toda a paisagem
das planícies transtaganas. A seca prolongada, passou; agora temos a terra úbere
coberta de verdura. A água corre por valas, regatos e ribeiros. Voltou o murmúrio
das águas, correndo para os rios, barragens e represas. O Alentejo está em festa.
Vista da Pousada do Vale do Gaio, frente à barragem do mesmo nome, nas
cercanias do Torrão... Neste início de Inverno, está a meio da cota que a imagem
mostra. A Barragem de Odivelas tambem está muito baixa. Só um Inverno com
precipitações semelhantes às de Dezembro poderá elevar os níveis de água nas
barragens do Alentejo e Algarve para cotas de 70 a 80 por cento de capacidade.
CONTINUA O FOLCLORE DAS PRESIDENCIAIS...
Era de esperar que, entre o Natal e o Fim de Ano, os candidatos fizessem uma
pausa na pré-campanha eleitoral, mas o "desespero" de uns e o "não deixar livre
o terreno" de outros, fez com que, até no dia de Natal, tivessemos os telejornais
inundados com a pregação dos candidatos... E dizem eles que o "cargo" em disputa
não é relevante, nem exige dinamismo ou intervenção da parte do Presidente...
O que está por trás de toda esta verbalização, é o desespero de Super-Mário... e
a desilusão de quantos tencionavam seguir-lhe as pégadas numa segunda volta...
O candidadto "ouvidor" está a ficar desesperado, rouco e inquieto. Já se apresenta
desnorteado, já fala de coisas ôcas, confunde os partidos, não tem consciência das
palavras que profere nem daquilo que pretende dizer. É triste, ver o "velho leão"
fenecer na contenda. Na ânsia de atacar o candidato Cavaco Silva, Super-Mário
acaba sempre por dar um tiro no pé. Super-Mário não aceita que o Presidente da
República estimule e ajude o primeiro-ministro a resolver a crise económica. Para
Super-Mário, a função do PR não deve ir alem do cargo de "corta-fitas", ao estilo
americotomás. Se Cavaco fala... é porque fala demais; se não fala... é porque não
tem ideias ou é introvertido... Parece a argumentação de garotos birrentos...
Mas, para alem do "circo" do Lisboa-Dakar, os portugueses têm nesta fase da
campanha eleitoral motivos para se divertirem. Têm o Jerónimo de Sousa, com as
suas frases de marketing: "não colocou o conta quilómetros a zero"; "tem tique de
primeiro-ministro", etc. Alem disso, está com os artistas do grafitti e do hip--hop
(cidadãos por inteiro, é verdade, mas pouco produtivos e com futuro incerto; será
que a economia e o futuro do país vai beneficiar com a ajuda deste pessoal?). Mas
JS, que é ateu, ainda continua a pedir votos invocando o nome de São Jerónimo!...
Mário Soares disse que fica "furioso" quando vai a um restaurante e não vê "peras
nem maçãs" (Vê-se mesmo que não gosta de "pera bebeda" ou "maçã assada",
elementos de sobremesa presentes em todos os restaurantes nacionais). Refira-se,
por curiosidade, que no dia em que MS fez este queixume, estava Cavaco Silva
de visita às cooperativas fruteiras de Mafra, donde vem boa maçã e pera Rocha).
Manuel Alegre apresenta um discurso vivo, caldeado de fraternidade, mas acaba
sempre por zurzir em MS, pois não compreende por que razão ele se candidata,
uma vez que "reduz a quase nada os poderes do Presidente" (Não se percebe...).
O bloquista, Francisco Louçã, vai falando de tudo e mais alguma coisa. Descobriu
agora "o tremendo fracasso que houve em Portugal, devido ao gigantismo de
soluções e inovações" na área da solidariedade social, apontando a Casa Pia como
paradigma desse gigantismo. (Nunca me lembro do BE, ou de FL, como deputado,
tomarem qualquer iniciativa na AR com vista a melhorarem o sistema. Tudo e
nada serve para produzir discurso, para criar espectáculo, para tempo de antena).
... Já não me espantam os escritos do incrível Luis Delgado na "Coluna da Direita".
O país está a ficar diferente, graças às alterações climáticas. Nada de anormal,
mas tão sòmente porque as estações do ano, desde o Verão, estão a decorrer com
as características próprias do clima mediterrânico. A chuva, que tem caído nestes
dois últimos meses, e em especial no Alentejo, veio transformar toda a paisagem
das planícies transtaganas. A seca prolongada, passou; agora temos a terra úbere
coberta de verdura. A água corre por valas, regatos e ribeiros. Voltou o murmúrio
das águas, correndo para os rios, barragens e represas. O Alentejo está em festa.
Vista da Pousada do Vale do Gaio, frente à barragem do mesmo nome, nas
cercanias do Torrão... Neste início de Inverno, está a meio da cota que a imagem
mostra. A Barragem de Odivelas tambem está muito baixa. Só um Inverno com
precipitações semelhantes às de Dezembro poderá elevar os níveis de água nas
barragens do Alentejo e Algarve para cotas de 70 a 80 por cento de capacidade.
CONTINUA O FOLCLORE DAS PRESIDENCIAIS...
Era de esperar que, entre o Natal e o Fim de Ano, os candidatos fizessem uma
pausa na pré-campanha eleitoral, mas o "desespero" de uns e o "não deixar livre
o terreno" de outros, fez com que, até no dia de Natal, tivessemos os telejornais
inundados com a pregação dos candidatos... E dizem eles que o "cargo" em disputa
não é relevante, nem exige dinamismo ou intervenção da parte do Presidente...
O que está por trás de toda esta verbalização, é o desespero de Super-Mário... e
a desilusão de quantos tencionavam seguir-lhe as pégadas numa segunda volta...
O candidadto "ouvidor" está a ficar desesperado, rouco e inquieto. Já se apresenta
desnorteado, já fala de coisas ôcas, confunde os partidos, não tem consciência das
palavras que profere nem daquilo que pretende dizer. É triste, ver o "velho leão"
fenecer na contenda. Na ânsia de atacar o candidato Cavaco Silva, Super-Mário
acaba sempre por dar um tiro no pé. Super-Mário não aceita que o Presidente da
República estimule e ajude o primeiro-ministro a resolver a crise económica. Para
Super-Mário, a função do PR não deve ir alem do cargo de "corta-fitas", ao estilo
americotomás. Se Cavaco fala... é porque fala demais; se não fala... é porque não
tem ideias ou é introvertido... Parece a argumentação de garotos birrentos...
Mas, para alem do "circo" do Lisboa-Dakar, os portugueses têm nesta fase da
campanha eleitoral motivos para se divertirem. Têm o Jerónimo de Sousa, com as
suas frases de marketing: "não colocou o conta quilómetros a zero"; "tem tique de
primeiro-ministro", etc. Alem disso, está com os artistas do grafitti e do hip--hop
(cidadãos por inteiro, é verdade, mas pouco produtivos e com futuro incerto; será
que a economia e o futuro do país vai beneficiar com a ajuda deste pessoal?). Mas
JS, que é ateu, ainda continua a pedir votos invocando o nome de São Jerónimo!...
Mário Soares disse que fica "furioso" quando vai a um restaurante e não vê "peras
nem maçãs" (Vê-se mesmo que não gosta de "pera bebeda" ou "maçã assada",
elementos de sobremesa presentes em todos os restaurantes nacionais). Refira-se,
por curiosidade, que no dia em que MS fez este queixume, estava Cavaco Silva
de visita às cooperativas fruteiras de Mafra, donde vem boa maçã e pera Rocha).
Manuel Alegre apresenta um discurso vivo, caldeado de fraternidade, mas acaba
sempre por zurzir em MS, pois não compreende por que razão ele se candidata,
uma vez que "reduz a quase nada os poderes do Presidente" (Não se percebe...).
O bloquista, Francisco Louçã, vai falando de tudo e mais alguma coisa. Descobriu
agora "o tremendo fracasso que houve em Portugal, devido ao gigantismo de
soluções e inovações" na área da solidariedade social, apontando a Casa Pia como
paradigma desse gigantismo. (Nunca me lembro do BE, ou de FL, como deputado,
tomarem qualquer iniciativa na AR com vista a melhorarem o sistema. Tudo e
nada serve para produzir discurso, para criar espectáculo, para tempo de antena).
... Já não me espantam os escritos do incrível Luis Delgado na "Coluna da Direita".
2005/12/22
UM BOM NATAL
Vou indo, a caminho do Alentejo, onde me espera o mano Eutímio e a Hermínia.
Têm lá um galo que não se cala no galinheiro. "Precisa de ir à faca" -- diz o mano.
Um Natal à lareira sabe melhor, e traz à minha memória a consoada beirã e
trancosense da minha infância.
Nem a Netcabo consegue estragar-me este Natal... Para esta breve mensagem
tive que recorrer ao servidor da Andreia, a minha neta.
Um Bom Natal para todos os amigos da blogosfera.
Vou indo, a caminho do Alentejo, onde me espera o mano Eutímio e a Hermínia.
Têm lá um galo que não se cala no galinheiro. "Precisa de ir à faca" -- diz o mano.
Um Natal à lareira sabe melhor, e traz à minha memória a consoada beirã e
trancosense da minha infância.
Nem a Netcabo consegue estragar-me este Natal... Para esta breve mensagem
tive que recorrer ao servidor da Andreia, a minha neta.
Um Bom Natal para todos os amigos da blogosfera.
2005/12/21
Mário Soares tinha preparado uma estratégia "terrível" para afrontar o candidato
Cavaco Silva, mas acabou por não conseguir desorientar o adversário. Porque Mário
Soares conta com a sua esperteza, e não conta com a inteligência dos outros. Pensa
e procede como se estivessemos em 1985, quando ele era, de facto, o político mais
credível e experimentado. Nessa altura Cavaco Silva ainda tinha pouco traquejo da
política, mas depois, durante dez anos, aprendeu a lidar com os problemas inerentes
ao cargo de primeiro-ministro de um país da CEE, onde participou em 21 sessões do
Parlamento Europeu, negociou os acordos de Mastricht, da Moeda Única, do espaço
Shengen, and so on. No entanto, Mário Soares nunca se apercebeu disso... E acusa
Cavaco Silva de ser "inexperiente". Claro que só um aristocrata, elitista, arrogante
e narcisista pensa deste modo: eu fiz, eu disse, eu leio, eu tenho; eu vi e conheço,
"ele" desconhece, eu sou ouvidor, "ele" é calado, eu bebo, "ele" não anda a beber,
eu sei poesia, "ele" sabe de economia.... mas atenção, "ele" é um economista fraco,
nunca recebeu um Prémio Nobel; eu gosto de bailar, "ele" não dança; eu sei latim,
"ele" não conhece nada disso.... etc. e tal, dominusvobiscumestcomespiritustuo...
Mário Soares diz-se laico e republicano, mas faz prédicas rituais e inconscientes.
Se Cavaco fala do futuro, aqui-del-rei porque esquece o passado; se fala do passado,
vá de retro satanás, deve é falar do futuro.... Mas Mário Soares nada disse sobre o
futuro... por incapacidade mental, porque Mário Soares é a cassete do passado...
Sondagem TSF/DN/Marketest, via Cais da Linha, com a devida vénia.
Compreende-se o desejo de Mário Soares quando reclama mais debates.
É que o resultado das sondagens não corresponde às suas ambições. Continua a
aparecer em terceiro lugar, atrás de Manuel Alegre. Mas para quem afirma que
o cargo de presidente da República não pode influenciar em nada o pessismismo
em que vivem os portugueses, é muito estranho que continue a mostrar apetite
pelo cargo de PR. Pior ainda: que hostilize arrogantemente o candidato Cavaco
Silva, e menospreze as competências deste para desempenhar o lugar, repetindo
loucamente que só ele, Mário Soares, tem saber, competência e perfil para ocupar
o cargo... Quer dizer, quando um dia Mário Soares deixar o mundo dos vivos,
Portugal fica à deriva, por falta de cidadãos capazes para o lugar de Presidente...
Uma greve nos transportes públicos de Nova Iorque está a dificultar a
vida a milhões de cidadãos, sobretudo os utilizadores do Metro. E continua,
até ao fim-de-semana. Não admira, por isso, que muitas prendas cheguem
atrasadas aos seus destinatários, já que o "Pai Natal" viaja de Metro...
Cavaco Silva, mas acabou por não conseguir desorientar o adversário. Porque Mário
Soares conta com a sua esperteza, e não conta com a inteligência dos outros. Pensa
e procede como se estivessemos em 1985, quando ele era, de facto, o político mais
credível e experimentado. Nessa altura Cavaco Silva ainda tinha pouco traquejo da
política, mas depois, durante dez anos, aprendeu a lidar com os problemas inerentes
ao cargo de primeiro-ministro de um país da CEE, onde participou em 21 sessões do
Parlamento Europeu, negociou os acordos de Mastricht, da Moeda Única, do espaço
Shengen, and so on. No entanto, Mário Soares nunca se apercebeu disso... E acusa
Cavaco Silva de ser "inexperiente". Claro que só um aristocrata, elitista, arrogante
e narcisista pensa deste modo: eu fiz, eu disse, eu leio, eu tenho; eu vi e conheço,
"ele" desconhece, eu sou ouvidor, "ele" é calado, eu bebo, "ele" não anda a beber,
eu sei poesia, "ele" sabe de economia.... mas atenção, "ele" é um economista fraco,
nunca recebeu um Prémio Nobel; eu gosto de bailar, "ele" não dança; eu sei latim,
"ele" não conhece nada disso.... etc. e tal, dominusvobiscumestcomespiritustuo...
Mário Soares diz-se laico e republicano, mas faz prédicas rituais e inconscientes.
Se Cavaco fala do futuro, aqui-del-rei porque esquece o passado; se fala do passado,
vá de retro satanás, deve é falar do futuro.... Mas Mário Soares nada disse sobre o
futuro... por incapacidade mental, porque Mário Soares é a cassete do passado...
Sondagem TSF/DN/Marketest, via Cais da Linha, com a devida vénia.
Compreende-se o desejo de Mário Soares quando reclama mais debates.
É que o resultado das sondagens não corresponde às suas ambições. Continua a
aparecer em terceiro lugar, atrás de Manuel Alegre. Mas para quem afirma que
o cargo de presidente da República não pode influenciar em nada o pessismismo
em que vivem os portugueses, é muito estranho que continue a mostrar apetite
pelo cargo de PR. Pior ainda: que hostilize arrogantemente o candidato Cavaco
Silva, e menospreze as competências deste para desempenhar o lugar, repetindo
loucamente que só ele, Mário Soares, tem saber, competência e perfil para ocupar
o cargo... Quer dizer, quando um dia Mário Soares deixar o mundo dos vivos,
Portugal fica à deriva, por falta de cidadãos capazes para o lugar de Presidente...
