Hugo Segawa
Para aqueles não familiarizados com a arquitetura brasileira, pode parecer estranho que uma revista de nome Acrópole ostente uma reputação de tal ordem a merecer uma página web para disponibilizar suas páginas à consulta. A palavra “Acrópole” (e suas transposições em outros idiomas) consta em qualquer dicionário; na acepção do Houaiss, como “local mais alto das antigas cidades gregas, que servia de cidadela e onde eventualmente se erguiam templos e palácios”. “Acrópole” poderia ser o título de uma revista de História, de Filosofia ou de Direito. Contrariando a predominância da área, na qual a palavra arquitetura é um termo cativo nos títulos dos periódicos, veteranos arquitetos recordavam que a revista foi motivo de chacota em certos setores com o trocadilho “necrópole”. Aqui se revela um dos tantos paradoxos que cercam a fama da revista: quando ela surgiu, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, a arquitetura moderna ainda buscava sua (auto-)afirmação em meio às múltiplas orientações que ainda dividiam a prática arquitetônica no mundo ocidental. Decerto o título da revista insinuava a arte, a beleza e a monumentalidade de “templos e palácios” da Grécia antiga. Dessa maneira, nascia arcaica ao olhar da modernidade funcionalista e racionalista que, afinal, preponderou depois do grande conflito mundial.
Nos anos 1950 e, sobretudo na década de 1960, não havia arquiteto ou estudante de arquitetura efetivamente engajado no ofício que não consultasse ou colecionasse a revista. Recordo-me do testemunho de arquitetos gaúchos, jovens profissionais na virada para os anos 1960, que dialogavam com os arquitetos paulistas sem ao menos se conhecerem, folheando as páginas da revista; ou um estudante de arquitetura na segunda metade dos anos 1960 que assinava a Acrópole e a consultava como se fosse um tratado da arquitetura. Serão muitos os episódios dessa natureza que ouvi e ainda ouviremos. Formando uma mitologia que cresce como um imaginário para muitas gerações: desde as que avidamente aguardavam o novo número a cada mês, até as que hoje a folheiam com a reverência de um valioso documento histórico.
Imaginário difuso, equivocado, incompleto? Qual a importância de uma publicação que nunca ostentou uma unidade cultural, ideológica ou acadêmica? A Acrópole era uma revista comercial, que sobrevivia de publicidade; não foi uma revista de vanguarda; não foi uma revista de tendência (entendida como aquela que se circunscreve editorialmente a um conjunto de valores afins, compartilhados por um grupo fechado); não foi uma revista de ideologias ou convicções claras. Aqui deparamos com mais um paradoxo: ela não foi nada disso, mas também pode ter sido tudo isso. Lançado como periódico mensal em maio de 1938 sob a direção de Roberto A. Corrêa de Brito, a partir de 1953 Max M. Gruenwald o dirigiu até a derradeira edição nº 390/391 de novembro/dezembro de 1971. Seus dois únicos diretores não foram intelectuais que conceberam sua qualidade editorial. Decerto foram os muitos arquitetos-consultores e colaboradores que, ao longo da longeva existência (a maior entre as congêneres de meados do século passado) delinearam as diversas personalidades da Acrópole ao longo de mais de três décadas, compondo um impressionante e surpreendente testemunho de época.
Quando a última edição da Acrópole apareceu em 1971, havia onze escolas de arquitetura no Brasil. A maioria dessas escolas nem existia quando o primeiro número da revista saiu da gráfica. A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP surgiu dez anos depois da edição inaugural. Se hoje estimamos o funcionamento de cerca de 270 cursos de arquitetura e urbanismo em todo o país, consultar edições da revista em alguma biblioteca universitária pode ser considerado um milagre. Graças ao zelo de muitos arquitetos e seus descendentes, que doaram suas coleções, ou de pacientes aquisições em livrarias de usados, a revista repousa em acervos no país e até no exterior. Sobrevida na maioria das vezes fragmentada, porque poucos foram os profissionais que lograram reunir todas as edições e provavelmente nenhuma biblioteca de escola de arquitetura as colecionou em sua íntegra, porquanto a quase totalidade dessas instituições surgiu depois da revista. Se a Biblioteca da FAUUSP guarda uma coleção completa da Acrópole, isto se deve à generosidade de seus professores, ex-alunos e outros benfeitores que permitiram realizar tal façanha.
Recuperar e abrir a coleção completa da revista Acrópole à consulta em formato digital é, primeiramente, trazer de corpo inteiro um testemunho de um rico período, à espera de desvendamentos por parte de pesquisadores com olhares das mais distintas disciplinas. Para até contestar o que escrevi nos parágrafos anteriores porque, como pesquisador, não tive a facilidade de consultar as cerca de 23 mil páginas das edições da revista como agora se oferece de forma franca, aberta e direta para os interessados de todos os quadrantes.
