segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

" A Espera..."


"Estava a espera de um milagre...
Com você retirando suas frias palavras...
Secando minha mais recente lágrima derramada...
E, me olhando outra vez de um modo especial.
Enfim, será que tudo estaria bem?


Tendo você em seus melhores momentos...
E, eu a esconder meus medos de te perder...
Você, não sentindo a vida nos separar...
E, eu te procurando sem pensar...
Por certo estaria tudo bem.


Mas, o mundo que dá voltas...
Fez um giro completo em nossas vidas.
Hoje, não vejo você chegar...
Você não me vê chorar...
E, não consigo acreditar...
Nos enganos em que tentas crer.


Portanto, estou a espera de um milagre...
De que um dia tudo esteja bem."

"Depois da Tempestade"


"Tempo fechado é o nosso caso...
Com nuvens espessas de sonhos não revelados.
Nunca ousaram precipitar gotas de saudade,
Visto soar inútil em corações iguais aos nossos ...
Cobertos com impermeável solo argiloso.

Foi assim que ventos fortes nos atravessaram...
Levando nossa tempestade declarada a outros pontos cardeais,
No qual somente seguindo Constelações, como grandes navegantes,
É que poderíamos ter a esperança de reencontrar...
A tão almejada terra firme de nossas perspectivas juntos...
Povoando assim planos que estavam sob os destroços do esquecimento.

Redemoinho de dúvidas confundem nossas vidas...
Ainda somos capazes de enfrentar tantas tormentas?
Talvez seja melhor esperar o inverno passar,
Pois junto com ele mágoas se descongelarão...
Trazendo-nos o recomeço de mais uma Primavera...
Onde jardins de um antigo amor mostrarão sua força...
Comprovando que, apesar de tudo,
Ainda somos capazes de florescer mais uma vez."

domingo, 14 de dezembro de 2008

"11 de Setembro de 2001"


"É hora de ver a vida de outro modo...
Pensar e refletir...
Começar tudo de novo.
Juntar nossas cores...
Que, em sangue, já somos...
Formando um arco-íris de amor.
Vamos recomeçar e reconstruir...
Reconstruir nossas vidas...
E, cada vez mais nos unir.
Honraremos o nome...
De quem se foi...
Mas, sem causar dor.
É hora de ver...
Ver a vida viver."

"O Caracol e seu Casulo"




"Feliz é o caracol, em seu casulo
Protegido de tudo e de todos,
Não tem que se preocupar com nada,
Exceto quando será sua próxima parada.

Feliz é o caracol, em seu casulo
Qualquer chuva, tempestade,
Ele realmente tem onde se proteger,
Ele realmente tem com quem contar.

Um local onde nunca será destruído,
Um local que nunca será dividido.

Feliz é o caracol, em seu casulo
Ninguém nunca o criticará,
Por, aonde quer que for, levar seu casulo consigo,
Por estar sempre em seu casulo, durante toda sua vida.

Porque, no fundo, todos sabem,
Que o caracol nunca deixará seu casulo para trás,
Que o caracol nunca sairá de seu casulo,
Simplesmente porque seu casulo faz parte de si,
E ele nunca renegará isso.

Feliz é o caracol, em seu casulo
Que por ser do jeito que é,
Viver como é,
Não é tido como diferente.
Ele é respeitado por isso.

Feliz é o caracol, em seu casulo."

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

"Virada de Mesa"




"Fecho os olhos e o sono me carrega...
Para profundas águas turbulentas de meu passado...
Estou mergulhada na ansiedade causada por tua presença...
Seleciono palavras enquanto você me lança num penhasco de indiferença...
Tornando-se meu amante Carrasco com relação ao meu desejo...
Me alimentando com sobras de seu próprio prazer ...
Mas tudo isso desaparece com sua ordem e não sei como "ficamos bem"...
E, noutro momento já me vejo em repetição de datas e histórias...
Estou debaixo de toneladas de rancor e desespero por você ...
Andando em círculos, indago respostas...
Sem ter força para ouvi-las, ouço...
Nem que seja apenas para cumprir com o seu roteiro de rapaz sincero ...
Por que ainda respira depois de tantos golpes?, será sua dúvida...
Teu presente foi dar-me correntes com elos de incerteza, preso a carne de ilusão ...
Você me arrastou por distâncias que nem imagino...
E, quando parou esmagou com suas mãos meus planos, bebeu minhas lágrimas...
E sorriu ao me ver de joelhos implorando por amor...
Neste jogo você deu as cartas o tempo todo, mas se saiu vitorioso?
Perdi muitas partidas de auto-estima por ter aceitado tuas regras...
E, como numa virada de mesa, te vejo sumir pelo horizonte...
À procura de novas peças para o teu tabuleiro de mentiras...
Porém, não vai antes de depositar meus restos em alguma esquina...
E, você tinha razão de me considerar morta, pois eu estava mesmo...
O que veio depois não sei, a indescritível sensação me elevou a um outro nível...
Quando parei e vi que estava de pé, cai...
E luto padeceu sobre mim, visto estar eu enterrando uma menina...
Que não mais existia,e junto com ela sua mágoa, pureza, lágrimas e ódio...
Com o tempo presenciei seu renascimento e vi seu brilho se espalhar...
Foi então que abri meus olhos e acordei...
E, pude ver que certas coisas não mudam, logo as aceitamos como parte de nós...
Mas se pudesse mudar não o faria, pois hoje quem escreveria estas palavras?
Alguém sem marcas da realidade e com um coração cheio de fantasias?
Portanto, deixo as cartas perdidas e pagas com sangue em seu lugar...
E o modo como fazer um jogo diferente, este eu aprendo a cada manhã ...
A cada ferida indolor; a cada rodada vencida."

