... eu mostro outra coisa! Também a pedido da Cristina, que queria desviar o assunto do tema "rabos". Estendo o desafio a quem o aceitar: mostrem o espelho da vossa alma também!
A foto está uma merda, mas ao menos não tem tomadas eléctricas!
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Rapunzel - parte 3
Há uma eternidade escrevi a parte 1 e depois a parte 2 da minha própria versão da Rapunzel, versão século XXI. Aliás, ocorre-me que se fosse hoje os irmãos Grimm talvez não escrevessem contos de fadas mas contos de fo... ora bem, não era para aqui!
Entretanto perdi-me em coisas que doem e moem mas não matam (e a apreciar o rabo do Sadeek, por isso não foi tudo mau!), mas vou retomar a história. Isto apesar de vocês conhecerem o final: fui salva!
Ia eu na parte em que os meus vizinhos decidiam o meu destino. Mesmo! Descoberta a nesga estreitinha (mmm... que sugestivo!) na janela, vislubrou-se uma janela (passe a redundância) de oportunidade para salvar o vosso legume preferido. Se não preferido, pelo menos o mais badalhoco, se bem que ultimamente pareço mais uma cebola por causa das lágrimas (acontece aos melhores).
Os vizinhos começaram a falar imediatamente em quem a tinha maior! E um sacou de uma desapontadoramente pequena. Escada, naturalmente! Não dava! Pensei que estava perdida e que estavam a perder tempo precioso que podiam estar a usar a chamar a polícia ou os bombeiros. Mas uma mulher não devia subestimar o valor dos acessórios! No caso não se tratou de um vibrador nem sequer de algum esquema marado para aumentar o tamanho. Para falar verdade... o acessório, meus amigos era a escada!
Na realidade, os meus vizinhos eram pintores de construção civil, o que me fez recordar outros tempos (ver este, este, este, este e este post, e ainda este por estar ilustrado e ainda mais porco)! Suponho que isto seja solidariedade entre pares. E enquanto eu, nos meus tempos de pintura de construção civil andava de trincha na mão, a molhar o pincel e com uma fixação pelo cabo da vassoura (se não acreditam leiam os posts: é tudo verdade e eu escrevi pior que isso ainda!), eles eram mais kitados: tinham ANDAIMES! Ora a escada era o acessório porque os meus colegas de actividade montaram a estrutura dos andaimes até chegar à janela e a escada serviu para a encostarem.
O café nunca viu semelhante agitação (não desde o dia em que roubaram a máquina do tabaco à noite, mas isso é outra história e o tabaco faz mal de qualquer modo) e a malta estava extasiada a ver os preparativos de salvamento. Eu mesma quase me esqueci que era a estrela da companhia, a dama indefesa a ser salva pelo príncipe num andaime branco: não fosse estar presa na varanda, assistiria ao espectáculo com gosto (se bem que era capaz de fazer um intervalo para fazer uma mijinha, mas na varanda era um pouco exposto).
E eis que finalmente aparece o meu salvador entrando pela minha janela dentro. E ouço do lado de fora "cuidado que ele mete directamente da mão para os bolsos" e um coro de risos. Engraçadinhos! Mas realmente, quando a casa for assaltada, já sei de um candidato para o assalto! Reparem que a construção civil pode estar em crise, mas os seus profissionais são perfeitamente adaptáveis e escoam com facilidade para outras especialidades: apesar do excesso de oferta há sempre lugar para mais um gatuno! Sobretudo quando está tão bem equipado!
O clímax da história: o meu salvador a salvar-me!! O verdadeiro conto de fadas! Numa curiosa reviravolta do conceito, nesse dia antes da meia-noite fui a correr na minha carruagem feita de abóbora buscar um príncipe... e ele mais tarde transformou-se num sapo...
Entretanto perdi-me em coisas que doem e moem mas não matam (e a apreciar o rabo do Sadeek, por isso não foi tudo mau!), mas vou retomar a história. Isto apesar de vocês conhecerem o final: fui salva!
Ia eu na parte em que os meus vizinhos decidiam o meu destino. Mesmo! Descoberta a nesga estreitinha (mmm... que sugestivo!) na janela, vislubrou-se uma janela (passe a redundância) de oportunidade para salvar o vosso legume preferido. Se não preferido, pelo menos o mais badalhoco, se bem que ultimamente pareço mais uma cebola por causa das lágrimas (acontece aos melhores).
Os vizinhos começaram a falar imediatamente em quem a tinha maior! E um sacou de uma desapontadoramente pequena. Escada, naturalmente! Não dava! Pensei que estava perdida e que estavam a perder tempo precioso que podiam estar a usar a chamar a polícia ou os bombeiros. Mas uma mulher não devia subestimar o valor dos acessórios! No caso não se tratou de um vibrador nem sequer de algum esquema marado para aumentar o tamanho. Para falar verdade... o acessório, meus amigos era a escada!
Na realidade, os meus vizinhos eram pintores de construção civil, o que me fez recordar outros tempos (ver este, este, este, este e este post, e ainda este por estar ilustrado e ainda mais porco)! Suponho que isto seja solidariedade entre pares. E enquanto eu, nos meus tempos de pintura de construção civil andava de trincha na mão, a molhar o pincel e com uma fixação pelo cabo da vassoura (se não acreditam leiam os posts: é tudo verdade e eu escrevi pior que isso ainda!), eles eram mais kitados: tinham ANDAIMES! Ora a escada era o acessório porque os meus colegas de actividade montaram a estrutura dos andaimes até chegar à janela e a escada serviu para a encostarem.
O café nunca viu semelhante agitação (não desde o dia em que roubaram a máquina do tabaco à noite, mas isso é outra história e o tabaco faz mal de qualquer modo) e a malta estava extasiada a ver os preparativos de salvamento. Eu mesma quase me esqueci que era a estrela da companhia, a dama indefesa a ser salva pelo príncipe num andaime branco: não fosse estar presa na varanda, assistiria ao espectáculo com gosto (se bem que era capaz de fazer um intervalo para fazer uma mijinha, mas na varanda era um pouco exposto).
E eis que finalmente aparece o meu salvador entrando pela minha janela dentro. E ouço do lado de fora "cuidado que ele mete directamente da mão para os bolsos" e um coro de risos. Engraçadinhos! Mas realmente, quando a casa for assaltada, já sei de um candidato para o assalto! Reparem que a construção civil pode estar em crise, mas os seus profissionais são perfeitamente adaptáveis e escoam com facilidade para outras especialidades: apesar do excesso de oferta há sempre lugar para mais um gatuno! Sobretudo quando está tão bem equipado!
O clímax da história: o meu salvador a salvar-me!! O verdadeiro conto de fadas! Numa curiosa reviravolta do conceito, nesse dia antes da meia-noite fui a correr na minha carruagem feita de abóbora buscar um príncipe... e ele mais tarde transformou-se num sapo...
A fascinante história do orgasmo engasgado!!!
Hoje o dia começou mais ou menos interessante, esfriou, ficou muito frio (perto do gelo), mas compensou para o fim da tarde. Curiosamente porque eu decidi mandar o ginásio às malvas (o que não devia ter feito, mas foi daquelas coisas que acabou por correr bem).
Reencontrei um amigo completamente louco, que me disse que eu estava jeitosa. Não interessa que tenha sido eu a perguntar-lhe, porque se ele tivesse que me dizer que eu estava horrorosa ele diria! É assim tão louco, o que é um dos motivos porque eu gosto dele. Palavra puxa palavra e tive com ele as conversas surreais de que me lembrava e de que tinha saudades. Já por aqui tinha valido a pena ter saído de casa!
Fiquei embalada com a história de estar jeitosa e obriguei (com jeitinho) três amigos a dizerem o mesmo. Que uma seja mulher e o outro gay é relevante! E a conversa continuou surreal até culminar na frase da noite: "isto foi um orgasmo engasgado". Como se eu não me estivesse a rir o suficiente, o meu amigo continuou com a maior cara de sério do mundo (apesar de estarmos numa situação que roçava o trágico-cómico): "é verdade, é do pior porque está-se quase no clímax e interromper assim"! E só desfez a cara de sério quando começou a fingir que dançava ballet, noutra das cenas memoráveis da noite!
A confusão aumenta se eu disser que foi não só um orgasmo colectivo como simultâneo! Claro que vocês não sabem do que eu estou a falar, o que torna a coisa mais engraçada ainda! E há ainda um homenzinho a dar pequenos saltinhos com cara de quem está com prisão de ventre, no que imagino ser o equivalente masculino a um orgasmo fingido (ou efectivamente prisão de ventre)!
Foi uma noite interessante!
Reencontrei um amigo completamente louco, que me disse que eu estava jeitosa. Não interessa que tenha sido eu a perguntar-lhe, porque se ele tivesse que me dizer que eu estava horrorosa ele diria! É assim tão louco, o que é um dos motivos porque eu gosto dele. Palavra puxa palavra e tive com ele as conversas surreais de que me lembrava e de que tinha saudades. Já por aqui tinha valido a pena ter saído de casa!
Fiquei embalada com a história de estar jeitosa e obriguei (com jeitinho) três amigos a dizerem o mesmo. Que uma seja mulher e o outro gay é relevante! E a conversa continuou surreal até culminar na frase da noite: "isto foi um orgasmo engasgado". Como se eu não me estivesse a rir o suficiente, o meu amigo continuou com a maior cara de sério do mundo (apesar de estarmos numa situação que roçava o trágico-cómico): "é verdade, é do pior porque está-se quase no clímax e interromper assim"! E só desfez a cara de sério quando começou a fingir que dançava ballet, noutra das cenas memoráveis da noite!
