Pelos motivos errados, acho que o acidente do Angélico, devido ao seu mediatismo e aos contornos da tragédia - na qual se safou com ferimentos ligeiros o único ocupante que levava cinto de segurança, estando o cantor e os outros ocupantes todos desgraçados e um já morto - pode vir a fazer mais pela diminuição da sinistralidade rodoviária do que as últimas 50 campanhas de prevenção e sensibilização. Que se tire algo de positivo desta merda.
Já não ia ao Zoo de Lisboa desde os tempos da escola preparatória e encontrei-o bastante diferente.
Na generalidade, está bem melhor, mais amplo, com uma melhor apresentação e conservação do espaço, e com melhores condições de vida para os animais, dentro daquilo que é possível, que é pouco para alguns deles, principalmente os mamíferos de maior porte. Causa algum constrangimento ver certos animais ali enclausurados, mas se nos abstrairmos disso, passa-se ali um belo dia, sem dúvida.
Este blogue termina agora o maior período de inactividade talvez desde a sua criação, e não foi porque tive de férias até agora... :(
Acho que vai continuar assim por agora, pois não tenho tido muita pachorra, mas pelo menos prometo responder a breve trecho ao desafio desta Lady. Sempre é uma boa desculpa para um post e para falar dum livro que acabei de ler e adorei.
Dão 40ºC!!!!! para o fim-de-semana. VERÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ronaldo despediu-se ontem dos relvados num amigável entre o Brasil e a Roménia, em São Paulo. Jogou 15 minutos, falhou 3 golos feitos e despediu-se com aquele sorriso característico num discurso emocionado finalizado com uma volta olímpica ao Estádio Pacaembu.
Ronaldo foi o maior da sua geração. Nos últimos tempos apenas em perímetro abdominal, mas nos seus anos dourados nunca houve um avançado tão vibrante como ele. Posso estar a deixar-me levar pelo saudosismo, e pela emoção da coisa, mas arrisco afirmar que depois dele surgiram grandes craques, mas ainda não vi nenhum ao nível daquela época psicadélica de 96-97 que o R9 fez em Barcelona e dos primeiros tempos no Inter, antes de rebentar os joelhos. Aquilo era outra coisa, era um jogador maior que os estádios onde jogava, era O Fenómeno. Depois começou a levar pancada dos defesas carniceiros italianos e só no Mundial de 2002 é que renasceu, levando o Brasil de Scolari ao penta.
"El Gordo" ainda passou pelo Real e Milan, antes de voltar à terra natal para terminar a carreira no Corinthians. Marcou mais de 400 golos oficiais, foi bi-campeão do mundo , é o melhor marcador de sempre em Mundiais e foi 3 vezes jogador do ano da FIFA, entre muitas outras conquistas individuais e colectivas.
Hoje os putos dividem-se entre Messi e CR. Na sua época não havia dúvidas, só havia um gigante do futebol: Ronaldo.
B Fachada não gosta de estar quieto e como tal volta a lançar um "disco de verão" em 2011, desta vez na forma de uma faixa de 20 minutos intitulada "Deus Pátria Família", onde cabe música e muito mais, e pode ser descarregada gratuitamente no blog da Mbari, aqui.
Este filme foi nomeado para o Oscar de melhor documentário, apesar de não ser um típico documentário per se, ainda que tenha uma primeira parte com todos as dinâmicas habituais de um 'doc', em que faz um apanhado bastante bom do fenómeno da "street art" e dos seus principais nomes, com o fenómeno/fenomenal inglês Banksy à cabeça.
Ele que é o realizador desta obra, que mais não é que uma critica assertiva e mordaz aos clichès do mundo da arte moderna, feita com um belo sentido humor e inteligência, através da personagem de um francês meio chanfrado que queria ser realizador e que se infiltra no meio da "street art" um pouco por acaso e se acaba tornando uma super-estrela da arte contemporânea a partir do nada e sem nada que o justifique, servindo como exemplo perfeito de como os conceitos de arte e artista são falaciosos e débeis e sobretudo arbitrários e impostos às massas e por estas consumidos sem qualquer inércia mental.
O título original (que perde o sentido na tradução portuguesa "Banksy - Pinta a parede") é por si só elucidativo do alvo dos autores, numa alusão aos hipsters acéfalos que vão a exposições de arte e compram peças e bajulam este ou daquele 'artista' só porque 2 ou 3 fazedores de opinião supostamente insuspeitos e credíveis lhes disseram que deviam, sem pararem para pensar se aquilo é realmente válido enquanto objecto artístico. E no fim, a pergunta universal retorna, meio respondida ao longo do filme: O que é arte?
A outra continua por responder: Quem é Banksy? Bilhetes de identidade à parte, a melhor definição é: um verdadeiro artista.
Em Lisboa, em exibição só no Corte Inglès. Na amazon o DVD custa 4,5 libras (edição especial a 10£ é um must-buy) e na net o download está barat0. Seja como for, acho que merece ser visto, pelos amantes do graffiti e da arte urbana em geral, do documentário, de uma boa história.