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

"Eternidade em teus Olhos"


"O que há por trás de teus doces olhos?...
Ah! meu bem, me permita responder...
Vejo uma eternidade de maneiras de ser feliz...
Longe ou perto, com sussurros ou aos gritos...
Fico parada a voar minhas palavras de amor ao seu encontro...
E, quando te alcançarem meu corpo há de transpirar...
Dele, exauto, sairão gotas de pura contemplação por este acontecimento...
Basta apenas você sorrir de volta de modo emocionado...
Se desejar será sempre assim, meu amor!

Lançaremos fora os grilhões de dúvidas tolas...
E, veremos que, o que nos restou foi apenas o que sempre existiu...
O início de uma liberdade juntos...
Porém, presos com um brilhante laço vermelho cor-de-paixão.

Sinto isso em teus doces olhos estáticos, ao me ver, querido,
Apesar de seus lábios revelarem, em versos, sentidos opostos...
Não me abalo, pois mesmo sendo deste jeito, contrariando nosso futuro,
Seus olhos ainda me mostrarão uma eternidade ...
E, a cada segundo...
Os infinitos modos de te amar..."

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"Bela: quem é ela?"


"Em passos marcados, de salto alto, ela vem...
Com seus olhos fixos cor de caramelo...
Esconde seu sorriso para alguns, menos para mim...
Por isso vejo, que em minha direção, ela vem...


O que fazer para disfarçar?, pois sei que ela vem...
Com um típico tom de voz entre seus lábios rosados...
Usando sua fala ligeira para desnudar minha tolice...
E, ascenando com suas mãos pequenas, a metros de mim ela vem...


Mascarada com um pseudônimo qualquer, ela vem...
Com sua bagagem de risadas que me deixa sem desvio...
De cabelos chocolate, sobre o ombro, a me atrair,
Não sei para onde ir; apenas sei que ela vem."

" Lacunas..."

"Hoje, meus dedos sentiram falta dos seus...
E, para bloquear a solidão, uni minhas mãos uma na outra."

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"Tenho medo... de não voltar a ser eu e ter você...
De nunca ter você e voltar a ser eu."

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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pe da ços ...


“Sob o teto, pedaços de sonhos em meu quarto dançam.
Como num quebra-cabeça, tentam se unir ao improvável.
Assim como em meus dias, há um encaixe com elos de monotonia.
Tateiam um espaço para chamar de seu, mas desmontam-se
Sempre na contramão de meus anseios.

E, refém de minhas lembranças, reluto a despertar deste momento,
Visto ser ímpar, estar eu lá sobre cores de inverno faz-me
Suspirar num ritmo intercalado, que trás em meu coração...

Uma sonoridade de batidas já por mim bem conhecidas.

Entretanto, ao chegar o dia, raios de luz tocam minhas cortinas e vejo...
Pedaços que não se completaram e, que estranhamente,
Não sussurram seu nome. Gritam meus desejos.
Sonhos que ainda não me tiraram.”

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

"Pelo Avesso"



"Na madrugada é onde estou ao entardecer...
Em calmaria trago surpresas antigas...
Sob passos apressados capturo ausências fugitivas ...
Que me reflete dentro de um espelho certo sob formas avessas...



Presencio a antecipação de me ver desmontar...
Como num retrocesso atual de histórias nunca ditas...
Pintadas em quadros de um futuro fossilizado...
Mascaradas com um aspecto natural de estrofes ensaiadas...


Assim, espero para enxergar o que já sei...
E, na falta de motivos é que vejo tudo acontecer...
No qual sentir é indefinido na expressão que me define...
E, o não sentir é sentido pelo gosto insípido de não se ter...


Talvez isso consiga explicar com igual analogia a lógica...
De se sentir saudades de coisas nunca vividas...
E, de se ter sonhado tanto...
Mesmo estando sob o brilho da luz do dia."

domingo, 7 de dezembro de 2008

"Meu Oásis em Teu Deserto"


"Vejo luz que meus olhos não agüentam ver,
contudo se me fosse isto negado, para sempre eles se cerrariam.

Sinto água que não extingüe a sede, porém,
se meus lábios a ela não se render, total seria a calamidade.

Meu amor sobrevoa com um vento carregado de delírios,
mas que não se movem tão baixo a ponto de afetar teu raciocínio preso à terra firme.

Solidão desértica e árida implantadas por ti me rondam,
todavia não secam este Oásis de superação que trago comigo, pois conheço tais riscos.

E, se o meu sorriso não faz mais raízes em teu coração,
Certamente não será com tuas frias mãos que irás arrancá-lo de mim,
Porque se o teu Deserto me sufoca em alguns momentos...
Meu Oásis me mostra, não como miragem, um melhor modo de sobre/viver."