Uma greve nos transportes públicos de Nova Iorque está a dificultar a
vida a milhões de cidadãos, sobretudo os utilizadores do Metro. E continua,
até ao fim-de-semana. Não admira, por isso, que muitas prendas cheguem
atrasadas aos seus destinatários, já que o "Pai Natal" viaja de Metro...
2005/12/20
Iremos assistir, esta noite, ao último debate televisivo da pré-campanha
eleitoral para as presidenciais. Espera-se que um dos candidatos, infrinja o acordo
estabelecido sobre as regras dos debates. E o infractor, a revelar-se, só pode ser
"el terrible Super-Mário". Não há outro capaz de fazer tal atropelo, até porque é
useiro e vezeiro neste tipo de comportamento: quando está a perder, utiliza todos
os meios para ganhar os votos da assistência. El terrible Super-Mário já disse que
sim: "com certeza que tenho uma estratégia terrível". Vamos esperar para ver...
Mas Super-Mário, ainda que não consiga o KO do adversário, vai continuar com
a pregação do terço: "é preciso mais debates", diz o candidato. O país mostra que
já fez uma opção, já está esclarecido, já passou um mês a escutar o "ouvidor", já
está cansado da conversa sobre o "papão", já não suporta mais do mesmo... mas
Super-Mário pensa que o povo quer mais pregação... Chega, basta! (Como diria
o "ouvidor" há pouco mais de um ano). Espero que "el terrible Super-Mário" seja
aconselhado por alguem, para não fazer mais chinfrineira nesta época de Natal.
Os portugueses andaram a mourejar durante um ano, agora merecem um pouco
de sossego, de paz e da alegria que nesta quadra do ano invade os nossos corações.
A águia pesqueira chega a focar a presa a centenas de metros de distância.
Ao fazer vôo rasante sobre as águas, capta a presa e não mais a larga. Para
esta ave de rapina, tudo o que vem às garras... é peixe. Mata para viver.
O candidato Francisco Louçã, numa visita à fábrica de lanifícios AP, na Covilhã,
disse aquilo que tem dito o primeiro-ministro José Sócrates a propósito do nosso
futuro: "o país precisa de uma política de inovação e qualidade". Mas o candidato
Francisco Louçã disse mais: disse que "Portugal vende tecidos a fábricas de
confecção italianas, que contratam empresas portuguesas para produzirem aqui
e depois esses produtos vão ter a marca made in Italy". Ora aqui está a denúncia
de um negócio que assim tem corrido, desde há dezenas de anos, mas que apenas
alguns, muito poucos, conseguiram alterar, colhendo daí mais vantagens. Note-se
que há umas cinco décadas atrás, Portugal vendia a cortiça em prancha, e depois
importava as rôlhas... Portugal não tinha competências na indústria, e hoje vemos
que continua a padecer dessa desvantagem. O Plano Tecnológico pode ajudar a
superar esse handicap. Mas é bom lembrar que até os empresários menos aptos
(não sabe inglês, não tem uma marca, nada sabe de marketing, etc.), até estes
podem inovar, observando o que está a acontecer... Esqueçam os lanifícios, texteis
e confecções de mão-de-obra barata; inovem, estudem o design, criem marcas,
estabeleçam parcerias ou apresentem-se nas feiras internacionais... mas com
produtos inovadores, caros, mas com qualidade e exclusividade, e, assim, vão
ganhar dinheiro, superar a crise, pagar melhores salários, enriquecer o país...
E não digam que não há mercado (procura) para produtos de alta qualidade.
Os deuses devem estar loucos... Ou serão os homens que endoidaram?
Como pode um deus, um santo ou um anjo, ajudar os homens a guerrear,
matando, saqueando, torturando, destruindo a vida de outros homens?
Não acredito que os deuses tomem partido pela violência, pela guerra...
(Na foto: paramilitares colombianos com a imagem da Virgem de Guadalupe).
eleitoral para as presidenciais. Espera-se que um dos candidatos, infrinja o acordo
estabelecido sobre as regras dos debates. E o infractor, a revelar-se, só pode ser
"el terrible Super-Mário". Não há outro capaz de fazer tal atropelo, até porque é
useiro e vezeiro neste tipo de comportamento: quando está a perder, utiliza todos
os meios para ganhar os votos da assistência. El terrible Super-Mário já disse que
sim: "com certeza que tenho uma estratégia terrível". Vamos esperar para ver...
Mas Super-Mário, ainda que não consiga o KO do adversário, vai continuar com
a pregação do terço: "é preciso mais debates", diz o candidato. O país mostra que
já fez uma opção, já está esclarecido, já passou um mês a escutar o "ouvidor", já
está cansado da conversa sobre o "papão", já não suporta mais do mesmo... mas
Super-Mário pensa que o povo quer mais pregação... Chega, basta! (Como diria
o "ouvidor" há pouco mais de um ano). Espero que "el terrible Super-Mário" seja
aconselhado por alguem, para não fazer mais chinfrineira nesta época de Natal.
Os portugueses andaram a mourejar durante um ano, agora merecem um pouco
de sossego, de paz e da alegria que nesta quadra do ano invade os nossos corações.
A águia pesqueira chega a focar a presa a centenas de metros de distância.
Ao fazer vôo rasante sobre as águas, capta a presa e não mais a larga. Para
esta ave de rapina, tudo o que vem às garras... é peixe. Mata para viver.
O candidato Francisco Louçã, numa visita à fábrica de lanifícios AP, na Covilhã,
disse aquilo que tem dito o primeiro-ministro José Sócrates a propósito do nosso
futuro: "o país precisa de uma política de inovação e qualidade". Mas o candidato
Francisco Louçã disse mais: disse que "Portugal vende tecidos a fábricas de
confecção italianas, que contratam empresas portuguesas para produzirem aqui
e depois esses produtos vão ter a marca made in Italy". Ora aqui está a denúncia
de um negócio que assim tem corrido, desde há dezenas de anos, mas que apenas
alguns, muito poucos, conseguiram alterar, colhendo daí mais vantagens. Note-se
que há umas cinco décadas atrás, Portugal vendia a cortiça em prancha, e depois
importava as rôlhas... Portugal não tinha competências na indústria, e hoje vemos
que continua a padecer dessa desvantagem. O Plano Tecnológico pode ajudar a
superar esse handicap. Mas é bom lembrar que até os empresários menos aptos
(não sabe inglês, não tem uma marca, nada sabe de marketing, etc.), até estes
podem inovar, observando o que está a acontecer... Esqueçam os lanifícios, texteis
e confecções de mão-de-obra barata; inovem, estudem o design, criem marcas,
estabeleçam parcerias ou apresentem-se nas feiras internacionais... mas com
produtos inovadores, caros, mas com qualidade e exclusividade, e, assim, vão
ganhar dinheiro, superar a crise, pagar melhores salários, enriquecer o país...
E não digam que não há mercado (procura) para produtos de alta qualidade.
Os deuses devem estar loucos... Ou serão os homens que endoidaram?
Como pode um deus, um santo ou um anjo, ajudar os homens a guerrear,
matando, saqueando, torturando, destruindo a vida de outros homens?
Não acredito que os deuses tomem partido pela violência, pela guerra...
(Na foto: paramilitares colombianos com a imagem da Virgem de Guadalupe).
2005/12/19
O candidato Mário Soares, em desespero de causa, fez rewind à cassete e voltou
ao discurso inicial da sua pré-campanha: os ataques a Cavaco Silva. Não será por
esse caminho que Super-Mário vai conseguir ultrapassar o Pulo do Lobo. Poucos
eleitores se deixarão anestesiar pelo ataque desbragado, feito por Super-Mário ao
candidato Cavaco Silva. O discurso do "papão" já não assusta os eleitores. O mundo
está a mudar muito depressa, exige de todos nós maior discernimento, torna todos
nós mais exigentes, mas tambem nos ensina a ser mais tolerantes com os outros.
Não é com o "atropelo" a uns, a arrogância em relação a outros, ou o desprezo e
a altivez pelo adversário que merecemos ser eleitos. Deve ser pela competência,
pela honestidade, pela sabedoria, mas tambem pelo amor à causa... Super-Mário
não respira o tempo que passa, não compreende o que está a acontecer. Faz pena
ver nódulos atrofiados, retorcidos pela artrose. É penoso ver o ancião em combate.
Na ânsia de protagonismo, Super-Mário tudo faz para conseguir vencer, fazendo
o que mais ninguem ousou fazer: visitar o régulo da ilha, apertar-lhe a mão, dar-lhe
a credibilidade perdida. A fotografia de Mário Soares com Alberto Jardim, ficará
para a história. Mais uma triste história da campanha eleitoral de Mário Soares,
a provar que ele não olha a meios para alcançar os seus fins... Foi uma vergonha.
O discurso de alguns políticos desceu ao nível das claques de futebol.
Na Bolívia, o país mais pobre da América Latina, foi eleito presidente da
República, pela primeira vez, um índio... A Bolívia tem fronteira com cinco países:
Chile, Argentina, Paraguai, Brasil e Peru. Tem 7,5 milhões de habitantes, sendo os
índios aymara 23 por cento, os quechua 37 por cento, os mestiços 13 por cento e
10 por cento de brancos. A língua oficial é o espanhol, o aymara e o quechua. O país
divide-se em duas zonas: a do planalto (meseta árida a mais de 3 mil metros de
altitude) onde vive mais de metade da população; as terras baixas, de floresta
tropical, que está a ser desbastada. A Bolívia tem o campo de golfe, a pista de esqui
e o estádio de futebol de maior altitude no mundo. É o segundo maior produtor de
gas na região sul-americana, e tem minas de estanho. O PNB per capita ronda os
800 dolares... A Bolívia, com o Peru e a Colombia são grandes produtores de coca,
que os nativos sempre usaram no preparo de medicamentos.
A América do Sul está a mudar... Evo Morales promete mais igualdade, justiça,
equidade, paz e justiça social. Prometeu dar mais direitos ao povo índio (60 por
cento da população) que até agora não gozava de direitos em igualdade com os
brancos. Quem não deve estar satisfeito, é o Império do Norte. Esta vitória de
Morales, para os EUA, é um "pesadelo", dizem os analistas. Eles lá sabem...
Índio aymara prepara-se para construir um barco de juncos, junto ao
Lago Titicaca, o lago navegável de maior altitude do mundo. A Bolívia não
tem acesso ao mar, mas tem um navio de 15,8 toneladas para patrulhar as
águas do Titicaca, que tem 3.465 milhas quadradas e está a mais de 4.000
metros de altitude... É um local turístico de muita afluência de visitantes.
BLOGUE DA SEMANA: Quiz o Tugir, editado por Luis Novaes Tito e o Carlos
Manuel Castro, dar visibilidade ao Abrangente, escolhendo-o para Blogue da
Semana. Digamos que é uma referência, não ao melhor blogue, mas sim a um
dos companheiros mais antigos da blogosfera, que tem muitas afinidades com o
Tugir. O Luis e o Carlos, no post 1.814/2005, explicaram muito bem qual tinha
sido o critério para a sua escolha. Retribuo as palavras dizendo que continuarei
a ser leitor assíduo de LNT, um homem de convicções fortes, e de CMC, que é
bastante produtivo e está sempre muito atento ao pulsar do mundo. Acertaram
quando referem que, para mim "o mais importante é estar de bem com a pouca
vida que temos para viver". É verdade. Não tornemos a vida num inferno...
PARABENS ao absorto Eduardo Graça pelos dois anos de vida na blogosfera.
É um blogue de cultura, humor, poesia. É, certamente, o blogue que mais tem
divulgado a obra e o pensamento de Camus... O Absorto é um sortilégio, uma
fonte de poesia, uma imagem forte na diversidade da blogosfera. Parabens.
ao discurso inicial da sua pré-campanha: os ataques a Cavaco Silva. Não será por
esse caminho que Super-Mário vai conseguir ultrapassar o Pulo do Lobo. Poucos
eleitores se deixarão anestesiar pelo ataque desbragado, feito por Super-Mário ao
candidato Cavaco Silva. O discurso do "papão" já não assusta os eleitores. O mundo
está a mudar muito depressa, exige de todos nós maior discernimento, torna todos
nós mais exigentes, mas tambem nos ensina a ser mais tolerantes com os outros.
Não é com o "atropelo" a uns, a arrogância em relação a outros, ou o desprezo e
a altivez pelo adversário que merecemos ser eleitos. Deve ser pela competência,
pela honestidade, pela sabedoria, mas tambem pelo amor à causa... Super-Mário
não respira o tempo que passa, não compreende o que está a acontecer. Faz pena
ver nódulos atrofiados, retorcidos pela artrose. É penoso ver o ancião em combate.
Na ânsia de protagonismo, Super-Mário tudo faz para conseguir vencer, fazendo
o que mais ninguem ousou fazer: visitar o régulo da ilha, apertar-lhe a mão, dar-lhe
a credibilidade perdida. A fotografia de Mário Soares com Alberto Jardim, ficará
para a história. Mais uma triste história da campanha eleitoral de Mário Soares,
a provar que ele não olha a meios para alcançar os seus fins... Foi uma vergonha.
O discurso de alguns políticos desceu ao nível das claques de futebol.
Na Bolívia, o país mais pobre da América Latina, foi eleito presidente da
República, pela primeira vez, um índio... A Bolívia tem fronteira com cinco países:
Chile, Argentina, Paraguai, Brasil e Peru. Tem 7,5 milhões de habitantes, sendo os
índios aymara 23 por cento, os quechua 37 por cento, os mestiços 13 por cento e
10 por cento de brancos. A língua oficial é o espanhol, o aymara e o quechua. O país
divide-se em duas zonas: a do planalto (meseta árida a mais de 3 mil metros de
altitude) onde vive mais de metade da população; as terras baixas, de floresta
tropical, que está a ser desbastada. A Bolívia tem o campo de golfe, a pista de esqui
e o estádio de futebol de maior altitude no mundo. É o segundo maior produtor de
gas na região sul-americana, e tem minas de estanho. O PNB per capita ronda os
800 dolares... A Bolívia, com o Peru e a Colombia são grandes produtores de coca,
que os nativos sempre usaram no preparo de medicamentos.
