António Manuel Morais, formador e colaborador do IPF desde 1971, é entre muitas actividades de apoio, o actual Presidente da CT174 (Comissão Técnica) criada pelo IPF (Organismo Sectorial de Normalização para a Fotografia, nomeado pelo IPQ).
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Na sessão de quinta-feira, 5 de Maio que decorrerá na “FNAC Mar Shopping” pelas 21,30 horas, falará de Normalização Internacional (Normas ISO) e Nacional (Normas NP), do seu conceito pessoal sobre a necessidade urgente de falar a mesma linguagem técnica e de ”boas práticas” (diz) a todos os níveis do processo fotográfico – da captação à apresentação pública, de forma a garantir que a qualidade que todos defendemos para “as nossas imagens” (impressas, publicadas, projectadas, ou simplesmente visionadas), esteja presente em todo o processo e, fundamentalmente, para todos os que as irão “ver e compreender”.
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Diz também o orador e, com razão, que “a normalização, em si, não pode pensar, fazer ou imprimir boas Fotografias...” e acrescenta sem o mínimo respeito pela fotografia como expressão artística, que “… certamente, se seguida, pode auxiliar a que a mensagem de cada fotógrafo seja, pelo menos, compreendida.”
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Ou seja, o Presidente da CT174, teria gostado que Kazimir Malevitch, George Grosz, Pablo Picasso, Jeronimus Bosch e tantos outros, tivessem sido normalizados para terem sido compreendidos pela turba.
E aquilo que aqui dou como exemplo na pintura, poderia ser dado com outro exemplo com nomes históricos de criadores na fotografia…
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Eu não estarei presente neste evento e como já o disse anteriormente neste meu blogue, recuso-me a perder tempo com o que este senhor nos queira impingir.
O IPF, é uma escola de fotografia por onde já passaram excelentes fotógrafos, tanto como formandos ou como formadores, tem bons profissionais a leccionar, mas, tal como acontece em todas as escolinhas deste país, a preocupação máxima é rentabilizar o investimento e sacar apoios comunitários com fantasias inúteis. Formar e Informar, são questões secundárias.
Estas Normas que aprovaram e nos querem impor, não são mais que uma formatação colectiva onde se castra a criatividade, a liberdade e o direito à diferença…
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