O contexto e o alcance desta iniciativa são mais amplos. Em 2012 a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo lançou o Edital de Preservação de Acervos e Patrimônio Cultural, em que se previa “a institucionalização de ações e estratégias que aprimorem as condições de preservação e de acesso ao acervo especial e memória institucional, com o aprimoramento de higienização, acondicionamento e conservação de revistas técnico-científicas” e “a formulação de metodologias que favoreçam a pesquisa e a capacitação continuada, visando à formação de competências, geração e disseminação de conhecimento dentro e fora da Universidade”. Atenta à chamada, a Biblioteca da FAUUSP responsável pelo desenvolvimento e manutenção do Índice de Arquitetura Brasileira (IAB), indexação dos periódicos brasileiros em Arquitetura e Urbanismo que realiza desde a década de 1960 – vislumbrou a expansão natural do IAB com o potencial das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no ambiente da pesquisa acadêmica. Com o projeto “Digitalização e Acesso Online à Revista Acrópole: Conservação e Preservação da Memória da Arquitetura e Urbanismo”, a FAUUSP, através da sua Biblioteca, logrou o recurso da Pró-Reitoria para a realização deste website.
A digitalização de uma revista como a Acrópole não se alinhava apenas à questão da preservação de revistas técnico-científicas e sua disponibilização de forma ampla e igualitária no âmbito nacional e internacional por meio da rede mundial de computadores. Pretendeu-se desenvolver um modelo metodológico de digitalização para esse tipo de material, com a intenção de consolidar competências e a elaboração de diretrizes técnicas e operacionais que poderiam orientar a futura realização de projetos de digitalização e disponibilização de outros conteúdos de publicações periódicas especializadas de igual relevância para as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, tanto na USP, como em outras instituições da esfera da educação e de pesquisa.
Agradecimentos
Este projeto foi possível graças ao apoio visionário da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP. Mas nada seria possível sem a generosidade das herdeiras do diretor-proprietário da Revista Acrópole e da Editora Max Gruenwald & Cia., Sr. Manfredo Gruenwald, ao gentilmente autorizarem a realização do website, cientes da importância do legado e da disponibilização digital para o crescimento da pesquisa científica. A empresa ANABASE Serviços Ltda., de maneira colaborativa e criativa, assegurou a implementação técnica do projeto. A Chefe Técnica da Biblioteca da FAUUSP, bibliotecária Dina Elisabete Uliana, não só viabilizou o desenvolvimento do trabalho como participou nas importantes etapas de concepção e execução da iniciativa. A bibliotecária Marcia Rosetto foi o coração e a mente do trabalho, sem a qual a Acrópole seria mais uma coleção na Seção de Obras Raras da Biblioteca da FAUUSP.
São Paulo, 12 de março de 2014.
Há dois modos de consultar o conteúdo da revista Acrópole neste website:
1. Busca por edição
A página de abertura apresenta uma “linha do tempo” com ‘botões’ marcados de 1938 a 1971. Cada ‘botão’ corresponde a um ano da publicação da revista e é um link para acessar a coleção de capas daquele ano. As capas estão dispostas dentro de uma faixa cinza, horizontal. Cada faixa reproduz seis capas; as demais seis capas do ano pesquisado podem ser vistas clicando-se se na seta visível à direita, dentro da área cinza.
Ao longo da coleção, há casos de edições duplas, que são as seguintes [ano (numeração)]: 1939/1940 (20/21); 1945 (81/82); 1950/1951 (152/153); 1952 (167/168); 1960 (256/257); 1963 (295/296); 1970 (369/370; 375/376); 1971 (390/391).
Para saber o mês, ano, ano da coleção e número da edição da capa, aponte o ponteiro do mouse sobre a imagem da capa e a informação desejada surgirá.
Ao clicar na capa, será possível acessar o conteúdo desta edição. As setas à esquerda e à direita, ao serem clicadas, reproduzem o movimento de “folhear” a revista.
Ao passar o mouse sobre a página, surgirá o símbolo
Ao clicar sobre o símbolo, a página será mostrada de modo ampliado. Para retornar ao formato reduzido, clique em qualquer parte da página ampliada ou pressione a tecla ESC.
O botão Home retorna à página inicial do website.
Em algumas edições, ao lado do botão Home há o botão “Encarte” (confira edição de setembro de 1938, como exemplo). Trata-se do acesso a encarte que vinha com a revista e foi reproduzida para consulta. Os encartes não estão indexados.
2. Busca por palavra.
Abaixo da faixa cinza com a reprodução das capas, à direita, há uma janela onde se lê “Pesquise”. Digite nesta janela uma palavra ou palavras que deseje encontrar. O sistema de busca varrerá toda a coleção da revista procurando o(s) termo(s) solicitado(s).
Por exemplo: ao buscar “Lucio Costa”, o sistema apresentará, na forma de uma página com uma listagem de referências, todas as menções para “Lucio” e para “Costa” (incluindo a possibilidade “Lúcio” com acento), indicando o mês e ano, ano da coleção, número da edição e página da ocorrência.
Para examinar o conteúdo da página de interesse, clique na referência. O link encaminhará diretamente à pagina referenciada.