A confusão aumenta se eu disser que foi não só um orgasmo colectivo como simultâneo! Claro que vocês não sabem do que eu estou a falar, o que torna a coisa mais engraçada ainda! E há ainda um homenzinho a dar pequenos saltinhos com cara de quem está com prisão de ventre, no que imagino ser o equivalente masculino a um orgasmo fingido (ou efectivamente prisão de ventre)!
Foi uma noite interessante!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A pedido do pensador e sem enquadramento nenhum...
... cá vai uma imagem repetida deste post.
Realmente tenho que escrever qualquer coisa... parece mal!
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Um pedaço de rabo!
Alegadamente iste é o rabo do Sadeek, tirado daqui. É assim: se for, não é interessante porque é o rabo de um homem casado. Se não for e não for de um homem casado, diga-se que podia ser mais fotogénico se fosse resolvido um certo e determinado assunto capilar (não digo "piloso" porque poderia dar azo a mal entendidos como uma foto de frente), mas... ora bem, no escuro... mas mais não digo, porque pode de facto pertencer a um homem casado!
Mas eu não acredito que seja o rabo do Sadeek! De qualquer modo, há muito que não punha um rabo no meu blogue, por isso, aqui vai disto!
NOTA: O último desafio de fotos a que assisti implicava troca de fotos de gravatas... pode ser que a moda pegue...
Mas eu não acredito que seja o rabo do Sadeek! De qualquer modo, há muito que não punha um rabo no meu blogue, por isso, aqui vai disto!
NOTA: O último desafio de fotos a que assisti implicava troca de fotos de gravatas... pode ser que a moda pegue...
Mais um bocadinho de Peter Gabriel
OK, apeteceu-me mais um bocadinho de Peter Gabriel!!!
Esta música é para quem se recorda do que significa Apartheid. Para quem não sabe, há a wikipédia, onde parece mais distante no tempo e no espaço.
Esta música é para quem se recorda do que significa Apartheid. Para quem não sabe, há a wikipédia, onde parece mais distante no tempo e no espaço.
Regresso dos anos 80!!!
Um menino com a minha idade que eu não digo quem foi o Krippmeister fez uma piada acerca do conceito do vídeo do Peter Gabriel. E eu... ... bem... nem foi bem uma piada e não dá para esticar para eu me queixar, mas é um bom pretexto para eu colocar aqui outros vídeos dessa altura. As músicas são excelentes e os vídeos o máximo!
Sledgehammer, Peter Gabriel
Money for nothing, Dire Staits (e sim, parece que a voz que se ouve de início é o Sting)
Este vídeo não tem nada de especial: é só o Solsbury Hill de um Peter Gabriel mais velho mas com a mesma voz magnética.
Desculpem lá, mas a inspiração para escrever não anda muito famosa...
Sledgehammer, Peter Gabriel
Money for nothing, Dire Staits (e sim, parece que a voz que se ouve de início é o Sting)
Este vídeo não tem nada de especial: é só o Solsbury Hill de um Peter Gabriel mais velho mas com a mesma voz magnética.
Desculpem lá, mas a inspiração para escrever não anda muito famosa...
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Banda sonora
Há dias a Djinn colocou a música que lhe apetecia no blogue. No caso, "Beautiful" da Christina Agillera. Curiosamente era a música que eu estava a guardar para quando fosse adequado... mas ainda não é agora e ainda vai demorar.
Hoje a banda sonora que me apetecia colocar era "Don't give up" da Kate Bush e do Peter Gabriel, pelo refrão e pelo vídeo que me lembro da minha adolescência: a Kate Bush abraçando ternurentamente o bonzão do Peter Gabriel (ainda hoje, um pedaço mais gordo e mais velho é um bom pedaço de mau caminho) para lhe dar ânimo. A porra do azar é tal que nem a merda do vídeo está disponível.
Fica a ideia. Pela música, pela mensagem, pelo monte de coisas que me me saltam à cabeça, algumas das quais me impedem de dormir e me fazem chegar lágrimas aos olhos nas horas mais inesperadas. Mas eu não desisto...
Actualização: Cortesia do Requiem, que encontrou o vídeo num sítio onde (até agora) não foi retirado, cá está a musiquinha. Digam lá se não é ternurento! E se o Peter Gabriel não é bom todos os dias e não tem uma voz fenomenal!
Hoje a banda sonora que me apetecia colocar era "Don't give up" da Kate Bush e do Peter Gabriel, pelo refrão e pelo vídeo que me lembro da minha adolescência: a Kate Bush abraçando ternurentamente o bonzão do Peter Gabriel (ainda hoje, um pedaço mais gordo e mais velho é um bom pedaço de mau caminho) para lhe dar ânimo. A porra do azar é tal que nem a merda do vídeo está disponível.
Fica a ideia. Pela música, pela mensagem, pelo monte de coisas que me me saltam à cabeça, algumas das quais me impedem de dormir e me fazem chegar lágrimas aos olhos nas horas mais inesperadas. Mas eu não desisto...
Actualização: Cortesia do Requiem, que encontrou o vídeo num sítio onde (até agora) não foi retirado, cá está a musiquinha. Digam lá se não é ternurento! E se o Peter Gabriel não é bom todos os dias e não tem uma voz fenomenal!
domingo, 26 de outubro de 2008
Senhor do Bonfim
Eu odeio mas odeio pulseirinhas do Senhor do Bonfim. Isso e aquelas horrorosas de plástico que dizem coisas tão cocós com "amizade", "amor", "fraternidade" ou o caraças mais velho.
Então porque é que ando com uma pulseirinha do Senhor do Bonfim? Porque uma amiga ma deu com tão boa vontade, tão bom coração e tão boas intenções que eu não fui capaz de dizer que não! Eu tenho que deixar de ser boa pessoa!
Ainda estive para sabotar a coisa e não pedir e desejos, mas pedi-os. O primeiro dos quais estou a contar que se realize mais ou menos no tempo de romper a merda da pulseirinha. Não por causa do Senhor do Bonfim mas pela minha persistência. Os outros... acho que nem com Senhor do Bonfim nem sem ele lá vão, mas pronto...
Entetanto... está-me cá a dar uma vontade de acidentalmente entalar uma faca ou uma tesoura entre o pulso e a pulseirinha...
Então porque é que ando com uma pulseirinha do Senhor do Bonfim? Porque uma amiga ma deu com tão boa vontade, tão bom coração e tão boas intenções que eu não fui capaz de dizer que não! Eu tenho que deixar de ser boa pessoa!
Ainda estive para sabotar a coisa e não pedir e desejos, mas pedi-os. O primeiro dos quais estou a contar que se realize mais ou menos no tempo de romper a merda da pulseirinha. Não por causa do Senhor do Bonfim mas pela minha persistência. Os outros... acho que nem com Senhor do Bonfim nem sem ele lá vão, mas pronto...
Entetanto... está-me cá a dar uma vontade de acidentalmente entalar uma faca ou uma tesoura entre o pulso e a pulseirinha...
A minha irmã acha que as minhas botas são de dominatrix...
... mas eu sinceramente acho que ela está só com inveja de não ter umas tão giras!
QUe tipo de pessoa...
... regressa ao lar, às 3 da matina para descobrir que perdeu a chave de casa? Depois de vasculhar o carro, a bolsa e os bolsos do casaco continua sem encontrar a chave... para a encontrar pendurada na caixa do correio, porque realmente a última coisa que fez antes de sair de casa foi verificar o correio!
Uma pessoa assim NÃO pode ser uma pessoa normal! Simplesmente porque não! Ainda bem que os ladrões dessa terra têm um mínimo de brio profissional e são sérios!
Eu às vezes penso que há gente muito estranha à superfície da terra...
Uma pessoa assim NÃO pode ser uma pessoa normal! Simplesmente porque não! Ainda bem que os ladrões dessa terra têm um mínimo de brio profissional e são sérios!
Eu às vezes penso que há gente muito estranha à superfície da terra...
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Má língua
Isto é assim: eu valorizo a capacidade de expressão e o bom uso da língua (sim, é para também levar no sentido em que estão a pensar). Já estou habituada a mau português e/ou erros de digitação resultantes da pressa, embora me entristeça e tema pelo (ab)uso de correctores de texto.
Escrever "á" em vez de "à" é mato. Eu mesma faço isso quando não chego ao "shift" a tempo, mas é completamente por acidente.
Escrever "esta-mos" em vez de "estamos" é... relativamente normal. O mesmo para va-mos, fala-mos e encomenda-mos. Mas mete-me impressão!
Acentuar advérbios de modo enerva-me mas compreendo porque não vejo lógica em não serem acentuados.
Mas... "Exmo.(és) Sr(és)" é nova e ainda não consegui descortinar qual é o sentido! Pensei e pensei e não chego lá.
E agora recebo uma mensagem de SPAM que tem em assunto "Mocas perversas chupam com avidez penises"... quer dizer... a falta da cedilha nas moças pode ter algo que ver com uma posição particular em relação ao acordo ortográfico ou os "pierçings" (ver este post)... mas chupar penises é pura e simples má língua!
Escrever "á" em vez de "à" é mato. Eu mesma faço isso quando não chego ao "shift" a tempo, mas é completamente por acidente.
Escrever "esta-mos" em vez de "estamos" é... relativamente normal. O mesmo para va-mos, fala-mos e encomenda-mos. Mas mete-me impressão!
Acentuar advérbios de modo enerva-me mas compreendo porque não vejo lógica em não serem acentuados.
Mas... "Exmo.(és) Sr(és)" é nova e ainda não consegui descortinar qual é o sentido! Pensei e pensei e não chego lá.
E agora recebo uma mensagem de SPAM que tem em assunto "Mocas perversas chupam com avidez penises"... quer dizer... a falta da cedilha nas moças pode ter algo que ver com uma posição particular em relação ao acordo ortográfico ou os "pierçings" (ver este post)... mas chupar penises é pura e simples má língua!
