Este fim-de-semana, estou a pensar ir para a porta do RIR (ahah) vender chapéus-de-chuva, boinas e galochas, pequenos caixotes de cartão e sacos de plástico e até uma gabardina impermeável e impecável que trouxe de Paredes de Coura e um barco a remos que tenho dos tempos da Mantarrota 1989.
É que com a carga de água que prometem, aliada à incúria típica do português, há ali muito bom dinheiro para se ganhar, não vos parece?
É por um mundo melhor.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Copycat
Se o mundo fosse feito de plasticina,
os Nirvana eram exactamente isto,
cambalhotas e piruetas incluídas:
os Nirvana eram exactamente isto,
cambalhotas e piruetas incluídas:
Um boião de Play-Doh para quem me disser quem canta "Não sejas plasticina".
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Ponto de Cruz
-Ponto 1:
Na 5ªfeira fiz uma coisa que já não fazia há muitos anos. Fui ver um filme no dia da estreia.
Durante a tarde, apelando ao sentimento de rever um herói de infância, quase um amigo de longa data, anui em ir nessa noite ver o quarto capítulo da saga Indiana Jones, sem sequer me importar se as críticas diziam bem ou mal. "É o Indy, caraças. Tem de ser bom. Siga!"
Pois, mas não é nada bom. É um blockbuster típico de Verão que decerto fará milhões nas bilheteiras mas de cinema tem pouquíssimo e é até uma ofensa à trilogia inicial. Uma aldrabice pegada tão difícil de engolir como um bolo de arroz sem um copinho de leite para 'empurrar'.
Juro que até houve ali uma cena tão imbecil que senti vontade de me levantar e bazar do cinema gritando 'Pá, ó Spielberg vai mas é pó cara...! Esta porra não tem ponta por onde se lhe pegue!" Por respeito ao Indy e porque estava a curtir as pipocas, não o fiz...
Pronto, está bem, tem boas cenas do ponto de vista do efeito visual, mas isso com quase 200 milhões para gastar era o mínimo exigível, não? História fraca e esburacada, actores em piloto automático, (Cate Blanchett, que estás lá a fazer? John Hurt, salvas o filme e nem apareces no cartaz. Humpf!) excesso de imagem computorizada (George Lucas, toma um Prozac! Que merda é aquela com os esquilos e os macacos? Só faltava aparecer o Chewbacca!) e cenas tão estapafúrdias que nem o Ed Wood ou o Leonel Vieira se lembravam de fazê-las.
Vão vê-lo 'at your own risk'.
-Ponto 2:
Alguém se lembra dos 'Riscos'? Aquela série da RTP, que de um modo muito politicamente correcto procurou representar, e até conseguiu, uma certa geração adolescente portuguesa de fin de siècle e os problemas recorrentes nos anos que em inglês acabam em '-teen'. Vocês sabem quais são. O que podem talvez não saber é que existe uma série inglesa chamada 'Skins' que tem por base a mesma temática mas que vai muito mais além. Trata-se de uma série sobre a vida de menores de 18 anos mas para um público de maiores de 18, o que não deixa de ter graça. É crua e explícita, mas sem mau gosto, só um 'pouco' de deboche e ocasionalmente algum exagero.
Acabei de ver a 1ª de duas temporadas e estou viciado. Mesmo. Ah, e a banda sonora é fortíssima.
Conclusão: Nos 'teens' é que curtimos à grande. Aproveitando muito melhor os momentos e tornando-os marcantes e memoráveis; nós fazemos 'Morangos com Açúcar', os ingleses fazem 'Morangos' com tomates.
-Ponto 3:
No sábado fui ao casamento de um caro amigo. Mais um para a forca. A festarola foi excelente e não fui rei do karaoke porque haviam dois putos de 10 anos muito persistentes. Ah, malditos peitos da cabritinha. Ah, amêndoa amarga, se te apanho...
Avanti. As bodas são um bom sítio para conhecer... hum... pessoas. Por exemplo, solteiras primaveris com o seu vestidinho mais pimpão. Mas o pior é quando encalhamos numa já escolhida.
Que fazer quando ficamos pasmados e parvos com a mulher de um amigo?