A América do Sul está a mudar... Evo Morales promete mais igualdade, justiça,
equidade, paz e justiça social. Prometeu dar mais direitos ao povo índio (60 por
cento da população) que até agora não gozava de direitos em igualdade com os
brancos. Quem não deve estar satisfeito, é o Império do Norte. Esta vitória de
Morales, para os EUA, é um "pesadelo", dizem os analistas. Eles lá sabem...
Índio aymara prepara-se para construir um barco de juncos, junto ao
Lago Titicaca, o lago navegável de maior altitude do mundo. A Bolívia não
tem acesso ao mar, mas tem um navio de 15,8 toneladas para patrulhar as
águas do Titicaca, que tem 3.465 milhas quadradas e está a mais de 4.000
metros de altitude... É um local turístico de muita afluência de visitantes.
BLOGUE DA SEMANA: Quiz o Tugir, editado por Luis Novaes Tito e o Carlos
Manuel Castro, dar visibilidade ao Abrangente, escolhendo-o para Blogue da
Semana. Digamos que é uma referência, não ao melhor blogue, mas sim a um
dos companheiros mais antigos da blogosfera, que tem muitas afinidades com o
Tugir. O Luis e o Carlos, no post 1.814/2005, explicaram muito bem qual tinha
sido o critério para a sua escolha. Retribuo as palavras dizendo que continuarei
a ser leitor assíduo de LNT, um homem de convicções fortes, e de CMC, que é
bastante produtivo e está sempre muito atento ao pulsar do mundo. Acertaram
quando referem que, para mim "o mais importante é estar de bem com a pouca
vida que temos para viver". É verdade. Não tornemos a vida num inferno...
PARABENS ao absorto Eduardo Graça pelos dois anos de vida na blogosfera.
É um blogue de cultura, humor, poesia. É, certamente, o blogue que mais tem
divulgado a obra e o pensamento de Camus... O Absorto é um sortilégio, uma
fonte de poesia, uma imagem forte na diversidade da blogosfera. Parabens.
2005/12/18
Pasmem! O assarapantado António Barreto descobriu, finalmente, o petróleo.
"Cheira a petróleo"--diz AB, sem adiantar o local de extracção. Fala de "espectáculo
eleitoral" de "circo à antiga", dos que andam excitados com a Ota e o TGV, dos que
pensam no Natal, e, "entretanto, algo está a decorrer"-- diz AB, satisfeito com o seu
achado: o petróleo, electricidade e o gas. Barreto parece ter acordado agora de um
sono prolongado... Descobriu agora a Galp, a EDP, a ENI, a Sonangol, a Petrocer, e
o Amorim. E ninguem tinha dado por nada!... Mas o sonho de Barreto, um poço de
petróleo no quintal, não vai além do grito de Solnado : "Há petróleo no Beato!...".
Depois de "pensar" naquelas siglas empresariais, Barreto pede ao Presidente da
República, ao Governo, ao Parlamento, Tribunal de Contas e partidos da oposição
para que seja "discutido e esclarecido" o negócio do petróleo... Barreto, sempre
alheio ao mundo real que o rodeia, esquece a Autoridade para a Concorrência, as
autoridades de Bruxelas que vigiam esta matéria, assim como o direito de livre
aquisição, associação ou participação nas empresas do espaço da União Europeia.
Barreto termina o seu "cheiro a petróleo" em estilo roufenho, como se tratasse-se
de um disco de 78 rpm, riscado nas estrias: "É possivel que todos estes negócios
sejam legítimos, legais e transparentes".... "É possivel que não"... "É possivel que
estes"... "É possivel que nenhum"... "É possivel que esteja"... "É possivel que venha
Angola"... "É possivel que esteja"... "É possivel que o jogo"... "Como é possivel que
os portugueses"... "Tudo isto é possivel. É desejável. Mas nada disso é certo nem
sabido". "Posso prever, com pouco risco de me enganar: nada". (Está feito. Toma
lá a factura, o Público que pague... Que grande papagaio me saiu este cronista).
Cheira a petróleo... gritou o embasbacado António Barreto
Outro profissional da factura por "nada", é o Vasco [PV]. Hoje vem escrever
sobre os candidatos presidenciais. Mas o Vasco só fala de tres. Defeitos de visão,
de quem em tempos viu o filme "O Terceiro Homem". Ele deve saber que há cinco
candidatos institucionais, mas o indígena gosta de desprezar uns em favor de
outros. De resto, o que o Vasco pretende, é atacar o candidato independente:
"é evidente que a candidatura de Alegre não faz espécie de sentido e matou à
nascença a candidatura de Soares".[...]"Quando [Alegre] vocifera contra a pressão
do PS sobre os militantes, lembra aqueles comunistas de 1980..." -- diz o Vasco.
E lança mais veneno: "[Alegre] não sabe nada sobre nada"... "Sobre a 'Europa',
sobre o ambiente ou sobre o diabo"... "Se Coelho, Costa e Vitorino são o retrato
do partido, Alegre é o deputado típico -- a ave canora, insubstancial e gorjeadora".
O ressabiado Vasco não se pronuncia sobre Soares, e quanto a Cavaco Silva,
embora nada adiante, é conhecida a sua alergia a este candidato, como se este
fosse insecticida... O Vasco, é muito provável que espirre grosso. Recomendo-lhe
uma mezinha contra a alergia, e uma consulta freudeana para o ressabiamento.
(Quanto às suas crónicas de "um terço de página", elas valem: zero... nada).
Uma mãe generosa... Funcionária do Jardim Zoo de Rangun, Birmânia,
reparte o seu leite, alimentando o filho com um seio, e com outro um tigresinho
rejeitado pela mãe natural. O calor do seio materno é importante para formar
o sujeito, para que não se sinta rejeitado nem orfão... Há muita gente carente
de afecto, com sentimentos de rejeição, ressabiados por falta do seio materno.
"Cheira a petróleo"--diz AB, sem adiantar o local de extracção. Fala de "espectáculo
eleitoral" de "circo à antiga", dos que andam excitados com a Ota e o TGV, dos que
pensam no Natal, e, "entretanto, algo está a decorrer"-- diz AB, satisfeito com o seu
achado: o petróleo, electricidade e o gas. Barreto parece ter acordado agora de um
sono prolongado... Descobriu agora a Galp, a EDP, a ENI, a Sonangol, a Petrocer, e
o Amorim. E ninguem tinha dado por nada!... Mas o sonho de Barreto, um poço de
petróleo no quintal, não vai além do grito de Solnado : "Há petróleo no Beato!...".
Depois de "pensar" naquelas siglas empresariais, Barreto pede ao Presidente da
República, ao Governo, ao Parlamento, Tribunal de Contas e partidos da oposição
para que seja "discutido e esclarecido" o negócio do petróleo... Barreto, sempre
alheio ao mundo real que o rodeia, esquece a Autoridade para a Concorrência, as
autoridades de Bruxelas que vigiam esta matéria, assim como o direito de livre
aquisição, associação ou participação nas empresas do espaço da União Europeia.
Barreto termina o seu "cheiro a petróleo" em estilo roufenho, como se tratasse-se
de um disco de 78 rpm, riscado nas estrias: "É possivel que todos estes negócios
sejam legítimos, legais e transparentes".... "É possivel que não"... "É possivel que
estes"... "É possivel que nenhum"... "É possivel que esteja"... "É possivel que venha
Angola"... "É possivel que esteja"... "É possivel que o jogo"... "Como é possivel que
os portugueses"... "Tudo isto é possivel. É desejável. Mas nada disso é certo nem
sabido". "Posso prever, com pouco risco de me enganar: nada". (Está feito. Toma
lá a factura, o Público que pague... Que grande papagaio me saiu este cronista).
Cheira a petróleo... gritou o embasbacado António Barreto
Outro profissional da factura por "nada", é o Vasco [PV]. Hoje vem escrever
sobre os candidatos presidenciais. Mas o Vasco só fala de tres. Defeitos de visão,
de quem em tempos viu o filme "O Terceiro Homem". Ele deve saber que há cinco
candidatos institucionais, mas o indígena gosta de desprezar uns em favor de
outros. De resto, o que o Vasco pretende, é atacar o candidato independente:
"é evidente que a candidatura de Alegre não faz espécie de sentido e matou à
nascença a candidatura de Soares".[...]"Quando [Alegre] vocifera contra a pressão
do PS sobre os militantes, lembra aqueles comunistas de 1980..." -- diz o Vasco.
E lança mais veneno: "[Alegre] não sabe nada sobre nada"... "Sobre a 'Europa',
sobre o ambiente ou sobre o diabo"... "Se Coelho, Costa e Vitorino são o retrato
do partido, Alegre é o deputado típico -- a ave canora, insubstancial e gorjeadora".
O ressabiado Vasco não se pronuncia sobre Soares, e quanto a Cavaco Silva,
embora nada adiante, é conhecida a sua alergia a este candidato, como se este
fosse insecticida... O Vasco, é muito provável que espirre grosso. Recomendo-lhe
uma mezinha contra a alergia, e uma consulta freudeana para o ressabiamento.
(Quanto às suas crónicas de "um terço de página", elas valem: zero... nada).
Uma mãe generosa... Funcionária do Jardim Zoo de Rangun, Birmânia,
reparte o seu leite, alimentando o filho com um seio, e com outro um tigresinho
rejeitado pela mãe natural. O calor do seio materno é importante para formar
o sujeito, para que não se sinta rejeitado nem orfão... Há muita gente carente
de afecto, com sentimentos de rejeição, ressabiados por falta do seio materno.
2005/12/17
O grande motor da unidade europeia, a Alemanha, voltou a mostrar que continua
a ser o país mais importante para o avanço do projecto europeu. Vimos esse sinal
ontem, durante as reuniões que teve com Tony Blair, e de seguida com o parceiro
de sempre, a França de Jacques Chirac. Foi Angela Merkel quem tomou a iniciativa
de avançar para os breefings, e de tal modo o fez, com determinação e dinamismo,
que a maior parte dos observadores viu na chanceler alemã uma pessoa capaz de
"analizar as questões até ao pormenor, e de esconder o limite até onde pode ir"...
O Guardian e o Finantial Times elogiam Angela Merkel, e afirmam que, com ela,
é fácil dialogar, discutir as propostas, chegar a um acordo, o que não acontecia com
Schroeder, que estava mais ligado a Chirac. O resultado está à vista: os países que
entraram para a UE há um ano, vão receber mais do que estava previsto; o Reino
Unido recebe menos um bilião de euros anuais de rebate (cheque britânico) e passa
a contribuir, em termos percentuais, em igual com a França, ficando os subsídios da
PAC para rever a partir de 2008. Blair está a sofrer, com o fogo dos conservadores,
que já falam de "traição". O Reino Unido, fora do euro, tem pouco peso político.
A aprovação do orçamento da UE para o período de 2007-2013, veio colocar
um travão à adesão de novos países. Possivelmente os países como a Croácia, a
Sérvia-Montenegro, a Albânia, a Ucrânia, e até a Turquia, irão ter que esperar um
longo período para poderem aceder às conversações de adesão à UE. É que não é
possivel, com um orçamento tão limitado, acolher mais candidatos. Se a UE não
tiver um orçamento maior, não vale a pena iludir os europeus, nem os candidatos
que estão em fila de espera. Vimos o desconforto sentido pelos 10 novos membros,
quando assistiram ao falhanço na aprovação do orçamento, em Junho; vimos ainda
a cena patética, protagonizada por estes países, quando estavam prontos a aceitar
uma redução substancial nos subsídios a que tinham direito... para assim evitarem
o colapso na aprovação do orçamento. Porque os ricos não prescidiam dos rebates.
De resto, a Turquia, que nalguns sectores tem avançado, mas que noutros ainda
está muito atrasada, está agora a colocar em cheque a sua adesão à UE, tudo por
causa do julgamento do escritor Orhan Pamuk, por escrever sobre o massacre dos
arménios durante a I Grande Guerra... Isto não é possivel, num país candidato a
entrar na UE, com negociações tão adiantadas, e após 30 anos de pedir a adesão...
MEA CULPA: "O João Tunes, o Evaristo, e o LNT, duma maneira natural e
simples, enobreceram outra vez a blogosfera", escreve o Besugo, recomendando
aos seus leitores para irem verificar a razão do seu reparo. O Besugo escreve de
jacto efabulações sobre a dôr de quem sofre, sobre a vida de quem escuta e zela
pelo seu semelhante; escreve, desaustinadamente, ora sobre futebol ora sobre
o incrível Luis Delgado; ainda agora escreveu, sobre as sondagens de rua, nesta
base temática: "que pensa do autógrafo do Lobo Antunes, do martelo pesado,
do óleo de ricínio, da vaselina"... Muito versátil, irriquieto e travesso, é o Besugo!
O que nos vale, é ele ter uma preceptora sempre vigilante, a Lolita, que acaba
por dizer ao Besugo para se comportar bem, arrumar a casa e dormir descansado.
(Obrigado Besugo. A blogosfera precisa de bloguistas irrequietos e insubmissos).
"Os que, de forma directa ou indirecta, nisso tomaram parte, tambem por
[aqui] continuam a passar e vão saber que são para eles estas palavras de apreço.
A blogosfera ganha muito com pessoas assim". (in Tempo dos assassinos).
Obrigado, Miguel. Na blogosfera, desde muito cedo que andamos juntos. Temos
afinidades, uma delas é a pintura. E gosto dos textos do Miguel, que às vezes
consegue dizer muito em duas linhas apenas. A blogosfera cria laços, amizades
intangíveis, uma dimensão diferente na relação com o "outro", o desconhecido.
Apesar disso, é reconfortante saber que está alguem no lado de lá, escutando,
interagindo connosco. É o eterno desejo humano: saber se haverá mais alguem
na imensidão do espaço... É bom receber um feed-back, saber que não estamos
sós... no espaço da world wide web, porque do espaço cósmico, não vem sinal...
(Em todo este caso, a maior parte do mérito cabe ao João Tunes, que denunciou
o erro que eu havia cometido, um erro histórico muito grave. Da minha parte
agradeço, mais uma vez, a lealdade e amizade dos amigos que compreenderam
o meu embaraço e aceitaram as minhas desculpas. Mais uma vez: Bem Hajam! ).
a ser o país mais importante para o avanço do projecto europeu. Vimos esse sinal
ontem, durante as reuniões que teve com Tony Blair, e de seguida com o parceiro
de sempre, a França de Jacques Chirac. Foi Angela Merkel quem tomou a iniciativa
de avançar para os breefings, e de tal modo o fez, com determinação e dinamismo,
que a maior parte dos observadores viu na chanceler alemã uma pessoa capaz de
"analizar as questões até ao pormenor, e de esconder o limite até onde pode ir"...