Falta de sentido de oportunidade
No Expresso:
"A Cepsa vai descer os seus preços de referência dos combustíveis, com a gasolina a baixar 5,5 cêntimos e o gasóleo 4 cêntimos, a partir das 00h00 de quarta-feira, anunciou hoje a empresa."
Agora adivinhem quem é que atestou o depósito ontem de manhã!
"A Cepsa vai descer os seus preços de referência dos combustíveis, com a gasolina a baixar 5,5 cêntimos e o gasóleo 4 cêntimos, a partir das 00h00 de quarta-feira, anunciou hoje a empresa."
Agora adivinhem quem é que atestou o depósito ontem de manhã!
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Conhecimento inútil
Do lado esquerdo aqui do tasco tem uma caixinha com pequenas pérolas de conhecimento inútil (que é para combinar com o espírito deste blogue). Há nem me dou conta dela, mas hoje apareceu o seguinte:
"Cats may copulate over 30 times a day. While a male feline may stalk a female for days at a time, once they mate, the entire sexual act only lasts a few seconds... not unlike certain humans!"
E pronto, está tudo dito! Montes de preliminares e rambóia o dia todo... e ainda perguntam porque é que eu gosto de gatos! Já agora, a formulação do texto está ambígua, mas sei por experiência que a cópula é com a mesma gata. Mesmo nos leões vê-se a mesma coisa.
"Cats may copulate over 30 times a day. While a male feline may stalk a female for days at a time, once they mate, the entire sexual act only lasts a few seconds... not unlike certain humans!"
E pronto, está tudo dito! Montes de preliminares e rambóia o dia todo... e ainda perguntam porque é que eu gosto de gatos! Já agora, a formulação do texto está ambígua, mas sei por experiência que a cópula é com a mesma gata. Mesmo nos leões vê-se a mesma coisa.
Às tantas...
... 3 cafés é capaz de ter sido demais! Ou então foi outra coisa qualquer que me pôs zangada... e eu não queria...
Zangada!
Dizem que há aí uma crise e mais não sei quê e que a culpa foi do subprime e tal e coisa. Treta! Esta gente não sabe o que diz e não sabe ir à raíz das coisas! O que se passa é que a malta está deprimida e não gasta, pelo que toda a economia vai com o caraças!
Então mas as gajas não vão às compras quando estão deprimidas? Isso, meus amigos, é puro mito urbano! É o que querem os gurus da economia fazer-vos crer! Sim, esses mesmos que diziam barbaridades como o que é bom para Wall Street é bom para todos e outras cretinices que nos puseram a ter medo de pedir dinheiro emprestado. E sobretudo de o gastar, o que verdadeiramente transformará a crise financeira numa crise económica (e por um momento vocês até acreditaram que eu sabia a diferença entre uma coisa e a outra!).
A realidade é que uma gaja deprimida até gasta. Mas gasta em anti-depressivos e outras parvoeiras. Então mas e os anti-depressivos não alimentam a indústria farmacêutica, que até é uma indústria de elevado valor acrescentado e gera montes de dinheiro e mais não sei o quê? Duuuuuh! Eles depois põem os lucros em paraísos fiscais** onde (por definição) não pagam quase impostos e o dinheiro não entra em circulação para pagar merdas como auto-estradas, TGV e Rendimento de Inserção a que não precisa dele (o que só por si é um pilar da sociedade). E acham que isto faz o mundo andar para a frente? Não creio!
E agora? A Abobrinha, lógica e perspicaz como sempre, tem a solução: manter as pessoas zangadas! As pessoas deprimidas sentam-se e não fazem um boi, só dormem e comem! Isto, novamente, dá cabo da economia. E com a crise dos cereais, mesmo o excesso de comida pode ser um problema sério (já viram o preço de uma caixa de Special K?). E se se engorda ainda dá mais problemas porque a obesidade vai ajudar a engordar... a indústria farmacêutica que, como vimos, é a raíz de todos os males do mundo conhecido e desconhecido.
As pessoas zangadas têm que manter-se zangadas! E se não estão zangadas que chegue arranjam maneira de se enervar, sorvendo copiosas quantidades de café. Ora o café promove a economia de pequenos e grandes países, desde os produtores de café africanos e latino-americanos à Itália até ao mundo que é o George Clooney.
Pela parte que me toca, hoje emborquei 3 cafés: está visto que se for o coração a matar-me, não será por causa de mais ou menos cafeína! E se for, ao menos morro consoladinha e jovem, pelo que não chego a receber reforma. Chegar a velha é também outra fonte de prejuízo para a sociedade, mas nem é por causa da reforma em si (porque um reformado tem mais tempo para beber café, com todas as consequências enunciadas acima): é porque vou ter doenças que vão... engordar a indústria farmacêutica! E o que é a indústria farmacêutica? A raíz de todos os males!
As pessoas zangadas têm também tendência a fazer quilómetros de automóvel só para descarregar no mesmo o que não podem descarregar nos outros. Ora os automóveis gastam gasóleo! Sim, há uns mariquinhas que gastam gasolina, mas isso é para quem tem medo de fazer quilómetros como um macho! Patético! Ah, e tal, porque parece que faz mal ao ambiente... mas que gente tão miudinha! Assim a preocupar-se vão ficar doentes, o que... ah pois! Começam a ver o problema, certo?
Ora à volta da indústria automóvel giram vários mundos, desde a manufactura em si até às seguradoras, bancos que emprestam dinheiro para adquirir carros com muitos "burros" e indústria de combustíveis. Os combustíveis vêm de países duvidosos e que fazem parte de algum eixo do mal. Isto é importante porque mantém guerras, que mantêm as pessoas zangadas e a beber muito café (com todos os benefícios que se sabe) para congeminarem estratégias de morte e destruição maciças . E o dinheiro circula aqui de modo a alimentar a indústria de armamento e ir ter aos bolsos de barões de petróleo com ideias estranhas acerca da dignidade da mulher. Estranhas mas ao menos assumidas e autênticas! E se há coisa que eu aprecio num homem é que ele seja autêntico e não me engane!
Os bancos fazem o dinheiro circular (o que é bom). Os seguros ainda é naquela quando é só para nos ir ao bolso. Quando é para pagar ferimentos é que é chato porque estão a alimentar... a indústria farmacêutica!
Isto é assustador! A indústria farmacêutica tem que ser parada! Bute destruir a indústria farmacêutica! Passamos a viver de mezinhas caseiras e terapias New Age. Que não funcionam. E por não funcionarem nos deixam... zangados! Como a economia precisa!
** Não faço ideia se sim, se não, mas neste momento preciso que o façam, para garantir coerência à minha teoria.
NOTA: Ter escrito este texto fez-me rir e esquecer-me exactamente porque é que estava tão zangada, o que poderá ter consequências nefastas para a economia. Eu às vezes penso que tenho um pequeno problema de coerência! Mas ao menos não fiquei deprimida, pelo que não alimentarei a indústria farmacêutica. Isso é que é essencial!
Então mas as gajas não vão às compras quando estão deprimidas? Isso, meus amigos, é puro mito urbano! É o que querem os gurus da economia fazer-vos crer! Sim, esses mesmos que diziam barbaridades como o que é bom para Wall Street é bom para todos e outras cretinices que nos puseram a ter medo de pedir dinheiro emprestado. E sobretudo de o gastar, o que verdadeiramente transformará a crise financeira numa crise económica (e por um momento vocês até acreditaram que eu sabia a diferença entre uma coisa e a outra!).
A realidade é que uma gaja deprimida até gasta. Mas gasta em anti-depressivos e outras parvoeiras. Então mas e os anti-depressivos não alimentam a indústria farmacêutica, que até é uma indústria de elevado valor acrescentado e gera montes de dinheiro e mais não sei o quê? Duuuuuh! Eles depois põem os lucros em paraísos fiscais** onde (por definição) não pagam quase impostos e o dinheiro não entra em circulação para pagar merdas como auto-estradas, TGV e Rendimento de Inserção a que não precisa dele (o que só por si é um pilar da sociedade). E acham que isto faz o mundo andar para a frente? Não creio!
E agora? A Abobrinha, lógica e perspicaz como sempre, tem a solução: manter as pessoas zangadas! As pessoas deprimidas sentam-se e não fazem um boi, só dormem e comem! Isto, novamente, dá cabo da economia. E com a crise dos cereais, mesmo o excesso de comida pode ser um problema sério (já viram o preço de uma caixa de Special K?). E se se engorda ainda dá mais problemas porque a obesidade vai ajudar a engordar... a indústria farmacêutica que, como vimos, é a raíz de todos os males do mundo conhecido e desconhecido.
As pessoas zangadas têm que manter-se zangadas! E se não estão zangadas que chegue arranjam maneira de se enervar, sorvendo copiosas quantidades de café. Ora o café promove a economia de pequenos e grandes países, desde os produtores de café africanos e latino-americanos à Itália até ao mundo que é o George Clooney.
Pela parte que me toca, hoje emborquei 3 cafés: está visto que se for o coração a matar-me, não será por causa de mais ou menos cafeína! E se for, ao menos morro consoladinha e jovem, pelo que não chego a receber reforma. Chegar a velha é também outra fonte de prejuízo para a sociedade, mas nem é por causa da reforma em si (porque um reformado tem mais tempo para beber café, com todas as consequências enunciadas acima): é porque vou ter doenças que vão... engordar a indústria farmacêutica! E o que é a indústria farmacêutica? A raíz de todos os males!
