«Há um mês e meio que não me desaparafusava do leito! A intoxicação agravara-se-me, encartuxando o corpo numa mândria feita de fofidões; empapando-me a alma e o espírito num indiferentismo oriental pela vida que me cercava, como se a essência da vida fosse apenas a morfina; como se morfina sintetizasse, numa picada, o ar, a luz, todas as necessidades e aspirações e alegrias e prazeres e vícios!»
Reinaldo Ferreira (Repórter X), Memórias de um Ex-Morfinómano (1933)
2 comentários:
A quem não apeteceria um momento de "fofidões"de vez em quando?
Boa noite, Ricardo! :)
:) Assim à primeira, sem dúvida; mas lendo o fragmento, será melhor não...
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