O Guardian e o Finantial Times elogiam Angela Merkel, e afirmam que, com ela,
é fácil dialogar, discutir as propostas, chegar a um acordo, o que não acontecia com
Schroeder, que estava mais ligado a Chirac. O resultado está à vista: os países que
entraram para a UE há um ano, vão receber mais do que estava previsto; o Reino
Unido recebe menos um bilião de euros anuais de rebate (cheque britânico) e passa
a contribuir, em termos percentuais, em igual com a França, ficando os subsídios da
PAC para rever a partir de 2008. Blair está a sofrer, com o fogo dos conservadores,
que já falam de "traição". O Reino Unido, fora do euro, tem pouco peso político.
A aprovação do orçamento da UE para o período de 2007-2013, veio colocar
um travão à adesão de novos países. Possivelmente os países como a Croácia, a
Sérvia-Montenegro, a Albânia, a Ucrânia, e até a Turquia, irão ter que esperar um
longo período para poderem aceder às conversações de adesão à UE. É que não é
possivel, com um orçamento tão limitado, acolher mais candidatos. Se a UE não
tiver um orçamento maior, não vale a pena iludir os europeus, nem os candidatos
que estão em fila de espera. Vimos o desconforto sentido pelos 10 novos membros,
quando assistiram ao falhanço na aprovação do orçamento, em Junho; vimos ainda
a cena patética, protagonizada por estes países, quando estavam prontos a aceitar
uma redução substancial nos subsídios a que tinham direito... para assim evitarem
o colapso na aprovação do orçamento. Porque os ricos não prescidiam dos rebates.
De resto, a Turquia, que nalguns sectores tem avançado, mas que noutros ainda
está muito atrasada, está agora a colocar em cheque a sua adesão à UE, tudo por
causa do julgamento do escritor Orhan Pamuk, por escrever sobre o massacre dos
arménios durante a I Grande Guerra... Isto não é possivel, num país candidato a
entrar na UE, com negociações tão adiantadas, e após 30 anos de pedir a adesão...
MEA CULPA: "O João Tunes, o Evaristo, e o LNT, duma maneira natural e
simples, enobreceram outra vez a blogosfera", escreve o Besugo, recomendando
aos seus leitores para irem verificar a razão do seu reparo. O Besugo escreve de
jacto efabulações sobre a dôr de quem sofre, sobre a vida de quem escuta e zela
pelo seu semelhante; escreve, desaustinadamente, ora sobre futebol ora sobre
o incrível Luis Delgado; ainda agora escreveu, sobre as sondagens de rua, nesta
base temática: "que pensa do autógrafo do Lobo Antunes, do martelo pesado,
do óleo de ricínio, da vaselina"... Muito versátil, irriquieto e travesso, é o Besugo!
O que nos vale, é ele ter uma preceptora sempre vigilante, a Lolita, que acaba
por dizer ao Besugo para se comportar bem, arrumar a casa e dormir descansado.
(Obrigado Besugo. A blogosfera precisa de bloguistas irrequietos e insubmissos).
"Os que, de forma directa ou indirecta, nisso tomaram parte, tambem por
[aqui] continuam a passar e vão saber que são para eles estas palavras de apreço.
A blogosfera ganha muito com pessoas assim". (in Tempo dos assassinos).
Obrigado, Miguel. Na blogosfera, desde muito cedo que andamos juntos. Temos
afinidades, uma delas é a pintura. E gosto dos textos do Miguel, que às vezes
consegue dizer muito em duas linhas apenas. A blogosfera cria laços, amizades
intangíveis, uma dimensão diferente na relação com o "outro", o desconhecido.
Apesar disso, é reconfortante saber que está alguem no lado de lá, escutando,
interagindo connosco. É o eterno desejo humano: saber se haverá mais alguem
na imensidão do espaço... É bom receber um feed-back, saber que não estamos
sós... no espaço da world wide web, porque do espaço cósmico, não vem sinal...
(Em todo este caso, a maior parte do mérito cabe ao João Tunes, que denunciou
o erro que eu havia cometido, um erro histórico muito grave. Da minha parte
agradeço, mais uma vez, a lealdade e amizade dos amigos que compreenderam
o meu embaraço e aceitaram as minhas desculpas. Mais uma vez: Bem Hajam! ).
2005/12/16
Está a haver um realinhamento no quadro de colaboradores de alguns media.
O caso mais recente é o de Miguel SousaTavares, que abandona o Público e salta
para o Expresso. Para despedida, MST escreve no Público de hoje, um auto-elogio
pelos catorze anos da sua "magistratura de influência" como comentador. Proclama
que defendeu, e em minoria clara, a Guerra do Golfe... Os dez anos de cavaquismo
deixaram-lhe uma incurável embirração por Cavaco, a quem atribuiu os males de
que os portugueses sofrem, sem esquecer o guterrismo, que tambem nada fez...
Sim, "Guterres começou a 'deixar andar', entregando a governação aos 'cardeais',
'bispos' e 'sacerdotes' do novo socialismo. Quando o "impensável Santana Lopes"
foi nomeado primeiro-ministro, houve quem reclamasse o 'benefício da dúvida',
mas MST não: "Eu cá não: estão aí os arquivos do Público para o provar... "Ainda
ele não tinha tomado posse, e já eu antevia um país transformado em anedota".
"Fui dos primeiros a alertar para o descalabro da justiça; fui dos primeiros a
alertar para a falta de uma política de ordenamento territorial"[...] "Anos e anos
a fio insurgi-me contra a cobardia diplomática face à questão de Timor"[...]Escrevi
até me cansar contra a regionalização socialista", uma causa perdida.[..] Escrevi
a favor da intervenção na Somália, a favor da morte dos touros em Barrancos".
[...] "Este breve balanço é uma despedida. Sem rancores e já com saudades"...
(MST anda a dizer que nada mudou, neste país, mas está convencido de que,
graças aos seus escritos, conseguiu mudar muita coisa em Portugal... Faz a festa
e deita os foguetes. Faz o panegírico laudatório de si mesmo... Ao que chegou MST.
Em face disto, cheguei à conclusão de que o "actual" MST vai ficar muito bem no
retrato ao lado do arquitecto Saraiva, no semanário Expresso... Que leve tambem
o Vasco [PV], esse indígena que trata os portugueses por "bananas" e "patéticos").
Discordo do papel que Jorge Coelho tem desempenhado, por sugestão do
PS ou do candidato presidencial Mário Soares, lançando para o ar o argumento
de que, se a esquerda não votar no candidato do PS, esta será responsável pela
vitória de Cavaco Silva à primeira volta. Jorge Coelho, depois de levar o PS à
derrota nas eleições autárquicas, devia ausentar-se da ribalta política durante
uns bons anos. Não está em condições de falar pelo PS, é a pessoa menos indicada
para lançar bolas ao ar, e muito menos para falar com os partidos da esquerda...
Já nas autárquicas não conseguiu a unidade da esquerda para ganhar Lisboa,
Porto e Oeiras. Não seria agora que iria conseguir esse mesmo desiderato para
as presidênciais, quando o PS não teve um entendimento mínimo quanto ao
nome do seu próprio candidato, nem o fez em tempo útil para poder estabelecer
um acordo com os parceiros à sua esquerda... Agora é tarde para voltar atrás.
MEA CULPA: Ontem, ao fazer o meu acto de contrição por ter chamado
desertor a Manuel Alegre, dirigi-me ao João Tunes e não mencionei o Luis Tito,
a quem eram devidas desculpas, pois tambem ele, no Tugir (Post 1.791), se
insurgiu contra o que eu havia escrito. Só hoje, ao completar a minha ronda pelos
blogues que me acompanham, tive conhecimento disso. Mas o Luis Tito deixou-
-me alegre, pois não só já tinha aceite as minhas desculpas, como se mostrou
compreensivo com o meu mea culpa. Tenho bons e leais amigos na blogosfera.
A amizade e a lealdade são dois esteios fortes na vida das pessoas. Bem hajam.
Rio Wisconsin, EUA... O rigôr do Inverno está bem patente no gelo que
cobre o leito do rio, e pende sobre as árvores que completam a paisagem.
O caso mais recente é o de Miguel SousaTavares, que abandona o Público e salta
para o Expresso. Para despedida, MST escreve no Público de hoje, um auto-elogio
pelos catorze anos da sua "magistratura de influência" como comentador. Proclama
que defendeu, e em minoria clara, a Guerra do Golfe... Os dez anos de cavaquismo
deixaram-lhe uma incurável embirração por Cavaco, a quem atribuiu os males de
que os portugueses sofrem, sem esquecer o guterrismo, que tambem nada fez...
Sim, "Guterres começou a 'deixar andar', entregando a governação aos 'cardeais',
'bispos' e 'sacerdotes' do novo socialismo. Quando o "impensável Santana Lopes"
foi nomeado primeiro-ministro, houve quem reclamasse o 'benefício da dúvida',
mas MST não: "Eu cá não: estão aí os arquivos do Público para o provar... "Ainda
ele não tinha tomado posse, e já eu antevia um país transformado em anedota".
"Fui dos primeiros a alertar para o descalabro da justiça; fui dos primeiros a
alertar para a falta de uma política de ordenamento territorial"[...] "Anos e anos
a fio insurgi-me contra a cobardia diplomática face à questão de Timor"[...]Escrevi
até me cansar contra a regionalização socialista", uma causa perdida.[..] Escrevi
a favor da intervenção na Somália, a favor da morte dos touros em Barrancos".
[...] "Este breve balanço é uma despedida. Sem rancores e já com saudades"...
(MST anda a dizer que nada mudou, neste país, mas está convencido de que,
graças aos seus escritos, conseguiu mudar muita coisa em Portugal... Faz a festa
e deita os foguetes. Faz o panegírico laudatório de si mesmo... Ao que chegou MST.
Em face disto, cheguei à conclusão de que o "actual" MST vai ficar muito bem no
retrato ao lado do arquitecto Saraiva, no semanário Expresso... Que leve tambem
o Vasco [PV], esse indígena que trata os portugueses por "bananas" e "patéticos").
Discordo do papel que Jorge Coelho tem desempenhado, por sugestão do
PS ou do candidato presidencial Mário Soares, lançando para o ar o argumento
de que, se a esquerda não votar no candidato do PS, esta será responsável pela
vitória de Cavaco Silva à primeira volta. Jorge Coelho, depois de levar o PS à
derrota nas eleições autárquicas, devia ausentar-se da ribalta política durante
uns bons anos. Não está em condições de falar pelo PS, é a pessoa menos indicada
para lançar bolas ao ar, e muito menos para falar com os partidos da esquerda...
Já nas autárquicas não conseguiu a unidade da esquerda para ganhar Lisboa,
Porto e Oeiras. Não seria agora que iria conseguir esse mesmo desiderato para
as presidênciais, quando o PS não teve um entendimento mínimo quanto ao
nome do seu próprio candidato, nem o fez em tempo útil para poder estabelecer
um acordo com os parceiros à sua esquerda... Agora é tarde para voltar atrás.
MEA CULPA: Ontem, ao fazer o meu acto de contrição por ter chamado
desertor a Manuel Alegre, dirigi-me ao João Tunes e não mencionei o Luis Tito,
a quem eram devidas desculpas, pois tambem ele, no Tugir (Post 1.791), se
insurgiu contra o que eu havia escrito. Só hoje, ao completar a minha ronda pelos
blogues que me acompanham, tive conhecimento disso. Mas o Luis Tito deixou-
-me alegre, pois não só já tinha aceite as minhas desculpas, como se mostrou
compreensivo com o meu mea culpa. Tenho bons e leais amigos na blogosfera.
A amizade e a lealdade são dois esteios fortes na vida das pessoas. Bem hajam.
Rio Wisconsin, EUA... O rigôr do Inverno está bem patente no gelo que
cobre o leito do rio, e pende sobre as árvores que completam a paisagem.
2005/12/15
MEA CULPA...
No meu post de ontem, onde referi o nome de Manuel Alegre, a propósito de
uma visita que este tinha efectuado ao Instituto Superior de Estudos Militares,
escrevi que o candidato "nem sequer tinha cumprido a missão de combatente,
preferindo fugir à guerra", e, por isso, estranhava o desejo de Manuel Alegre vir
a ser comandante-chefe das FA, sendo ele um "desertor"... Ora a verdade é que
Manuel Alegre não desertou da guerra, antes foi preso pela Pide, que o recambiou
para Lisboa, para ser julgado pelos tribunais do fascismo. No entanto, antes que
isso acontecesse, Manuel Alegre conseguiu fugir para fora do país. Esta é a verdade
histórica, segundo conta o João Tunes, em quem eu confio inteiramente, sobretudo
no que respeita a factos da nossa guerra colonial. Faço mea culpa por ter caluniado
Manuel Alegre, ao chamar-lhe desertor... E peço desculpa a quem me lê, por esta
minha falta de rigôr histórico. Ainda bem que há sempre alguem disponível para
denunciar estes atropelos à memória. Eu sabia, sempre tinha ouvido dizer que MA
tinha largado as armas e ido para o estrangeiro, para lutar contra o regime...
Eu estava errado. Peço desculpa a todos. E aceito o raspanete dado pelo João.
Finalmente o incêndio de carburantes em Hemel Hempstead, perto
de Londres, foi dominado. Mais uma vez ficou demonstrada a falta de
preparação e de meios para combater os acidentes ambientais de larga
escala, a que todos os países estão sujeitos nos tempos que correm.
Cena idílica junto de um lago perto da cidade de Poti, Geórgia (Cáucaso).
No meu post de ontem, onde referi o nome de Manuel Alegre, a propósito de
uma visita que este tinha efectuado ao Instituto Superior de Estudos Militares,
escrevi que o candidato "nem sequer tinha cumprido a missão de combatente,
preferindo fugir à guerra", e, por isso, estranhava o desejo de Manuel Alegre vir
a ser comandante-chefe das FA, sendo ele um "desertor"... Ora a verdade é que
Manuel Alegre não desertou da guerra, antes foi preso pela Pide, que o recambiou
para Lisboa, para ser julgado pelos tribunais do fascismo. No entanto, antes que
isso acontecesse, Manuel Alegre conseguiu fugir para fora do país. Esta é a verdade
histórica, segundo conta o João Tunes, em quem eu confio inteiramente, sobretudo
no que respeita a factos da nossa guerra colonial. Faço mea culpa por ter caluniado
Manuel Alegre, ao chamar-lhe desertor... E peço desculpa a quem me lê, por esta
minha falta de rigôr histórico. Ainda bem que há sempre alguem disponível para
denunciar estes atropelos à memória. Eu sabia, sempre tinha ouvido dizer que MA
tinha largado as armas e ido para o estrangeiro, para lutar contra o regime...