As pessoas zangadas têm também tendência a fazer quilómetros de automóvel só para descarregar no mesmo o que não podem descarregar nos outros. Ora os automóveis gastam gasóleo! Sim, há uns mariquinhas que gastam gasolina, mas isso é para quem tem medo de fazer quilómetros como um macho! Patético! Ah, e tal, porque parece que faz mal ao ambiente... mas que gente tão miudinha! Assim a preocupar-se vão ficar doentes, o que... ah pois! Começam a ver o problema, certo?
Ora à volta da indústria automóvel giram vários mundos, desde a manufactura em si até às seguradoras, bancos que emprestam dinheiro para adquirir carros com muitos "burros" e indústria de combustíveis. Os combustíveis vêm de países duvidosos e que fazem parte de algum eixo do mal. Isto é importante porque mantém guerras, que mantêm as pessoas zangadas e a beber muito café (com todos os benefícios que se sabe) para congeminarem estratégias de morte e destruição maciças . E o dinheiro circula aqui de modo a alimentar a indústria de armamento e ir ter aos bolsos de barões de petróleo com ideias estranhas acerca da dignidade da mulher. Estranhas mas ao menos assumidas e autênticas! E se há coisa que eu aprecio num homem é que ele seja autêntico e não me engane!
Os bancos fazem o dinheiro circular (o que é bom). Os seguros ainda é naquela quando é só para nos ir ao bolso. Quando é para pagar ferimentos é que é chato porque estão a alimentar... a indústria farmacêutica!
Isto é assustador! A indústria farmacêutica tem que ser parada! Bute destruir a indústria farmacêutica! Passamos a viver de mezinhas caseiras e terapias New Age. Que não funcionam. E por não funcionarem nos deixam... zangados! Como a economia precisa!
** Não faço ideia se sim, se não, mas neste momento preciso que o façam, para garantir coerência à minha teoria.
NOTA: Ter escrito este texto fez-me rir e esquecer-me exactamente porque é que estava tão zangada, o que poderá ter consequências nefastas para a economia. Eu às vezes penso que tenho um pequeno problema de coerência! Mas ao menos não fiquei deprimida, pelo que não alimentarei a indústria farmacêutica. Isso é que é essencial!
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Rapunzel - parte 2
No último episódio desta saga, escrito quando eu estava com a cabeça um bocadinho mais no sítio (se é que alguma vez a tive), tinha eu acabado de me aperceber que estava fechada na minha própria casa, um pouco como a Rapunzel, mas com o cabelo mais curto e tinha chegado à conclusão de que tinha que pedir ajuda a alguém que não ao vizinho do lado.
Estava perfeitamente equipada para um período de reclusão: toda transpirada da lida da casa, sem protector solar (era hora de almoço) e armada de limpa-vidros e jornal! Pena o jornal já estar todo ensopado, senão daria para ler as notícias.
Acenei por piedade aos frequentadores da esplanada, que um por um (que era para ser mais humilhante) se aperceberam que estava uma dama em sarilhos a acenar da varanda. Não sei exactamente porquê, mas lembrei-me da exposição que vi na Alfândega do Porto há montes de anos sobre tortura e pena capital. Um dos métodos de tortura era expor o condenado na rua e os vizinhos atirarem-lhe coisas e insultá-lo com o coitado indefeso. Mas como não foi nesse dia que eu cantei em altos berros no duche, safei-me de uma saraivada de tomates podres. Mas não perco pela demora!
O pessoal foi acordando, mas ninguém se queria convencer que tinha que fazer alguma coisa. Até que uma senhora se foi aproximando e perguntando o que se passava. Disse-lhe para chamar os bombeiros, mas para antes ligar ao meu pai, porque obviamente tinha que se rebentar a porta. Diz-me a senhora para escrever o número de telemóvel do meu pai... mas com quê? Eu não tinha planeado exactamente ficar fechada do lado de fora da minha própria casa! A intenção foi boa!
Agora se começa a ver a fibra de um povo! E vê-se como? Pela capacidade de improviso de dobrar as regras. Refira-se que por esta altura aquela secção da rua estava em peso à janela a mandar bitaites (mas esta gente não é capaz de ver uma pessoa ser humilhada em paz?).
"Os bombeiros não, que isso aconteceu ao meu primo Chico e ele teve que pagar uns cento e tal euros"
"Trepa-se à varanda e rebenta-se a porta!"
"Parte um vidro!"
"Não há mais ninguém com chave de casa?"
"E a janela da cozinha, está aberta? Ou outras janelas?"
A isto chama-se na gíria brainstorming e é a base de grandes decisões. Trabalho de grupo! O verdadeiro evento corporativo versão proletário (já lá vamos). Aliás, as totós das formadoras do "Magalhão" deviam ter prendido uns professores numa varanda alta e desafiado os outros professores a tirarem-nos de lá. O que ia ser giro, porque tenho a certeza que se descobriria um grupo a conspirar para deixar lá um colega a morrer de fome e frio, mas isso são outras conversas.
Lá em baixo a turba conspirava quando eu revelei que tinha uma nesga de uma janela aberta. Foi pura sorte e mesmo azelhice, porque pensei que a tinha fechado por causa da brilhante ideia de o vizinho do lado ter decidido grelhar um peixinho, arrastando a porra da fumaça para minha casa. Arejar a casa é uma coisa; defumá-la é outra inteiramente diferente.
Nesta altura eu tinha perdido o controlo à coisa (eu diria que o perdi quando me fechei do lado de fora da varanda, mas é uma opinião) e nunca mais se falou em chamar bombeiros, polícia ou mesmo o meu progenitor. Lá em baixo uma catraia de 7-8 anos guichava "ficou fechada do lado de fora! Ficou fechada do lado de fora!", o que me fez pensar nas maravilhas da maternidade. Nomeadamente no hábito chinês de dar certo e determinado destino às fêmeas da descendência. Aliás há-de ver que nestes dias andei muito maternal (tenho outro post no meu moleskine, que escrevi para não me conter de estrafegar a prole de outra criatura (apesar de ter a certeza que ela me agradeceria).
E por agora é tudo, porque me está a acabar a bateria e tenho que ir pregar para outra freguesia.
I'll be back... é uma ameaça!
Estava perfeitamente equipada para um período de reclusão: toda transpirada da lida da casa, sem protector solar (era hora de almoço) e armada de limpa-vidros e jornal! Pena o jornal já estar todo ensopado, senão daria para ler as notícias.
Acenei por piedade aos frequentadores da esplanada, que um por um (que era para ser mais humilhante) se aperceberam que estava uma dama em sarilhos a acenar da varanda. Não sei exactamente porquê, mas lembrei-me da exposição que vi na Alfândega do Porto há montes de anos sobre tortura e pena capital. Um dos métodos de tortura era expor o condenado na rua e os vizinhos atirarem-lhe coisas e insultá-lo com o coitado indefeso. Mas como não foi nesse dia que eu cantei em altos berros no duche, safei-me de uma saraivada de tomates podres. Mas não perco pela demora!
O pessoal foi acordando, mas ninguém se queria convencer que tinha que fazer alguma coisa. Até que uma senhora se foi aproximando e perguntando o que se passava. Disse-lhe para chamar os bombeiros, mas para antes ligar ao meu pai, porque obviamente tinha que se rebentar a porta. Diz-me a senhora para escrever o número de telemóvel do meu pai... mas com quê? Eu não tinha planeado exactamente ficar fechada do lado de fora da minha própria casa! A intenção foi boa!
Agora se começa a ver a fibra de um povo! E vê-se como? Pela capacidade de improviso de dobrar as regras. Refira-se que por esta altura aquela secção da rua estava em peso à janela a mandar bitaites (mas esta gente não é capaz de ver uma pessoa ser humilhada em paz?).
"Os bombeiros não, que isso aconteceu ao meu primo Chico e ele teve que pagar uns cento e tal euros"
"Trepa-se à varanda e rebenta-se a porta!"
"Parte um vidro!"
"Não há mais ninguém com chave de casa?"
"E a janela da cozinha, está aberta? Ou outras janelas?"
A isto chama-se na gíria brainstorming e é a base de grandes decisões. Trabalho de grupo! O verdadeiro evento corporativo versão proletário (já lá vamos). Aliás, as totós das formadoras do "Magalhão" deviam ter prendido uns professores numa varanda alta e desafiado os outros professores a tirarem-nos de lá. O que ia ser giro, porque tenho a certeza que se descobriria um grupo a conspirar para deixar lá um colega a morrer de fome e frio, mas isso são outras conversas.
Lá em baixo a turba conspirava quando eu revelei que tinha uma nesga de uma janela aberta. Foi pura sorte e mesmo azelhice, porque pensei que a tinha fechado por causa da brilhante ideia de o vizinho do lado ter decidido grelhar um peixinho, arrastando a porra da fumaça para minha casa. Arejar a casa é uma coisa; defumá-la é outra inteiramente diferente.
Nesta altura eu tinha perdido o controlo à coisa (eu diria que o perdi quando me fechei do lado de fora da varanda, mas é uma opinião) e nunca mais se falou em chamar bombeiros, polícia ou mesmo o meu progenitor. Lá em baixo uma catraia de 7-8 anos guichava "ficou fechada do lado de fora! Ficou fechada do lado de fora!", o que me fez pensar nas maravilhas da maternidade. Nomeadamente no hábito chinês de dar certo e determinado destino às fêmeas da descendência. Aliás há-de ver que nestes dias andei muito maternal (tenho outro post no meu moleskine, que escrevi para não me conter de estrafegar a prole de outra criatura (apesar de ter a certeza que ela me agradeceria).
E por agora é tudo, porque me está a acabar a bateria e tenho que ir pregar para outra freguesia.
I'll be back... é uma ameaça!
Uma questão de bolas
No Expresso:
"Tem 23 anos, chama-se Eva Roob e decidiu trocar as chuteiras do futebol profissional alemão pela carreira de actriz de filmes pornográficos. [...]