Nada. É essa a resposta. Grita-se 'Viva os noivos' e emborca-se mais um copo.
Conclusão: deixar de ir a casamentos ou deixar de ter amigos com mulheres apetecíveis.
Boa semana!
Na 5ªfeira fiz uma coisa que já não fazia há muitos anos. Fui ver um filme no dia da estreia.
Durante a tarde, apelando ao sentimento de rever um herói de infância, quase um amigo de longa data, anui em ir nessa noite ver o quarto capítulo da saga Indiana Jones, sem sequer me importar se as críticas diziam bem ou mal. "É o Indy, caraças. Tem de ser bom. Siga!"
Pois, mas não é nada bom. É um blockbuster típico de Verão que decerto fará milhões nas bilheteiras mas de cinema tem pouquíssimo e é até uma ofensa à trilogia inicial. Uma aldrabice pegada tão difícil de engolir como um bolo de arroz sem um copinho de leite para 'empurrar'.
Juro que até houve ali uma cena tão imbecil que senti vontade de me levantar e bazar do cinema gritando 'Pá, ó Spielberg vai mas é pó cara...! Esta porra não tem ponta por onde se lhe pegue!" Por respeito ao Indy e porque estava a curtir as pipocas, não o fiz...
Pronto, está bem, tem boas cenas do ponto de vista do efeito visual, mas isso com quase 200 milhões para gastar era o mínimo exigível, não? História fraca e esburacada, actores em piloto automático, (Cate Blanchett, que estás lá a fazer? John Hurt, salvas o filme e nem apareces no cartaz. Humpf!) excesso de imagem computorizada (George Lucas, toma um Prozac! Que merda é aquela com os esquilos e os macacos? Só faltava aparecer o Chewbacca!) e cenas tão estapafúrdias que nem o Ed Wood ou o Leonel Vieira se lembravam de fazê-las.
Vão vê-lo 'at your own risk'.
Conclusão: Não seguir o coração na altura de escolher um filme para ver no cinema e pensar bem antes de deitar 5 euros à rua. É que dá para de 3 litros de gasosa, hein?
-Ponto 2:
Alguém se lembra dos 'Riscos'? Aquela série da RTP, que de um modo muito politicamente correcto procurou representar, e até conseguiu, uma certa geração adolescente portuguesa de fin de siècle e os problemas recorrentes nos anos que em inglês acabam em '-teen'. Vocês sabem quais são. O que podem talvez não saber é que existe uma série inglesa chamada 'Skins' que tem por base a mesma temática mas que vai muito mais além. Trata-se de uma série sobre a vida de menores de 18 anos mas para um público de maiores de 18, o que não deixa de ter graça. É crua e explícita, mas sem mau gosto, só um 'pouco' de deboche e ocasionalmente algum exagero.
Acabei de ver a 1ª de duas temporadas e estou viciado. Mesmo. Ah, e a banda sonora é fortíssima.
Conclusão: Nos 'teens' é que curtimos à grande. Aproveitando muito melhor os momentos e tornando-os marcantes e memoráveis; nós fazemos 'Morangos com Açúcar', os ingleses fazem 'Morangos' com tomates.
-Ponto 3:
No sábado fui ao casamento de um caro amigo. Mais um para a forca. A festarola foi excelente e não fui rei do karaoke porque haviam dois putos de 10 anos muito persistentes. Ah, malditos peitos da cabritinha. Ah, amêndoa amarga, se te apanho...
Avanti. As bodas são um bom sítio para conhecer... hum... pessoas. Por exemplo, solteiras primaveris com o seu vestidinho mais pimpão. Mas o pior é quando encalhamos numa já escolhida.
Que fazer quando ficamos pasmados e parvos com a mulher de um amigo?
Nada. É essa a resposta. Grita-se 'Viva os noivos' e emborca-se mais um copo.
Conclusão: deixar de ir a casamentos ou deixar de ter amigos com mulheres apetecíveis.
Boa semana!
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Saca da faca
Porque por estes dias tenho andado a ouvir um álbum magistral - "White Pony", geração de 2000 - que transporta em si memórias de bons velhos tempos e porque esta versão acústica é muito gira e num dia feio como o de hoje, dar um pulinho ao Havai sabe bem.