Eu estava errado. Peço desculpa a todos. E aceito o raspanete dado pelo João.
Finalmente o incêndio de carburantes em Hemel Hempstead, perto
de Londres, foi dominado. Mais uma vez ficou demonstrada a falta de
preparação e de meios para combater os acidentes ambientais de larga
escala, a que todos os países estão sujeitos nos tempos que correm.
Cena idílica junto de um lago perto da cidade de Poti, Geórgia (Cáucaso).
2005/12/14
A visita de Manuel Alegre ao Instituto Superior de Estudos Militares (ISEM),
incluida na sua agenda temática, pode render-lhe alguns votos, mas não ajuda o
Governo. Se for eleito, disse MA, "como comandante supremo das Forças Armadas
procurarei dar um contributo para que os problemas na origem dessas tensões
sejam ultrapassados". Os problemas que MA refere sabemos quais são; são iguais
aos da Função Pública, dos magistrados, e dos polícias, que não querem perder os
seus previlégios. Até parece que MA está contra as medidas tomadas pelo Governo
de José Sócrates. Teria sido mais avisado se MA tivesse comparecido no funeral do
agente Sérgio Martins, prestando homenagem a todos os que lutam pela segurança
dos portugueses e chamando a atenção do Governo para a carência de meios com
que a PSP combate o crime organizado... De resto, o comandante chefe das FA não
deve apoiar os militares e deixar de fora os agentes das polícias. MA nem devia
mencionar o cargo de "comandante-chefe", quando nem sequer cumpriu a missão
de combatente; preferiu fugir à guerra, enquanto os seus camaradas obedeciam à
cadeia de comando, combatendo em África, e no regresso pegaram em armas para
derrubar o fascismo... Ser comandante-chefe, estranho desejo para um desertor.
Hong Kong... Observando figuras da "fome" colocadas frente ao local
onde está a decorrer a conferência da Organização Mundial do Comércio.
A ala "popular" e demagócia do CDS-PP, liderada por Paulo Portas, que remeteu
o retrato do fundador do Centro Democrático e Social para a séde do PS, quando
se soube que Freitas do Amaral ia ser MNE do Governo socialista, deve estar muito
triste com o que ontem se passou no Parlamento. Certamente esperavam que o
MNE fizesse acusações graves e irresponsáveis aos EUA, a respeito dos "aviões da
CIA", mas assim não aconteceu. Freitas do Amaral disse o que sabia, afirmou que
as investigações estão em curso, manteve uma atitude de homem de Estado, não
foi radical. Os "populares" gostavam é que Freitas do Amaral proferisse vitupérios
contra a CIA, os EUA, a Nato... Uma coisa é o comício de rua, outra é a função de
MNE. Para gáudio dos "populares" resta o protesto radicalizante de Ana Gomes,
que exige esclarecimentos, por não ter "confiança no indivíduo que na altura era
ministro da Defesa [Paulo Portas] e na utilização que deu à Base das Lages"...
Mas com isto, os "populares" podem sair chamuscados, não apenas por facilitarem
a passagem dos "aviões da CIA", como ainda pela compra dos "torpedos" para
submarinos que, na ausência destes, vão manter-se em stock, até futura guerra.
Em Hong Kong, os protestos contra a conferência da OMC estão por
todo o lado. Aqui vemos os "bonecos" de Blair, Bush, Chirac e Koizumi.
incluida na sua agenda temática, pode render-lhe alguns votos, mas não ajuda o
Governo. Se for eleito, disse MA, "como comandante supremo das Forças Armadas
procurarei dar um contributo para que os problemas na origem dessas tensões
sejam ultrapassados". Os problemas que MA refere sabemos quais são; são iguais
aos da Função Pública, dos magistrados, e dos polícias, que não querem perder os
seus previlégios. Até parece que MA está contra as medidas tomadas pelo Governo
de José Sócrates. Teria sido mais avisado se MA tivesse comparecido no funeral do
agente Sérgio Martins, prestando homenagem a todos os que lutam pela segurança
dos portugueses e chamando a atenção do Governo para a carência de meios com
que a PSP combate o crime organizado... De resto, o comandante chefe das FA não
deve apoiar os militares e deixar de fora os agentes das polícias. MA nem devia
mencionar o cargo de "comandante-chefe", quando nem sequer cumpriu a missão
de combatente; preferiu fugir à guerra, enquanto os seus camaradas obedeciam à
cadeia de comando, combatendo em África, e no regresso pegaram em armas para
derrubar o fascismo... Ser comandante-chefe, estranho desejo para um desertor.
Hong Kong... Observando figuras da "fome" colocadas frente ao local
onde está a decorrer a conferência da Organização Mundial do Comércio.
A ala "popular" e demagócia do CDS-PP, liderada por Paulo Portas, que remeteu
o retrato do fundador do Centro Democrático e Social para a séde do PS, quando
se soube que Freitas do Amaral ia ser MNE do Governo socialista, deve estar muito
triste com o que ontem se passou no Parlamento. Certamente esperavam que o
MNE fizesse acusações graves e irresponsáveis aos EUA, a respeito dos "aviões da
CIA", mas assim não aconteceu. Freitas do Amaral disse o que sabia, afirmou que
as investigações estão em curso, manteve uma atitude de homem de Estado, não
foi radical. Os "populares" gostavam é que Freitas do Amaral proferisse vitupérios
contra a CIA, os EUA, a Nato... Uma coisa é o comício de rua, outra é a função de
MNE. Para gáudio dos "populares" resta o protesto radicalizante de Ana Gomes,
que exige esclarecimentos, por não ter "confiança no indivíduo que na altura era
ministro da Defesa [Paulo Portas] e na utilização que deu à Base das Lages"...
Mas com isto, os "populares" podem sair chamuscados, não apenas por facilitarem
a passagem dos "aviões da CIA", como ainda pela compra dos "torpedos" para
submarinos que, na ausência destes, vão manter-se em stock, até futura guerra.
Em Hong Kong, os protestos contra a conferência da OMC estão por
todo o lado. Aqui vemos os "bonecos" de Blair, Bush, Chirac e Koizumi.
2005/12/13
Mário Soares foi insultado no domingo, na terra dos bispos. No dia seguinte,
e depois de ter desvalorizado o incidente, vem dizer que vai processar o agressor,
um antigo Combatente que, segundo dizem, tem uma saúde mental muito débil.
Falta saber as razões que levaram a esta cambalhota, se por interesses eleitorais,
ou por mera vingança. "Foi um acto tresloucado, ele leu mal o jornal [O Crime] que
era algo instigatório e fez-me algumas acusações graves. Tenho possivelmente que
o accionar em Tribunal, porque prezo a minha honorabilidade e estas coisas devem
ficar claras" -- disse o candidato em campanha. De um bom pai [fundador], do PS
ou da Nação, era de esperar o perdão, a compaixão pelos "doentes mentais". Mas
Mário Soares quere ser vítima, quer ser imolado, para ver se ganha mais votos...
Fraco guerreiro, que entrou na liça, mas não esperava ser ferido. Ora é sabido que,
"quem vai à guerra, dá e leva". A "competição" não é lugar para "velhinhos", que
apenas andam à procura de beijos e abraços... A saúde mental dos portugueses é
precária. Devido aos traumas causados pela guerra colonial, e pela miséria de vida.
Com a devida vénia ao Politicopata oeirense.
Foi dito e redito que no PS não havia bons candidatos à PR. Vejamos:
"Nos tempos que correm, de ultraliberalismo à solta, que devasta, como um
tornado, a paisagem natural e humana, a acção política é frequentemente
antiética porque se submete às ditaduras dominantes: a económica, que, através
dos lobbies, condiciona os governos; a tecnocrática, que, através da teia de buro-
cracia e do corporativismo, emperra a administração; a mediática, ligada aos
grandes grupos económicos, que explora a credulidade popular e vaidade de
certos governantes, determinando as suas decisões, criando factos políticos e
fazendo até, ela própria, eleger os titulares dos orgãos de soberania".
(Este, é o pensamento lúcido e transparente de António Arnaut, ex-ministro dos
Assuntos Sociais do II Governo Constitucional, pai do Serviço Nacional de Saúde,
fundador do Partido Socialista. Não seria um bom candidato para o PS?...)
Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, presidindo à reunião da
ASEAN, tendo a seu lado o primeiro-ministro tailandês Abdulah Badawi.
No fim-de-semana, nos antípodas do mundo, decorreu a reunião da ASEAN.
Hoje, em Hong Kong, iniciou-se a ronda de negociações da OMC. Na primeira,
realizada na capital da Malásia, Kuala Lumpur, os dez países da Association for
Southeast Asia Nations (Burnei, Camboja, Indonésia, Malásia, Myanmar, Filipinas,
Laos, Singapura, Tailândia e Vietname) discutiu-se interesses vitais para aquela
região. Por proposta do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, foi acordada a
inclusão da China, Japão e Coreia do Sul, passando a designar-se ASEAN 10+3.
A Nova Zelândia e a Austrália, ficaram de fora. A Austrália perde terreno na sua
área geográfica, por duas razões: define-se como nação asiática, mas continua a
fazer a política dos EUA e da Inglaterra. Tem um problema de "identidade". Este
problema está patente na onda de racismo que há tres dias varre os subúrbios
de Sidney. A Austrália é olhada na Ásia como o "cão de guarda de George Bush".
Quanto à reunião de Hong Kong, onde se discutem problemas que interessam a
todo o mundo e respeitam à redução das tarifas aduaneiras, expansão das trocas
comerciais, liberalização do comércio, fim do subsídios agrícolas, muita discussão
vai haver, sem que se chegue a um entendimento, tal é o impacto das medidas
propostas... Os países pobres vão continuar a bater à porta dos ricos, e estes
vão continuar a subsidiar os seus agricultores. Em Portugal temos agricultura?...
Os australianos não querem acreditar no que está a acontecer no seu país.
Nunca haviam assistido a cenas de violência racista como aconteceu no
no domingo na praia de Cornulla e ontem em no centro de Sidney... Hoje
os desacatos chegaram a Perth e Adelaide, convocados por E-mail e MSM.
O rastilho de Paris pode está a alastrar no país dos cangurus....
e depois de ter desvalorizado o incidente, vem dizer que vai processar o agressor,
um antigo Combatente que, segundo dizem, tem uma saúde mental muito débil.
Falta saber as razões que levaram a esta cambalhota, se por interesses eleitorais,
ou por mera vingança. "Foi um acto tresloucado, ele leu mal o jornal [O Crime] que
era algo instigatório e fez-me algumas acusações graves. Tenho possivelmente que
o accionar em Tribunal, porque prezo a minha honorabilidade e estas coisas devem
ficar claras" -- disse o candidato em campanha. De um bom pai [fundador], do PS
ou da Nação, era de esperar o perdão, a compaixão pelos "doentes mentais". Mas
Mário Soares quere ser vítima, quer ser imolado, para ver se ganha mais votos...
Fraco guerreiro, que entrou na liça, mas não esperava ser ferido. Ora é sabido que,
"quem vai à guerra, dá e leva". A "competição" não é lugar para "velhinhos", que
apenas andam à procura de beijos e abraços... A saúde mental dos portugueses é
precária. Devido aos traumas causados pela guerra colonial, e pela miséria de vida.
Com a devida vénia ao Politicopata oeirense.
Foi dito e redito que no PS não havia bons candidatos à PR. Vejamos:
"Nos tempos que correm, de ultraliberalismo à solta, que devasta, como um
tornado, a paisagem natural e humana, a acção política é frequentemente
antiética porque se submete às ditaduras dominantes: a económica, que, através
dos lobbies, condiciona os governos; a tecnocrática, que, através da teia de buro-
cracia e do corporativismo, emperra a administração; a mediática, ligada aos
grandes grupos económicos, que explora a credulidade popular e vaidade de
certos governantes, determinando as suas decisões, criando factos políticos e
fazendo até, ela própria, eleger os titulares dos orgãos de soberania".
(Este, é o pensamento lúcido e transparente de António Arnaut, ex-ministro dos
Assuntos Sociais do II Governo Constitucional, pai do Serviço Nacional de Saúde,
fundador do Partido Socialista. Não seria um bom candidato para o PS?...)
Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, presidindo à reunião da
ASEAN, tendo a seu lado o primeiro-ministro tailandês Abdulah Badawi.
No fim-de-semana, nos antípodas do mundo, decorreu a reunião da ASEAN.
Hoje, em Hong Kong, iniciou-se a ronda de negociações da OMC. Na primeira,
realizada na capital da Malásia, Kuala Lumpur, os dez países da Association for
Southeast Asia Nations (Burnei, Camboja, Indonésia, Malásia, Myanmar, Filipinas,
Laos, Singapura, Tailândia e Vietname) discutiu-se interesses vitais para aquela
região. Por proposta do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, foi acordada a
inclusão da China, Japão e Coreia do Sul, passando a designar-se ASEAN 10+3.
A Nova Zelândia e a Austrália, ficaram de fora. A Austrália perde terreno na sua
área geográfica, por duas razões: define-se como nação asiática, mas continua a
fazer a política dos EUA e da Inglaterra. Tem um problema de "identidade". Este
problema está patente na onda de racismo que há tres dias varre os subúrbios
de Sidney. A Austrália é olhada na Ásia como o "cão de guarda de George Bush".
Quanto à reunião de Hong Kong, onde se discutem problemas que interessam a
todo o mundo e respeitam à redução das tarifas aduaneiras, expansão das trocas
comerciais, liberalização do comércio, fim do subsídios agrícolas, muita discussão
vai haver, sem que se chegue a um entendimento, tal é o impacto das medidas
propostas... Os países pobres vão continuar a bater à porta dos ricos, e estes
vão continuar a subsidiar os seus agricultores. Em Portugal temos agricultura?...
Os australianos não querem acreditar no que está a acontecer no seu país.
Nunca haviam assistido a cenas de violência racista como aconteceu no
no domingo na praia de Cornulla e ontem em no centro de Sidney... Hoje
os desacatos chegaram a Perth e Adelaide, convocados por E-mail e MSM.
O rastilho de Paris pode está a alastrar no país dos cangurus....