Sob o pseudónimo de Samira Summer, Eva Roob protagoniza cenas escaldantes que pouco têm a ver com a acção dentro do campo de futebol. Embora o desporto seja uma das suas paixões, a jogadora revela as dificuldades do competição no feminino: "O futebol não me chegava para viver e foi por isso que comecei a trabalhar à noite. Muitas vezes acabava as minhas cenas sexuais às cinco da manhã e às dez já tinha de estar treinar. Era muito stressante"."
Discordo da parte da mudança de carreira: em vez de trabalhar com uma bola, passou a trabalhar com duas e um pau. Mais uma prova de que as mulheres conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo.
O nome é que é uma merda: devia ser Ema Boob! Samira Summer? Bah! Sexo é uma actividade indoor, é irrelevante se é Summer ou Winter!
Mas a carreira de actriz porno está claramente em alta, porque (de novo no Expresso):
"Steven Soderbergh, que ganhou o Óscar com o filme "Traffic", já escolheu a protagonista do seu próximo trabalho: chama-se Sasha Grey e é nada mais, nada menos do que uma estrela da indústria pornográfica.[...]
Em "The Girlfriend Experience" a actriz vai encarnar uma prostituta de luxo, numa história que explora o mundo da prostituição visto por uma 'call girl' que cobra mais de sete mil euros por cada noite. Embora seja a primeira vez que entra numa longa-metragem como protagonista, Grey já teve outras três participações noutros filmes, com pequenos papéis. "
Atenção ao título: The girlfriend experience, que traduzo livremente para "a experiência da namorada"... para uma não relação, ou seja, algo que não é um compromisso formal, 7 000 euros por noite parece-me um compromisso do carago! Há casamentos que não exigem tanto!
"Tem 23 anos, chama-se Eva Roob e decidiu trocar as chuteiras do futebol profissional alemão pela carreira de actriz de filmes pornográficos. [...]
Sob o pseudónimo de Samira Summer, Eva Roob protagoniza cenas escaldantes que pouco têm a ver com a acção dentro do campo de futebol. Embora o desporto seja uma das suas paixões, a jogadora revela as dificuldades do competição no feminino: "O futebol não me chegava para viver e foi por isso que comecei a trabalhar à noite. Muitas vezes acabava as minhas cenas sexuais às cinco da manhã e às dez já tinha de estar treinar. Era muito stressante"."
Discordo da parte da mudança de carreira: em vez de trabalhar com uma bola, passou a trabalhar com duas e um pau. Mais uma prova de que as mulheres conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo.
O nome é que é uma merda: devia ser Ema Boob! Samira Summer? Bah! Sexo é uma actividade indoor, é irrelevante se é Summer ou Winter!
Mas a carreira de actriz porno está claramente em alta, porque (de novo no Expresso):
"Steven Soderbergh, que ganhou o Óscar com o filme "Traffic", já escolheu a protagonista do seu próximo trabalho: chama-se Sasha Grey e é nada mais, nada menos do que uma estrela da indústria pornográfica.[...]
Em "The Girlfriend Experience" a actriz vai encarnar uma prostituta de luxo, numa história que explora o mundo da prostituição visto por uma 'call girl' que cobra mais de sete mil euros por cada noite. Embora seja a primeira vez que entra numa longa-metragem como protagonista, Grey já teve outras três participações noutros filmes, com pequenos papéis. "
Atenção ao título: The girlfriend experience, que traduzo livremente para "a experiência da namorada"... para uma não relação, ou seja, algo que não é um compromisso formal, 7 000 euros por noite parece-me um compromisso do carago! Há casamentos que não exigem tanto!
domingo, 19 de outubro de 2008
Mais um novo dia
Despois de me cansar propositadamente para não ter dificuldade em adormecer acordei para um novo dia.
Tenho motivos para sorrir, alguns externos a mim. Como a amiga que faz contorcionismo para me falar do único sítio onde tem rede e me confirma que não estou louca, à que me faz um chazinho e scones quentes (nota mental: manteiga não é para mim, definitivamente), à que quer que eu vá com ela tomar um copo (não tinha energia e não estava em condições para pegar no carro de novo).
Mas sobretudo tenho que sorrir porque não me traí a mim mesma nem a outros. Não havia era necessidade de tanto espalhafato, sinceramente! Agora só precisava mesmo de um pedido de desculpas sincero e de saber porquê. Ou melhor... não preciso sequer disso... mas sabia bem! Preciso é de saber que a outra pessoa está bem.
E recomeço. Como se fosse a primeira vez. Mais uma vez.
Tenho motivos para sorrir, alguns externos a mim. Como a amiga que faz contorcionismo para me falar do único sítio onde tem rede e me confirma que não estou louca, à que me faz um chazinho e scones quentes (nota mental: manteiga não é para mim, definitivamente), à que quer que eu vá com ela tomar um copo (não tinha energia e não estava em condições para pegar no carro de novo).
Mas sobretudo tenho que sorrir porque não me traí a mim mesma nem a outros. Não havia era necessidade de tanto espalhafato, sinceramente! Agora só precisava mesmo de um pedido de desculpas sincero e de saber porquê. Ou melhor... não preciso sequer disso... mas sabia bem! Preciso é de saber que a outra pessoa está bem.
E recomeço. Como se fosse a primeira vez. Mais uma vez.
sábado, 18 de outubro de 2008
Novo dia
Hoje é um novo dia!
Saio de casa com os olhos inchados e um sorriso fingido, na esperança que um verdadeiro o venha substituir em breve.
Está sol lá fora, mas cá dentro está tudo muito negro...
Saio de casa com os olhos inchados e um sorriso fingido, na esperança que um verdadeiro o venha substituir em breve.
Está sol lá fora, mas cá dentro está tudo muito negro...
É claro que às vezes pensar que se fez bem...
... é inteiramente diferente de se ter feito bem! Mas porque é que eu sou tão complicada? Porque é que as coisas são tão complicadas quando na realidade podem ser tão simples? E têm que ser tão simples!
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Filmes da minha vida
Sou mais cinéfila que uma pessoa de música. Não tenho o filme da minha vida e não me obriguem a escolher 5 filmes que me marcaram porque a resposta é que nenhum deles me marcou. Eventualmente uma coisita por outra me lembra algo ou me dá uma lição.
Também não sou de ter frases célebres de filmes e aborrece-me coisas como fixar frases do estilo "we'll always have Paris" ou "you do know how to wistle, don't you? Just put your lips together and blow". Mas que merda é esta? O que é que isto quer dizer? Encontro mais significado no "now I understand the divorce" da Carrie quando viu a exiguidade do armário de sapatos da casa nova (que estava à venda por causa de um divórcio), mas isso é porque eu não sou bem apertada do juízo (se é que havia dúvidas).
Contudo, hoje duas frases me vieram à ideia de dois filmes altamente alternativos.
"It's not in your nature"
Disse o personagem que interpretava o Forrest Whitaker no "Jogo de lágrimas" (Crying game) a propósito de um terrorista do IRA se excitado com a fotografia da namorada dele. Algumas pessoas com o bom gosto e sorte de terem apanhado este filme sabem que a boazona da namorada do moço era uma mulher de tomates (literalmente)... mas enganava bem!
"Tu as l'option d'ètre intégre!"
(quem perceber mais de francês que eu que me corrija por favor se me enganei)
Sábias palavras da avó da Marjane no filme Persepolis (ver este post), que se aplicam a tudo e todos (mulheres de tomates incluídas).
Acho que toda a gente deve ver estes dois filmes, por estas lições de vida e pela qualidade dos filmes em si. OK, e também para distinguir um transsexual quando têm um à frente (é que aquilo estava muito perfeitinho, enganava qualquer um!).
Vendo ou não os filmes, permanecer fiel à sua própria natureza é essencial para se ser feliz e fazer os outros felizes. Claro que isto pressupõe reconhecer qual é a sua própria natureza. E em qualquer situação, ser íntegro! Nem quando apetece não ser e quando é a opção que mais custa!
Hoje, com grande dor fiz as duas coisas. É agri-doce porque a via mais fácil pareceria (e seria certamente) mandar ambos estes princípios às malvas. Mas mantive-me firme e sei que foi a melhor opção. Estou a sofrer, fiz sofrer, mas as coisas vão-se resolver e no fim vai haver gente feliz com lágrimas. Eu estou lavada em lágrimas, mas sei que (globalmente) fiz bem. Não se pode pedir mais! Fico sozinha, mas não fui contra a minha natureza e não perdi a integridade. E não perdi a fé nos outros nem (mais importante) em mim!
Estou só mas estou bem. Estou a sofrer que nem um animal mas estou estranhamente bem! E pus em palavras o princípios que norteiam a minha vida e espero manter até morrer bem velhinha. Nem que me custe muito... nem que fique sem mais lágrimas para chorar...
Não era esta a versão da música que me recordo, mas esta serve para ilustrar (tem ali um som metálico a mais, mas não faz mal). Ouçam a música que é linda!
Também não sou de ter frases célebres de filmes e aborrece-me coisas como fixar frases do estilo "we'll always have Paris" ou "you do know how to wistle, don't you? Just put your lips together and blow". Mas que merda é esta? O que é que isto quer dizer? Encontro mais significado no "now I understand the divorce" da Carrie quando viu a exiguidade do armário de sapatos da casa nova (que estava à venda por causa de um divórcio), mas isso é porque eu não sou bem apertada do juízo (se é que havia dúvidas).
Contudo, hoje duas frases me vieram à ideia de dois filmes altamente alternativos.
"It's not in your nature"
Disse o personagem que interpretava o Forrest Whitaker no "Jogo de lágrimas" (Crying game) a propósito de um terrorista do IRA se excitado com a fotografia da namorada dele. Algumas pessoas com o bom gosto e sorte de terem apanhado este filme sabem que a boazona da namorada do moço era uma mulher de tomates (literalmente)... mas enganava bem!