Deftones - Knife Prty (Live) Acoustic Version - Mahai'ula Beach, Hawaii.
Deftones - Knife Prty (Live) Acoustic Version - Mahai'ula Beach, Hawaii.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Chefe mas pouco
Tenho andado a traduzir uns episódios deste pitéu que é a versão americana da mítica série da BBC, "The Office", e se esta não é das séries mais bem escritas de sempre (dedinho do grande Rick Gervais) e Michael Scott (Steve Carell) das melhores personagens alguma vez criadas para uma série de televisão, andarão lá muito perto. Brilhante! Adoro, adoro, adoro!
E agora não tem nada a ver mas até tem, parabéns a Manoel de Oliveira pela Palma d'Ouro de carreira que lhe deram em Cannes.
"Ao longo de um século eu cresci com o cinema e hoje eu sei que foi o cinema que me fez crescer. Viva o cinema!"
Viva!
E só mais uma, esta é que não tem nada a ver com nada. Falta exactamente uma semana para o concerto da Cat Power e parece que aquilo esgotou e eu desgraçado que sou não tenho bilhete. Se alguém arranjar um a preço normal, a preço reduzido ou até de borla, digam, alright?
Ciao.
E agora não tem nada a ver mas até tem, parabéns a Manoel de Oliveira pela Palma d'Ouro de carreira que lhe deram em Cannes.
"Ao longo de um século eu cresci com o cinema e hoje eu sei que foi o cinema que me fez crescer. Viva o cinema!"
Viva!
E só mais uma, esta é que não tem nada a ver com nada. Falta exactamente uma semana para o concerto da Cat Power e parece que aquilo esgotou e eu desgraçado que sou não tenho bilhete. Se alguém arranjar um a preço normal, a preço reduzido ou até de borla, digam, alright?
Ciao.
domingo, 18 de maio de 2008
terça-feira, 13 de maio de 2008
Scaramanzia
Pá, o Figo atropelou um gato preto.
Agora quando vejo isto, oiço um bichano milanês a soltar um último miau angustiado, em fundo.
Ma che cazzo fai, Luís?
Agora quando vejo isto, oiço um bichano milanês a soltar um último miau angustiado, em fundo.
Ma che cazzo fai, Luís?
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Camisa de flanela
Quase três meses depois está de volta o mais espectacular quiz musical do mundo, sendo o mundo este blog, só.
Eis que desta feita, e depois do quiz dedicado aos anos 80, nos vamos debruçar na década de 90, que no que me diz respeito, foi aquela que definiu a minha personalidade musical, que tenho vindo a refinar, digo eu, neste século XXI.
Assim e seguindo os moldes do I tomo, as seguintes imagens referem-se, respectivamente, a uma banda, a um álbum e uma música dos "nineties". Quem é quem?
Sendo que as duas primeiras são dadas, nem vou dizer nada. Já a terceira pode ser mais complicada. Pense-se que o limão é amargo e as gomas são doces. É por aí.
E porque há uns tempos que não meto aqui um vídeozito musical, vou aproveitar e partilhar uma musiquinha de 1995, de uma das minha bandas preferidas, que eu gostava que se deixassem de merdas e se reunissem.
Blur - Charmless Man
Eis que desta feita, e depois do quiz dedicado aos anos 80, nos vamos debruçar na década de 90, que no que me diz respeito, foi aquela que definiu a minha personalidade musical, que tenho vindo a refinar, digo eu, neste século XXI.
Assim e seguindo os moldes do I tomo, as seguintes imagens referem-se, respectivamente, a uma banda, a um álbum e uma música dos "nineties". Quem é quem?
Sendo que as duas primeiras são dadas, nem vou dizer nada. Já a terceira pode ser mais complicada. Pense-se que o limão é amargo e as gomas são doces. É por aí.
E porque há uns tempos que não meto aqui um vídeozito musical, vou aproveitar e partilhar uma musiquinha de 1995, de uma das minha bandas preferidas, que eu gostava que se deixassem de merdas e se reunissem.