2005/12/12
Um dia de amena cavaqueira, na companhia de amigos, com o mar em soberbo
azul, o sol em abrangente zenital, mais para o quente do que para o frio, assim foi
passado este dia maravilhoso. Apesar dos contratempos de alguns, tudo correu pelo
melhor. O Bernardo Quintela chegou tarde, o David mais tardou, e trazia notícias
terríveis: "o João Tunes desanca no Abrangente por causa dos emigrantes", disse
ele com ar surpreso. "Agora não é tempo para campanha eleitoral", respondi-lhe.
Só o Manuel Gomes é que continuava na sua calma serena, à espera de ouvir o sinal
de partida. "Vamos dar uma volta, até chegar a hora para o almoço chinoca". E lá
fomos nós, para a Marginal, sem rumo nem pressas, deixando para trás o Alto da
Barra, o Ciberlant e o Gomes Freire de Andrade... Cascais, Cidadela, Guia, Quinta
da Marinha, Guincho... Uma paisagem soberba, neste fim de Outono, com a serra
salpicada de moradias, e a praia vazia de gentes... vimos apenas umas dezenas de
surfistas dentro de água, como bando de gaivotas, à espera que chegasse uma onda
capaz de os conduzir na prancha. Nada mais ali estava do que o mar, o silêncio e
nós... Rumamos para a Malveira, Alcabideche, Estoril, A5, S. Domingos de Rana,
Quinta do Barão, Palmeiras... Restaurante chinês, recomendado pelo Manuel. Foi
a primeira vez. Gostei, mas não muito. Não aprecio molhos, fritos, gorduras...
Valeu a sopa de andorinha, como entrada, e o gelado frio au flambeau, a finalizar.
Gostei muito do pessoal, gente simpática, sorridente, ágil, atenciosa, profissional.
Eu que sou um adepto da cultura, tradição e modernidade da China, fiquei feliz.
"Apoio [Cavaco Silva] por razões de convicção e de intervenção cívica.
Entendo que, no momento que Portugal está a atravessar, é o que tem o melhor
perfil dos candidatos em presença e ter um papel positivo para o país. Devo dizer
que é uma opção de racionalidade pura, pois do ponto de vista dos meus senti-
mentos tenho muita dificuldade em não apoiar [Mário] Soares ou até [Manuel]
Alegre, os quais muito estimo. O meu racicínio é muito frio e deriva de perceber
que o país atravessa uma situação dificil e podia ser muito positivo contar com um
Presidente bem consciente dos seus problemas e com uma grande aderência à
realidade, que percebesse as implicações da globalização e com capacidade para
influir, mais até sobre a sociedade do que sobre os outros orgãos de soberania.
Um Presidente que pudesse ajudar a criar um ambiente receptivo às mudanças
que vamos ter de enfrentar". (Subscrevo a totalidade destas palavras, que são
parte da entrevista concedida por Proença de Carvalho ao Público/RR. Dizem
aquilo que eu sinto e não consegui dizer até agora. Para desgosto de alguns, mas
em democracia, cada um tem o direito de fazer opções. Esta é a minha opção.
Sei o que quero, sei para onde vou, e não peço a ninguem para escolher por mim).
Na Baviera a tradição manda que, semanas antes do Natal, se vista a pele
do Diabo e se corra com os maus espíritos para bem longe... Estivessemos nós
cientes da cura, e não deixariamos tambem de exorcisar os males deste país...
azul, o sol em abrangente zenital, mais para o quente do que para o frio, assim foi
passado este dia maravilhoso. Apesar dos contratempos de alguns, tudo correu pelo
melhor. O Bernardo Quintela chegou tarde, o David mais tardou, e trazia notícias
terríveis: "o João Tunes desanca no Abrangente por causa dos emigrantes", disse
ele com ar surpreso. "Agora não é tempo para campanha eleitoral", respondi-lhe.
Só o Manuel Gomes é que continuava na sua calma serena, à espera de ouvir o sinal
de partida. "Vamos dar uma volta, até chegar a hora para o almoço chinoca". E lá
fomos nós, para a Marginal, sem rumo nem pressas, deixando para trás o Alto da
Barra, o Ciberlant e o Gomes Freire de Andrade... Cascais, Cidadela, Guia, Quinta
da Marinha, Guincho... Uma paisagem soberba, neste fim de Outono, com a serra
salpicada de moradias, e a praia vazia de gentes... vimos apenas umas dezenas de
surfistas dentro de água, como bando de gaivotas, à espera que chegasse uma onda
capaz de os conduzir na prancha. Nada mais ali estava do que o mar, o silêncio e
nós... Rumamos para a Malveira, Alcabideche, Estoril, A5, S. Domingos de Rana,
Quinta do Barão, Palmeiras... Restaurante chinês, recomendado pelo Manuel. Foi
a primeira vez. Gostei, mas não muito. Não aprecio molhos, fritos, gorduras...
Valeu a sopa de andorinha, como entrada, e o gelado frio au flambeau, a finalizar.
Gostei muito do pessoal, gente simpática, sorridente, ágil, atenciosa, profissional.
Eu que sou um adepto da cultura, tradição e modernidade da China, fiquei feliz.
"Apoio [Cavaco Silva] por razões de convicção e de intervenção cívica.
Entendo que, no momento que Portugal está a atravessar, é o que tem o melhor
perfil dos candidatos em presença e ter um papel positivo para o país. Devo dizer
que é uma opção de racionalidade pura, pois do ponto de vista dos meus senti-
mentos tenho muita dificuldade em não apoiar [Mário] Soares ou até [Manuel]
Alegre, os quais muito estimo. O meu racicínio é muito frio e deriva de perceber
que o país atravessa uma situação dificil e podia ser muito positivo contar com um
Presidente bem consciente dos seus problemas e com uma grande aderência à
realidade, que percebesse as implicações da globalização e com capacidade para
influir, mais até sobre a sociedade do que sobre os outros orgãos de soberania.
Um Presidente que pudesse ajudar a criar um ambiente receptivo às mudanças
que vamos ter de enfrentar". (Subscrevo a totalidade destas palavras, que são
parte da entrevista concedida por Proença de Carvalho ao Público/RR. Dizem
aquilo que eu sinto e não consegui dizer até agora. Para desgosto de alguns, mas
em democracia, cada um tem o direito de fazer opções. Esta é a minha opção.
Sei o que quero, sei para onde vou, e não peço a ninguem para escolher por mim).
Na Baviera a tradição manda que, semanas antes do Natal, se vista a pele
do Diabo e se corra com os maus espíritos para bem longe... Estivessemos nós
cientes da cura, e não deixariamos tambem de exorcisar os males deste país...
2005/12/11
CONVERSAS DE CAFÉ...
Nesta manhã de domingo, estava eu a ler o Público no Windsurf, um café no
Alto da Barra e, a dada altura, chega um grupo de pessoas que se senta nas mesas
a meu lado e começa a falar das presidenciais. "Cavaco é a pessoa indicada para o
lugar, para dar um pouco de seriedade ao país" -- dizia um, com sotaque estranho.
"Não há dúvida, ele é a pessoa capaz de pôr um pouco de decôro em tudo isto" --
adiantava outro. "Eu tambem acho que sim, que ele vai ganhar", -- dizia uma das
mulheres, acrescentando: "O Marocas está antiquado, já fez o que tinha a fazer...
O que é que ele quere agora?... Estava habituado a fazer o que queria, e ainda julga
que as pessoas continuam a aceitar isso. Os tempos são outros, o mundo mudou".
Pelo que disseram, percebi que eram emigrantes portugueses em férias, vindos da
Dinamarca, onde trabalham na indústria hoteleira. Afinal, há muita gente a pensar
que Super-Mário está fora de prazo, e que o candidato ideal para ajudar o país a
sair desta crise económica, empestada por "araras e papagaios", é Cavaco Silva...
Afinal as entrevistas às 100 maiores personagens.... produzidas para a RTP,
foram bem pagas!... (Imagem recolhida daqui, com a devida vénia, via Blogger).
Tivemos a visita de Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, que é uma das
maiores potências emergentes, e com quem Portugal tem contactos há mais de
400 anos. Pois o Público, na edição de hoje, dedica a este evento, pouco mais de
meia coluna... Não encontro explicação para este assunto, a menos que tenha a ver
com o facto de José Manuel Fernandes, ex-maoista, não gostar de lembrar a sua
juventude, quando adorava Mao Tze Tung ... A China de hoje é outra. Ele sabe.
Importa dizer que, a China "elevou Portugal ao nível de parceiro estratégico, um
estatuto preferencial para a diplomacia e comércio, que é um sinal de crescente
importância deste país para Pequim", referem os observadores. Na Europa apenas
cinco países têm este estatuto, e são eles a Inglaterra, a Alemanha, a França e a
Espanha. Os acordos bilaterais firmados, abrangem as áreas da saúde, da justiça,
do investimento estrangeiro, tecnologia, educação e cultura. Portugal beneficia de
Macau para entrar na China; a China beneficia de Portugal para entrar nos países
da CPLP. A filial da PT em Macau tem planos para entrar no imenso espaço das
comunicações na China; a Corticeira Amorim procura neste momento um parceiro
para abrir uma fábrica naquele país. Tambem a SONAE, líder mundial de paneis
de madeira, tem projectos para instalar fábricas na China.
Não percebo por que razão os jornais não dão espaço e desenvolvimento a estas
notícias, que interessam e puxam pelo optimismo dos portugueses. Por outro lado,
são capazes de dedicar cinco a dez paginas ao futebol, e outros temas estéreis...
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, foi recebido por José Sócrates
no Palácio Nacional de Queluz, local reservado aos mais ilustres ou influentes
visitantes que chegam a Portugal em missão de elevado interesse para o país.
Nesta manhã de domingo, estava eu a ler o Público no Windsurf, um café no
Alto da Barra e, a dada altura, chega um grupo de pessoas que se senta nas mesas
a meu lado e começa a falar das presidenciais. "Cavaco é a pessoa indicada para o
lugar, para dar um pouco de seriedade ao país" -- dizia um, com sotaque estranho.
"Não há dúvida, ele é a pessoa capaz de pôr um pouco de decôro em tudo isto" --
adiantava outro. "Eu tambem acho que sim, que ele vai ganhar", -- dizia uma das
mulheres, acrescentando: "O Marocas está antiquado, já fez o que tinha a fazer...
O que é que ele quere agora?... Estava habituado a fazer o que queria, e ainda julga
que as pessoas continuam a aceitar isso. Os tempos são outros, o mundo mudou".
Pelo que disseram, percebi que eram emigrantes portugueses em férias, vindos da
Dinamarca, onde trabalham na indústria hoteleira. Afinal, há muita gente a pensar
que Super-Mário está fora de prazo, e que o candidato ideal para ajudar o país a
sair desta crise económica, empestada por "araras e papagaios", é Cavaco Silva...
Afinal as entrevistas às 100 maiores personagens.... produzidas para a RTP,
foram bem pagas!... (Imagem recolhida daqui, com a devida vénia, via Blogger).
Tivemos a visita de Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, que é uma das
maiores potências emergentes, e com quem Portugal tem contactos há mais de
400 anos. Pois o Público, na edição de hoje, dedica a este evento, pouco mais de
meia coluna... Não encontro explicação para este assunto, a menos que tenha a ver
com o facto de José Manuel Fernandes, ex-maoista, não gostar de lembrar a sua
juventude, quando adorava Mao Tze Tung ... A China de hoje é outra. Ele sabe.
Importa dizer que, a China "elevou Portugal ao nível de parceiro estratégico, um
estatuto preferencial para a diplomacia e comércio, que é um sinal de crescente
importância deste país para Pequim", referem os observadores. Na Europa apenas
cinco países têm este estatuto, e são eles a Inglaterra, a Alemanha, a França e a
Espanha. Os acordos bilaterais firmados, abrangem as áreas da saúde, da justiça,
do investimento estrangeiro, tecnologia, educação e cultura. Portugal beneficia de
Macau para entrar na China; a China beneficia de Portugal para entrar nos países
da CPLP. A filial da PT em Macau tem planos para entrar no imenso espaço das
comunicações na China; a Corticeira Amorim procura neste momento um parceiro
para abrir uma fábrica naquele país. Tambem a SONAE, líder mundial de paneis
de madeira, tem projectos para instalar fábricas na China.
Não percebo por que razão os jornais não dão espaço e desenvolvimento a estas
notícias, que interessam e puxam pelo optimismo dos portugueses. Por outro lado,
são capazes de dedicar cinco a dez paginas ao futebol, e outros temas estéreis...
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, foi recebido por José Sócrates
no Palácio Nacional de Queluz, local reservado aos mais ilustres ou influentes
visitantes que chegam a Portugal em missão de elevado interesse para o país.
2005/12/09
As crónicas que o Vasco [PV] manda para o Público, continuam a mostrar que
existe uma distância abissal entre a realidade - o mundo de hoje - e o pensamento
da maior parte dos nossos opinion makers, que continuam a defender o que já não
é, o que já foi, aquilo que é do passado... Não conseguem percepcionar o que está
acontecendo á sua volta. Soares, recomenda a leitura dos Lusíadas; o Vasco, indica
o Capuchinho Vermelho como prova de literacia... Acusa todos aqueles que usam
"fórmulas sobre fórmulas, que há muito tempo perderam qualquer espécie de valor
ou significado evocativo". O Vasco afirma que a "iliteracia indígena" vai progredir,
graças à ausência de exames do 12º ano. Prevê que, a breve prazo, o povo falante
passe apenas a grunhir. Detesta os e-mails, as mensagens SMS por contribuirem
para a proliferação dos "primatas inferiores". Os telemóveis apenas servem para
aumentar o número de "crianças mentecaptas". Ao acabar com os exames do 12º
ano, "o ministério julga favorecer a ciência e a técnica, [mas] transforma Portugal
num país de alarves" -- este é o pensamento conventual do Vasco. "O deputado
(e poeta) Manuel Alegre promete um 'Laboratório (?) da Língua Portuguesa' e o
dr. Cavaco puxa pela sua qualidade de "incentivador da Língua Portuguesa".
O Vasco diz que "por falta da compreensão sintática, não tarda muito ninguem
saberá ler nem compreender português". O Vasco é um lírico, um purista...
Tal como aconteceu no início do século passado nos EUA, a China está
a sofrer com o aumento desenfreado do número de carros em circulação
nas cidades... A imagem mostra o trânsito caótico em Lanzhou, capital da
província de Gansu, onde há apenas 20 anos só havia bicicletas nas ruas...