"Tu as l'option d'ètre intégre!"
(quem perceber mais de francês que eu que me corrija por favor se me enganei)
Sábias palavras da avó da Marjane no filme Persepolis (ver este post), que se aplicam a tudo e todos (mulheres de tomates incluídas).
Acho que toda a gente deve ver estes dois filmes, por estas lições de vida e pela qualidade dos filmes em si. OK, e também para distinguir um transsexual quando têm um à frente (é que aquilo estava muito perfeitinho, enganava qualquer um!).
Vendo ou não os filmes, permanecer fiel à sua própria natureza é essencial para se ser feliz e fazer os outros felizes. Claro que isto pressupõe reconhecer qual é a sua própria natureza. E em qualquer situação, ser íntegro! Nem quando apetece não ser e quando é a opção que mais custa!
Hoje, com grande dor fiz as duas coisas. É agri-doce porque a via mais fácil pareceria (e seria certamente) mandar ambos estes princípios às malvas. Mas mantive-me firme e sei que foi a melhor opção. Estou a sofrer, fiz sofrer, mas as coisas vão-se resolver e no fim vai haver gente feliz com lágrimas. Eu estou lavada em lágrimas, mas sei que (globalmente) fiz bem. Não se pode pedir mais! Fico sozinha, mas não fui contra a minha natureza e não perdi a integridade. E não perdi a fé nos outros nem (mais importante) em mim!
Estou só mas estou bem. Estou a sofrer que nem um animal mas estou estranhamente bem! E pus em palavras o princípios que norteiam a minha vida e espero manter até morrer bem velhinha. Nem que me custe muito... nem que fique sem mais lágrimas para chorar...
Não era esta a versão da música que me recordo, mas esta serve para ilustrar (tem ali um som metálico a mais, mas não faz mal). Ouçam a música que é linda!
Outra coisa que eu não tenho por hábito é prestar atenção às letras. Mas vou abrir uma excepção, porque estou tão sensível e por se encaixar quase que nem uma luva ao espírito do que me aconteceu.
"I know all there is to know about the crying game
I've had my share of the crying game
First there are kisses, then there are sighs
And then before you know where you are
You're sayin goodbye
One day soon I'm gonna tell the moon about the crying game
And if he knows maybe he'll explain
Why there are heartaches, why there are tears
And what to do to stop feeling blue
When love disappears
I know all there is to know about the crying game
I've had my share of the crying game
First there are kisses, then there are sighs
And then before you know where you are
You're sayin goodbye
Don't want no more of the crying game
Don't want no more of the crying game
Don't want no more of the crying game
Dont want no more of the crying game"
E digam-me lá se isto realmente parece um gajo! Mas é!
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Rapunzel - Parte 1
Gosto de contos de fadas, mas a Rapunzel nunca foi assim um favorito. Mas foi o primeiro que me ocorreu há um tempo quando estava a limpar os vidros da minha casa.
Limpar os vidros não tem nada que saber: é só saber lutar Karaté! E aqui se distingue um trintão de um cidadão mais novo, porque um trintão se recorda claramente do Ralph Macchio magricela, com as calças de cintura muito subida, ainda com a voz esganiçada de adolescente a cortar um bonsai ("what come from inside, always right"), ir a um baile de máscaras vestido de chuveiro, a apanhar porrada de criar bicho de maus vestidos de esqueletos e depois ser cravado para lavar os vidros do stand de usados do Mr. Miagui (só pode, porque não sei onde é que ele arranjou tanto carro) para aprender Karate. Também havia uma cena com uma mosca, mas nada de sexo, o que justifica como é que os trintões sairam todos meios abanados do capacete.
Havia ainda o Peter Cetera a cantar "I am a man/ Who will fight/ For your honour" todo de preto num cenário de quarto japonês lindíssimo enquanto mexia as mãos como se estivesse a cantar fado, fazia esgares como se estivesse a arrear o calhau e se mexia de forma suspeita! E agora que reparo bem, tinha os dentes quase tão brancos como os do Paulo Portas. E para tornar óbvio como sou velha, eu vi isto em VHS (podia ser pior: podia ter visto em Beta). E via este próximo vídeo no Europe Television, possivelmente no Countdown com o Adam Curry... estou velha, nitidamente!
Onde é que eu ia? Ah, nos vidros! Fácil: é só fazer como o Daniel: wax on, wax off (para fins dramáticos vamos fingir que encerar um carro é o mesmo que lavar os vidros)! Quanto ao movimento estamos conversados: wax on, wax off. O resto é mais complicado e exige mais ciência, como descobri às minhas próprias custas.
Os vidros têm dois lados: o de dentro e o de fora. Vamos definir o lado de dentro como aquele que consiste da interface vidro/aconchego do lar e o de fora como a interface mundo cruel exterior/vidro. Há que ter um certo rigor nestas coisas, senão ficam mal entendidos. Limpei todos os vidros de todas as janelas da casa (ambas as interfaces, como convém), sendo que a parte de dentro não tinha espinhas mas a parte de fora implicava risco da minha própria vida porque implicava encavalitar-me perigosamente no parapeito (o que me lembrou da história de uma ex-vizinha fufa, mas não vamos desconversar). E vocês a pensar que a vida de uma dona de casa era fácil e isenta de perigos!
Quando todos os outros vidros estavam imaculados, dirigi-me resolutamente à varanda. E foi aqui que o drama se desenrolou...
A parte de dentro dos vidros não teve assunto. A parte de fora seria à partida mais agradável porque o dia estava lindo e implicaria à partida menos risco que as janelas, já que não havia necessidade de perigosos números de equilibrismo... enganador!
Ora limpava eu os vidros do lado de fora, com determinação, empenho, um jornal e limpa-vidros quando ouço um seco e metálico "tric". Fiquei a olhar para a porta e pensei "se não fosse tão estúpido pensar uma coisa destas, diria que acabei de me trancar do lado de fora da varanda"... mas é claro que seria um pensamento parvo! Como seria absurdo que eu, de facto, estivesse trancada na varanda da minha própria casa... o que se veio a verificar verdade depois de vários safanões na porta... porque ela não abria!
Se eu fosse um pouco mais louca desataria a cantar e a dançar o Rapunzel da Daniela Mercury (se alguém encontrar o vídeo, avise-me), porque o conto de fadas traduzia a minha situação: fechada numa torre por uma bruxa má (no caso, eu). Pensando bem, teria sido até sensato, porque seria chamada uma brigada de intervenção psiquiátrica urgente, o que me resolveria o problema de estar fechada na minha própria varanda da minha própria casa (entrar de novo seria outro problema, que eu resolveria em devido tempo). Mas se eu fosse a Rapunzel, teria cortado as tranças e usado as mesmas para descer em vez de ficar à espera do atado do príncipe que nem uma merda de uma escada sabe arranjar. Mas o meu cabelo não estava assim tão comprido, pelo que não era uma opção.
E agora? Senti vontade de rir pelo ridículo da situação e ocorreu-me várias coisas: fingir que não se tinha passado nada a ver se o assunto se resolvia sozinho, ficar ali sem dizer nada a ninguém até que dessem pela minha falta e me viessem procurar, atirar-me abaixo da janela, partir um vidro para entrar ou chamar ajuda. Felizmente a sensatez e o realismo prevaleceram e optei pela última.
Tentei chamar o meu vizinho debruçando-me pela janela e chamando-o... quando me apercebi que não sabia o nome dele nem da mulher! E chamei "ó vizinho!!!!"... nada! Eu ouvia-o, mas ele não me ouvia. Está visto que Doors às 7 da manhã de domingo aos berros afectam a audição!
Por sorte um dos meus medidores de qualidade de vida é a proximidade de uma padaria. Eu tenho qualidade de vida nesse particular porque há uma em frente à minha... varanda (vou fingir que não é relevante que o pão seja uma merda, o que dá cabo do critério de qualidade de vida). E, consciente do ridículo, esbracejei e pedi ajuda.
(continua)
E agora, como é que a Abobrinha se vai safar desta?? Aceita-se apostas!
Limpar os vidros não tem nada que saber: é só saber lutar Karaté! E aqui se distingue um trintão de um cidadão mais novo, porque um trintão se recorda claramente do Ralph Macchio magricela, com as calças de cintura muito subida, ainda com a voz esganiçada de adolescente a cortar um bonsai ("what come from inside, always right"), ir a um baile de máscaras vestido de chuveiro, a apanhar porrada de criar bicho de maus vestidos de esqueletos e depois ser cravado para lavar os vidros do stand de usados do Mr. Miagui (só pode, porque não sei onde é que ele arranjou tanto carro) para aprender Karate. Também havia uma cena com uma mosca, mas nada de sexo, o que justifica como é que os trintões sairam todos meios abanados do capacete.
Havia ainda o Peter Cetera a cantar "I am a man/ Who will fight/ For your honour" todo de preto num cenário de quarto japonês lindíssimo enquanto mexia as mãos como se estivesse a cantar fado, fazia esgares como se estivesse a arrear o calhau e se mexia de forma suspeita! E agora que reparo bem, tinha os dentes quase tão brancos como os do Paulo Portas. E para tornar óbvio como sou velha, eu vi isto em VHS (podia ser pior: podia ter visto em Beta). E via este próximo vídeo no Europe Television, possivelmente no Countdown com o Adam Curry... estou velha, nitidamente!
Onde é que eu ia? Ah, nos vidros! Fácil: é só fazer como o Daniel: wax on, wax off (para fins dramáticos vamos fingir que encerar um carro é o mesmo que lavar os vidros)! Quanto ao movimento estamos conversados: wax on, wax off. O resto é mais complicado e exige mais ciência, como descobri às minhas próprias custas.