A publicação da revista Acrópole começou quando ainda em vigência outra ortografia. Nas edições dos primeiros anos, algumas palavras aparecem com grafias distintas das regras posteriores. Alguns exemplos: “architectura”, “architecto”, “escriptorio”, “commercial”, “constructora”, “gymnasio”, “secção”, “estylo”, entre tantas que a pesquisa pode demandar. Nesses casos, a busca deve ser realizada com a grafia da época.
O sistema de busca está baseado na tecnologia OCR (Optical Character Recognition), em que imagens – no caso palavras – tornam-se dados pesquisáveis. É possível que, conforme a situação, as palavras sejam interpretadas pelo sistema OCR de modo diverso, produzindo transcrições distorcidas ou substituindo letras por símbolos discrepantes. Isto se torna evidente quando a tipografia utilizada adota corpos menores, espaçamentos pequenos entre letras ou em propagandas, nas quais as tipologias gráficas são variadas.
A consulta e uso dos textos da Revista Acrópole está sendo proporcionado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0. Para informações complementares verificar os itens “Direitos Autorais” e “Política de Privacidade” no website.
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Bibliotecária Dina Elisabete Uliana
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Micael Camargo (Representante discente de graduação)
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Prof. Dr. Hugo M. Segawa (Responsável científico)
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A revista Acrópole foi uma publicação especializada em Arquitetura, editada em São Paulo entre 1938 e 1971. Lançada em maio de 1938 sob a direção de Roberto A. Corrêa de Brito, em 1953 Max M. Gruenwald tornou-se seu proprietário e diretor geral até o encerramento em dezembro de 1971. Ao longo de pouco mais de 34 anos de publicação ininterrupta, o periódico contou com vários editores e colaboradores que conferiram à coleção diversas personalidades editoriais.
A revista trouxe em suas páginas realizações desenvolvidas principalmente por arquitetos de São Paulo, mas também teve abrangência nacional e internacional. Ao longo de suas edições registrou projetos e obras de edifícios, urbanização, paisagismo, desenho industrial, comunicação visual, arquitetura de interiores e detalhamento arquitetônico; textos teóricos, divulgação de pesquisas, resenhas de livros e revistas e noticiário de interesse para a categoria profissional; informes técnicos sobre sistemas construtivos, especificações de materiais e temas relacionados ao desempenho dos edifícios. O conjunto das propagandas veiculadas pela revista é um registro para o conhecimento do quadro industrial e tecnológico da construção civil brasileira ao longo de três décadas.
Referências para leituras
ALMEIDA, Maísa Fonseca de; BUZZAR, Miguel Antônio. Um especial dedicado a arquitetos: arquitetura moderna no IV Centenário de São Paulo. In: SEMINÁRIO DOCOMOMO BRASIL, 8, 2009, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: http://www.docomomo.org.br/seminario%208%20pdfs/181.pdf Acesso em: 12 mar. 2014.
ALMEIDA, Maísa Fonseca de. Revista Acrópole publica residências modernas: análise da revista Acrópole e sua publicação de residências unifamiliares modernas entre os anos de 1952 a 1971. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos (SP), 2008.
DEDECCA, Paula Gorenstein. Sociabilidade, crítica e posição: o meio arquitetônico, as revistas especializadas e o debate do moderno em São Paulo (1945-1965). Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
MILANI, Sonia Maria Gouveia. O homem, o edifício e a cidade por Peter Scheier. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
MIRANDA, Clara Luiza. A crítica nas revistas de arquitetura nos anos 50: a expressão plástica e a síntese das artes. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos (SP), 1998.
OLLERTZ, Aline. Morte e vida de uma revista de arquitetura. Resenhas Online, São Paulo, ano 06, n. 071.01, Vitruvius, nov. 2007 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/06.071/3100 Acesso em: 12 mar. 2014.
SERAPIÃO, Fernando Castelo. Arquitetura revista: a Acrópole e os prédios de apartamentos em São Paulo. 1938-1971. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2005.
SILVA, Jussara Fino; SCHINCARIOL, Zuleica. O design gráfico editorial no Brasil: revistas do final da década de 1940 e década de 1950. In: JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE, 7, 2011, São Paulo. Anais... São Paulo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2011. Disponível em: http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Pesquisa/pibic/publicacoes/2011/pdf/dsn/jussara_fino.pdf Acesso em 12 mar. 2014.
Como citar
Exemplos de citações
MONFORT, J. M. Estudo para estação rodoviária de Joinville. Acrópole, São Paulo, n. 287, out. 1962, p. 358-359. Disponível em: http://www.acropole.fau.usp.br/edicao/287 Acesso em 12 mar. 2014.
SAIA, Luiz. Notas sobre a evolução da morada paulista. Acrópole, São Paulo, n. 207, dez. 1955, p. 89-91. Disponível em: http://www.acropole.fau.usp.br/edicao/207 Acesso em: 12 mar. 2014.
ACRÓPOLE. São Paulo: Max Gruenwald & Cia, 1938-1971. Disponível em: http://www.acropole.fau.usp.br/ Acesso em: 12 mar. 2014.