Imagens: JSC (Junho 1986) - Acervo pessoal "Ike" Nodari
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A História do Automobilismo em Joaçaba (2)
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
A 1ª vitória do Opala
Novamente o Júlio Cordeiro colabora com material sensacional para o blog.
Destaque para os nomes dos pilotos da época.
Vale a pena e recomendo a leitura de cada linha da matéria abaixo.
Destaque para os nomes dos pilotos da época.
Vale a pena e recomendo a leitura de cada linha da matéria abaixo.
Imagens: Revista AutoEsporte - Acervo pessoal Júlio Cordeiro
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Joaçaba na AutoEsporte de 1966!
O Remi Rodrigues, lá de Joaçaba, novamente contribui com precioso acervo: a matéria da revista AutoEsporte de Janeiro de 1966 sobre as corridas na terra em Joaçaba.
Assim como na matéria (também da AutoEsporte) sobre os 1.500 Km de Interlagos que publiquei aqui no último sábado, recomendo a leitura de cada linha da matéria abaixo.
Valeu Remi, obrigado!
Fotos: Revista AutoEsporte (Janeiro 1966) - Acervo pessoal Remi Rodrigues
Assim como na matéria (também da AutoEsporte) sobre os 1.500 Km de Interlagos que publiquei aqui no último sábado, recomendo a leitura de cada linha da matéria abaixo.
Valeu Remi, obrigado!
Fotos: Revista AutoEsporte (Janeiro 1966) - Acervo pessoal Remi Rodrigues
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domingo, 26 de julho de 2009
Uma preciosidade!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
40 Anos depois...
Tomo a liberdade de reproduzir aqui um texto fantástico do Ricardo Achcar publicado no blog do Mestre Joca no último dia 25 de Maio.
É uma aula de história e um texto emocionante.
"Dia 25 de Maio de 1969 é uma data interessante no calendário temporal do esporte motor. Muito pouca gente ainda pode ter qualquer recordação sobre o fato que vou descrever nestas linhas. Mas as consequências para o Brasil, quer seja em termos de divulgação do país, afirmação esportiva e presença no cenário da velocidade, não tem parâmetro igual, mesmo em se considerando que o Brasil tenha sido um dia etapa dos Grand Prix da eterna Gávea, e, igualmente, do inolvidável Francisco “CHICO” Landi, de quem ainda tenho a esperança de ver uma estátua comemorativa na porta de um autódromo brasileiro que se mereça.
José Carlos Pace, Luiz Pereira Bueno, Ricardo Achcar, 1968.Um prestigioso almoço promovido pela revista 4Rodas, que convidara Sir Stirling Moss, permitiu que um piloto abordasse o campeão Inglês e lhe dissesse à queima roupa que existiam pilotos brasileiros capazes de pulverizar os Ingleses. Sir Moss achou graça e aceitou o desafio de testar dois pilotos na Inglaterra. Lá foram quatro em Fevereiro de 1969. Dois foram de fato escolhidos. Um, Sir Moss daria o carro e o outro teria 50% do valor a título de estímulo.
Mais ainda, Sir Stirling Moss aceitara convocar a equipe SMART- Stirling Moss Automobile Racing Team – sempre preservada no corpo de suas atividades, para dar igualmente suporte moral (indispensável) aos pilotos e sua tentativa de reavivar sua equipe que ficara fora das pistas após seu acidente.
Stirling Moss, Norman Casari, Luiz Pereira Bueno e Ricardo Achcar.Chegamos à Inglaterra patrocinados no mínimo do sustento com dois meses de campeonato iniciado. Sir Moss ficou indignado: - Como vocês pretendem ter destaque num campeonato desta envergadura chegando com dois meses de atraso?
Valerie Val Pirie, administradora da equipe, nos salvou: - Stirling, dá mais trabalho mandar estes caras de volta...!
E todos entraram na briga com vontade de ver a SMART outra vez brilhando nas pistas.
Nas oficinas de Edward “Ed” Rossler mecânico Sul Africano que sempre acompanhara Sir Moss em todas as provas nas pistas, agora sócio dele em outras atividades da equipe, sentia-se estranho vestindo novamente o macacão de competição naquele mundo novo.
Ele e todos os mecânicos adotaram os pilotos, vindos sabe-se lá de onde, mas que pareciam gente como eles. Gente do Brasil! Coisa nunca vista.
E veio aquela tarde ensolarada a dez minutos da fábrica da Lótus. Snetterton fervilhava de gente na pista, carretas, reboques, Mini Morris e Aston Martins brilhavam ao sol do verão mais perfeito que houve na Inglaterra, o verão de 1969 ao som dos Beattles e Chelsea Road no auge da pandega.
Sir Moss, careca jeitoso e forte, e Achcar e outros ajudavam a descer da caminhonete o carro de Luiz Pereira Bueno. Outros auxiliavam escorregar o monoposto de Ricardo Achcar.
Val Pirie corria do grupo para a torre de controle e “paddock” em busca de regularizar a documentação.
Ed Rossler trocava balbucias com o português Ferreirinha e tudo ia se ajeitando.
Tempos tomados e carros alinhados, fora dada a partida.
Ricardo Achcar e o futuro campeão mundial James Hunt, 1969.
25 de maio de 1969.
Dos boxes, os muitos que ficaram sentiram o forte cheiro da gasolina de alta octanagem, o queimar da borracha no asfalto quente e a poeira infinitamente deslumbrante que transformavam as silhuetas dos carros em fantasmas que se esvaiam ao horizonte.