Os vidros têm dois lados: o de dentro e o de fora. Vamos definir o lado de dentro como aquele que consiste da interface vidro/aconchego do lar e o de fora como a interface mundo cruel exterior/vidro. Há que ter um certo rigor nestas coisas, senão ficam mal entendidos. Limpei todos os vidros de todas as janelas da casa (ambas as interfaces, como convém), sendo que a parte de dentro não tinha espinhas mas a parte de fora implicava risco da minha própria vida porque implicava encavalitar-me perigosamente no parapeito (o que me lembrou da história de uma ex-vizinha fufa, mas não vamos desconversar). E vocês a pensar que a vida de uma dona de casa era fácil e isenta de perigos!
Quando todos os outros vidros estavam imaculados, dirigi-me resolutamente à varanda. E foi aqui que o drama se desenrolou...
A parte de dentro dos vidros não teve assunto. A parte de fora seria à partida mais agradável porque o dia estava lindo e implicaria à partida menos risco que as janelas, já que não havia necessidade de perigosos números de equilibrismo... enganador!
Ora limpava eu os vidros do lado de fora, com determinação, empenho, um jornal e limpa-vidros quando ouço um seco e metálico "tric". Fiquei a olhar para a porta e pensei "se não fosse tão estúpido pensar uma coisa destas, diria que acabei de me trancar do lado de fora da varanda"... mas é claro que seria um pensamento parvo! Como seria absurdo que eu, de facto, estivesse trancada na varanda da minha própria casa... o que se veio a verificar verdade depois de vários safanões na porta... porque ela não abria!
Se eu fosse um pouco mais louca desataria a cantar e a dançar o Rapunzel da Daniela Mercury (se alguém encontrar o vídeo, avise-me), porque o conto de fadas traduzia a minha situação: fechada numa torre por uma bruxa má (no caso, eu). Pensando bem, teria sido até sensato, porque seria chamada uma brigada de intervenção psiquiátrica urgente, o que me resolveria o problema de estar fechada na minha própria varanda da minha própria casa (entrar de novo seria outro problema, que eu resolveria em devido tempo). Mas se eu fosse a Rapunzel, teria cortado as tranças e usado as mesmas para descer em vez de ficar à espera do atado do príncipe que nem uma merda de uma escada sabe arranjar. Mas o meu cabelo não estava assim tão comprido, pelo que não era uma opção.
E agora? Senti vontade de rir pelo ridículo da situação e ocorreu-me várias coisas: fingir que não se tinha passado nada a ver se o assunto se resolvia sozinho, ficar ali sem dizer nada a ninguém até que dessem pela minha falta e me viessem procurar, atirar-me abaixo da janela, partir um vidro para entrar ou chamar ajuda. Felizmente a sensatez e o realismo prevaleceram e optei pela última.
Tentei chamar o meu vizinho debruçando-me pela janela e chamando-o... quando me apercebi que não sabia o nome dele nem da mulher! E chamei "ó vizinho!!!!"... nada! Eu ouvia-o, mas ele não me ouvia. Está visto que Doors às 7 da manhã de domingo aos berros afectam a audição!
Por sorte um dos meus medidores de qualidade de vida é a proximidade de uma padaria. Eu tenho qualidade de vida nesse particular porque há uma em frente à minha... varanda (vou fingir que não é relevante que o pão seja uma merda, o que dá cabo do critério de qualidade de vida). E, consciente do ridículo, esbracejei e pedi ajuda.
(continua)
E agora, como é que a Abobrinha se vai safar desta?? Aceita-se apostas!
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Ficken Sie wie ein Weltmeister!
E dizem vocês: o quê? Isto aparece-me regularmente no e-mail do tasco (o tasco que me paga as contas, porque neste trabalho pro bono) porque o filtro de SPAM é uma merda e precisa de um novo. Junto com isto tenho enlarge your penis, grow an anaconda out of your trouser snake, aesthetic sluts (nunca entendi bem o que isto queria dizer), entre outros!
Eu não sabia o que significava "ficken Sie wie ein Weltmeister!" também, mas não precisei de ir ao diccionário alemão-português para saber porque é mais ou menos óbvio. Por acaso não me ensinaram isto no Goethe Institut (e se ensinaram, já me esqueci, como de tudo o resto) mas creio que também haverá língua envolvida no acto, pelo menos se se ficken em condições. Se for mesmo em condições, duas!
Mas por que raio é que eu pus isto num post? Fácil: isto é uma experiência! Estou a experimentar ver quantas e que pesquisas virão da Alemanha depois disto! É que os termos de busca que vêm desembocar neste blogue são surreais. Coisas como:
"gajas com mamas grandes" - normal
"gajas a lamber o pe de outra gaja" - há fetiches para tudo, mas não sei como é que a coisa veio cá ter
"come se vestir" - Se é "como se vestir", é grave que um puto de 3 anos já saiba usar motores de busca e escrever e não se saiba vestir (e peça instruções!). Se é "come se vestir" ou está à procura de cuecas comestíveis ou de um diccionário
"tenho fantasia sexula com meu visinho" - Outro a precisar de um diccionário
"20cm de prazer", "chupa meu boi", "omeupontog", "como tratar um homem", "lesbicas incestuosas", "mamas gigantes maluca", "uma loira a fazer um broche", "lamber maminhas" - tudo pelo bom caminho!
"anti bimby" - Há por aí muita mulher solteira ou casada com atitude, o que é bom!
"piercing como faz" - Nem sei nem quero saber!
"soutien amamentação angelina jolie" - Desculpa, mas achas mesmo que ela usa soutien de amamentação?
"poema da queca" - Nós é mais prosa, e bem badalhoca!
"o'que leva as lésbicas a se vestirem como homem?" - Sei lá!
"tendinite no pulso e causada sexualmente" - Arranja um vibrador! Ou uma namorada.
"como escrever codigo genetico" - Atendendo às pesquisas anteriores, é melhor começar com frases simples em português, senão dá mutações estranhas
"assedio a homem casado" - Homens casados ou de algum modo emocionalmente comprometidos para mim estão fora de jogo por definição
"erin cahill tem namorado?" - E estás-me a perguntar isso a mim porquê?
"sabonete de um rapaz posso engravidar" - Bem... depende ao que chamas sabonete!
"morena da nádega arrebitada" - Só uma ou as duas? Pá, uma pequena quebra de simetria ainda é naquela, mas uma descaída e uma arrebitada é capaz de parecer estranho.
Vamos a ver no que dá!
NOTA: Estive a responder aos comentários que não tinha respondido desde o post em que fiz a mala. Perdoem-me a falta de teor badalhocal, mas estou desabituada de escrever e a tentar ver o que me falta no computador. Mas isto vai ao sítio...
Eu não sabia o que significava "ficken Sie wie ein Weltmeister!" também, mas não precisei de ir ao diccionário alemão-português para saber porque é mais ou menos óbvio. Por acaso não me ensinaram isto no Goethe Institut (e se ensinaram, já me esqueci, como de tudo o resto) mas creio que também haverá língua envolvida no acto, pelo menos se se ficken em condições. Se for mesmo em condições, duas!
Mas por que raio é que eu pus isto num post? Fácil: isto é uma experiência! Estou a experimentar ver quantas e que pesquisas virão da Alemanha depois disto! É que os termos de busca que vêm desembocar neste blogue são surreais. Coisas como:
"gajas com mamas grandes" - normal
"gajas a lamber o pe de outra gaja" - há fetiches para tudo, mas não sei como é que a coisa veio cá ter
"come se vestir" - Se é "como se vestir", é grave que um puto de 3 anos já saiba usar motores de busca e escrever e não se saiba vestir (e peça instruções!). Se é "come se vestir" ou está à procura de cuecas comestíveis ou de um diccionário
"tenho fantasia sexula com meu visinho" - Outro a precisar de um diccionário
"20cm de prazer", "chupa meu boi", "omeupontog", "como tratar um homem", "lesbicas incestuosas", "mamas gigantes maluca", "uma loira a fazer um broche", "lamber maminhas" - tudo pelo bom caminho!
"anti bimby" - Há por aí muita mulher solteira ou casada com atitude, o que é bom!
"piercing como faz" - Nem sei nem quero saber!
"soutien amamentação angelina jolie" - Desculpa, mas achas mesmo que ela usa soutien de amamentação?
"poema da queca" - Nós é mais prosa, e bem badalhoca!
"o'que leva as lésbicas a se vestirem como homem?" - Sei lá!
"tendinite no pulso e causada sexualmente" - Arranja um vibrador! Ou uma namorada.
"como escrever codigo genetico" - Atendendo às pesquisas anteriores, é melhor começar com frases simples em português, senão dá mutações estranhas
"assedio a homem casado" - Homens casados ou de algum modo emocionalmente comprometidos para mim estão fora de jogo por definição
"erin cahill tem namorado?" - E estás-me a perguntar isso a mim porquê?
"sabonete de um rapaz posso engravidar" - Bem... depende ao que chamas sabonete!
"morena da nádega arrebitada" - Só uma ou as duas? Pá, uma pequena quebra de simetria ainda é naquela, mas uma descaída e uma arrebitada é capaz de parecer estranho.
Vamos a ver no que dá!
NOTA: Estive a responder aos comentários que não tinha respondido desde o post em que fiz a mala. Perdoem-me a falta de teor badalhocal, mas estou desabituada de escrever e a tentar ver o que me falta no computador. Mas isto vai ao sítio...
Declaração solene
Eu (pessoa que escreve como Abobrinha) venho por este meio solenemente declarar que este é o último computador caro que compro na minha vida!!!