Todos falam na promoção da "língua nacional", essa riqueza que é só nossa...
Esquecem-se de que o mundo está a mudar, e uma língua tambem vai mudando,
acompanhando a dinâmica da vida. Esquecem-se de que as novas tecnologias e
a globalização vieram contribuir para que o inglês se torne a língua universal.
Pela simplicidade da sua gramática e por ser o idioma que a tecnologia adoptou.
Hoje, quem souber falar inglês não é "estrangeiro" em qualquer parte do mundo.
Já isso não acontece com o francês, o alemão, o italiano, o português... e menos
ainda com o chinês, o russo ou o japonês... Acho que a "pureza" da língua lusa
deve ser defendida pela Academia competente, nunca pelos "turistas" ligados à
CPLP e muito menos pelos economistas. Quem deu projecção internacional à
língua portuguesa foi o Brasil, quem continua a dar-lhe relevo nos encontros
internacionais, é o Brasil. Porque o Brasil tem escala para tal e porque o Brasil,
que é um país com imigrantes de todo mundo, soube simplicar e dinamizar a fala
do português... Quanto ao resto, preocupemo-nos mais em "inventar" soluções
para o país sair da crise económica e social, e deixemos a língua ao cuidado dos
prosadores e dos poetas -- que não podem ignorar a "mudança" dos tempos.
A velha Acrópole e a nova Atenas, que se estende para lá das cercanias
do centro histórico da capital grega, numa tarde deste fim de Outono...
existe uma distância abissal entre a realidade - o mundo de hoje - e o pensamento
da maior parte dos nossos opinion makers, que continuam a defender o que já não
é, o que já foi, aquilo que é do passado... Não conseguem percepcionar o que está
acontecendo á sua volta. Soares, recomenda a leitura dos Lusíadas; o Vasco, indica
o Capuchinho Vermelho como prova de literacia... Acusa todos aqueles que usam
"fórmulas sobre fórmulas, que há muito tempo perderam qualquer espécie de valor
ou significado evocativo". O Vasco afirma que a "iliteracia indígena" vai progredir,
graças à ausência de exames do 12º ano. Prevê que, a breve prazo, o povo falante
passe apenas a grunhir. Detesta os e-mails, as mensagens SMS por contribuirem
para a proliferação dos "primatas inferiores". Os telemóveis apenas servem para
aumentar o número de "crianças mentecaptas". Ao acabar com os exames do 12º
ano, "o ministério julga favorecer a ciência e a técnica, [mas] transforma Portugal
num país de alarves" -- este é o pensamento conventual do Vasco. "O deputado
(e poeta) Manuel Alegre promete um 'Laboratório (?) da Língua Portuguesa' e o
dr. Cavaco puxa pela sua qualidade de "incentivador da Língua Portuguesa".
O Vasco diz que "por falta da compreensão sintática, não tarda muito ninguem
saberá ler nem compreender português". O Vasco é um lírico, um purista...
Tal como aconteceu no início do século passado nos EUA, a China está
a sofrer com o aumento desenfreado do número de carros em circulação
nas cidades... A imagem mostra o trânsito caótico em Lanzhou, capital da
província de Gansu, onde há apenas 20 anos só havia bicicletas nas ruas...
Todos falam na promoção da "língua nacional", essa riqueza que é só nossa...
Esquecem-se de que o mundo está a mudar, e uma língua tambem vai mudando,
acompanhando a dinâmica da vida. Esquecem-se de que as novas tecnologias e
a globalização vieram contribuir para que o inglês se torne a língua universal.
Pela simplicidade da sua gramática e por ser o idioma que a tecnologia adoptou.
Hoje, quem souber falar inglês não é "estrangeiro" em qualquer parte do mundo.
Já isso não acontece com o francês, o alemão, o italiano, o português... e menos
ainda com o chinês, o russo ou o japonês... Acho que a "pureza" da língua lusa
deve ser defendida pela Academia competente, nunca pelos "turistas" ligados à
CPLP e muito menos pelos economistas. Quem deu projecção internacional à
língua portuguesa foi o Brasil, quem continua a dar-lhe relevo nos encontros
internacionais, é o Brasil. Porque o Brasil tem escala para tal e porque o Brasil,
que é um país com imigrantes de todo mundo, soube simplicar e dinamizar a fala
do português... Quanto ao resto, preocupemo-nos mais em "inventar" soluções
para o país sair da crise económica e social, e deixemos a língua ao cuidado dos
prosadores e dos poetas -- que não podem ignorar a "mudança" dos tempos.
A velha Acrópole e a nova Atenas, que se estende para lá das cercanias
do centro histórico da capital grega, numa tarde deste fim de Outono...
2005/12/08
VEMOS, OUVIMOS E LEMOS...
"Soares, que tem tido uma posição de irritação e conflito com os jornalistas
e entrevistadores, em praticamente todas as suas aparições, foi aliás o autor das
insinuações mais graves [desta] campanha: a de que as eleições podiam não ser
'limpas'.[...] Ao admitir esta hipótese, percebe-se muito bem o que estava a sugerir,
mas é dificil compreender o que estava a dizer. Valia a pena esclarecer, quanto
antes, se Mário Soares entende que as eleições a que vai concorrer têm condições
de fidedignidade e legitimidade". (José Pacheco Pereira, in Temas Presidenciais).
Os que sofrem e nada têm por causa das tragédias naturais...
Patikka, arredores de Muzafarrabad, Paquistão, onde a fome tem sido
saciada pela ajuda internacional, mas onde o desconforto é total... Vivem
em tendas do exército, junto aos Himalaias, com neve, gelo e frio glaciar.
CAVACO SILVA: "Não se pode juntar a periferia geográfica à periferia do
desenvolvimento. Foi com este argumento que, na Grécia, em 1988, levei o
Conselho Europeu a aceitar a designação de ultraperiferia para as regiões
autónomas portuguesas, com o que se conseguiu um apoio significativo para
o seu desenvolvimento". (Em visita de campanha aos Açores).
MÁRIO SOARES: "Há direitos adquiridos, temos que reconhecer isso, mas
tambem há uma situação que é muito difícil para todos e que impõe restrições
a todos, pelo que a solução tem de ser negociada".(De visita à Ordem Advogados).
MANUEL ALEGRE: "Independentemente do sono mais ou menos pesado,
estarei sempre alerta e pronto para acordar e despertar se houver qualquer
deriva [presidencial]. Esperemos que a esquerda se una à segunda volta".
(Durante a visita aos estaleiros da Setenave, em Setubal).
JERÓNIMO SOUSA: "Se eram tão competentes, como deixaram chegar
o país ao estado em que chegou? Agora outros candidatos querem colocar
o conta-quilómetros a zero, promovendo um esquecimento colectivo...
Quando se procura apontar causas e causadores da crise a culpa morre
sempre solteira". (Durante a visita de campanha aos Açores).
FRANCISCO LOUÇÃ: "É preciso uma Europa que combata as guerras, com
predomínio do direito internacional, que evita esta espiral de terror e de
ocupações e de ilegalidades, de que a Casa Branca é hoje um dos principais
responsáveis". (De visita à ES de Artes e Design, em Caldas Rainha).
A insegurança, a violência, os atentados suicidas, o horror e a morte
são os imponderáveis do dia-a-dia do povo iraquiano... A uma semana das
eleições gerais, mais um acto suicida perpetrado dentro de um autocarro,
matando 30 civis e ferindo outros 25... Foi hoje, em Bagdade, no Iraque.
Mas o comandante-chefe das tropas de ocupação, George Bush, continua
a elogiar "os extraordinários progressos" conseguidos na Mesopotâmia...
Catedral do Sangue Derramado iluminada nesta quadra de Natal. Esta
igreja foi construida em S. Petersburgo, no local onde o czar Alexandre II
foi assassinado em 1881... O povo nunca perdoa a ignomínia de um crime.
"Soares, que tem tido uma posição de irritação e conflito com os jornalistas
e entrevistadores, em praticamente todas as suas aparições, foi aliás o autor das
insinuações mais graves [desta] campanha: a de que as eleições podiam não ser
'limpas'.[...] Ao admitir esta hipótese, percebe-se muito bem o que estava a sugerir,
mas é dificil compreender o que estava a dizer. Valia a pena esclarecer, quanto
antes, se Mário Soares entende que as eleições a que vai concorrer têm condições
de fidedignidade e legitimidade". (José Pacheco Pereira, in Temas Presidenciais).
Os que sofrem e nada têm por causa das tragédias naturais...
Patikka, arredores de Muzafarrabad, Paquistão, onde a fome tem sido
saciada pela ajuda internacional, mas onde o desconforto é total... Vivem
em tendas do exército, junto aos Himalaias, com neve, gelo e frio glaciar.
CAVACO SILVA: "Não se pode juntar a periferia geográfica à periferia do
desenvolvimento. Foi com este argumento que, na Grécia, em 1988, levei o
Conselho Europeu a aceitar a designação de ultraperiferia para as regiões
autónomas portuguesas, com o que se conseguiu um apoio significativo para
o seu desenvolvimento". (Em visita de campanha aos Açores).
MÁRIO SOARES: "Há direitos adquiridos, temos que reconhecer isso, mas
tambem há uma situação que é muito difícil para todos e que impõe restrições
a todos, pelo que a solução tem de ser negociada".(De visita à Ordem Advogados).
MANUEL ALEGRE: "Independentemente do sono mais ou menos pesado,
estarei sempre alerta e pronto para acordar e despertar se houver qualquer
deriva [presidencial]. Esperemos que a esquerda se una à segunda volta".
(Durante a visita aos estaleiros da Setenave, em Setubal).
JERÓNIMO SOUSA: "Se eram tão competentes, como deixaram chegar
o país ao estado em que chegou? Agora outros candidatos querem colocar
o conta-quilómetros a zero, promovendo um esquecimento colectivo...
Quando se procura apontar causas e causadores da crise a culpa morre
sempre solteira". (Durante a visita de campanha aos Açores).
FRANCISCO LOUÇÃ: "É preciso uma Europa que combata as guerras, com
predomínio do direito internacional, que evita esta espiral de terror e de
ocupações e de ilegalidades, de que a Casa Branca é hoje um dos principais
responsáveis". (De visita à ES de Artes e Design, em Caldas Rainha).
A insegurança, a violência, os atentados suicidas, o horror e a morte
são os imponderáveis do dia-a-dia do povo iraquiano... A uma semana das
eleições gerais, mais um acto suicida perpetrado dentro de um autocarro,
matando 30 civis e ferindo outros 25... Foi hoje, em Bagdade, no Iraque.
Mas o comandante-chefe das tropas de ocupação, George Bush, continua
a elogiar "os extraordinários progressos" conseguidos na Mesopotâmia...
Catedral do Sangue Derramado iluminada nesta quadra de Natal. Esta
igreja foi construida em S. Petersburgo, no local onde o czar Alexandre II
foi assassinado em 1881... O povo nunca perdoa a ignomínia de um crime.
2005/12/07
A entrega dos prémios Stock Awards 05, realizada ontem por iniciativa do
Jornal de Negócios, proporcionou a José Sócrates o contacto com 50 empresários,
todos eles ligados às empresas cotadas na Bolsa de Lisboa. Durante tres horas o
primeiro-ministro debateu com os empresários as priporidades económicas do país.
No final, os empresários e gestores ficaram convencidos de que José Sócrates tem
ideias, vontade e energia para ajudar o país a sair da actual crise económica e social.
Foi uma oportunidade para os empresários ganharem confiança no Governo, para
se conhecerem uns aos outros, e para se unirem em projectos que ajudem Portugal
a ganhar os novos desafios da globalização. A sua unidade na acção, pode tornar os
projectos mais fáceis e os resultados mais compensadores para todos. Sem estímulo
não há produtividade; sem amizades, não se criam redes de confiança empresarial.
Os empresários e os gestores têm a missão de apresentar resultados positivos nas
suas empresas, mas se todos se conhecerem e agirem com base na confiança mútua,
as oportunidades de negócio podem complementar-se e expandir-se.
Os Stock Awards, atribuidos pelo JN, são um estímulo para as empresas
cotadas em Bolsa. Convem recordar que a Bolsa de Lisboa tem dois índices de
empresas cotadas: PSI20 (Portuguese Stock Index 20), composto por vinte das
maiores empresas com maior free float (percentagem do capital em Bolsa). Parte
das maiores empresas deste índice são cotadas na Euronext, Bolsa europeia da
qual fazem parte as congéneres de Paris, Amesterdão, Bruxelas e Lisboa. A Brisa,
BCP, EDP e PT constam no índide Euronext-100 (as 100 maiores empresas das
quatro capitais); no Euronext-150 está a SONAE SGPS, a Sonaecom, a Impresa,
o BPI, a Pararede e pouco mais). Quanto ao antigo índice BVL-30 (Bolsa Valores
de Lisboa-30) é composto por 30 pequenas empresas, as small caps, mas apenas
são negociadas em Lisboa. Periodicamente, de seis em seis meses, procede-se à
troca de duas empresas do PSI20 por duas do BVL-30, geralmente as que têm
menor liquidez no primeiro caso, e as de maior liquidez no segundo. A Bolsa de
valores mobiliários ajuda a capitalizar as empresas cotadas. Existe uma entidade
fiscalizadora das actividades bolsistas: a Comissão Mercado Valores Mobiliários.
O Inverno em Charlotteville, Virgínia... A neve transforma-se em gelo nos
ramos da árvore ainda com bagas, frente à mansão Monticello, a casa
onde viveu Thomas Jefferson, presidente dos EUA entre 1801-1809.
Jornal de Negócios, proporcionou a José Sócrates o contacto com 50 empresários,
todos eles ligados às empresas cotadas na Bolsa de Lisboa. Durante tres horas o
primeiro-ministro debateu com os empresários as priporidades económicas do país.
No final, os empresários e gestores ficaram convencidos de que José Sócrates tem
ideias, vontade e energia para ajudar o país a sair da actual crise económica e social.
Foi uma oportunidade para os empresários ganharem confiança no Governo, para
se conhecerem uns aos outros, e para se unirem em projectos que ajudem Portugal
a ganhar os novos desafios da globalização. A sua unidade na acção, pode tornar os
projectos mais fáceis e os resultados mais compensadores para todos. Sem estímulo
não há produtividade; sem amizades, não se criam redes de confiança empresarial.
Os empresários e os gestores têm a missão de apresentar resultados positivos nas
suas empresas, mas se todos se conhecerem e agirem com base na confiança mútua,
as oportunidades de negócio podem complementar-se e expandir-se.
