A Magia de Escher
O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebeu desde o dia 11 de
abril, a mais completa exposição já realizada no Brasil dedicada ao artista
gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898 – 1972). A mostra “A magia de
Escher” reúne 85 obras, entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles,
incluindo todos os trabalhos mais conhecidos do artista. O acervo da coleção da
Fundação Escher na Holanda estará distribuído nas salas 1 e 2 do museu até o
dia 11 de agosto. O horário para ver a exposição “A magia de Escher” será
estendido até as 20 horas, de terça a sexta-feira. Devido ao controle de
temperatura e umidade das salas para que não haja nenhum dano às obras, o
acesso do público será controlado por senha.
A exposição permite que o público passe por uma série de
experiências que desvendam os efeitos óticos e de espelhamento que Escher
utilizava em seus trabalhos. Experiências como olhar por uma janela de uma casa
e ver tudo em ordem e, em seguida, ver tudo flutuando por outra janela, ou
ainda assistir um filme em 3D, que possibilitará um passeio por dentro das
obras do artista. A expografia ainda apresentará animações de algumas das
gravuras de Escher.
Para saber mais sobre a vida e obra de Escher, siga lendo.
Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, 17 de Junho de 1898 —
Hilversum, 27 de Março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas
suas xilogravuras, litografias e meios-tons, que tendem a representar
construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do
infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se
transformam gradualmente para formas completamente diferentes.
Uma das principais contribuições da obra deste artista está
em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de óptica. Foi numa
visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos
mosaicos que havia neste palácio de construção árabe. Escher achou muito
interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia,
formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus
trabalhos mais famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano,
normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas, como os árabes
faziam por causa da sua religião muçulmana, que proíbe tais representações.
A partir de uma malha de polígonos, regulares ou
não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim
surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal
forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano
bidimensional. Destacam-se também os trabalhos do artista que exploram o
espaço. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é
tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele
criava figuras impossíveis, representações distorcidas e paradoxais. Posteriormente
foi considerado um grande matemático geométrico.
Estive no MON para acompanhar a curiosa e impressionante exposição Escher; seus registros fotográficos estão excelentes, Takeuchi.
ResponderExcluirA exposição de Escher é incrível. Não à toa visitei-a por duas vezes.
ResponderExcluirE uma coisa me chamou a atenção: os visitantes ficam mais empolgados nas obras inspiradas em Esher do que em suas obras propriamente ditas. Para as instalações inspiradas nas obras tinha até fila, sendoque as obras do artistas, penduradas na parede, ficavam completamente despercebidas e ignoradas pelos visitantes.
A mim, coube interpretar que, muitas vezes, ficam mais valorizadas o que chamo de "arte de shopping", do que a genial elaboração artística do artista.
O que é uma pena!
Acho que essa é uma das exposições que teve maior repercussão que consigo me lembrar no MON e acho que esse sucesso está justamente no fato do visitante poder interagir com as obras inspiradas nos conceitos do Escher. Penso que a exposição foi muito bem pensada, atraindo um leque maior de visitantes.
ExcluirMas sem dúvida, são preciosidades os originais expostos.