Tenho por norma não optar por coisas descartáveis. Tanto em objectos como em pessoas opto pela qualidade e por as manter durante muito tempo. Afeiçoo-me a muitos objectos e muito a muitas pessoas. Mas comprar um computador tão caro para não dar problemas e ter como resposta "isso é desgaste" fez-me querer comprar o próximo ao estilo Magalhães: dá para umas voltinhas, deita-se fora e depois compra-se outro, porque é barato.
Em relação às pessoas, se não se importam, vou manter a minha opção pela não descartabilidade: tendo a achar que valem a pena e são mais caras mesmo assim que os computadores. Já fui descartada como um computador barato (mais que uma vez), mas isso são os outros e eu não tenho que ser como ninguém. Sobretudo quando acho que eu é que estou certa! E já apanhei muita pancada (e vou apanhar mais), mas apesar de tudo mantenho a fé nas pessoas e em que cada pessoa que entra na minha vida tem que ser tratada como a primeira. Mas fé em computadores... acho que não!
Por estes dias postarei mais qualquer coisa e responderei aos comentários, mas tenho que recuperar ainda definições do computador, porque ele veio da assistência com outra cara. Mas já tenho computador!
Tenho por norma não optar por coisas descartáveis. Tanto em objectos como em pessoas opto pela qualidade e por as manter durante muito tempo. Afeiçoo-me a muitos objectos e muito a muitas pessoas. Mas comprar um computador tão caro para não dar problemas e ter como resposta "isso é desgaste" fez-me querer comprar o próximo ao estilo Magalhães: dá para umas voltinhas, deita-se fora e depois compra-se outro, porque é barato.
Em relação às pessoas, se não se importam, vou manter a minha opção pela não descartabilidade: tendo a achar que valem a pena e são mais caras mesmo assim que os computadores. Já fui descartada como um computador barato (mais que uma vez), mas isso são os outros e eu não tenho que ser como ninguém. Sobretudo quando acho que eu é que estou certa! E já apanhei muita pancada (e vou apanhar mais), mas apesar de tudo mantenho a fé nas pessoas e em que cada pessoa que entra na minha vida tem que ser tratada como a primeira. Mas fé em computadores... acho que não!
Por estes dias postarei mais qualquer coisa e responderei aos comentários, mas tenho que recuperar ainda definições do computador, porque ele veio da assistência com outra cara. Mas já tenho computador!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
O caminho mais rápido para o coração de um homem
Acabei de evitar um dos maiores erros da minha vida. Casar? Mudar de orientação sexual? Envolver-me com o homem errado? Comprar uns crocs? Não, é muito pior que isso: acabei de dizer que não a uma demonstração da Bimby!
Dizem as más línguas que o caminho mais rápido para o coração de um homem é pelo estómago. Quando eu era inocente assumi que se estava a falar de comida. Depois abadalhoquei e pensei que fosse uma dica subtil (pouco, diga-se!) a sexo oral, mas não faz sentido! Isto porque ou uma gaja não engole e não se passa nada ou egole e aquilo vai para o estómago. Só que nessa altura a direcção não é a do coração (e se fosse, não era o do homem) mas a da entrada sul do aparelho digestivo... será então uma dica para sexo anal? Uma frase tão simples e no entanto tão complicada!
Ao quase aceitar a demonstração da Bimby apercebi-me que tinha regredido badalhocalmente e voltado à concepção inicial (imaculada, claro) do pecado da gula. Ora já que uma gaja vai pecar, que o faça em condições! E se um gajo quer comer comida (a outra alternativa é a gaja, claro), ou faz pela vida e cozinha ele ou paga (a meias, que eu não sou de chular ninguém) ou vai comer a casa da mãezinha dele e volta para o que interessa! Não há Bimby para ninguém!
O meu quase erro fatal tornou-se óbvio quando ouvi falar nas reuniões "Tuppersex", que verdadeiramente interessam a uma mulher solteira (e casada também, diga-se!): são reuniões em casa de alguém em que, à semelhança das reuniões da Tupperware, os acessórios são demonstrados... mas estes são acessórios e brinquedos sexuais.
Isto sim interessa a uma gaja! E a um gajo! Mesmo porque o princípio da Bimby me desagrada um pouco: é o princípio da rapidinha! O que eu como é para saborear e para durar! Infelizmente às vezes é para durar anos e anos nas coxas ou no rabo, não é rapidinha nenhuma a sair e também tenho que transpirar para a coisa ficar em condições!
As reuniões da Bimby são um flagelo para a humanidade! Numa reunião da Bimby uma gaja aprende a ignorar um gajo e a mexer num gadget que o vai fazer engordar e tornar menos interessante. Se é menos interessante há (em princípio) menos sexo. De onde se conclui facilmente que a Bimby é um contraceptivo oral alternativo!
Se a Bimby não funcionar como desincentivo ao sexo, ocorre-me a conversa de uma outra actividade que frequentei em que só militavam mulheres casadas e eu. Ouvi de uma senhora surpreendentemente casada há muito tempo que "uma vez por mês chegava perfeitamente" e que para não engravidar basta "botar tudo fora"... permanece para mim um mistério como é que os cornos não são visíveis e como é que ela de facto engravidou uma vez na vida. Escusado será dizer que abandonei esta actividade.
Dizem que o que uma reunião Tuppersex tem em informação falta em convívio. Acho bem: cada qual come em sua casa, mas adopta-se um princípio que por norma não me agrada muito, que é falar de comida. E todas as pilas que se trocam levam "h" e são mandadas para a reciclagem depois de gastas.
Dizem que se faz tudo com uma Bimby. Ora no tempo de ir à reunião, ler os manuais e procurar receitas novas em blogues e sites da especialidade podia-se estar a fazer muito mais. E coisas bem mais interessantes!
Por isso apelo às mulheres solteiras e casadas que pensem bem antes de se meterem a tentar encontrar deste modo o caminho mais rápido para o coração de um homem. Mesmo porque frequentemente o que interessa é mais o caminho em si que o destino!
NOTA: Continuo sem computador e estou a postar isto de onde não devia. Por esse motivo não vou responder a comentários, que para mim são das melhores partes de ter um blogue. Dizem que o computador chega hoje... famosas últimas palavras? Vamos a ver! Quando chegar prometo responder a tudo.
Dizem as más línguas que o caminho mais rápido para o coração de um homem é pelo estómago. Quando eu era inocente assumi que se estava a falar de comida. Depois abadalhoquei e pensei que fosse uma dica subtil (pouco, diga-se!) a sexo oral, mas não faz sentido! Isto porque ou uma gaja não engole e não se passa nada ou egole e aquilo vai para o estómago. Só que nessa altura a direcção não é a do coração (e se fosse, não era o do homem) mas a da entrada sul do aparelho digestivo... será então uma dica para sexo anal? Uma frase tão simples e no entanto tão complicada!
Ao quase aceitar a demonstração da Bimby apercebi-me que tinha regredido badalhocalmente e voltado à concepção inicial (imaculada, claro) do pecado da gula. Ora já que uma gaja vai pecar, que o faça em condições! E se um gajo quer comer comida (a outra alternativa é a gaja, claro), ou faz pela vida e cozinha ele ou paga (a meias, que eu não sou de chular ninguém) ou vai comer a casa da mãezinha dele e volta para o que interessa! Não há Bimby para ninguém!
O meu quase erro fatal tornou-se óbvio quando ouvi falar nas reuniões "Tuppersex", que verdadeiramente interessam a uma mulher solteira (e casada também, diga-se!): são reuniões em casa de alguém em que, à semelhança das reuniões da Tupperware, os acessórios são demonstrados... mas estes são acessórios e brinquedos sexuais.
Isto sim interessa a uma gaja! E a um gajo! Mesmo porque o princípio da Bimby me desagrada um pouco: é o princípio da rapidinha! O que eu como é para saborear e para durar! Infelizmente às vezes é para durar anos e anos nas coxas ou no rabo, não é rapidinha nenhuma a sair e também tenho que transpirar para a coisa ficar em condições!
As reuniões da Bimby são um flagelo para a humanidade! Numa reunião da Bimby uma gaja aprende a ignorar um gajo e a mexer num gadget que o vai fazer engordar e tornar menos interessante. Se é menos interessante há (em princípio) menos sexo. De onde se conclui facilmente que a Bimby é um contraceptivo oral alternativo!
Se a Bimby não funcionar como desincentivo ao sexo, ocorre-me a conversa de uma outra actividade que frequentei em que só militavam mulheres casadas e eu. Ouvi de uma senhora surpreendentemente casada há muito tempo que "uma vez por mês chegava perfeitamente" e que para não engravidar basta "botar tudo fora"... permanece para mim um mistério como é que os cornos não são visíveis e como é que ela de facto engravidou uma vez na vida. Escusado será dizer que abandonei esta actividade.
Dizem que o que uma reunião Tuppersex tem em informação falta em convívio. Acho bem: cada qual come em sua casa, mas adopta-se um princípio que por norma não me agrada muito, que é falar de comida. E todas as pilas que se trocam levam "h" e são mandadas para a reciclagem depois de gastas.
Dizem que se faz tudo com uma Bimby. Ora no tempo de ir à reunião, ler os manuais e procurar receitas novas em blogues e sites da especialidade podia-se estar a fazer muito mais. E coisas bem mais interessantes!
Por isso apelo às mulheres solteiras e casadas que pensem bem antes de se meterem a tentar encontrar deste modo o caminho mais rápido para o coração de um homem. Mesmo porque frequentemente o que interessa é mais o caminho em si que o destino!
NOTA: Continuo sem computador e estou a postar isto de onde não devia. Por esse motivo não vou responder a comentários, que para mim são das melhores partes de ter um blogue. Dizem que o computador chega hoje... famosas últimas palavras? Vamos a ver! Quando chegar prometo responder a tudo.
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