Os Stock Awards, atribuidos pelo JN, são um estímulo para as empresas
cotadas em Bolsa. Convem recordar que a Bolsa de Lisboa tem dois índices de
empresas cotadas: PSI20 (Portuguese Stock Index 20), composto por vinte das
maiores empresas com maior free float (percentagem do capital em Bolsa). Parte
das maiores empresas deste índice são cotadas na Euronext, Bolsa europeia da
qual fazem parte as congéneres de Paris, Amesterdão, Bruxelas e Lisboa. A Brisa,
BCP, EDP e PT constam no índide Euronext-100 (as 100 maiores empresas das
quatro capitais); no Euronext-150 está a SONAE SGPS, a Sonaecom, a Impresa,
o BPI, a Pararede e pouco mais). Quanto ao antigo índice BVL-30 (Bolsa Valores
de Lisboa-30) é composto por 30 pequenas empresas, as small caps, mas apenas
são negociadas em Lisboa. Periodicamente, de seis em seis meses, procede-se à
troca de duas empresas do PSI20 por duas do BVL-30, geralmente as que têm
menor liquidez no primeiro caso, e as de maior liquidez no segundo. A Bolsa de
valores mobiliários ajuda a capitalizar as empresas cotadas. Existe uma entidade
fiscalizadora das actividades bolsistas: a Comissão Mercado Valores Mobiliários.
O Inverno em Charlotteville, Virgínia... A neve transforma-se em gelo nos
ramos da árvore ainda com bagas, frente à mansão Monticello, a casa
onde viveu Thomas Jefferson, presidente dos EUA entre 1801-1809.
2005/12/06
THE FIGHT IN FIVE ROUNDS
O primeiro round das presidenciais, transmitido em directo dos estúdios da SIC
em Paço de Arcos, deixou as claques em desalinho, por falta dos fracos resultados
prestados pelos candidatos Manuel Alegre e Cavaco Silva. As claques esperavam
um verdadeiro combate, com agressões, achincalhamentos, ferimentos diversos,
sangue, suor e lágrimas. Mas nada disto aconteceu, os candidatos assumiram um
comportamento british, expuseram as suas ideias, mediram forças com fair-play,
e deixaram que o espectáculo de sumo seja assumido pelos candidatos perdedores.
Até o incrível Luis Delgado ficou desiludido com a forma como decorreu o primeiro
"combate" entre os candidatos presidenciais. Para este principe maquiavélico, a
solução está em usar o "estilo americano": Dead or Alive. Para Delgado, combater
é lutar. E em luta, não pode haver dois vencedores vivos. Um deles tem que ser
"eliminado", por isso há que mudar as regras do modelo de confrontação...
Pois, mas isto aqui, ainda não é o Texas... O Delgado é que assim sonha, e deseja.
O Leonel Vicente trouxe para a blogosfera o Proximizade, um blogue de
amizade e solidariedade que foi "apadrinhado" por muitos de nós, e que ele
vai confortando diáriamente com trabalho e dedicação. Dado que estamos em
tempo de dar e receber, permito-me divulgar aqui o livro de "receitas para
crianças" da Editora Sopa de Letras, como sugestão de compras neste Natal.
É uma ideia útil para quem anda a pensar nas prendas que há-de oferecer.
O André, que está na Finlândia a preparar o seu projecto de fim de curso,
junta o útil ao agradável: viaja pela Lapónia, regressou de Utsjoki (já dentro do
Círculo Polar Ártico, onde agora é noite por tres meses) e passou o último fim-
-de-semana em Riihivuori com os amigos na cabana (cottage) que aparece na
imagem. Diz o André que a chegada da grande noite polar (Kaamos) é festejada
na Lapónia pelos habitantes locais e por um grande número de aderentes cada
vez maior, vindos de outras cidades e países. Pode ver-se aqui onde fica situada
Utsjoki, no extremo norte da Finlândia, já dentro do Circulo Polar Ártico...
25ª Corrida de Balões em Galup, Novo México, EUA.
O Miguel Silva escreve pouco, mas quando escreve esse pouco, é com muita
substância, e muito judicioso na análise. Com altos e baixos na produtividade, o
certo é que um bom punhado de blogueiros acompanha, com assiduidade, o que
o Miguel vai editando no Tempos dos Assassinos. Hoje deu-me a conhecer uma
tela de Raoul Dufy, impressionista francês que mais tarde aderiu ao fauvismo.
Janela de Nice, é o título do quadro, datado de 1927, de uma beleza singela e
nostálgica, dá-nos uma visão do era aquela estância balnear em 1927.
N.B.- Com amigos assim, que me importa o round Alegre-Cavaco!...
E agora vou para mais um Ágape, com amigos de sempre. Ontem tambem
cumpri a minha agenda... Este mês está sobrecarregada de almoços e jantares.
O primeiro round das presidenciais, transmitido em directo dos estúdios da SIC
em Paço de Arcos, deixou as claques em desalinho, por falta dos fracos resultados
prestados pelos candidatos Manuel Alegre e Cavaco Silva. As claques esperavam
um verdadeiro combate, com agressões, achincalhamentos, ferimentos diversos,
sangue, suor e lágrimas. Mas nada disto aconteceu, os candidatos assumiram um
comportamento british, expuseram as suas ideias, mediram forças com fair-play,
e deixaram que o espectáculo de sumo seja assumido pelos candidatos perdedores.
Até o incrível Luis Delgado ficou desiludido com a forma como decorreu o primeiro
"combate" entre os candidatos presidenciais. Para este principe maquiavélico, a
solução está em usar o "estilo americano": Dead or Alive. Para Delgado, combater
é lutar. E em luta, não pode haver dois vencedores vivos. Um deles tem que ser
"eliminado", por isso há que mudar as regras do modelo de confrontação...
Pois, mas isto aqui, ainda não é o Texas... O Delgado é que assim sonha, e deseja.
O Leonel Vicente trouxe para a blogosfera o Proximizade, um blogue de
amizade e solidariedade que foi "apadrinhado" por muitos de nós, e que ele
vai confortando diáriamente com trabalho e dedicação. Dado que estamos em
tempo de dar e receber, permito-me divulgar aqui o livro de "receitas para
crianças" da Editora Sopa de Letras, como sugestão de compras neste Natal.
É uma ideia útil para quem anda a pensar nas prendas que há-de oferecer.
O André, que está na Finlândia a preparar o seu projecto de fim de curso,
junta o útil ao agradável: viaja pela Lapónia, regressou de Utsjoki (já dentro do
Círculo Polar Ártico, onde agora é noite por tres meses) e passou o último fim-
-de-semana em Riihivuori com os amigos na cabana (cottage) que aparece na
imagem. Diz o André que a chegada da grande noite polar (Kaamos) é festejada
na Lapónia pelos habitantes locais e por um grande número de aderentes cada
vez maior, vindos de outras cidades e países. Pode ver-se aqui onde fica situada
Utsjoki, no extremo norte da Finlândia, já dentro do Circulo Polar Ártico...
25ª Corrida de Balões em Galup, Novo México, EUA.
O Miguel Silva escreve pouco, mas quando escreve esse pouco, é com muita
substância, e muito judicioso na análise. Com altos e baixos na produtividade, o
certo é que um bom punhado de blogueiros acompanha, com assiduidade, o que
o Miguel vai editando no Tempos dos Assassinos. Hoje deu-me a conhecer uma
tela de Raoul Dufy, impressionista francês que mais tarde aderiu ao fauvismo.
Janela de Nice, é o título do quadro, datado de 1927, de uma beleza singela e
nostálgica, dá-nos uma visão do era aquela estância balnear em 1927.
N.B.- Com amigos assim, que me importa o round Alegre-Cavaco!...
E agora vou para mais um Ágape, com amigos de sempre. Ontem tambem
cumpri a minha agenda... Este mês está sobrecarregada de almoços e jantares.
2005/12/05
A Auto-Europa, mesmo a laborar a 70 por cento, representa muito para o país.
Para alem dos 1.400 trabalhadores qualificados que ali fazem carreira, devemos
considerar tambem os 5.000 que trabalham directamente em cerca de 20 fábricas
que fornecem a Auto-Europa: pneus, antenas, faróis, auto-rádios, jantes, estofos,
laminagem, vidros, para-choques, tapetes, cabelagens. Alem disso, e não é pouco,
a actividade económica da empresa representa 1,22 por cento do PIB português.
Cerca de 95 por cento da produção da Auto-Europa destina-se à exportação. Não
admira pois que o Governo, os empresários e todos nós estejamos preocupados com
o futuro daquela grande empresa, quando se sabe que falharam as negociações para
o aumento dos salários. Esperemos que o bom senso leve ao entendimento entre as
partes, tal como aconteceu há dois anos, e cujo resultado chegou a ser imitado por
outros fabricantes de carros na Europa. Se na altura as condições de mercado eram
sombrias, neste momento, ainda são piores, pois a Auto-Europa perdeu a produção
do TT Marrakesh, a favor da fábrica na Alemanha, onde s trabalhadores aceitaram
igualar os custos da fábrica de Palmela... Quanto ao cabriolet EOS, só vai começar a
sair de fábrica lá para fins de Fevereiro... e ainda falta provar que este modelo vai
ser um sucesso de vendas. Se não fôr, os postos de trabalho serão inevitávelmente
reduzidos. Por tudo isto, desejamos que haja um acordo laboral na Auto-Europa.
Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, está na Europa para negócios.
Chegou oontem a França, para uma visita de quatro dias. Esteve em Toulouse,
nas fábricas da Airbus... e encomendou 150 A320, cerca de 9,700 mil milhões
de euros. E o contrato para uma fábrica de montagem destes aviões na China.
Mais 150 milhões de euros em equipamento para o Shitai de alta velocidade.
Em seguimento do que aqui foi escrito ontem, sobre a investigação em células
estaminais, baseado na entrevista que Rui Reis, investigador da Universidade do
Minho, concedeu à revista Pública, leia-se as questões colocadas pelo Público de
hoje ao director do Instituto Gulbenkian de Ciência, António Coutinho. Mais uma
vez se fica com a sensação de haver um enorme fôsso entre investigadores que
procuram revelar o futuro, e o Governo e empresários que continuam a ignorar
o que de brilhante se vai fazendo em Portugal na área da ciência e investigação.
"Há muitos jovens médicos interessados na investigação", diz António Coutinho.
"O que falta em Portugal são programas que permitam aos médicos fazer douto-
ramento sem ter de interromper a actividade clínica, como nos países europeus".
Mais uma vez se nota que em Portugal os políticos não ouvem os investigadores.
Os nossos políticos, quase todos, são incapazes de entender o discurso sobre o
futuro; os políticos continuam a falar do passado, a apontar os feitos do passado.
Depois da França, Wen Jiabao vai à Eslováquia, República Checa e depois
a Portugal. Vamos ver se fazemos negócios com a China... No segundo dia, Wen
visitou o local onde vai ser construido o ITER-Reactor Termonuclear Europeu,
perto de Marselha, e no qual a China participa como associada. Mas a China
já comprou mais: à Eurocopter, helicópeteros de 6 toneladas carga. E comprou
à Alcatel-Alénia Space, um satélite de comunicações... E nós a vê-los facturar..
Para alem dos 1.400 trabalhadores qualificados que ali fazem carreira, devemos
considerar tambem os 5.000 que trabalham directamente em cerca de 20 fábricas
que fornecem a Auto-Europa: pneus, antenas, faróis, auto-rádios, jantes, estofos,
laminagem, vidros, para-choques, tapetes, cabelagens. Alem disso, e não é pouco,
a actividade económica da empresa representa 1,22 por cento do PIB português.
Cerca de 95 por cento da produção da Auto-Europa destina-se à exportação. Não
admira pois que o Governo, os empresários e todos nós estejamos preocupados com
o futuro daquela grande empresa, quando se sabe que falharam as negociações para
o aumento dos salários. Esperemos que o bom senso leve ao entendimento entre as
partes, tal como aconteceu há dois anos, e cujo resultado chegou a ser imitado por
outros fabricantes de carros na Europa. Se na altura as condições de mercado eram
sombrias, neste momento, ainda são piores, pois a Auto-Europa perdeu a produção
do TT Marrakesh, a favor da fábrica na Alemanha, onde s trabalhadores aceitaram
igualar os custos da fábrica de Palmela... Quanto ao cabriolet EOS, só vai começar a
sair de fábrica lá para fins de Fevereiro... e ainda falta provar que este modelo vai
ser um sucesso de vendas. Se não fôr, os postos de trabalho serão inevitávelmente
reduzidos. Por tudo isto, desejamos que haja um acordo laboral na Auto-Europa.
Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, está na Europa para negócios.
Chegou oontem a França, para uma visita de quatro dias. Esteve em Toulouse,
nas fábricas da Airbus... e encomendou 150 A320, cerca de 9,700 mil milhões
de euros. E o contrato para uma fábrica de montagem destes aviões na China.
Mais 150 milhões de euros em equipamento para o Shitai de alta velocidade.
Em seguimento do que aqui foi escrito ontem, sobre a investigação em células
estaminais, baseado na entrevista que Rui Reis, investigador da Universidade do
Minho, concedeu à revista Pública, leia-se as questões colocadas pelo Público de
hoje ao director do Instituto Gulbenkian de Ciência, António Coutinho. Mais uma
vez se fica com a sensação de haver um enorme fôsso entre investigadores que
procuram revelar o futuro, e o Governo e empresários que continuam a ignorar
o que de brilhante se vai fazendo em Portugal na área da ciência e investigação.
"Há muitos jovens médicos interessados na investigação", diz António Coutinho.
"O que falta em Portugal são programas que permitam aos médicos fazer douto-
ramento sem ter de interromper a actividade clínica, como nos países europeus".
Mais uma vez se nota que em Portugal os políticos não ouvem os investigadores.
Os nossos políticos, quase todos, são incapazes de entender o discurso sobre o
futuro; os políticos continuam a falar do passado, a apontar os feitos do passado.
Depois da França, Wen Jiabao vai à Eslováquia, República Checa e depois
a Portugal. Vamos ver se fazemos negócios com a China... No segundo dia, Wen
visitou o local onde vai ser construido o ITER-Reactor Termonuclear Europeu,
perto de Marselha, e no qual a China participa como associada. Mas a China
já comprou mais: à Eurocopter, helicópeteros de 6 toneladas carga. E comprou
à Alcatel-Alénia Space, um satélite de comunicações... E nós a vê-los facturar..
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