Blur - Charmless Man
Até já.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Constatação #2
Ou arranjo um espelho retrovisor para a minha bicicleta ou paro de me virar para trás para ver certas 'coisas' que merecem um segundo olhar, sob pena de partir a cara toda contra uma árvore de grande porte ou debaixo duma Ford Transit de 89.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Esta nem o Google sabe
Nestes últimos dias tenho andado de carro muito mais do que aquilo que gostaria.
Não aprecio especialmente conduzir, não aprecio especialmente semáforos que me perseguem, não aprecio especialmente rotundas feitas campos de batalha, não aprecio especialmente filas, ainda mais quando estou atrasado e mais ainda quando está calor, não aprecio especialmente enganar-me no caminho, não aprecio especialmente o filme que é arranjar lugar para estacionar e ainda ter de pagar parquímetro, não aprecio especialmente o olhar de cabrão que o arrumador me lança quando lhe digo que não tenho 'moneta' para ele, (e não, também não tenho um 'cigárriño', pá) não aprecio especialmente aquele receiozinho que fica que o tal arrumador me parta o carro todo porque não lhe dei nada, não aprecio especialmente o preço da gasolina, não aprecio especialmente mais umas coisas que agora não me lembro mas sobretudo não aprecio nada os outros carros e os seus condutores. Odeio-os.
Mas quando as circunstâncias a tal obrigam, não há volta a dar.
E como sou um condutor responsável, ando sempre com atenção ao que me rodeia.
É aqui que entra Platão, Descartes e Agostinho da Silva. Há um elemento comum a quase todas as vias de Lisboa que me vem atiçando o pensamento, uma dúvida quase existencial que me obriga a decifrá-la. Mas quando um gajo vai a descer a Fontes Pereira de Melo com os seus 624 semáforos não é a melhor altura para filosofar, pelo que ainda não me debrucei com afinco sobre este assunto.
Assim, a questão que me tem vindo a dar cabo da cabeça é esta:
Este corpete está a preparar-se para subir ou para descer?
Será que se a Charlize tirar a mão aquilo cai?
Será que ela está a fazer força para que isso não aconteça?
Será que vai tirar aquilo, porque tem de ir dormir?
Será que se está a vestir para ir beber um copo?
Alguém ajuda?
Não consigo produzir um raciocínio limpo quando olho para esta imagem.
Enfim, boa semana.
Não aprecio especialmente conduzir, não aprecio especialmente semáforos que me perseguem, não aprecio especialmente rotundas feitas campos de batalha, não aprecio especialmente filas, ainda mais quando estou atrasado e mais ainda quando está calor, não aprecio especialmente enganar-me no caminho, não aprecio especialmente o filme que é arranjar lugar para estacionar e ainda ter de pagar parquímetro, não aprecio especialmente o olhar de cabrão que o arrumador me lança quando lhe digo que não tenho 'moneta' para ele, (e não, também não tenho um 'cigárriño', pá) não aprecio especialmente aquele receiozinho que fica que o tal arrumador me parta o carro todo porque não lhe dei nada, não aprecio especialmente o preço da gasolina, não aprecio especialmente mais umas coisas que agora não me lembro mas sobretudo não aprecio nada os outros carros e os seus condutores. Odeio-os.
Mas quando as circunstâncias a tal obrigam, não há volta a dar.
E como sou um condutor responsável, ando sempre com atenção ao que me rodeia.
É aqui que entra Platão, Descartes e Agostinho da Silva. Há um elemento comum a quase todas as vias de Lisboa que me vem atiçando o pensamento, uma dúvida quase existencial que me obriga a decifrá-la. Mas quando um gajo vai a descer a Fontes Pereira de Melo com os seus 624 semáforos não é a melhor altura para filosofar, pelo que ainda não me debrucei com afinco sobre este assunto.
Assim, a questão que me tem vindo a dar cabo da cabeça é esta:
Este corpete está a preparar-se para subir ou para descer?
Será que se a Charlize tirar a mão aquilo cai?
Será que ela está a fazer força para que isso não aconteça?
Será que vai tirar aquilo, porque tem de ir dormir?
Será que se está a vestir para ir beber um copo?
Alguém ajuda?
Não consigo produzir um raciocínio limpo quando olho para esta imagem.
Enfim, boa semana.
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