Naquele turbilhão de poeira, cheiro e emoção, na carlinga duas bandeiras tão pequenas quanto nunca vistas, singravam mares de asfalto das pistas da Inglaterra.
O Brasil ficou por conta de seus cidadãos exportados, indivíduos que acreditaram estar galgando a primeira trilha “bandeirante” do que seria uma avenida de campeões do mundo.
Mas foi também graças à Rainha, pela via de seus súditos, que de fato ajudaram muito a iluminar os caminhos verdes e amarelos sem volta.
25 de maio de 1969, um pedacinho do Brasil que se esvai na memória do tempo.
Se esvai na memória do tempo...?
O reconhecimento é a memória do coração!
Ricardo Achcar"
Ricardo Achcar e Luizinho Pereira Bueno, 40 anos depois.
(Texto e fotos Ricardo Achcar/reprodução)
É uma aula de história e um texto emocionante.
"Dia 25 de Maio de 1969 é uma data interessante no calendário temporal do esporte motor. Muito pouca gente ainda pode ter qualquer recordação sobre o fato que vou descrever nestas linhas. Mas as consequências para o Brasil, quer seja em termos de divulgação do país, afirmação esportiva e presença no cenário da velocidade, não tem parâmetro igual, mesmo em se considerando que o Brasil tenha sido um dia etapa dos Grand Prix da eterna Gávea, e, igualmente, do inolvidável Francisco “CHICO” Landi, de quem ainda tenho a esperança de ver uma estátua comemorativa na porta de um autódromo brasileiro que se mereça.
José Carlos Pace, Luiz Pereira Bueno, Ricardo Achcar, 1968.Um prestigioso almoço promovido pela revista 4Rodas, que convidara Sir Stirling Moss, permitiu que um piloto abordasse o campeão Inglês e lhe dissesse à queima roupa que existiam pilotos brasileiros capazes de pulverizar os Ingleses. Sir Moss achou graça e aceitou o desafio de testar dois pilotos na Inglaterra. Lá foram quatro em Fevereiro de 1969. Dois foram de fato escolhidos. Um, Sir Moss daria o carro e o outro teria 50% do valor a título de estímulo.
Mais ainda, Sir Stirling Moss aceitara convocar a equipe SMART- Stirling Moss Automobile Racing Team – sempre preservada no corpo de suas atividades, para dar igualmente suporte moral (indispensável) aos pilotos e sua tentativa de reavivar sua equipe que ficara fora das pistas após seu acidente.
Stirling Moss, Norman Casari, Luiz Pereira Bueno e Ricardo Achcar.Chegamos à Inglaterra patrocinados no mínimo do sustento com dois meses de campeonato iniciado. Sir Moss ficou indignado: - Como vocês pretendem ter destaque num campeonato desta envergadura chegando com dois meses de atraso?
Valerie Val Pirie, administradora da equipe, nos salvou: - Stirling, dá mais trabalho mandar estes caras de volta...!
E todos entraram na briga com vontade de ver a SMART outra vez brilhando nas pistas.
Nas oficinas de Edward “Ed” Rossler mecânico Sul Africano que sempre acompanhara Sir Moss em todas as provas nas pistas, agora sócio dele em outras atividades da equipe, sentia-se estranho vestindo novamente o macacão de competição naquele mundo novo.
Ele e todos os mecânicos adotaram os pilotos, vindos sabe-se lá de onde, mas que pareciam gente como eles. Gente do Brasil! Coisa nunca vista.
E veio aquela tarde ensolarada a dez minutos da fábrica da Lótus. Snetterton fervilhava de gente na pista, carretas, reboques, Mini Morris e Aston Martins brilhavam ao sol do verão mais perfeito que houve na Inglaterra, o verão de 1969 ao som dos Beattles e Chelsea Road no auge da pandega.
Sir Moss, careca jeitoso e forte, e Achcar e outros ajudavam a descer da caminhonete o carro de Luiz Pereira Bueno. Outros auxiliavam escorregar o monoposto de Ricardo Achcar.
Val Pirie corria do grupo para a torre de controle e “paddock” em busca de regularizar a documentação.
Ed Rossler trocava balbucias com o português Ferreirinha e tudo ia se ajeitando.
Tempos tomados e carros alinhados, fora dada a partida.
Ricardo Achcar e o futuro campeão mundial James Hunt, 1969.
25 de maio de 1969.
Dos boxes, os muitos que ficaram sentiram o forte cheiro da gasolina de alta octanagem, o queimar da borracha no asfalto quente e a poeira infinitamente deslumbrante que transformavam as silhuetas dos carros em fantasmas que se esvaiam ao horizonte.
Naquele turbilhão de poeira, cheiro e emoção, na carlinga duas bandeiras tão pequenas quanto nunca vistas, singravam mares de asfalto das pistas da Inglaterra.
O Brasil ficou por conta de seus cidadãos exportados, indivíduos que acreditaram estar galgando a primeira trilha “bandeirante” do que seria uma avenida de campeões do mundo.
Mas foi também graças à Rainha, pela via de seus súditos, que de fato ajudaram muito a iluminar os caminhos verdes e amarelos sem volta.
25 de maio de 1969, um pedacinho do Brasil que se esvai na memória do tempo.
Se esvai na memória do tempo...?
O reconhecimento é a memória do coração!
Ricardo Achcar"
Ricardo Achcar e Luizinho Pereira Bueno, 40 anos depois.
(Texto e fotos Ricardo Achcar/reprodução)
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